Protegendo a familia por meio da firme prática da fé

Companheiros da Divisão dos Adultos! Estamos concluindo a 1a etapa de atividades do ano de 1999, e neste período viemos dialogando sobre alguns assuntos específicos relacionados ao item “Proteger a Família” e à diretriz eterna da Soka Gakkai, “Prática da Fé para Harmonia Familiar”. Tratamos da questão dos vícios, do relacionamento familiar e da economia familiar. De toda forma, através desses proveitosos diálogos, sentimos a grande importância de lançarmo-nos numa fervorosa prática da fé capaz de transformar todas as questões que nos causam sofrimentos.

Nesta oportunidade, fechando a etapa, vamos destacar os depoimentos de alguns companheiros que, por meio de uma sincera prática da fé, venceram ou estão vencendo as dificuldades com coragem e determinação:

1)Francisco Miranda, responsável de comunidade, que com seriedade está desafiando e vencendo o alcoolismo, nos relata o seguinte: “Estou completando 56 anos de idade e comecei a beber aos 22, tornando-me um viciado. Tentei largar este vício várias vezes, mas nunca consegui abster-me por mais de seis meses, e sempre acabava voltando. A minha esposa iniciou a prática no budismo por causa do meu problema — ela é uma heroína, pois sofreu por minha causa por mais de 30 anos. Enquanto estava trabalhando, ainda conseguia controlar-me um pouco, mas após a minha aposentadoria em 1996, passei a beber compulsivamente, e transformei a minha vida e o meu lar num verdadeiro inferno. Até que em fevereiro do ano passado decidi abandonar definitivamente o vício e iniciei um tratamento anti-alcoólico, e com muita força de vontade, estou finalmente vencendo mais esta batalha em minha vida. O tratamento é importante, mas o que mais tem contribuído para manter a minha firme decisão é o Daimoku e o apoio da minha família e o incentivo de meus companheiros de luta.”

2) Júlio de Oliveira, responsável de comunidade, nos relata sua recente experiência no relacionamento familiar: “Todos nós sabemos que entre os fatores mais importantes num relacionamento entre um homem e uma mulher estão o amor e a compreensão mútua. Apesar de eu e minha esposa sabermos disso, nossa vida de casados não estava indo bem. Não que estivéssemos brigando, mas não havia interesse em saber do dia-a-dia de cada um. Nessa época comecei a refletir: Como um praticante do Verdadeiro Budismo de Nitiren Daishonin poderia estar passando por isso? Refleti muito e cheguei à conclusão de que faltava diálogo e interesse de minha parte. Então, em meio aos ensaios e à luta para o festival que seria realizado na área, comecei a intensificar a minha prática da fé e a incentivar minha esposa e minhas filhas. A partir de então começou a transformação em meu lar. Hoje estou vivendo muito bem com as minha filhas; e eu e minha esposa, parecemos um casal de namorados.”

3) Osmar Tajima, responsável de área geral, nos incentiva a desafiar e a vencer diversas circunstâncias negativas, com o espírito de jamais ser derrotado, através do seguinte relato: “Em meados de 1994, a empresa em que eu trabalhava há mais de 25 anos foi à falência. Fiquei sem receber nada. Com a idade acima dos 40 anos, considerado velho para competir profissionalmente, fiquei alguns meses desempregado. Mas mesmo nesse período, jamais deixei de incentivar meus companheiros de luta. Para manter a minha família, vendi os carros que tinha e utilizei minha pequena reserva financeira que acabou rapidamente. Mesmo tendo um bom currículo e com dois cursos superiores, não consegui emprego na área onde era mais habilitado. Sem escolha, iniciei minha atividade na área comercial sem nenhuma experiência e assumi a gerência após dois anos. Paralelamente a essa luta, contraí uma doença muito grave que me deixou hospitalizado por mais de três meses à beira da morte. E quando retornei ao trabalho, para minha surpresa havia sido promovido para um cargo maior e com um melhor salário, podendo assim dedicar-me ainda mais à luta pelo Kossen-rufu. Durante esses anos, realizei mais de 5 milhões de Daimoku, e jamais deixei de me dedicar nas atividades — participei ativamente do Kofu e jamais duvidei do Gohonzon. Certamente, esses pontos foram fundamentais para vencer todos os obstáculos. Ciente de que a missão incumbida a mim nesta existência é provar a veracidade do budismo, não espero bons ventos a meu favor, mas em meio às tempestades que ainda estou enfrentando e que vão surgir, pretendo conquistar grandes realizações. Tenho muitos companheiros me assistindo e certamente não vou decepcioná-los.”

Da mesma forma que os nossos companheiros que, por meio de seus depoimentos demonstraram a determinação de transformar suas vidas, cada um de nós também tem experiências obtidas por meio da prática da fé. Dessa forma, que tal relatarmos também as nossas próprias experiências?