Conheça o Budismo
BS
Saboreie a Felicidade
DA REDAÇÃO
31/12/2014
O objetivo do budismo é que sua vida interna seja rica, intensa e o liberte das circunstâncias externas. Em tempos bons ou ruins, uma pessoa de fé mantém intacto o bem-estar interior e com essa energia muda qualquer situação para melhor. Isso acontece porque ela cultiva um estado mental autônomo, abundante em riquezas espirituais.
Como ensinado no budismo, fé firme é o “tesouro do coração”, composto, além de tudo, de excelente caráter. Uma pessoa de fé forte tem consciência da própria vida e usufrui de cada momento, seja ele positivo, seja ele negativo.
Gente de fé vence o ambiente externo porque seu mundo interno é uma montanha de otimismo e alegria. O presidente Ikeda afirma que “ter fé é viver fiel a nós mesmos, como somos, e manifestar um estado em que dizemos sinceramente: ‘Ah!, sinto a verdadeira satisfação’, ‘Minha vida é uma grande vitória’. Isto sim é ‘paz e felicidade’” (BS, ed. 1.447, 7 fev. 1998, p. 3).
Presidente Ikeda ensina a receita para ser feliz
Um excelente chef de cozinha sabe que comida boa começa com ingredientes certos, escolhidos a dedo, de qualidade. Quando o assunto é felicidade, eles devem ser colhidos dentro de você. Quem é feliz por dentro é feliz por fora; e ser feliz por dentro é ter fé. O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, propõe seis itens da felicidade: satisfação, profunda filosofia, forte convicção, alegria e entusiasmo, coragem e tolerância.
1. Satisfação
É viver feliz e exultante todos os dias, com sensação da tarefa cumprida e senso de profunda realização. É uma satisfação mental inconfundível. No budismo, começamos o dia diante do Gohonzon recitando gongyo e daimoku; esse ato por si só é “um profundo senso de contentamento nas profundezas do nosso ser que nada pode ultrapassar”, afirma o presidente Ikeda. A manhã de um membro da SGI é banhada pelo sol revigorante do gongyo e do daimoku e se fosse só por esse fato nossa vida seria plenamente satisfatória.
2. Profunda filosofia
Pessoa feliz tem filosofia profunda e valorosa. Traduzimos em ações a filosofia da dignidade da vida ensinada no Budismo de Nichiren Daishonin. Mesmo em meio a dificuldades pessoais recitamos daimoku e agimos energicamente pela felicidade das pessoas, nos empenhamos em organizar e executar atividades pelo kossen-rufu, nossos problemas são incentivo às pessoas além de impulso para a prosperidade da sociedade. Essa maneira de viver está embasada numa profunda filosofia e nada gera mais bem-estar e felicidade.
3. Convicção
Ser feliz é ter forte confiança no que acredita e distinguir claramente o bem do mal, o certo do errado. Convicção é ter inabalável força mental para manter-se no caminho que escolheu. No budismo, vivemos por um bem maior — o kosen-rufu, a felicidade de si e de todos ao redor; temos firmeza de propósito e não nos desviamos dessa rota nem por tentações nem por ameaças. A base dessa força é o brado de Daishonin: “Mesmo que os deuses me abandonem e todas as espécies de dificuldades me ocorram, ainda assim darei minha vida pela Lei”.
4. Alegria e entusiasmo
É feliz quem vive sempre de forma positiva e com entusiasmo. Quem é alegre e bem-humorado eleva o ânimo e faz brilhar o coração de todos com quem se encontra. No budismo, a prática da fé torna a personalidade radiante porque manifesta arrojo, sabedoria e alegria e esses três conduzem à felicidade. Inclusive há discernimento para não permitir que ninguém tire vantagem da nossa boa natureza. Aprendemos a direcionar tudo de forma positiva, encarando as coisas pela melhor perspectiva sem nunca, é claro, tirar os olhos da realidade.
5. Coragem
A coragem é a energia que supera tudo. Os covardes falham em saborear as verdadeiras e profundas alegrias da vida. No budismo, “a fé na Lei Mística possibilita-nos criar e desenvolver a força interior ao máximo. Eis por que ter uma fé corajosa é tão importante. Não vamos saborear a verdadeira força benéfica da Lei Mística se não tivermos coragem” (BS, ed. 2.002. 5 set. 2009, p. A2).
6. Tolerância
Ser feliz é ser tolerante, ter mente aberta a ponto de deixar as pessoas ao redor confortáveis, tranquilas. Pessoas rígidas e intolerantes que criticam as demais pelas menores coisas ou fazem estardalhaço todas as vezes que surgem problemas apenas cansam e inspiram medo. No budismo, praticamos constantemente o shakubuku, o ato de maior tolerância e compaixão que, além de tudo, traz a prosperidade social.
Felicidade é força mental
A proposta budista é interessante porque os ingredientes da felicidade são internos; portanto, nunca haverá escassez.
Ao analisar com acuidade, nota-se que todos eles se referem a forças vitais, mentais. Uma vez que estamos vivos, temos todos esses ingredientes em nosso ser. Salsinha, cebolinha, peixe, coentro e pimenta são adquiridos fora. Mas os seis citados pelo presidente Ikeda são internos e os temos em abundância. Como obtê-los? Por meio da prática budista! Ele mesmo afirma que “todos [os itens citados acima] estão definitivamente expressos pela simples palavra ‘fé’. Uma vida baseada na fé é uma vida de insuperável alegria” (BS, ed. 2.227, 17 maio 2014, p. B1). Felicidade é usufruir desses ingredientes a cada momento e usá-los para o cotidiano ficar saboroso, repleto de benefícios e boa sorte.
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