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Experiência & Comportamento

Com a prática budista, todo esforço jamais é em vão

Muitas pessoas acreditam que o fato de possuir uma boa condição financeira é o suficiente para garantir uma vida feliz. Porém, como sempre orienta o presidente Ikeda, isso não é o mais importante. O fundamental, como ele enfatiza, é estabelecer uma base interior sólida e desenvolver a sabedoria de viver alegremente, mesmo em condições desfavoráveis. Mônica Bento de Oliveira Costa, responsável pela DF de bloco da Comunidade Boa Esperança, pertencente à Subcoordenadoria Centro-Sul Fluminense da Coordenadoria do Rio de Janeiro, comprovou isso em sua própria vida.

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30/08/2003

Com a prática budista, todo esforço jamais é em vão
Mônica é uma dessas pessoas que tinha uma vida financeira estável. Seu pai trabalhava em uma multinacional e, por isso, proporcionava boas condições à família, constituída de seis filhos e a esposa. Porém, outros problemas os assolavam: saúde nem sempre boa e a desarmonia na família. Devido a isso, a família não se considerava completamente feliz. Sua mãe, por exemplo, constantemente tinha dores de cabeça fortíssimas e mal-estar que duravam dias. As irmãs de Mônica também sempre estavam doentes, com cerca de quarenta graus de febre e que se manifestava apenas à noite. Em conseqüência disso, seu pai, após um dia de batalha no trabalho, muitas vezes cansado, tinha de sair às pressas tarde da noite para lavá-las ao médico. Mas o motivo dessas febres, e à noite, era desconhecido.

Tentando soluções para seus problemas, a mãe de Mônica freqüentava centros espíritas, onde ficava cerca de dois dias. E Mônica, ainda pequena, tinha de cuidar dos irmãos. Por essas razões, isso acarretava ainda mais desarmonia em seu lar. “Era um inferno em família”, diz Mônica. Foi em meio a essa confusão que a família conheceu o Budismo Nitiren, por intermédio da manicure de sua mãe.

Iniciando a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, logo sua mãe sentiu alguma diferença: aquela dor de cabeça que quase a impossibilitava de fazer qualquer coisa, deixando-a de cama, passou a se manifestar com menos freqüência. Percebendo esse benefício, Mônica também resolveu praticar o budismo. “Achava o máximo recitar Daimoku, pois me sentia muito bem”, diz Mônica com alegria. Naquela época, apesar de bastante jovem, ela já tinha muitas responsabilidades em casa, procurando ajudar sua mãe.

Achando a oração estranha, todas as vezes que a mãe de Mônica recitava Daimoku, seu pai levava os filhos para tomar sorvete na padaria para que não tivessem contato com algo que ele considerava diferente. Porém, mais tarde, percebendo a mudança em sua esposa, ele também revolveu iniciar a prática. Dois anos depois eles receberam o Gohonzon.

Mas as dificuldades ainda persistiam, como mostrando que ainda faltava muito para superá-las, mesmo já sendo budista. Primeiro, Mônica teve infecção nos rins e, por isso, quase perdeu um ano escolar. Mas, com Daimoku, superou esse problema. Depois, seu pai perdeu o emprego e a situação financeira da família ficou ruim. Mesmo assim, entendendo que desta vez estavam erradicando o mau carma, não desanimaram.

Um dos irmãos de Mônica, revoltado com a situação, tornou-se violento, querendo muitas vezes até agredir o próprio pai. E Mônica, diante de toda essa situação, começou a ter crises depressivas, não sentindo nem mesmo vontade de comer.

Persistindo na recitação do Daimoku, logo seu pai conseguiu emprego em outra grande empresa. Nessa época, Mônica já atuava na Divisão Feminina de Jovens e pertencia à banda feminina Nova Era Kotekitai (NEK). Mesmo enfrentando ainda fortes crises depressivas, ela não deixava de incentivar suas companheiras.

A empresa em que seu pai trabalhava resolveu mudar-se para um local distante. Por conseqüência disso, a família de Mônica também resolveu se mudar para uma cidade mais próxima do trabalho de seu pai, Petrópolis. “Pensei que com essa mudança as coisas melhorariam. Porém, foi um grande engano! Em menos de um ano, a empresa em que meu pai trabalhava faliu, e todos ficaram sem emprego. Meu pai ficou tão angustiado que sofreu um enfarte de sérias proporções. Com isso, eu e meus irmãos tivemos de arrumar emprego para manter a casa. Meus parentes, que não praticavam o budismo, ofereceram-nos ajuda financeira. Moramos por quase dez anos em Petrópolis. Foi um período difícil. Mas foi lá que amadurecemos, crescemos e aprendemos a vencer os obstáculos da vida”, relata Mônica.

Como fruto da prática, seu pai foi operado por uma excelente equipe médica em São Paulo, sendo tudo coberto pelo plano médico da empresa, mesmo desligado dela. “Senti uma enorme gratidão ao Gohonzon”, lembra Mônica.

Chegara então o ano de 1993 e o presidente Ikeda viria ao Brasil. No Rio de Janeiro, foi organizado um mini-show para recebê-lo. Mônica participou do evento pela NEK. Ela conta: “Na época, tive de desafiar muitos obstáculos. Como morávamos em Petrópolis, eu e meus irmãos tínhamos altos gastos com passagens para participar dos ensaios, além de ter de comprar uniformes. Eu, particularmente, ainda tinha outro desafio: trabalhava aos finais de semana. Foi uma grande batalha. Mas foi maravilhoso. Diante do mestre, determinei que eu e minha família seríamos felizes incondicionalmente.”

Assim, determinada a criar uma nova história, Mônica e seus familiares continuaram se dedicando à prática budista, superando cada uma das dificuldades que se manifestavam tentando tirá-los do caminho que haviam determinado criar.

Nesse período, Mônica conheceu um rapaz que pertencia à banda masculina Taiyo Ongakutai e que em todos os ensaios para o mini-show a observava. Porém, ela o dispensou, não querendo nada naquele momento. Mas o destino os aguardava.

Seu pai já não tinha mais a estabilidade financeira de antes. Mesmo assim, com os olhares voltados para seus objetivos, juntamente com seus familiares, Mônica jamais desanimou e logo os benefícios começaram a surgir. Como fruto da dedicação de sua família, a organização em Petrópolis cresceu e logo transformou-se em duas comunidades, repletas de jovens.

Em 1998, Mônica recebeu uma boa proposta de trabalho no Rio de Janeiro. Por isso, ela retornou à sua cidade natal. Sua dedicação foi ainda mais intensa, pois moraria sozinha no Rio de Janeiro e, atuando como responsável pela DFJ de área, tinha de participar nas atividades em cidades distantes, incluindo Petrópolis.

Por meio de um amigo, seu pai também conseguiu um emprego no Rio de Janeiro. Apesar de o salário e a função serem abaixo dos que ele tinha antes, ele aceitou e todos os seus familiares retornaram ao Rio, enfrentando ainda sérias dificuldades financeiras. “Apesar de todas as dificuldades, tinha muita convicção no Gohonzon e buscava fortalecer cada vez mais a relação de mestre e discípulo com a certeza de que tudo mudaria para melhor”, comenta Mônica. E essa sua convicção, aliada à prática da fé e à dedicação em prol da felicidade das pessoas, era tão forte que logo trouxe bons frutos. Por exemplo, ela conseguiu retornar aos estudos de língua estrangeira e ingressar em uma faculdade, um sonho acalentado há anos.

No final de 2002, seu pai foi chamado para trabalhar em uma ótima empresa à qual ele havia enviado um currículo. Mesmo com a idade avançada, foi contratado pelo diretor da empresa, que ficou admirado com sua experiência profissional.

Atualmente, alguns dos irmãos de Mônica trabalham e estão casados, todos praticando o budismo e possuindo casa própria. Aquele seu irmão que algumas vezes queria agredir seu pai, hoje o respeita profundamente. Além disso, seus pais desfrutam de boa saúde e Mônica se casou. Com quem? Com aquele rapaz do Taiyo Ongakutai, com o qual não se interessou no início. “Somos muito felizes e, juntos, nos dedicamos em prol do Kossen-rufu”, conclui Mônica, feliz.

Com seu relato, uma lição se aprende: nenhum sofrimento, apesar de muitas vezes parecer não ter solução, é eterno e todo esforço aliado à prática budista jamais é em vão, proporcionando imensuráveis benefícios.

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