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O Objeto de Devoção para a Observação da Mente estabelecido no quinto período de quinhentos anos após o falecimento do Buda (Cont 3)

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30/08/2003

O Objeto de Devoção para a Observação da Mente estabelecido no quinto período de quinhentos anos após o falecimento do Buda (Cont 3)
Nesta parte, é apresentada a classificação segundo a preparação, a revelação e a transmissão dos ensinos teóricos do Sutra de Lótus. A frase “O Buda do ensino teórico declarou ter atingido o Estado de Buda pela primeira vez nesta vida. Ele revelou os Cem Mundos e os Mil Fatores Inerentes na Vida, mas não expôs a sua natureza eterna.” mostra claramente que pelo conceito de iluminação exposto no ensino teórico, embora tenha revelado os Cem Mundos e os Mil Fatores, não elucida a natureza eterna da vida. O Buda do ensino teórico corresponde à iluminação de Sakyamuni alcançada em sua existência na Índia e, portanto, de natureza transitória.

Parte 23:

A preparação, a revelação e a transmissão estão também presentes nos quatorze capítulos do ensino essencial do Sutra de Lótus. A primeira metade do Capítulo Yujutsu (Emergindo da Terra) é a preparação. A metade final deste capítulo, o Capítulo Juryo e a primeira metade do capítulo seguinte, Fumbetsu Kudoku — um capítulo e duas metades — são a revelação. O restante é a transmissão.

O Buda do ensino essencial nega que ele tenha alcançado o estado de Buda nesta existência. A diferença entre os ensinos teórico e essencial é tão vasta quanto o céu e a terra. Este último revela a eternidade dos Dez Mundos e ainda o domínio do ambiente natural. O ensino teórico, os ensinos dos Quatro Primeiros Sabores, o Sutra Muryogui e o Sutra Nirvana foram todos expostos de acordo com a capacidade das pessoas (Zui-tai-i). Todos estes ensinos, que se enquadram como as três categorias de pregação(12), são fáceis de acreditar e de compreender. Em contrapartida, os ensinos essenciais transcendem as três categorias e são difíceis de acreditar e de compreender, pois revelam diretamente a própria iluminação do Buda (Zui-ji-i). Não obstante, mesmo a diferença entre a doutrina dos Três Mil Mundos em uma Existência Momentânea da Vida do ensino teórico e a do ensino essencial se torna insignificante [antes do ensino último contido nas profundezas do capítulo Juryo].

Nesta parte, Daishonin apresenta a classificação, segundo a preparação, a revelação e a transmissão dos ensinos essenciais (segunda metade) do Sutra de Lótus. No ensino essencial, é revelada a iluminação de Sakyamuni em um passado remoto, refutando o conceito apresentado no ensino teórico da iluminação em sua existência na Índia. A frase “Este último revela a eternidade dos Dez Mundos e ainda o domínio do ambiente natural.” mostra que no capítulo Juryo do ensino essencial, Sakyamuni, desde o remoto passado quando alcançou a iluminação, veio salvando as pessoas manifestando os mais variados aspectos dos Dez Mundos. Além disso, no ensino essencial, o mundo saha é considerado o palco da atuação do Buda desde o remoto passado, o que indica a eternidade da terra onde habitam os seres, isto é o domínio do ambiente natural. Assim, tudo indica que a lei mística dos Três Mil Mundos em uma Existência Momentânea da Vida fora aqui revelada. Porém, através da frase “Não obstante, mesmo a diferença entre a doutrina dos Três Mil Mundos em uma Existência Momentânea da Vida do ensino teórico e a do ensino essencial se torna insignificante” Daishonin esclarece que o “verdadeiro objeto de devoção para a observação da mente” ainda não está revelado. Com certeza, a superioridade do ensino essencial sobre o ensino teórico é inegável, sendo a diferença entre eles, “tão vasta quanto o céu e a terra”. Porém, mesmo o ensino essencial não possui o poder de conduzir as pessoas após a morte do Buda Sakyamuni à percepção da grandiosidade da eterna vida dos Três Mil Mundos em uma Existência Momentânea, isto é, a iluminação, razão pela qual não poderia ser considerado o “verdadeiro objeto de devoção para a observação da mente”. E, analisado sob este ponto de vista, Daishonin afirma que “a diferença entre a doutrina dos Três Mil Mundos em uma Existência Momentânea da Vida do ensino teórico e a do ensino essencial se torna insignificante”. Em outras palavras, quando comparado ao Nam-myoho-rengue-kyo, oculto nas profundezas do capítulo Juryo, que é o “objeto de devoção para a observação da mente” de inúmeras pessoas, a própria diferença entre os ensinos essencial e teórico se torna insignificante.

Parte 24:

O ensino essencial(13) [contido nas profundezas do capítulo Juryo] também possui a preparação, a revelação e a transmissão. O Buda Sakyamuni pregou o Sutra de Lótus no passado como o décimo sexto filho do Buda da Excelente Sabedoria Universal. Quando surgiu na presente existência [na Índia], ele também pregou seus ensinos por cerca de cinqüenta anos, desde o Sutra Kegon até os quatorze capítulos do ensino teórico [do Sutra de Lótus] e o Sutra do Nirvana. Todos estes sutras, assim como os incontáveis sutras dos Budas das Dez Direções e das Três Existências são a preparação para revelar [o coração] do capítulo Juryo.

Todos os ensinos que não são “um capítulo e duas metades” são o Hinayana em sua natureza e errôneos. Estes falham não só em conduzir à iluminação como também carecem da verdade. Aqueles que crêem nesses ensinos são de pouca virtude e muita sujeira, ignorantes, pobres, solitários e comparáveis a pássaros e animais que desconhecem os próprios pais.

A primeira metade do Sutra de Lótus e os sutras que o precedem contêm o ensino perfeito, porém, não são a causa para o estado de Buda. Menos ainda, são os ensinos de natureza Hinayana, tal como o Sutra Mahavairocana. É fora de questão pensar que os seguidores e os mestres das sete escolas, incluindo o Kegon e o Shingon (Verdadeira Palavra), tenham pregado a causa para se alcançar o estado de Buda.

Estes sutras inferiores parecem cair dentro dos ensinos Tripitaka, dos ensinos da conexão e dos ensinos específicos, mas na realidade não são melhores do que os dois inferiores. Eles podem sustentar que suas doutrinas são incomparavelmente profundas, mas em nenhum lugar esclarecem quando o Buda plantou as sementes do estado de Buda e nem quando ele as nutriu e as colheu. Essas doutrinas não são diferentes do Hinayana, que requer que a pessoa reduza seu corpo a cinzas e aniquile sua consciência, pois não revela quando o Buda começou a ensinar e quando o completou. Se uma rainha conceber com um escravo, seu bebê se tornará um desterrado.

Nesta parte, Daishonin aprofunda ainda mais a análise do ensino essencial do Sutra de Lótus, aplicando o conceito da preparação, revelação e transmissão à essência contida no capítulo Juryo, que é o Nam-myoho-rengue-kyo. Daishonin utiliza o termo ”ensino essencial“ no início desta parte não para se referir à segunda metade do Sutra de Lótus, mas sim ao ”coração“ do capítulo Juryo. E assim, revela que o Buda e a Lei a constituíram como o “objeto de devoção para a observação da mente” que estão ocultos nas profundezas do capítulo Juryo. Afirma também que todos os inumeráveis ensinos expostos por Sakyamuni desde o passado remoto como o décimo sexto filho do Buda da Excelente Sabedoria Universal, bem como os ensinos pré-Sutra de Lótus, o ensino teórico e o Sutra do Nirvana revelados durante sua existência na Índia, nada mais eram que o ”ensino da preparação“ para “revelar [o coração] do capítulo Juryo”.

Daishonin mostra também na frase “Não são a causa para o estado de Buda” que os ensinos pré-Sutra de Lótus e o ensino teórico, mesmo que aparentem profundidade em seus ensinamentos, não elucidam a causa ou a semente para o Estado de Buda com a qual as pessoas possam atingir a iluminação. Por outro lado, em relação aos ensinos Mahayana, Daishonin declara que estes não elucidam o conceito de semeadura, maturação e colheita do estado de Buda, na frase a seguir: “Eles podem sustentar que suas doutrinas são incomparavelmente profundas, mas em nenhum lugar esclarecem quando o Buda plantou as sementes do estado de Buda e nem quando ele as nutriu e as colheu”.

Portanto, o ponto mais importante é que o ”ensino da revelação“ relativo a este ponto de vista, embora mencionado textualmente como ”um capítulo e duas metades“ ou o ”capítulo Juryo“, essencialmente se refere à Lei (a causa ou a semente para o estado de Buda) e ao Buda (a plantar esta semente na vida de todas as pessoas) ocultos de forma secreta nas suas profundezas.

Parte 25:

O segundo ao nono capítulo do ensino teórico parecem ter sido expostos para as pessoas dos Dois Veículos em vez de ter sido para as pessoas comuns e Bodhisattvas durante a existência de Sakyamuni. De um ponto de vista mais profundo, estão destinados para as pessoas comuns após o falecimento do Buda nos Primeiros, Médios e Últimos Dias da Lei e, em particular, para as pessoas comuns no começo dos Últimos Dias.

Pergunta: Com que autoridade o senhor diz assim?

Resposta: O Capítulo Hosshi do Sutra de Lótus afirma: “Como o ódio e a inveja em relação a este sutra manifestam-se abundantemente mesmo durante a existência do Buda, quão pior será no mundo após o seu falecimento?” O Capítulo Hoto (Torre de Tesouro) diz: “Eles [os Budas] desejam que a Lei seja mantida eternamente... Todos os outros Budas aqui reunidos certamente compreendem que este é o nosso desejo”. Examine o que os capítulos Kanji (Devoção Encorajadora) e Anrakugyo afirmam a respeito do futuro. O ensino teórico foi pregado para as pessoas após o falecimento do Buda.

Em relação ao ensino essencial, este foi endereçado exclusivamente para as pessoas do início dos Últimos Dias da Lei. Superficialmente, o Buda parece ter pregado este ensino para a iluminação das pessoas de seus dias; ele plantou a semente do estado de Buda em suas vidas no remoto passado [de Gohyaku Jintengo], e nutriu-a com a sua pregação como o décimo sexto filho do Buda da Excelente Sabedoria Universal [em Sanzen Jintengo], e com os ensinos dos quatro primeiros sabores e o ensino teórico nesta existência. Então, por meio do ensino essencial, ele conduziu seus seguidores à quase perfeita iluminação e, finalmente, à perfeita iluminação.

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