Caderno de Estudo
BS
A TRADIÇÃO DOS FESTIVAIS DA SGI SUPERANDO OS LIMITES
Matéria da Reunião de Palestra de Abril
27/03/1999
De fato, a SGI possui uma brilhante tradição na realização de festivais culturais, grande parte deles promovida pela Divisão dos Jovens, tradição essa iniciada pelo próprio presidente Ikeda em novembro de 1954.²
Entre todos os festivais já realizados pela SGI, o presidente Ikeda considera como os três melhores o Festival de Tóquio, realizado em 1964, o Festival de Kansai, realizado em 18 de setembro de 1966 e conhecido como o “Festival da Chuva”, e o 1º Festival Cultural-Esportivo da SGI do Brasil, realizado no Ginásio do Ibirapuera em 1984.
O presidente da SGI escreveu em seu ensaio sobre o festival de 1984: “Vi diante de meus olhos o rosto radiante de meus companheiros que vieram de cidades distantes depois de viajar por vários dias.
“Senti no meu peito a coragem daqueles que, cerrando os dentes para suportar a ditadura e transformando as lágrimas em oração, não se cansaram em incentivar seus companheiros.
“Todos eles eram meus preciosos amigos que me esperaram ansiosamente durante anos compenetrados na profunda e límpida prática da fé.” (BS, edição no 1.495, pág. 5.)
Por trás da realização de um festival existe o árduo empenho de muitos participantes, tanto dos figurantes que se apresentam como das equipes de apoio que atuam nos bastidores. Em nenhum outro momento pode-se perceber com tanta clareza pessoas transcendendo suas diferenças de idade, classe social e costumes para a realização de um objetivo comum. Visto dessa forma, um festival é a própria concretização do espírito de Itai Doshin, ou seja “diferentes corpos com uma única mente”. Como escreveu Nitiren Daishonin, “se o Itai Doshin prevalece entre as pessoas, todas as suas metas serão alcançadas, enquanto que com o Dotai Ishin, falharão em realizar qualquer coisa”. (END, vol. I, pág. 409.)
Por outro lado, pode-se também considerar um festival como uma oportunidade de desenvolver o espírito de desafio e de transcender os limites pessoais. Dessa forma, o verdadeiro sucesso de um festival não reside apenas no êxito de suas apresentações, mas também no empenho de todos durante os ensaios e preparativos e ao apoio daqueles que, embora não participando diretamente do evento, contribuem de uma forma ou de outra para o seu sucesso.
Nesta primavera, a BSGI realizará seu último grande festival neste milênio que na realidade se constituirá numa grandiosa cerimônia como a ocorrida em 16 de março de 1958, quando então 6 mil jovens reuniram-se ao lado do segundo presidente Jossei Toda com o intuito de herdar a missão pelo Kossen-rufu.
Nesse festival, os jovens da BSGI também se reunirão com esse mesmo espírito, visando a estabelecer uma sólida base para o Kossen-rufu do Brasil. Para essa tarefa, é necessária a união de todas as divisões. Por esse ponto de vista, o grande festival não será apenas responsabilidade dos jovens, mas de todos os membros da BSGI, imbuídos do nobre ideal de herdar a missão pelo Kossen-rufu e podendo assim, fazer revivescer uma vez mais, na primavera, o sublime espírito do Dia 16 de Março.
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