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Caderno das Divisões

Foco na família

A harmonia familiar começa a partir da própria transformação, sendo as pessoas o espelho da sua atitude, afirma o presidente Ikeda

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09/11/2019

Foco na família

A revolução humana de uma única pessoa certamente conduzirá toda a família para uma transformação positiva. Eis um caloroso incentivo do presidente Ikeda, que aquece o coração dos que anseiam pela felicidade e união dentro do lar. Vamos então compartilhar com todas alguns tópicos de orientações sobre a “Prática da fé para criar a harmonia familiar”, a primeira das “Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai”.

Se analisarmos do ponto de vista do budismo, podemos afirmar que o segredo para se construir uma vida familiar saudável tem origem em cada um, embasado na sincera recitação do Nam-myoho-renge-kyo ao Gohonzon. É a partir desse esforço que se faz possível estabelecer uma vida forte e segura para si e para outros, contribuindo ao mesmo tempo para a prosperidade da sociedade e para a paz mundial. A revolução humana, alicerçada na família, é a mais fundamental e duradoura; ela criará um movimento contínuo e se transformará em uma tendência que ninguém poderá deter.

Podemos relacionar a revolução humana de uma única pessoa com o surgimento do sol, que se levanta bravamente todos os dias, iluminando tudo na Terra. Ou mesmo quando um único farol reluz à noite no mar, permitindo que incontáveis embarcações possam navegar com segurança. Assim, quando há na família alguém que atua como a luz da esperança, todos se iluminam e passam a conviver de forma plena.

O presidente Ikeda incentiva: “Vocês são o sol que banha os demais com o brilho e a luz da felicidade. São faróis que guiam as pessoas ao estado de buda. São a sólida espinha dorsal da boa sorte e benefício, que levam felicidade à família. Aqueles que possuem um vínculo com o budismo virão um dia a aceitá-lo e a praticá-lo. Portanto, vivam com alegria, de maneira positiva, abraçando todos ao redor com humanismo e o coração e a mente abertos (BS, ed. 2.306, 16 jan. 2016, p. B3).

A atitude é o que cria, ou adia, a mudança. Em outra ocasião, Ikeda sensei dirigiu fortes palavras para as mulheres: “Estou falando de forma rigorosa para que todas entendam a importância do papel da mulher no destino de sua família. Se uma mulher age com perversidade, vive arrastada pela vaidade, protege seus filhos de forma errada e influencia negativamente seu marido, o que será dessa família? No final, tanto o marido como os filhos cairão na infelicidade. Espero que todas as mulheres da Gakkai, que são esposas e mães, dediquem-se à sua revolução humana pondo a prática da fé em primeiro lugar para que seu marido atue brilhantemente na Gakkai e na sociedade, criando ao mesmo tempo os filhos como digno cidadão e herdeiro de nossos ideais. No entanto, não se esqueçam de incentivar seus familiares na prática da fé” (BS, ed. 1.530, 6 nov. 1999, p. A7).

Ele também afirmou: “Em casa, em vez de tentar mudar o parceiro ou os filhos conforme o seu gosto, por que não começar com um simples ‘Muito obrigado’? Havia uma integrante da Divisão Feminina que sofrera de demência nos anos finais de sua vida, e não conseguia se lembrar nem mesmo do nome dos familiares. No entanto, quando o médico lhe perguntou qual tinha sido o momento mais feliz de sua vida, ela imediatamente respondeu: ‘Quando minha filha nasceu. Fiquei tão feliz!’. Ao ouvir isso, os olhos da filha, que estava em pé perto da mãe, encheram-se de lágrimas. ‘Muito obrigada’, disse ela. ‘Obrigada, mamãe, é tudo que eu precisava ouvir’. A filha refletiu sobre como ela sempre estava repreendendo o seu filho. ‘Sim’, pensou, ‘como fiquei feliz quando ele nasceu!’. Contudo, com o passar dos anos, impelida pela idealização do que seria uma criança perfeita, ela tentou moldar o filho para ajustá-lo ao seu modelo, priorizando apenas os pontos em que ele não satisfazia o seu ideal­, atendo-se a apontar suas falhas em um aspecto ou em outro. Ainda assim, a despeito de quanto era exigente, o filho tentava dar tudo de si para corresponder às expectativas dela. Ele era gentil com ela. Quando esses pensamentos lhe vieram à mente, um sentimento de imensa gratidão a invadiu. ‘Muito obrigada. Sou feliz simplesmente por você estar vivo e bem. Sou feliz só por você estar aqui ao meu lado. Muito obrigada.’ Ela passou a enxergar o filho com outros olhos e, de repente, possuía inúmeros motivos para ser grata e feliz. Afinal, embora fosse difícil tirá-lo da cama de manhã, ele acabava se levantando, mesmo que, às vezes, no último minuto. Isso, em si, já era algo surpreendente. Mas ela se sentia­ grata somente por ele ir para a escola com um belo sorriso no rosto a cada dia. (...) Era grata por cada dia que passava com sua família bem e segura. Ela percebeu que não dar valor a tais fatos, considerando tudo muito natural, era sintoma de arrogância profunda e impregnada da parte dela. (...) Espero que pelo menos de vez em quando olhem nos olhos de seu companheiro(a) e digam ‘Muito obrigado(a)’. Em vez de jantarem juntos em silêncio, aproveitem para expressar sua estima. No começo pode parecer um pouco embaraçoso, mas tentem, e verão como isso transforma a vida” (BS, ed. 2.306, 16 jan. 2016, p. B2).

Queridas amigas, vamos estabelecer ainda mais fortemente a harmonia familiar em nosso lar — que começa a partir da minha transformação, da minha revolução humana.

Com vivacidade, sabedoria e alegria, vamos vencer de forma absoluta. “Se houver virtude invisível, haverá recompensa visível”. Assim garante Daishonin (CEND, v. II, p. 171).

Obrigada a todas e boa sorte!

Divisão Feminina da BSGI

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