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Conheça o Budismo

Faça bons amigos

Para saber mais sobre o estudo desta edição, leia as respostas do Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da BSGI

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16/03/2019

Faça bons amigos

1) Por que é tão importante ter “bons amigos”?

 

No escrito Três Mestres Tripitaka Oram por Chuva, o buda Nichiren Daishonin nos ensina: “Por isso, o melhor meio para atingir o estado de buda é encontrar um bom amigo” (CEND, v. I, p. 625).

Nos dias atuais, em razão dos intensos afazeres da vida moderna, somos induzidos, mesmo de forma involuntária, a substituir o importante e indispensável encontro pessoal com amigos e familiares por curtas mensagens enviadas por dispositivos portáteis tão populares e, relativamente, de fácil acesso. Em muitos dos casos, e principalmente devido à insegurança que sentem por sua exposição num eventual encontro pessoal, muitos jovens preferem se isolar e restringir o contato quase exclusivamente ao meio virtual, inclusive com amigos e familiares. Em alguns casos, esse mesmo comportamento de afastamento também é notado tanto da prática da fé como das atividades na organização.

O Sutra do Lótus nos ensina que “o caminho do buda é infinitamente profundo, e a sabedoria do buda, insondável” (BS, ed. 2.366, 8 abr. 2017, p. B2). Em contrapartida, por mais inteligentes que os seres humanos possam ser, sua sabedoria é limitada. A importância de participar das atividades é obter a compreensão do budismo e isso contribui para nosso aprimoramento pessoal e para desenvolver nosso estado de buda. Relacionar-se com as pessoas é essencial pelo compartilhamento de experiências, fator primordial para nossa revolução humana. Caso desejemos atingir o estado de buda, devemos nos aliar a bons e verdadeiros amigos da prática da fé. O apoio deles nos permite avançar corretamente no caminho da iluminação.

 

 

2) Devido a experiências negativas, não consigo me relacionar com as pessoas. O que fazer para superar essa questão?

 

Quando recitamos daimoku com fé no Gohonzon, decididos a superar determinado obstáculo, manifestamos força e capacidade ainda maiores. Uma vez que fortalecemos nosso estado de vida, somos capazes de transformar todas as experiências negativas em positivas, inclusive os “maus amigos” em “bons amigos”.

“Maus amigos” são aqueles que destroem o tesouro do coração. Nichiren Daishonin nos ensina a não seguir os “maus amigos”, em vez disso, devemos fazer daqueles que tentam impedir nossa prática budista nossos aliados para nos ajudar a levantar com forte fé e alcançar o estado de buda. Essa é a elevada condição de vida que levou Daishonin a afirmar em Por que Não há Proteção das Divindades Celestiais?: “Pessoas más também serão bons amigos para mim” (WND, v. II, p. 432).

“Até onde nossa sabedoria pode nos levar? Se possuímos sabedoria suficiente para distinguir o quente do frio, deveríamos procurar um bom amigo” (CEND, v. I, p. 625). Ou seja, tendemos a confiar somente em nossa escassa sabedoria e perder a humildade de ouvir os demais e ainda de demonstrar o espírito de procura pelo caminho correto. Essa é a causa da infelicidade. Daishonin nos ensina que para se atingir o estado de buda e superar todos os sofrimentos fundamentais da vida, deve-se derrubar o comodismo, superar a insegurança e sempre procurar um “bom amigo”.

No budismo, “bom amigo” representa o mestre que conduz ao caminho do desenvolvimento pela própria prática da fé, assim como os demais incentivadores membros da Soka Gakkai. Essas pessoas atuam de vários modos: apoiam os seguidores do budismo e os habilitam a praticar com segurança e paz de espírito; empenham-se lado a lado, de modo que um possa auxiliar o outro a aprimorar a própria vida com apoio e inspiração mútuos; além disso, ensinam aos demais as doutrinas e os princípios budistas, direcionando-os para o caminho da ação correta. Nós também, obviamente, podemos agir como maravilhosos bons amigos uns dos outros.

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