marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Cile Logotipo
Nova Revolução Humana

Construindo pontes - 31

download do ícone
ícone de compartilhamento

21/04/2012

Construindo pontes - 31
Batendo na mesa, o vice-presidente da Sociedade Soviética-Japão, Ivan Kovalenko, disse a Shin-iti Yamamoto com olhar severo:

— A Soka Gakkai não deve se fazer inimiga da União Soviética apoiando um tratado que é antagônico para este país!, sua voz demonstrava que não toleraria ser contrariado.

Shin-iti sorriu e comentou:

— Sua mão não dói?

Kovalenko, completamente desconsertado, olhou para Shin-iti, que disse de forma gentil:

— Sr. Kovalenko, não vim para seu país me engajar em negociações políticas. Aceitei o convite para visitar a URSS como uma pessoa comum e como educador. Gostaria de ajudar a abrir caminho para um intercâmbio educacional, cultural e não governamental entre os dois países na direção a uma amizade duradoura.

Batendo na mesa também, Shin-iti olhou incisivamente nos olhos de Kovalenko e acrescentou:

— Atitude inflexível e dominadora somente fará as pessoas sentirem desprezo pela União Soviética, e elas pensarão que é um país que não se empenha no diálogo, o que só trará desvantagens para você.

Com um sorriso, Shin-iti continuou:

— É realmente necessário que a URSS se preocupe com o tipo de tratado que Japão e China negociam? Tudo o que a União Soviética precisa fazer é firmar seu próprio tratado bilateral com o Japão, o que cria uma relação ainda mais forte e mais próxima do que no acordo entre Japão e China. Se os líderes da URSS agirem com mente aberta, ganharão a confiança das pessoas no mundo todo.

O diálogo seguiu num ritmo animado. No final, Shin-iti disse:

— Minha esperança é que nossos países criem laços de verdadeira amizade. Para isso, é importante dizer o que se pensa, franca e abertamente. Vamos dialogar sempre e trocar opiniões livremente.

Depois daquela noite, Kovalenko visitou Shin-iti várias vezes em seu quarto no hotel, e eles tiveram inúmeras conversas francas. Às vezes, argumentavam batendo os punhos sobre a mesa como naquela primeira noite, e assim se tornaram bons amigos.

Quando corajosamente falamos a verdade, somos capazes de tocar o coração dos outros e permitir que sementes de confiança sejam cultivadas. Esse é o verdadeiro espírito do Chakubuku.

Compartilhar nas