BAILAR CELESTIAL - 24

Seus familiares haviam se convertido havia seis anos, logo depois que Masatsugu fora para Tóquio trabalhar na metalúrgica. Embora soubesse por carta que haviam ingressado na Soka Gakkai, Masatsugu não demonstrara qualquer interesse pela religião.

Ao entrar na casa de seus pais, percebeu um ambiente completamente diferente. Ficou de certa forma espantado ao ver o rosto radiante e feliz deles.

Aquela feição cansada ante as dificuldades da vida e o ambiente familiar repleto de lamúrias haviam desaparecido. Toda a casa parecia um jardim de sorrisos.

Ao ver o saudoso rosto de sua mãe, Masatsugu lhe disse:

— A senhora parece estar muito feliz.

Seu irmão explicou-lhe prontamente:

— Desde que ingressamos na Gakkai, conseguimos obter a convicção de que podemos ultrapassar qualquer dificuldade e conquistar uma vida verdadeiramente feliz.

Masatsugu começou a se interessar pela Gakkai e pela prática do budismo. A academia de sumô que freqüentava em Tóquio ficava próxima do auditório da Universidade do Japão onde a Gakkai realizava seus grandes eventos, e ele havia notado o aspecto dinâmico dos jovens que coordenavam o movimento dos participantes. Por isso, quando seu irmão lhe recomendou a prática do budismo, aceitou-a imediatamente. Contudo, achava que teria de passar por algum teste para ser admitido como membro da Gakkai.

— Provavelmente não serei aprovado porque não sei ler o sutra nem fazer as orações como você.

Seu irmão sorriu e disse:

— Não se preocupe. Na Gakkai não há nenhum tipo de teste. Com relação ao Gongyo, basta você treinar e aprender a recitar gradativamente. O mais importante é não abandonar a prática budista, haja o que houver. Mesmo que as pessoas riam de você e sejam contra a Soka Gakkai, mantenha firme sua decisão de praticar o budismo.

A conversão de Masatsugu ocorreu um ano antes do Festival Cultural de Tóquio.

Voltando a Tóquio, foi morar no apartamento de um amigo e começou a procurar emprego.