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Ensaio Sobre a Mulher

[11] Visando ao novo século da “Ciência Econômica do Amor”

Esta série de ensaios do presidente da SGI, Daisaku Ikeda, dedicada especialmente às mulheres, foi publicada originalmente na revista japonesa Pumpkin, da Editora Ushio, e traduzida para o português pelo Grupo de Estudos de Língua Portuguesa do Departamento Internacional da Divisão Feminina de Jovens.

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01/02/2004

[11] Visando ao novo século da “Ciência Econômica do Amor”
Na Faculdade Feminina Soka, da qual sou o fundador, a estátua da grande cientista Marie Curie, vencedora de dois Prêmios Nobel, observa o cotidiano das jovens estudantes.

A primeira coisa que Marie comprou ao se casar com Pierre, seu parceiro de pesquisas, foi um caderno de anotações do orçamento doméstico.

Para manter o controle das finanças com a modesta renda, Marie fazia suas compras na feira logo cedo, antes de ir para a faculdade. Era ela própria quem cozinhava, apesar de não estar acostumada. À noite, anotava minuciosamente no caderno todos os gastos do dia. Isso se tornou uma de suas tarefas diárias juntamente com suas experiências científicas.

Pode-se dizer que esse caderno de despesas da casa era um registro de dados de seus experimentos da vida diária e se tornou a fonte de sabedoria para estabelecer um caminho seguro rumo à vitória.

Meu mestre, o presidente Toda, costumava orientar com rigor: “Um lar sem disciplina e sem controle das finanças é infeliz, jamais prosperará. Uma família que se preocupa com a estabilidade econômica valoriza a vida e pode desfrutar segurança e saúde. Por essa razão, é importante controlar minuciosamente os gastos diários em um caderno.”

A sabedoria para a revolução financeira familiar surge desse esforço compenetrado.

Evitar gastos desnecessários, manusear aparelhos e utensílios com cuidado, procurar economizar água e luz — a soma de pequenos cuidados como esses trarão grandes resultados com o tempo.

“Na realidade, toda ciência econômica se inicia dentro de nossa sacola de compras”, essa é a filosofia da futuróloga norte-americana Hazel Henderson, com quem me encontrei recentemente.

Como mãe, a Dra. Henderson impulsionou grandes ondas, integrando movimentos civis e promovendo intensos diálogos em pequenos grupos. Os afazeres domésticos, a educação dos filhos e ainda o trabalho voluntário em benefício da sociedade realizado pelas mulheres são para ela a “Ciência Econômica do Amor” e atribui a essas ações a mais elevada importância.

Na literatura budista há uma história intitulada “A mulher pobre e a lamparina”. Conta a história que a chama da lamparina, um oferecimento de luz feito com toda sinceridade por uma mulher humilde e idosa, não se apagou mesmo com fortes ventos e iluminou o mundo todo com muito mais intensidade do que as inúmeras lamparinas do rei que se vangloriava de seu poder e de sua fortuna.

O século XXI é o século em que a chama ardente do coração das mulheres vencerá e suplantará a tudo.

(Pumpkin, Editora Ushio, edição de dezembro de 2000.)

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