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Divisão dos Estudantes

01/08/2023

Transitoriedade da vida

Fala, pessoal. Muito prazer! Eu sou o Daisul e faço parte da Liga dos Sucessores Unidos. 

Apesar de ser um super-herói, eu não sou imortal, por isso, decidi dialogar com um veterano da minha localidade a respeito da visão do budismo sobre a vida e a morte e quero compartilhar com vocês o que aprendi.

Percepção budista

Antes de tudo, é importante saber que a questão da vida e da morte é interpretada de diferentes maneiras pelas pessoas e variam de acordo com a cultura e a religião. Para alguns, a vida é reconhecida como o bem, a racionalidade e a luz. Em contraste, a morte é percebida como o mal, o irracional e a escuridão.

No livro Desvendando os Mistérios da Vida e da Morte, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica, de maneira simples, que pela percepção budista a vida é eterna e podemos comparar o nascimento e a morte como períodos alternados de acordar e dormir. Assim como o sono nos prepara para as atividades do outro dia, a morte é um estado no qual descansamos e nos reabastecemos para uma nova existência.1

O Mestre também explica que todos os pensamentos, as palavras e as ações de uma pessoa no presente se manifestam no futuro, tanto na vida quanto na morte.2

E que, quando entendemos isso, passamos a encarar nossa existência de forma mais valorosa e elevada.

Eternidade da vida

Há uma parábola sobre esse tema que eu gostaria de compartilhar com vocês: certo dia, quando Shakyamuni estava em Shravasti, encontrou uma mãe que vagava pelas ruas carregando o filho morto. Então, ela lhe fez uma súplica:

— Por favor, dê-me um remédio para salvar meu filho.
Seus olhos estavam vermelhos e com um brilho estranho. Ao compreender a situação, Shakyamuni disse energicamente:
— Está bem. Vou preparar esse remédio. Vá para a cidade e traga-me algumas sementes de papoula.
Os olhos da mulher reluziram de esperança.
— Contudo, a senhora deve obter as sementes de papoula de uma casa onde nunca houve mortes na família.
Ela foi imediatamente para a cidade. De casa em casa, procurou pelas sementes de papoula. No entanto, mesmo que encontrasse as sementes, não havia uma casa sequer em que não houvesse a morte de alguém da família. Começou então a perceber que em todas as casas os familiares viviam com a tristeza guardada no coração de ter perdido filhos e pais. Com isso, ao mesmo tempo em que percebeu a transitoriedade da vida, descobriu que não era a única a sofrer com a perda de um filho. Tornou-se então uma seguidora de Shakyamuni e, mais tarde, passou a ser admirada como uma nobre pessoa. (Nova Revolução Humana, v. 3, p. 148)

Como vimos na história, é comum temermos o desconhecido e sofrermos pelo falecimento de quem amamos. Mas todos nós realizamos gongyo diariamente, não é mesmo?

Nas orações silenciosas, há um momento em que oramos em memória dos entes falecidos. Nichiren Daishonin ensina que as orações oferecidas por aqueles que estão vivos podem amenizar os sofrimentos e influenciar as condições do falecido quando ele renascer. De acordo com Daishonin, isso se dá porque as orações baseadas no estado de buda transcendem a vida e a morte. As orações são transmitidas ao falecido, permitindo-lhe entrar num estado de alegria como resultado da oração em seu nome. Por isso, a importância de rezar todos os dias.

A morte não é um fim mas um meio. Sobre isso, Nichiren Daishonin afirmou: “Vidas imbuídas de infinita alegria emergirão novamente depois da morte e retomarão suas atividades num novo palco, na próxima existência".3

Que maravilhoso observarmos a vida dessa forma! Eu fico por aqui, até a próxima!

Notas:
1. IKEDA, Daisaku. Desvendando os Mistérios da Vida e da Morte. Editora Brasil Seikyo: São Paulo, p. 43, 2019.
2. Ibidem, p. 115.
3. WND, v. II, p. 860.

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