Brasil Seikyo
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BS
Fortalecer laços
A Divisão Sênior da Coordenadoria Baixada Sul Fluminense (CBSF), desde o ano passado, vem se empenhando em se fortalecer e a concretizar os objetivos da BSGI com o sentimento de cumprir seu juramento seigan. A coordenadoria se sagrou campeã na Seniors League, conquistando o primeiro lugar em várias etapas, além de ser a primeira do Rio de Janeiro. Neste ano, a Divisão Sênior está empenhada no fortalecimento da prática da fé de cada componente para que todos sejam vitoriosos em tudo e que juntos possam cumprir seu compromisso pelo kosen-rufu do Rio de Janeiro. Foi com essa proposta que, no fim de semana, dias 8 e 9 de fevereiro, os membros da divisão, com o apoio dos grupos Alvorada e Ohjohkai, organizaram o Movimento de Encontros de Laços de Confiança e Amizade (ELCA). Essa atividade consiste em visitas realizadas aos sábados e o encontro em cada RM no domingo, oportunidade para se aprimorar e compartilhar aprendizados e vitórias em conjunto. Segundo Sidney Oliveira, responsável pela Divisão Sênior da CBSF, o sentimento é o de jamais permitir a derrota tanto dos membros quanto das organizações. “É para que cada um viva em seu coração o sentimento de Ikeda sensei, de não deixar ninguém para trás, de que a vida de cada pessoa tem grande importância e significado e que todos juntos possam realmente transformar o Rio de Janeiro na Terra da Luz Eternamente Tranquila.” Para esse nobre objetivo, de forma virtual, recitam daimoku todas as segundas-feiras, para que os membros sejam incentivados a realizar sua prática individual diária e a se fortalecer a cada dia. “Com o coração ligado ao de Ikeda sensei, o sênior da CBSF vai vencer”, sela Sidney Oliveira. Inspiradoras visitas — Fotos: Colaboração local Daimoku Nacional do Grupo Alvorada No Budismo de Nichiren Daishonin, a oração é originalmente um juramento, e sua essência é o kosen-rufu. Assim, convidamos os pilares de ouro, todo dia 24 do mês, a fazer juntos a oração no “Daimoku Nacional do Alvorada”, criando as condições para a vitória de toda a BSGI.
20/02/2025
Mensagem
BS
Divisão Sênior de forte sabedoria, paixão e vigor renovado
Queridos integrantes da Divisão Sênior, Com imensa alegria e profunda determinação, damos início ao “Ano do Alçar Voo da Força Jovem Mundial”, um marco que inaugura a fase dourada de avanços e de vitórias em nossa organização. Este ano se destaca por ser de profundos significados, enquanto os próximos cinco anos, até 2030, serão decisivos. Um tempo crucial para concretizarmos uma luta que impulsionará o movimento pelo kosen-rufu com a força e o vigor de “Cinquenta anos em cinco”.1 Inspirados pelo espírito pioneiro de Juscelino Kubitschek ao erguer Brasília, DF, e firmando a mesma determinação em nosso coração, vamos construir, juntos, um período de transformações e de vitórias sem precedentes. Cada integrante da Divisão Sênior carrega a nobre responsabilidade de ser o pilar de ouro da sociedade e da nossa organização. Assim como grandes personagens do budismo, por exemplo, Nikko Shonin, Shijo Kingo, Toki Jonin, que no auge dos 40 anos foram líderes centrais para a propagação do Budismo Nichiren Daishonin, nós também devemos assumir a missão de consolidar a vitória da nossa organização de base e inspirar coragem e confiança nas pessoas ao nosso redor. Nichiren Daishonin declarou: “Os vários sofrimentos de toda a humanidade são os sofrimentos de uma única pessoa, Nichiren”.2 Com base nessas palavras, devemos encarar os desafios da nossa sociedade como nossos próprios desafios e batalhar destemidamente para solucioná-los. Nossa missão é transformar nossa localidade na “Terra da Luz Eternamente Tranquila”,3 onde o espírito do kosen-rufu se expande e ilumina a todos à sua volta. Nós, da Divisão Sênior, possuímos uma missão fundamental. É fato que a atuação como sênior na organização muitas vezes supera em tempo a atuação em outras divisões. Por isso, devemos nos conscientizar de que a vida como integrante da DS é o ápice da nossa jornada em prol do kosen-rufu. Este é o momento de alçarmos voo com paixão e vigor renovados, com a serenidade e sabedoria de quem acumula experiência, coragem e esperança, de quem acredita no futuro. Como afirmou nosso eterno mestre, Daisaku Ikeda, “Chegou finalmente o momento do levantar da Divisão Sênior. Será o descortinar da verdadeira era do kosen-rufu”.4 Nosso mestre também orienta: O ideograma com que se escreve a palavra indicativa de “sênior” possui originalmente o significado de “vigorosa prosperidade”. Portanto, dentro de sua serenidade, um membro da Divisão Sênior deve ser uma pessoa de coragem, de dinamismo e de ação, que possui em seu íntimo uma forte paixão.5 Ao nos levantarmos, daremos início a uma grande correnteza de líderes exemplares que fortalecerão nossa comunidade e construirão laços inabaláveis de solidariedade e de incentivo. A união dos componentes da Divisão Sênior de excelência em cada distrito formará um novo pilar inabalável para a organização. Com base nas palavras do buda Nichiren Daishonin, “Fortaleçam sua fé dia após dia, mês após mês”,6 vamos, juntos, lutar e perseverar na prática da fé por toda a vida, independentemente das circunstâncias. Em 2025, daremos sequência ao movimento da Liga Monarca, no qual cada distrito terá o desafio de realizar um shakubuku, obter o aumento de mais um contribuinte do Kofu e concretizar um assinante dos periódicos em cada etapa de três meses. Essa atuação tem como significado o espírito de incentivar e de prezar uma única pessoa; e assim criar uma rede de pessoas vitoriosas e inabaláveis. Com coragem e perseverança, vamos juntos construir a fase dourada do kosen-rufu, em perfeita união de itai-doshin com todas as divisões. E, principalmente, ao apoiar a Juventude Soka, abriremos um novo capítulo de glória para os próximos 50 anos. Vamos realizar um avanço histórico em 2025! Ricardo MiyamotoCoordenador da Divisão Sênior da BSGI No topo: Ricardo Miyamoto - Coordenador da Divisão Sênior da BSGI. Foto: Brasil Seikyo Notas: 1. Cf. Brasil Seikyo, ed. 1.386, 12 out. 1996, p.8. 2. The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, p. 138. Cf. IKEDA, Daisaku. Hino da Ampla Propagação. Nova Revolução Humana. v. 28. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 3. Terra da Luz Eternamente Tranquila (jap. j jakk -do): Também “Terra da Luz Tranquila” e “Capital da Luz Tranquila”. A terra do buda, que é livre de transitoriedade e impurezas. Um dos quatro tipos de terra conforme a classificação da escola Tiantai. 4. Esse era o sentimento do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, nos momentos que antecederam a fundação da Divisão Sênior em 5 de março de 1966, no Japão. 5. IKEDA, Daisaku. Coroa de Louros. Nova Revolução Humana. v.10. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 6. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 263, 2020.
14/12/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Gratidão — fonte de humanidade
Grandiosos companheiros da Divisão Sênior, invencíveis pilares de ouro da BSGI! Dentre outras datas importantes, no último dia 15 de novembro (de 2024), em especial, tivemos a passagem do primeiro ano de falecimento do nosso extraordinário e eterno mestre da vida, Daisaku Ikeda, e o tema deste estudo não poderia ser mais propício: “Gratidão”. Nichiren Daishonin expõe no escrito As Quatro Dívidas de Gratidão1 que as quatro dívidas de gratidão são: gratidão a todos os seres vivos, aos pais, ao soberano (ou à nação) e aos três tesouros (do Buda, da Lei e da Ordem budista). No entanto, no escrito Saldar as Dívidas de Gratidão,2 Daishonin traz uma abordagem diferente sobre o assunto e Ikeda sensei explica: “[...] ele incorpora a dívida com todos os seres humanos àquela que se tem com os pais, e acrescenta no lugar dela a dívida com o mestre”.3 Ikeda sensei continua: Com o próprio exemplo, Daishonin demonstrou como saldar a dívida de gratidão com o mestre. Além disso, declarou que a verdadeira forma de demonstrar sua gratidão seria estabelecer o ensinamento correto do budismo nos Últimos Dias da Lei e habilitar todas as pessoas a atingir a iluminação, pois o benefício ilimitado decorrente disso fluiria eternamente para seu mestre. [...] Saldar a dívida de gratidão com o mestre é o caminho mais nobre para um ser humano. Acarreta a quitação de todas as quatro dívidas de gratidão da maneira mais profunda, poderosa e sublime possível.4 Caligrafias registradas por Ikeda sensei, Ho-on (“Gratidão à Lei”) e Shi-on (“Gratidão ao Mestre”), apresentadas em uma reunião de líderes O principal ingrediente da unicidade de mestre e discípulo é justamente o sentimento de gratidão. Mas não uma gratidão passiva, e sim a gratidão baseada na ação. A obra Nova Revolução Humana, escrita pelo presidente Ikeda, exala em cada palavra o espírito de gratidão com seu mestre, Josei Toda. Em um dos trechos da Nova Revolução Humana, em certa ocasião, Shin’ichi Yamamoto (pseudônimo do presidente Ikeda no romance) disse a um líder da Noruega: O importante é manter sempre o sentimento de gratidão. A gratidão é a expressão da alegria; e a alegria é a fonte que gera a coragem. Quando se sente gratidão, manifesta-se a disposição de se esforçar e de retribuir às pessoas. Após ter observado inúmeras pessoas, posso afirmar que as que possuem gratidão são felizes.5 É natural sentirmos gratidão por aqueles que nos fizeram bem, mas o budismo nos ensina que devemos ter gratidão por todos os seres vivos, sem distinção, em reconhecimento ao estado de buda presente na vida de cada um deles, tal qual o bodisatva Jamais Desprezar, que reverenciava o estado de buda de todas as pessoas, mesmo que elas o menosprezassem ou o maltratassem. O exercício budista de buscar essa condição de vida é, em si, o próprio caminho para a revolução humana. Sentir gratidão não significa suportar os sofrimentos passivamente. O presidente Ikeda incentiva: A capacidade de suportar não se refere simplesmente a uma habilidade passiva de tolerar angústias ou sofrimentos. De forma mais substancial, ela consiste em ter um poderoso e perseverante juramento de trilhar o caminho da transformação interior, a fim de construir um mundo de paz duradoura e de verdadeira felicidade para todos.6 Ikeda sensei disse certa vez: O presidente Josei Toda diz: “Um aprendiz de ferreiro é um ferreiro; um aprendiz de peixeiro é um peixeiro. Da mesma forma, o discípulo do Buda é um buda. Isso tudo é muito nítido”. Fazemos shakubuku tal como Nichiren Daishonin instruiu, então somos discípulos dele. Toda sensei também enfatizava repetidamente que somos filhos do Buda. Consciente ou não, um filhote de leão é um leão, e um filho do Buda é um buda. Esse é um fato inquestionável, uma realidade evidente. Quando alguém tem profunda consciência dessa realidade, essa pessoa adentrou no caminho da unicidade de mestre e discípulo.7 Apresentamos, nesta matéria, duas caligrafias do presidente Ikeda, Ho-on, “Gratidão à Lei”, e Shi-on, “Gratidão ao Mestre”, que representam sua forte decisão. Sobre essas caligrafias, Ikeda sensei enfatiza: A enorme gratidão por eu ter me encontrado com a Lei Mística, tão difícil de acontecer, é mais alta que os céus. A imensa gratidão por eu viver a relação de mestre e discípulo da ampla propagação benevolente da Lei Mística é mais profunda que o oceano. Ciente da minha grande dívida de gratidão e determinado a saldá-la, junto com os membros em sólida “união de ‘diferentes em corpo, unos em mente’”; isso me enche de coragem, para superar os obstáculos, e de ilimitada força, para abrir o caminho aos que virão.8 Vamos manifestar essa gratidão e, juntos, cada integrante da Divisão Sênior, edificar e desfrutar uma vida embasada no juramento seigan de mestre e discípulo, atuando com forte disposição em nossa localidade. Divisão Sênior da BSGI No topo: Brasil Seikyo Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 44-46. 2. Ibidem, p. 762. 3. Terceira Civilização, ed. 615, nov. 2019, p. 50. 4. Brasil Seikyo, ed. 2.446, 1º dez. 2018, p. B3. 5. IKEDA, Daisaku. Esplendor. Nova Revolução Humana. v. 9. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 6. Terceira Civilização, ed. 543, nov. 2013, p. 55. 7. Brasil Seikyo, ed. 1.346, 2 dez. 1995, p. 3. 8. Brasil Seikyo, ed. 2.618, 10 set. 2022, p. 5. Reflexão sobre a matéria Seja grato Salve, salve, grandioso pilar de ouro! Gratidão a você por ler esta reflexão. Acredito que você já tenha ouvido falar, em alguns momentos, sobre gratidão, não é? Talvez no seu trabalho, no estudo, na família e, tenho certeza, principalmente na sua localidade. Em particular, eu me emociono ao discorrer sobre esse sentimento, especialmente por ser este o que move a minha vida e a da minha família. Apesar de estarmos dialogando sobre gratidão, esse sentimento é praticado desde os primórdios do budismo e pelos Três Mestres. Creio que você guarde alguns no qual Ikeda sensei falou sobre gratidão utilizando como referência suas contínuas lutas. Ele, inclusive, nos ensinou com a própria vida e nos disse que a emoção é passageira, porém a decisão é eterna. Com isso, nós, seus genuínos discípulos, viemos pondo em prática a gratidão e nos tornando, cada qual, o “Daisaku Ikeda” da nossa localidade. Acredito que esse seja o momento ideal de manifestar a verdadeira gratidão ao Mestre: “Sensei, o kosen-rufu é minha vida”. Gratidão só existe quando se põe em prática para corresponder seu juramento. Não existe gratidão apenas da boca para fora. O mais interessante é que, quando olho para trás, vejo que meus veteranos e beneméritos me incentivaram tal como o Mestre ensinou. E assim também o farei, pois esse é o “azul mais azul que o índigo”. Particularmente, fiz uma listagem desses autênticos discípulos que dedicaram a vida para me incentivar e me inspirar. É muito provável que você seja um deles ou talvez seus pais, avós e familiares tenham me incentivado tal como Ikeda sensei. Gratidão por tudo! Reforço diariamente minha gratidão e meu juramento eterno ao Gohonzon, ao Mestre e aos companheiros. Quero lhe fazer um convite, vamos embarcar em 2025, “Ano do Alçar Voo da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial” exercitando toda a nossa gratidão? Para concluir esta reflexão, compartilho com você um trecho da última mensagem que Ikeda sensei dedicou aos membros da Divisão Sênior da BSGI, em agosto de 2023:1 Juntos, com espírito jovem, vamos cumprir até o fim a grandiosa missão pelo kosen-rufu e da nossa existência, evidenciando um aspecto cada vez mais juvenil ao lado dos jovens! Por favor, haja o que houver, ressoem o daimoku do rugido do leão, e demonstrem a prova real de vitórias, à sua maneira, no trabalho e na localidade. Peço que, assim, expandam cada vez mais a rede de solidariedade da paz e da esperança no Brasil, terra do seu juramento seigan. Um forte e caloroso abraço! Wagner Massini Coordenador da Divisão Sênior de coordenadoria Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.640, 12 ago. 2023, p. 7. DS de comprovação Potencial ilimitado Victor Hugo Dorighello, vice-responsável pela regional, Sub. Sudeste, CCLP, e vice-responsável pelo grupo Alvorada de coordenadoria. Victor com sua esposa, Karla e os filhos, Livia e Arthur Tenho 43 anos e sou casado há catorze anos com Karla e temos dois filhos, Arthur e Lívia. Nasci em uma família praticante do Budismo Nichiren e meu nascimento ocorreu no dia em que meus pais completaram um ano de conversão. Desenganado pelos médicos por nascer prematuro, desde o nascimento comprovei os benefícios da prática do budismo. Cresci com meus pais e irmãos no caminho da prática da fé. Mesmo em contato com a organização, em minha casa existia uma tensão no ambiente por questões de desarmonia familiar, porém, nunca desistimos de avançar e transformar aquela situação. Meu desejo era de jamais permitir que, quando constituísse minha família, meus filhos passassem por situação semelhante. Em 1994, após o meu pai ser demitido da empresa em que trabalhava, resolveu, então, abrir o próprio negócio, na área de contabilidade. Minha irmã e meu irmão iniciaram com ele e, em 1996, eu também comecei como funcionário da empresa. Meu pai sempre nos proporcionou todo cuidado e carinho, ensinando-nos a profissão e assim os três filhos se formaram em ciências contábeis e meu irmão com adicional do curso em direito. No ano 2021, comecei a manifestar crises de ansiedade, com diagnóstico de síndrome de Burnout. O período da pandemia foi de extremo desafio e esgotamento em algumas situações. Realizei um breve tratamento e tudo ficou melhor. Decidi estudar para me aprimorar na profissão e recuperei a autoconfiança que havia perdido. Finalizei o curso muito feliz em 2023. No início de 2023, período pós-pandemia, o escritório passou por um processo turbulento. Alguns clientes — dentre eles, o maior que tínhamos — encerraram o contrato conosco. Meses depois, mais alguns clientes saíram. Isso causou uma grande preocupação e, principalmente, problemas emocionais em todos nós. Eu ainda conseguia demonstrar maior tranquilidade e fazia o máximo para que meu pai não se preocupasse. Ocorreram alguns fatores dentro da empresa que causaram enorme prejuízo financeiro. Particularmente, passei por um momento financeiro bem delicado. Porém, minha família e eu jamais deixamos de realizar o Kofu [contribuição voluntária] e oferecer o nosso melhor em prol do kosen-rufu. Meus irmãos manifestaram crises de ansiedade. Eu observava aquele ambiente e só conseguia recitar daimoku para suportar e ajudar de alguma maneira. Comecei, novamente, a ter crises de ansiedade a ponto de não mais conseguir dormir ou pensar em algo que não fosse a situação complicada que estávamos passando. Iniciei rapidamente um tratamento com uma psicóloga e com um psiquiatra. Não conseguia acreditar mais em meu potencial e o ambiente de trabalho ficou muito difícil para mim. Procurei um grande amigo e veterano para dialogar. Ele me incentivou dizendo que agora era o momento de visualizar uma grandiosa vitória profissional e uma luta ainda maior em prol da missão pelo kosen-rufu. Nesse mesmo período, fui nomeado vice-responsável pelo Grupo Alvorada da Coordenadoria Centro-Leste Paulistana (CCLP) e iniciava uma grande atuação junto com os companheiros do grupo e da organização de base. Desafiei-me a recitar muito mais daimoku, a estudar as orientações de Ikeda sensei e a buscar o aprimoramento profissional. No início de 2024, assumi novas responsabilidades na organização local e estamos realizando uma intensa luta visando ao movimento Liga Monarca! Ainda faço acompanhamento com o psiquiatra e estou me sentindo muito bem; e no tratamento com a psicóloga obtive alta médica. Na empresa, começamos a conquistar novos clientes e, neste ano (2024), completamos trinta anos de fundação. Agradeço sinceramente a meus pais, irmãos, esposa e filhos que jamais deixaram de acreditar que venceríamos. Por fim, compartilho uma orientação de Ikeda sensei, que sempre dedicou sua existência em prol da vitória dos companheiros: Mesmo quando as ondas de adversidades pareciam derrubá-lo, Toda sensei manteve-se firme e resoluto, nada o perturbava, pois tinha a sólida convicção de restabelecer seus negócios mesmo que se encontrasse num mar de crises que parecessem insolúveis. (...) De acordo com a visão do budismo, tudo tem um profundo significado. Não devemos nos lamentar de nossa situação. Enquanto tivermos uma forte e corajosa fé, podemos transformar decididamente todas as dificuldades em algo positivo, transformando veneno em remédio.1 Muito obrigado! Nota: 1. Terceira Civilização, ed. 659, jul. 2023.
22/11/2024
Relato
BS
DS de comprovação
Minha família se converteu ao Budismo Nichiren no ano do meu nascimento devido a situação de pobreza, infelicidade e doença. Essas foram as causas para minha família iniciar a prática. Eu sempre vivi no mundo da Gakkai, participava das atividades da Divisão dos Estudantes e das reuniões de palestra, mas não via a necessidade realmente de praticar firmemente. Minha mãe faleceu em 1997, e foi quando “acordei” para a prática budista. Nessa época, manifestou-se o carma da família. Houve muita desarmonia e uma condição financeira terrível. Nós tivemos de mudar de casa e, a partir daí, percebi a real necessidade de praticar o budismo, principalmente com o objetivo de obter forças para superar os problemas. Desde criança, sempre fui muito tímido e não gostava de sair. Penso que, após o falecimento da minha mãe, essa timidez se evidenciou ainda mais. Porém, tive a grande chance de ingressar num grupo horizontal no qual amadureci bastante, o Sokahan. Anos depois, desafiei-me a cursar uma faculdade, mesmo numa época em que não tinha nenhuma condição. Nesse sentido, não teria outra escolha a não ser frequentar uma universidade pública. Como a concorrência é bem maior, fiz um cursinho popular e fui aprovado em Educação Física. Daí surgiu um grande problema: apesar de conseguir estudar em uma universidade pública, fui várias vezes a pé até lá. Levava cerca de duas horas caminhando para a faculdade por não ter dinheiro da passagem de ônibus. Nesse mesmo período, minha família estava totalmente desestruturada financeiramente. Contudo, sempre com base no daimoku e no estudo, em nenhum momento pensei que não superaria essas dificuldades. Com essa determinação, consegui me formar em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, em 2008 e, em 2010, fui aprovado em um concurso público de uma cidade próxima. Posso dizer que melhorei muito, mas acredito que ainda preciso melhorar mais em todos os aspectos da minha vida. Em 2013, comecei um relacionamento com minha companheira de luta, Priscyla. E, em 2019, conclui o mestrado. Com elogios da banca, apresentei um projeto que servirá como material didático para professores do ensino fundamental 1. Em meus agradecimentos, citei frases do nosso querido mestre. Hoje, tudo o que concretizei e quem eu sou, absolutamente, são frutos do treinamento recebido na Gakkai. Minha esposa e eu decidimos ter um filho, porém, nos exames de rotina, precisei fazer um breve tratamento que poderia durar seis meses ou mais. No entanto, com muita boa sorte, no mês de maio último, descobrimos a gravidez da Laura. Agradeço imensamente ao meu mestre da vida e decido lutar ainda mais pela felicidade das pessoas. Muito obrigado! No topo: Eduardo, com sua esposa, Priscyla. Foto: Colaboração local.
13/09/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Sejamos extraordinários!
Grandiosos pilares de ouro, tudo bem? Como está a vida de vocês neste momento? Algum desafio financeiro? Alguma questão de saúde, profissional, harmonia familiar ou um pouco de tudo isso? Certamente, encarar o cotidiano de maneira positiva e otimista nem sempre é tarefa fácil. Porém, não devemos jamais nos esquecer de que possuímos uma “verdadeira identidade”. Ela transcende qualquer questão circunstancial que possamos vivenciar e nos possibilita manifestar uma condição de vida que supera a tudo fazendo surgir o sol em nossa vida. Além disso, conseguimos inspirar outras pessoas a despertar para essa mesma condição de vida. Esse é o conceito budista de “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” (hosshaku-kempon). Daisaku Ikeda afirma: “Abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” significa cada um de nós estabelecer um eu sólido capaz de sobrepujar todas as dificuldades, romper a ignorância fundamental e dar expressão à nossa natureza inerentemente iluminada. Tornarmo-nos pessoas cujo estado de buda reluz cada vez mais intensamente quanto maiores forem os desafios que enfrentamos é o caminho para atingir o estado de buda nesta existência.1 Nichiren Daishonin, quando estava prestes a ser decapitado na Perseguição de Tatsunokuchi, entendeu que passar por todos aqueles impasses era necessário para atingir a iluminação. Embora Nichiren Daishonin gritasse: “Aproximem-se! Vamos, aproximem-se!”,2 todos se mantinham a distância. Ele bradou: “Devem se apressar e me executar agora, pois quando o dia clarear esta tarefa ficará muito desagradável”,3 mas ninguém respondeu. No fim, não conseguiram se recompor para decapitá-lo. As funções protetoras da vida moveram o universo para defender Daishonin. Aludindo a essas funções protetoras, o Sutra do Lótus afirma: “A espada do algoz se partirá em pedaços”.4,5 Obviamente, não precisamos passar por uma situação de “quase decapitação” para revelar nossa verdadeira identidade, mas é justamente em meio aos desafios do dia a dia que devemos manifestar nossa verdadeira identidade como bodisatva da terra que compreende sua missão e enfrenta sua circunstância para vencer as adversidades e inspirar outras pessoas com a própria vida. Ikeda sensei cita um incentivo do presidente Josei Toda: Se sentir que está num beco sem saída, desperte e evidencie o grande poder da fé e, desafiando a fraqueza do próprio coração, supere todas as adversidades e atinja uma condição de vida ainda mais elevada. Esse é o nosso hosshaku-kempon (“abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”) que devemos almejar dia após dia, mês após mês.6 O grande desafio é entender que possuímos, de fato, uma verdadeira identidade, e ela está vinculada à nossa missão de bodisatva da terra. Olhar os obstáculos, encará-los e vencê-los nos levam à iluminação e seremos felizes em qualquer circunstância da vida. No volume 26, da Nova Revolução Humana, de autoria do presidente Ikeda, ele também cita a visão do presidente Josei Toda sobre a nossa missão como discípulos: Empenhar-se ativamente, como bodisatvas da terra e como seguidores de Nichiren Daishonin para propagar o Nam-myoho-renge-kyo, declarou ele, era o que genuinamente significava “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”.7 Para nós, “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” indica realizar o kosen-rufu, a concretização da felicidade para todas as pessoas, nosso mais elevado objetivo e missão na vida, e realizar essa prática corajosa no âmbito da nossa vida cotidiana.8 O tema “Missão” foi assunto da reunião de palestra do mês de agosto. Temos em nossa vida esse senso de missão que nos permite lutar com alegria e satisfação, por exemplo, em movimentos como os da Seniors League e, agora, da Liga Monarca. Não há como separar nossa missão de bodisatva da terra da nossa vida diária, e compreender esse ponto é que o dá significado à nossa atuação na organização, mesmo com inúmeros desafios do cotidiano. Por isso, não adianta “esperar” um momento mais oportuno para revelar nossa “verdadeira identidade”. Também não adianta ficarmos “presos” às circunstâncias que estamos vivendo lamentando as dificuldades que estamos enfrentado. Em mensagem enviada para a reunião de líderes realizada no dia 29 de julho de 2010, Ikeda sensei revela: O Sr. Toda sempre dizia: “Em nossa prática budista, nada muda se ficarmos apenas perambulando por caminhos fáceis e planos o tempo todo. São as grandes dificuldades e os desafios que nos permitem transformar nosso carma e fazer nossa revolução humana!”. E também disse: “Se sentirem como se estivessem travados, manifestem o grande poder da fé, desafiem sua própria fraqueza, triunfem sobre ela e expandam seu estado de vida. Esse é o contínuo desafio de ‘descartar o falso e revelar o verdadeiro na própria vida’”.9 Ainda sob forte emoção e decisão que envolveram as comemorações dos quarenta anos do Grupo Alvorada e dos 77 anos de conversão do presidente Ikeda ao budismo em agosto, vamos vencer juntos na Liga Monarca. Nosso coordenador da Divisão Sênior (DS), Ricardo Miyamoto, nos trouxe importantes reflexões para a DS na última Reunião Nacional de Líderes (RNL) da BSGI, realizada nesse mesmo mês. Dentre elas consta: “Como continuar a crescer e a se aprimorar?”. A conclusão é que devemos continuar a nos dedicar com total ímpeto pelo kosen-rufu até o último momento, com o nosso mestre e nos desafiando a todo momento. O presidente da BSGI, Miguel Shiratori, em suas palavras na RNL, concluiu, reforçando que o movimento pelo kosen-rufu é do presente para o futuro e, por essa razão, é de máxima importância para nós, da Divisão Sênior, irmos ao encontro dos jovens, incentivá-los e transmitir-lhes essa paixão de ser um bodisatva da terra. Grandiosos pilares de ouro Soka, vamos aproveitar mais essa magnífica oportunidade para provocar o avanço do kosen-rufu em todas as localidades da BSGI, desafiando nossos limites, sobrepujando obstáculos e maldades que venham a surgir em nossa vida diária. Com a decisão de vencermos em todos os aspectos e sermos a base da vitória da nossa respectiva organização, vamos demonstrar com nossas vitórias o significado de “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”. Forte abraço! Divisão Sênior da BSGI Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Prática da Fé para Vencer as Dificuldades. Sabedoria para Criar a Felicidade e a Paz. v. 2. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 26, 2017. 3. Ibidem. 4. The Lotus Sutra and its Opening and Closing Sutras [Sutra do Lótus e seus Capítulos de Abertura e Conclusão]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, p. 345. 5. IKEDA, Daisaku. Líderes Audazes. Nova Revolução Humana. v. 26. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. 6. Brasil Seikyo, ed. 2.206, 7 dez. 2013, p. A2. 7. TODA, Josei. Toda Josei Zenshu [Obras Completas de Josei Toda]. Tóquio: Daisanbunmei-sha, v. 3, p. 119-120. 8. IKEDA, Daisaku. Líderes Audazes. Nova Revolução Humana. v. 26. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. 9. Brasil Seikyo, ed. 2.055,16 out. 2010, p. A4 Reflexões sobre a matéria Vigoroso daimoku Por Ricardo Hirata, coordenador da Divisão Sênior de coordenadoria Vivemos em uma época de grandes desafios e, em certa ocasião, ao participar de uma palestra corporativa, o palestrante se dirigiu ao público e perguntou: “Se tivessem de resumir em uma única palavra o mundo de hoje qual palavra você usaria?”. Muitos se levantaram e foram até o quadro manifestando seu sentimento, mas eram palavras, todas elas, pessimistas. Ao final, o palestrante expôs aquelas mais citadas desde que começou sua apresentação. No topo da lista estavam palavras como “individualista”, “infeliz”, “egoísta”, e por aí vai. Numa reunião da Divisão Sênior, fiz a mesma pergunta e, para minha surpresa, as seguintes palavras foram ditas: “esperança”, “oportunidade” e “coragem”. Compreendi que a Soka Gakkai e as orientações do Mestre nos fortalecem e, com os incentivos mútuos entre os membros, estabelecemos uma forte rede de amizade entre todos. Observei que as dificuldades presentes em nosso cotidiano são os combustíveis necessários para fazer manifestar o melhor de nós. Ikeda sensei ensina: Ao se depararem com dificuldades, manifestem uma fé ainda mais firme e desafiem-nas. E superando cada impasse com coragem e alegria, conquistem passo a passo com perseverança e persistência a suprema condição de buda em sua vida. Este é o nosso hosshaku-kempon (abandonar o provisório e revelar o verdadeiro).1 Nichiren Daishonin passou por uma série de desafios a ponto de pôr em risco a própria vida, mas manteve a convicção de que venceria no final. Da mesma forma, e com esse mesmo sentimento, devemos nos manter firmes diante das dificuldades. Em outras palavras, fazer delas um poderoso combustível para aprofundar ainda mais a nossa fé, intensificando a recitação de um vigoroso daimoku, encorajando os amigos, concretizando o shakubuku. Assim, manifestamos o melhor de nós para nos tornar uma pessoa querida pelos familiares e amigos. Com isso, estabelecemos um local harmonioso e alegre em que todos pratiquem com alegria e união. Nesse ambiente alegre, respeitoso e contagiante, certamente temos os elementos necessários para a criação de “valores humanos”. Portanto, na expansão da nossa querida Soka Gakkai, cumprimos a nossa missão como discípulos de Ikeda sensei. É muito bom quando vencemos nossas dificuldades, mas é extraordinário quando vencemos junto com todos: os familiares e os companheiros do nosso bloco e da nossa comunidade. Pilares de ouro Soka, sejamos extraordinários! Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.226, 10 maio 2014, p. A3 No topo: Representantes da Divisão Sênior em curso de aprimoramento (São Paulo, 17 ago. 2024). Foto: Brasil Seikyo. DS de Comprovação Eduardo Henrique Mattas, vice-responsável pelo Distrito Aeroporto, RM Londrina Centro, CRE Paraná Minha família se converteu ao Budismo Nichiren no ano do meu nascimento devido a situação de pobreza, infelicidade e doença. Essas foram as causas para minha família iniciar a prática. Eu sempre vivi no mundo da Gakkai, participava das atividades da Divisão dos Estudantes e das reuniões de palestra, mas não via a necessidade realmente de praticar firmemente. Minha mãe faleceu em 1997, e foi quando “acordei” para a prática budista. Nessa época, manifestou-se o carma da família. Houve muita desarmonia e uma condição financeira terrível. Nós tivemos de mudar de casa e, a partir daí, percebi a real necessidade de praticar o budismo, principalmente com o objetivo de obter forças para superar os problemas. Desde criança, sempre fui muito tímido e não gostava de sair. Penso que, após o falecimento da minha mãe, essa timidez se evidenciou ainda mais. Porém, tive a grande chance de ingressar num grupo horizontal no qual amadureci bastante, o Sokahan. Anos depois, desafiei-me a cursar uma faculdade, mesmo numa época em que não tinha nenhuma condição. Nesse sentido, não teria outra escolha a não ser frequentar uma universidade pública. Como a concorrência é bem maior, fiz um cursinho popular e fui aprovado em Educação Física. Daí surgiu um grande problema: apesar de conseguir estudar em uma universidade pública, fui várias vezes a pé até lá. Levava cerca de duas horas caminhando para a faculdade por não ter dinheiro da passagem de ônibus. Nesse mesmo período, minha família estava totalmente desestruturada financeiramente. Contudo, sempre com base no daimoku e no estudo, em nenhum momento pensei que não superaria essas dificuldades. Com essa determinação, consegui me formar em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, em 2008 e, em 2010, fui aprovado em um concurso público de uma cidade próxima. Posso dizer que melhorei muito, mas acredito que ainda preciso melhorar mais em todos os aspectos da minha vida. Em 2013, comecei um relacionamento com minha companheira de luta, Priscyla. E, em 2019, conclui o mestrado. Com elogios da banca, apresentei um projeto que servirá como material didático para professores do ensino fundamental 1. Em meus agradecimentos, citei frases do nosso querido mestre. Hoje, tudo o que concretizei e quem eu sou, absolutamente, são frutos do treinamento recebido na Gakkai. Minha esposa e eu decidimos ter um filho, porém, nos exames de rotina, precisei fazer um breve tratamento que poderia durar seis meses ou mais. No entanto, com muita boa sorte, no mês de maio último, descobrimos a gravidez da Laura. Agradeço imensamente ao meu mestre da vida e decido lutar ainda mais pela felicidade das pessoas. Muito obrigado! No topo: Eduardo, com sua esposa, Priscyla. Foto: Colaboração local.
13/09/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Vigoroso daimoku
Vivemos em uma época de grandes desafios e, em certa ocasião, ao participar de uma palestra corporativa, o palestrante se dirigiu ao público e perguntou: “Se tivessem de resumir em uma única palavra o mundo de hoje qual palavra você usaria?”. Muitos se levantaram e foram até o quadro manifestando seu sentimento, mas eram palavras, todas elas, pessimistas. Ao final, o palestrante expôs aquelas mais citadas desde que começou sua apresentação. No topo da lista estavam palavras como “individualista”, “infeliz”, “egoísta”, e por aí vai. Numa reunião da Divisão Sênior, fiz a mesma pergunta e, para minha surpresa, as seguintes palavras foram ditas: “esperança”, “oportunidade” e “coragem”. Compreendi que a Soka Gakkai e as orientações do Mestre nos fortalecem e, com os incentivos mútuos entre os membros, estabelecemos uma forte rede de amizade entre todos. Observei que as dificuldades presentes em nosso cotidiano são os combustíveis necessários para fazer manifestar o melhor de nós. Ikeda sensei ensina: Ao se depararem com dificuldades, manifestem uma fé ainda mais firme e desafiem-nas. E superando cada impasse com coragem e alegria, conquistem passo a passo com perseverança e persistência a suprema condição de buda em sua vida. Este é o nosso hosshaku-kempon (abandonar o provisório e revelar o verdadeiro).1 Nichiren Daishonin passou por uma série de desafios a ponto de pôr em risco a própria vida, mas manteve a convicção de que venceria no final. Da mesma forma, e com esse mesmo sentimento, devemos nos manter firmes diante das dificuldades. Em outras palavras, fazer delas um poderoso combustível para aprofundar ainda mais a nossa fé, intensificando a recitação de um vigoroso daimoku, encorajando os amigos, concretizando o shakubuku. Assim, manifestamos o melhor de nós para nos tornar uma pessoa querida pelos familiares e amigos. Com isso, estabelecemos um local harmonioso e alegre em que todos pratiquem com alegria e união. Nesse ambiente alegre, respeitoso e contagiante, certamente temos os elementos necessários para a criação de “valores humanos”. Portanto, na expansão da nossa querida Soka Gakkai, cumprimos a nossa missão como discípulos de Ikeda sensei. É muito bom quando vencemos nossas dificuldades, mas é extraordinário quando vencemos junto com todos: os familiares e os companheiros do nosso bloco e da nossa comunidade. Pilares de ouro Soka, sejamos extraordinários! Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.226, 10 maio 2014, p. A3
13/09/2024
Incentivo do líder
BS
Meu encontro ideal
Queridos companheiros da BSGI! O mês de agosto carrega muitos significados, dentre os quais a conversão de Ikeda sensei e o aniversário da Divisão Sênior. Sou tomada pela lembrança do meu saudoso pai, Sr. Abelardo, que, com primor e grande alegria, costumava relatar a famosa passagem do romance Nova Revolução Humana, escrito por Daisaku Ikeda, em que o jovem Shin’ichi Yamamoto [pseudônimo do autor na obra] se encontra com Josei Toda pela primeira vez. Lembro-me do quanto ele, emocionado, enaltecia o sentimento do jovem Shin’ichi que buscava um sentido para a vida após sofrer os horrores da guerra: Como todo jovem, perguntava a mim mesmo qual era a razão de todo aquele infortúnio. Procurava uma bússola que me direcionasse a uma vida de esperança. Confiei nas palavras de um amigo que me convidara para participar de uma reunião sobre “filosofia de vida”. Foi no dia 14 de agosto de 1947, era uma noite tranquila. Eu tinha 19 anos. Era a primeira vez que ouvia a voz de Josei Toda.1 Recordo-me, como se fosse hoje, do Sr. Abelardo, com os olhos brilhantes, declamando o poema que o jovem Yamamoto ofereceu a Josei Toda: Ó viajante! De onde vens? E para onde irás? A lua desce no caos da madrugada, mas vou andando antes de o Sol nascer. à procura de luz.2 Sem dúvida, esse encontro ideal decidiu o rumo da história e, dez dias após, o jovem Shin’ichi se convertia ao Budismo Nichiren, iniciando essa grande trajetória em prol da paz ao lado do seu mestre, Josei Toda. Era com esse mesmo sentimento de “Sou eu quem surge da terra” que meu amado pai participava das atividades da BSGI. Junto com seus companheiros, ele sentia orgulho de compartilhar o legado da revolução humana de Ikeda sensei com nossa família. Em memória da sincera luta do meu pai e de todos os veteranos falecidos, parabenizo os membros da Divisão Sênior, os quais conduzem sua família nesta órbita do kosen-rufu, pelo aniversário de fundação da divisão. Recentemente, também vivenciei meu encontro ideal com o Mestre, mais uma vez. Foi no dia 27 de julho, em Manaus, durante as celebrações dos dez anos do Instituto Soka Amazônia. Naquela região, diante do Encontro das Águas (dos rios Negro e Solimões), senti em meu coração a presença de Ikeda sensei. Ele, que tanto sonhou visitar a Amazônia, estava ali nos abraçando com um forte sentimento. Foi naquele exato local que Ikeda sensei objetivou que se estabelecesse o trabalho de consciência da preservação da vida por meio da educação ambiental. Mais que isso, ele desejou que a partir dali se construísse uma caudalosa correnteza da paz mundial, tal como o majestoso rio Amazonas, como deixou registrado no poema A Longa e Distante Correnteza do Amazonas: (...) Sejam imponentes como o Amazonas! e construam o grande rio do eterno kosen-rufu como o Amazonas, que nunca conheceu a interrupção.3 Tenho a certeza de que o encontro ideal se dá no momento e no local em que cada um de nós assume o legado de esperança, coragem e fé, caminhando junto com o Mestre. Por esse motivo, espero sinceramente que todos os companheiros da BSGI possam reconfirmar e selar, neste mês de agosto, “seu encontro ideal” com o Mestre. Um abraço fraternal! Silvana Vicente Vice coordenadora de coordenadoria da Divisão Feminina Notas:1. Brasil Seikyo, ed. 2.288, 22 ago. 2015, p. A1.2. IKEDA, Daisaku. Emergindo da Terra. Revolução Humana. v. 2. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022. p. 206.3. Terceira Civilização, ed. 505, set. 2010, p. 20.
22/08/2024
Encontro com o Mestre
BS
Eterno 24 de agosto
O avanço da Divisão dos Estudantes é dinâmico. A Divisão dos Jovens se desenvolve. A ação da Divisão Feminina é igualmente dinâmica e a Divisão Sênior manifesta um espírito elevado. O dia 24 de agosto também é Dia da Divisão Sênior. Os companheiros do Grupo Taho (Muitos Tesouros) lutam com espírito sempre jovial. A época atual é de muitos fatos e problemas, mas entre nossas famílias Soka sobram almas guerreiras imbatíveis que dedicam calorosos incentivos em quantidade cada vez maior. Parece-me ouvir claramente a voz do meu mestre, presidente Josei Toda, cheia de alegria, dizendo: “Eu agora tenho grandiosos e excelentes discípulos. E isto me faz feliz e sou uma pessoa eternamente vitoriosa”. (...) Ao lado, Ikeda sensei dialoga com seu mestre, Josei Toda, no 1º Festival Esportivo dos Jovens da Soka Gakkai de Hokkaido, Japão (ago. 1957) Curso de vida pelo caminho de mestre e discípulo Verão do mês de agosto, dois anos após a destruição do Japão pela guerra, quando ainda se sentia a dor de ver o campo queimado pelos bombardeios, numa reunião de palestra no bairro de Ota, em Tóquio, eu me encontrei com o presidente Josei Toda, que se tornou meu eterno mestre da vida. — Está com quantos anos? — Estou com 19 anos. Meu mestre me perguntou com palavras que seriam dirigidas a um velho conhecido. Na realidade, ele estava bem-informado sobre mim, pois havia se inteirado com uma pessoa da localidade. Ele sabia que eu havia perdido meu irmão mais velho na guerra, que nossa casa tinha sido incendiada pelos bombardeios aéreos e, ainda, que eu me sacrificava para continuar meus estudos acadêmicos, trabalhando para ajudar meus pais a sustentar nossa família. Eu me recordo com gratidão daquelas pessoas da localidade que informaram a Toda sensei que “em nossa comunidade há um jovem com tais características...” Atualmente, quando ouço um alegre comunicado sobre a realização de shakubuku, penso também na sinceridade das famílias Soka que apoiaram nos bastidores até o amigo ingressar na organização; além do entusiasmo e da oração do apresentador. Realmente, a reunião de palestra é o “espaço de propagação do budismo” em que pulsa o coração do Buda. (...) Dez dias após meu encontro com o presidente Josei Toda, a data de 24 de agosto foi um domingo e nos registros dessa ocasião consta uma temperatura de 35,3 oC. Foi um dia muito quente, e o gongyo da cerimônia de conversão, longo e lento. Para uma pessoa como eu que não estava acostumado, foi muito doloroso sentar-me sobre as minhas pernas como era o costume da época. Ainda hoje, recordo-me do meu desconforto, tornando-se quase um sofrimento. No entanto, estabeleci meu avanço, confiando na personalidade de Toda sensei. (...) Hastear altivamente a bandeira da justiça da verdadeira Lei pela paz da humanidade Exatamente como o presidente Josei Toda declarava em suas explanações do escrito Estabelecer o Ensinamento para a Pacificação da Terra, em reuniões de palestra, a Soka Gakkai ainda era pequena, mas nós, mestre e discípulos, hasteamos altivamente a bandeira da justiça da verdadeira Lei para iluminar a escuridão da desordem do pós-guerra. Relembro-me também de que a data de 16 de julho do primeiro ano da era Bunno, em que Nichiren Daishonin entregou esse escrito para advertir o governo. No calendário juliano, utilizado na época, correspondia possivelmente ao dia 24 de agosto de 1260. Toda sensei declarava com firmeza: “É de fundamental importância para o ser humano considerar em que tipo de pensamento sua vida é fundamentada e quais ações realiza. Por essa razão, os jovens da Soka Gakkai, que aprenderam sobre o supremo fundamento da humanidade e atuam pela felicidade das pessoas, devem falar de forma imponente e de cabeça erguida sobre a nossa prática da fé”. A partir daquela data de 24 de agosto, para mim, que estava com apenas 19 anos, a luta pelo estabelecimento do ensinamento para a pacificação da terra passou a ser uma constante em minha juventude e em meu curso de vida. Sobrepujando as tempestades de grandes dificuldades O presidente Tsunesaburo Makiguchi sofreu perseguições pela Lei no período da Segunda Guerra Mundial e foi aprisionado. Seu discípulo direto, presidente Josei Toda, o acompanhou à prisão em sinal de suprema gratidão pela atitude do seu mestre. Minha determinação foi herdar essa inabalável e sublime relação de mestre e discípulo mesmo ao custo de sacrificar minha própria vida. E, mesmo quando os empreendimentos do presidente Josei Toda faliram e as condições eram de grande sofrimento causados pelo extremo mal, não havia a mínima dúvida em meu coração, enquanto outros discípulos se apressavam em fugir. Em 24 de agosto de 1950, ao completar três anos da minha conversão, meu mestre anunciou sua intenção de renunciar à presidência da Soka Gakkai. Cerrei meus dentes para conter minha indignação e fiz um juramento como um “conde de Monte Cristo”: “Por todos os meios, eu haverei de reverter esta situação crítica e Toda sensei, absolutamente, tomará posse como segundo presidente da Soka Gakkai!”. Na mesma data de 24 de agosto, o presidente Josei Toda e eu dialogamos sobre o plano de publicar o jornal Seikyo Shimbun e essa data se tornou o “Dia do Ponto Primordial de Publicação” do Seikyo, o castelo da imprensa falada e escrita a determinar a abertura do futuro do kosen-rufu. De toda forma, no momento de maior dificuldade é que se faz a causa da mais grandiosa vitória. Essa é a melhor representação do princípio de “transformação de veneno em remédio” [hendoku iyaku] da Lei Mística. (...) Foto da cachoeira Chousi, em Oirase, província de Aomori, Japão, tirada pelo presidente Ikeda (ago. 1994), na ocasião em que compôs o poema Como a Catarata Rota das estrelas — caminho do ser humano Recentemente [em 2011], fui contemplado pelo jornal japonês San-yo com a publicação de um artigo meu que enviei à exposição O Meio Ambiente da Terra e Eu, realizada no município de Okayama. A mesma página desse jornal apresentava uma brilhante fotografia de duas galáxias tirada pela Nasa. A imagem é da colisão de duas galáxias distantes 450 milhões de anos-luz da Terra. A aproximação entre elas e o monstruoso choque da colisão provocou uma explosão de proporções imensuráveis que resultou em inúmeras novas estrelas. Acredita-se que as duas galáxias, com o passar de alguns milhões de anos, se fundirão para se tornar novamente apenas uma. Cada uma das estrelas que existe em quantidade inimaginável no universo possui sua órbita por onde segue sem interrupção. Essa atividade gera a energia para repetir um interminável ciclo de grandiosa e constante mutação. Sobre esse romance do grande universo, desenvolvi um abrangente diálogo com o astrônomo brasileiro Dr. Ronaldo Mourão. Nessa conversa, um ponto sobre o qual mais concordamos foi: “Assim como as estrelas têm sua rota, o ser humano também possui seu caminho”. O Dr. Mourão enfatizou que o caminho de mestre e discípulo é a órbita mais verdadeira que o ser humano deve seguir. (...) A expansão impressionante da “estrutura de valorosos seres humanos da Terra” ocorreu de forma semelhante ao desenvolvimento de uma grande nebulosa e faz parte da gloriosa história de mestre e discípulo Soka, que teve como base o dia 24 de agosto de todos os anos como um de seus pontos primordiais. (...) Recordo-me ainda de que, no dia 24 de agosto de 1947, a Divisão Sênior (DS) e a Divisão dos Jovens (DJ) eram uma só. Eu era um jovem de 19 anos, e meu mestre, presidente Josei Toda, verdadeiramente um integrante da Divisão Sênior, estava com 47 anos. Determinei me tornar seu discípulo para estabelecer o primeiro passo da minha luta pela paz e pela justiça. Ele era um “sênior” que transbordava energia para trabalhar. A luta conjunta era travada com a unicidade de mestre e discípulo, uma batalha em que a Divisão Sênior e a Divisão dos Jovens eram uma só. A capacidade dos membros da DS somada e unida de maneira extraordinária à energia que desconhece o cansaço dos integrantes da DJ fez surgir a fortaleza dourada da Soka Gakkai. A data de 24 de agosto, por ter sido definida como Dia da Divisão Sênior, também guarda um significado histórico muito profundo. Estabelecendo essa data como um marco, a Divisão Sênior do Japão e de todo o mundo apresenta um avanço com transbordante energia. O ambiente financeiro de altos e baixos (...) que envolve o sênior é extremamente rigoroso. No entanto, os integrantes da Divisão Sênior, firmes e persistentes, desenvolvem ações, tais como incentivar um amigo por meio do diálogo, com poderes de fazer qualquer pessoa se levantar determinada. A ação pelos jovens e pela expansão de uma nova era derramando suor junto com os componentes da DS merece meu manifesto de supremo louvor e de respeito por esse espírito guerreiro e imbatível. (...) O Sutra do Lótus descreve os bodisatvas emergindo da terra. São seres que acreditam na possibilidade de manifestação da vida humana; e independentemente do caos em que a humanidade possa estar mergulhada, acreditam sempre na vitória da justiça e surgem espontaneamente na grande terra do povo para transmitir esperança. Por ser esta uma época em que a sensação das pessoas é de impotência diante de pesados fardos e da pressão ante a estagnação, devemos despertar nossa energia de bodisatvas da terra. (...) Ikeda sensei diante da cachoeira (out. 1976) O mestre confia no discípulo Jamais, nem por um momento, me esqueci do meu mestre. Percorri o grande caminho da unicidade de mestre e discípulo e o caminho do discípulo sempre em prontidão, com retidão absoluta até o fim. E, atualmente, os jovens discípulos de puríssima sinceridade são meus sucessores. Não me arrependo de absolutamente nada. Esse é o nosso grande caminho de elevado orgulho. (...) Dediquei todas as minhas forças para abrir o caminho do grandioso futuro do kosen-rufu mundial. Enfrentei e sobrepujei todas as maldades, destruí e venci os três fortes inimigos. Vou me empenhar ainda mais agora e no futuro para criar e desenvolver os preciosos seres humanos Soka, para que a respeitável estrutura do kosen-rufu atue sem reserva e registre sua história de vitórias. Estou decidido a orar e a lutar todos os dias até o fim, erguendo-me na essência do princípio de “budismo é vitória ou derrota” com o mesmo juramento que eu tinha aos 19 anos. A unicidade de mestre e discípulo é a lei da vitória no budismo. Sem temer, vença absolutamente! Conquiste todas as vitórias! Fontes:Artigo publicado na íntegra no Brasil Seikyo, ed. 2.098, 3 set. 2011, p. A3 e ed. 2.099, 10 set. 2011, p. A3. Fotos: Seikyo Press No topo: Presidente Ikeda incentiva estudantes intercambistas da Universidade Soka no Auditório Memorial Ikeda da instituição (jun. 2000).
22/08/2024
Encontro com o Mestre
BS
Postura de um monarca
Como a catarata Em junho de 1971, o presidente Ikeda visitou o Desfiladeiro Oirase, que fica na província de Aomori, Japão, com um grupo de representantes de toda a região de Tohoku. O Centro de Treinamento de Tohoku, em Aomori, fica bem perto do desfiladeiro. Ao avistar uma poderosa catarata, Ikeda sensei fotografou-a e compôs um poema, que enviou a um amigo: Como a catarata, impetuosa. Como a catarata, incansável. Como a catarata, destemida. Como a catarata, jubilosa. Como a catarata, imponente. Um homem deve ter a postura de um monarca! O Mestre comenta: Este é um poema que compus no Desfiladeiro Oirase, que fica na região de Tohoku. Meus amigos da Divisão Sênior estão se esforçando corajosamente em seus empreendimentos, fazendo jus a essas palavras. (...) Como uma catarata! Ferozmente, incansavelmente, sem nada temer, com alegria e altivez. Nós lutamos e nos empenhamos com o espírito dos campeões, conquistando uma vitória após outra. Juntos, vamos conquistar novas e retumbantes vitórias em nosso movimento pelo kosen-rufu com energia e alegria. Vivam plenamente e conquistem a vitória máxima, obtenham sem falta a eterna boa sorte nesta existência. Fontes:Adaptado de matéria publicada no Seikyo Shimbun de 21 de junho de 2024.Brasil Seikyo, ed. 2.096, 20 ago. 2011, p. A3. *** [Em 1994], fui convidado pela renomada Universidade de Glasgow, do Reino Unido, a visitar a instituição. Houve uma solene cerimônia em que tive a honra de receber o título de doutor honoris causa. Foi o Dr. J. Forbes Munro (na época, presidente do Conselho Universitário) que, ao ler a carta de recomendação para minha indicação, fez ressoar por várias e várias vezes o nome do meu mestre, Josei Toda, no Bute Hall. O Dr. Munro concluiu sua fala recitando o poema Como a Catarata, que havia redigido para representar a Cachoeira Oirase, na província de Aomori, região de Tohoku: “Como a catarata, impetuosa. / Como a catarata, incansável. / Como a catarata, destemida...” [Nota do editor: O Dr. Munro havia encontrado o poema num livro traduzido para o inglês pelo respeitado tradutor Burton Watson. Ele acreditava que seus versos faziam uma descrição exata da vida de Ikeda sensei.] Até hoje aquela voz profunda não se afasta do meu coração. (...) Foto tirada por Ikeda sensei retrata a grandiosa natureza de Oirase, em Aomori, Japão (jun. 1971) O Pico da Águia se encontra aqui O buda Nichiren Daishonin indicou solenemente: Seja qual for, o local em que se pratica o veículo único do Nam-myoho-renge-kyo torna-se o Pico da Águia, a Capital da Luz Eternamente Tranquila.1 O Pico da Águia não se encontra em algum lugar longínquo. A terra onde se levanta agora para cumprir sua missão é o Pico da Águia, a Capital da Luz Eternamente Tranquila. É a fonte de energia do kosen-rufu mundial. O ato de definir concretamente essa determinação em sua vida é a própria prática da fé. Deve-se recitar daimoku do juramento seigan para a expandir o kosen-rufu e para ampliar o diálogo da coragem e da esperança. Nossa vida é a própria vida do Buda. Por essa razão, quaisquer que sejam os obstáculos e as maldades que surjam competindo entre si, não há por que deixar de realizar a transformação do destino. Não será derrotado em hipótese alguma. Não será destruído por nada, e jamais será violado. O verdadeiro palco para edificar essa condição de felicidade absoluta são nosso honroso distrito e nossa comunidade. (...) Presidente Ikeda participa de sessão de fotos comemorativas, dividida em doze partes com três horas de duração, na cidade de Aomori (13 jun. 1971) Na vanguarda da nova era Na obra Jinsei Chirigaku [Geografia da Vida Humana], visualizando o rumo da humanidade, Makiguchi sensei clamou pela grande transformação da “competição militar”, da “competição política” e da “competição econômica” para “competição humanística”. Os jovens Soka são aqueles a se tornar vanguardistas nessa corrida humanística e da justiça. Em uma passagem dos escritos enviada para a monja leiga Myoshin, que perseverava com uma fé límpida, Daishonin afirma: Este ideograma myo é a lua, é o sol, são as estrelas, é um espelho, são as roupas, a comida, as flores, a grande terra e o grande mar. Todos os benefícios juntos formam o ideograma myo. Além disso, é a joia da realização dos desejos.2 Cidadãos globais emergidos da terra que abraçam e praticam o supremo princípio dos “três mil mundos num único momento da vida”, com o ritmo sonoro da Lei Mística que atravessa a vida e o universo, transformem sua condição de vida e a dos outros, unam-se em rede de solidariedade conjunta e conduzam a sociedade global rumo à paz! Avancemos, fazendo reverberar juntos as vozes de encorajamento e as canções de contínuas vitórias para a localidade e para o futuro! No topo: 1ª Convenção Geral de Aomori, realizada no Centro de Treinamento de Tohoku (26 ago. 1994). Fotos: Seikyo Press Fontes:Brasil Seikyo, ed. 2.096, 20 ago. 2011, p. A3.Idem, ed. 1.901, 28 jul. 2007, p. A3. Notas:1. Nichiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin]. Tóquio: Soka Gakkai, p. 811.2. The Writings of Nichiren Daishonin [Os Escritos de Nichiren Daishonin]. v. II. Tóquio: Soka Gakkai: 2006, p. 879-880.
08/08/2024
Mensagem
BS
“Agora é a vez da Divisão Sênior. Ó pais da família Soka, nos quais tanto confio!”
Estimados pilares de ouro da BSGI! Sinceros parabéns pela realização do encontro comemorativo do dia 24 de agosto, Dia da Divisão Sênior! Acredito que, nesta época de futuro incerto, em que as divisões se aprofundam, o dia a dia dos senhores seja de árduas lutas e de incessantes dificuldades das mais variadas. Nichiren Daishonin afirmou a Shijo Kingo, um discípulo de meia-idade: Empregue a estratégia do Sutra do Lótus antes de qualquer outra. “Do mesmo modo, todos que o tratam mal ou com inimizade serão eliminados”. Estas palavras douradas jamais se mostrarão falsas.1 Citando essa passagem dos escritos, Ikeda sensei clamou para nós, da Divisão Sênior: “Meus companheiros veteranos de rica experiência, que vieram sobrevivendo, superando resolutamente as próprias provações e os destinos. Meus amigos de luta que avançam com espírito destemido, compartilhando alegrias e tristezas, e misticamente juntos neste momento”. Ele bradou seu rugido do leão: “Agora é a vez da Divisão Sênior. Ó pais da família Soka, nos quais tanto confio! Criando um laço invencível que não se intimida diante de qualquer forte inimigo, avancemos lutando pelo grande caminho de mestre e discípulo! Com a ‘personalidade de um monarca’, vamos nos lançar à batalha de vitórias desta existência prometida desde o tempo sem início, em direção ao desbravar da nova era do kosen-rufu mundial!” Por favor, rumo ao cinquentenário de fundação da SGI no próximo ano, ao 60º aniversário de fundação da Divisão Sênior daqui a dois anos e ao centenário de fundação da Soka Gakkai [em 2030], vamos expandir a rede solidária da paz e da esperança, protegendo a Divisão Feminina, criando sucessores da Divisão dos Jovens e da Divisão dos Estudantes de forma livre e calorosa, e relatando dignamente sobre a verdade e a justiça! Oro do fundo do coração pela saúde, atuação, paz, harmonia e felicidade cada vez melhores de seus familiares e da preciosa família Soka brasileira, como também pelas ações dos senhores embasadas nos princípios de “prática da fé é a própria vida diária” e de “budismo é a própria sociedade”. Em agosto de 2024 Minoru Harada Presidente da Soka Gakkai No topo: Atividade da Divisão Sênior e Grupo Alvorada da BSGI (São Paulo, out. 2023). Foto: Brasil Seikyo Nota:1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 267, 2017.
08/08/2024
Especial
BS
Vidas unidas por um sublime ideal
Dois anos haviam se passado após o término da Segunda Guerra Mundial e o Japão sofria com as consequências do conflito. Era 1947 e Josei Toda dedicava-se intensamente a reconstruir a Soka Gakkai e a propagar o Budismo de Nichiren Daishonin, objetivando transformar a realidade da sociedade. Em meio aos membros da organização, começaram a despontar jovens que aprendiam a alegria de realizar o shakubuku, como dois amigos, um rapaz e uma moça, que moravam no distrito Kamata, em Tóquio. Com pouco mais de 20 anos, eram colegas desde o ensino fundamental 1 e procuravam por conhecidos para convidá-los a participar das atividades. Dentre eles estava o jovem Daisaku Ikeda, de 19 anos. Os amigos foram várias vezes à casa dele, mas não conseguiram falar diretamente sobre a prática da fé. Para os jovens daquele período, além da cultura e da política, conversas sobre religião eram distantes da realidade. Quando entravam no quarto, viam a estante repleta de obras literárias de diversas épocas e lugares. Embora conhecessem alguns títulos e nomes de autores, não sabiam muito bem sobre o conteúdo delas. Certo dia, percebendo o interesse de Daisaku Ikeda por filosofia, a jovem o convidou para uma reunião de palestra, dizendo que era uma “conversa sobre filosofia”. Ele indagou se seria uma palestra sobre Henri Bergson (1859-1941), filósofo francês pelo qual nutria admiração, e quem seria o palestrante. A amiga respondeu que seria Josei Toda e que se tratava de uma filosofia que elucidava fundamentalmente a vida. O jovem concordou e disse que levaria amigos de seu grupo de estudos também ao encontro. Encontro ideal Na noite da atividade, 14 de agosto, os amigos vieram buscar o jovem Ikeda, porém ele estava esperando por dois colegas que o acompanhariam. Enquanto aguardava, sentia o cansaço decorrente de uma febre que havia surgido desde o fim da tarde. Sua saúde se encontrava bastante debilitada nessa ocasião. Finalmente, os colegas chegaram e os cinco jovens foram caminhando pelas ruas sem iluminação até a casa da jovem onde seria realizada a reunião. Por volta das 20 horas, chegaram à residência e podia-se ouvir a voz animada, embora rouca, de um homem de meia-idade. Cerca de vinte pessoas estavam sentadas em duas salas cujas divisórias haviam sido retiradas. Na parte da frente, um senhor de óculos com lentes grossas palestrava em tom calmo, mas enérgico. Daisaku Ikeda e seus amigos achavam que seria uma reunião de jovens, no entanto, havia também donas de casa e pessoas de idade que ouviam atentamente. A explanação de Toda sensei era sobre o escrito Estabelecer o Ensinamento para a Pacificação da Terra. Uma moça lia o trecho original da obra e ele dava a explicação de forma vigorosa. À medida que ouviam, os três jovens perceberam que se tratava de uma palestra sobre o budismo. Ikeda sensei relembra esse momento: O Sr. Toda, meu mestre, aguardava-me como um pai afetuoso. Foi um momento solene, eterno, que abarcou as três existências. Foi o dia do juramento de um discípulo — o meu — de me tornar discípulo do Sr. Toda e de devotar minha vida ao kosen-rufu. (...) Na explanação que ele fez nessa primeira vez que participei numa reunião, o Sr. Toda imprimiu forte paixão e determinação num alerta às pessoas. Foi um rugido do leão proclamando a essência do Budismo de Nichiren Daishonin. A explicação do Sr. Toda não era de um budismo antiquado e ultrapassado. Revelava um caminho grandioso com a promessa de um futuro brilhante, que transbordava convicção e dinamismo. (...) Após concluir sua explanação, o Sr. Toda iniciou um diálogo informal. Ele mastigava pastilhas de menta e se portava com naturalidade e descontração. Não demonstrou a mínima atitude de superioridade pretensiosa e arrogante que muitos falsos líderes políticos e religiosos exibem. Estava sendo ele mesmo. Embora aquele fosse o nosso primeiro encontro, senti-me à vontade para fazer qualquer pergunta que guardava em meu jovem coração. Lembro-me de ter arriscado, com certa intensidade, esta questão: “Senhor, qual é o modo correto de vida?”. O Sr. Toda me deu uma resposta clara, com plena convicção, isenta de qualquer jogo intelectual ou desonestidade que obscurecesse o verdadeiro ponto de minha pergunta. Eu estava cansado de adultos que tratavam os jovens com uma superioridade paternalista, por isso, a sinceridade do Sr. Toda me tocou profundamente. Além disso, não suportava políticos e intelectuais que haviam cantado hinos em louvor à guerra, mas de repente se transformaram em pacifistas depois que os combates acabaram. O fato de o Sr. Toda ter sido perseguido pelas autoridades militares e passado dois anos encarcerado por sustentar suas crenças foi o fator decisivo para eu me tornar seu discípulo.1 Em determinado momento, o jovem Ikeda contempla algo, com olhares atentos, o que deixou sua face inteiramente corada. Parecia estar impaciente, desejando se pronunciar novamente. De súbito, levantou-se decidido e externou: — Sensei, muito obrigado. Há um antigo ditado que diz: “Faz bem pensar mais uma vez, mesmo que concorde. É bom pensar novamente, mesmo que discorde”. Acreditando nas palavras do senhor ao me sugerir que como jovem estudasse e colocasse em ação, gostaria de segui-lo e me empenhar nos estudos. Nesse momento, gostaria de expressar meu sentimento de gratidão com um poema, embora não tenha nenhuma habilidade e tenha sido de improviso...2 Josei Toda concordou, em silêncio. O rapaz fechou levemente os olhos e começou a declamar com sua voz sonora: Ó viajante! De onde vens? E para onde irás? A lua desce no caos da madrugada, mas vou andando antes de o Sol nascer. à procura de luz. No desejo de varrer as trevas de minh’alma, a grande árvore eu procuro que nunca se abalou na fúria da tempestade. Neste encontro ideal, sou eu quem surge da terra!3 Todos ficaram surpresos. Para Josei Toda, especialmente, a última frase soou de forma muito significativa. “Sou eu quem surge da terra!” — era a missão dos bodisatvas da terra que surgiram nos Últimos Dias da Lei para propagar o ensinamento do budismo. Naturalmente, o jovem Ikeda não conhecia esse conceito. Ele retratava no verso o sentimento que carregava no coração ao observar a força vital da natureza demonstrada pelo nascimento vistoso das plantas e árvores verdejantes que, com a chegada da época certa, emergiam dos campos devastados pela guerra. Entretanto, Toda sensei pressentia que tudo aquilo havia sido místico: o encontro com aquele rapaz de 19 anos o lembrava do que tivera com seu mestre, Tsunesaburo Makiguchi. “Se o budismo é certo, deverá surgir infalivelmente uma relação de mestre e discípulo entre as duas pessoas que infalivelmente deverão realizar uma revolução religiosa sem precedentes na história da humanidade”, era o que pensava Josei Toda. Ikeda sensei recebeu o Gohonzon e se converteu ao Budismo Nichiren em 24 de agosto de 1947. Embora sua família, a princípio, não fosse a favor de sua prática, o jovem não hesitou, inspirado pela confiança que Josei Toda depositava nele, como afirma: Ele confiava em mim, e me dizia: “Vamos, não hesite! Desafie seu espírito de procura comigo! Estude e pratique com coragem, assim como cabe a um jovem!”. Minha intuição de jovem dizia-me que podia seguir com segurança aquele homem que havia sido preso durante a guerra em defesa da paz e do budismo. Nesse sentido, 24 de agosto marcou meu ingresso na “Universidade Toda”. Uma vida dedicada à verdade tem início com a relação entre mestre e discípulo.4 Em pouco mais de dez anos de convívio, mestre e discípulo tiveram uma existência em perfeita harmonia e união, conquistando grandes feitos como a concretização de 750 mil famílias ao budismo, a Declaração pela Abolição das Armas Nucleares, em 1957, e a Cerimônia do Kosen-rufu, realizada em 16 de março de 1958. Após o falecimento de Josei Toda, Ikeda sensei assumiu a terceira presidência da Soka Gakkai em 3 de maio de 1960. Em outubro daquele ano, partiu para a primeira viagem ao exterior a fim de propagar o budismo em diversos países, dentre eles o Brasil. A partir de então, veio se empenhando incansavelmente para cumprir os ideais do seu mestre e impulsionar o movimento pelo kosen-rufu. Suas numerosas realizações vão desde a criação do sistema educacional Soka e a dedicação em escrever livros até a fundação de instituições como o Museu de Arte Fuji de Tóquio e a Associação de Concertos Min-On; dos diálogos com diversas personalidades mundiais às homenagens recebidas de cidades, universidades e outras instituições, reconhecendo seus esforços pela paz, cultura e educação. A sublime relação de mestre e discípulo, eternizada em sua máxima obra literária, o romance Nova Revolução Humana, é a base do desenvolvimento da Soka Gakkai e da transformação da vida de milhões de pessoas em vários países por meio da prática do Budismo de Nichiren Daishonin. Em 15 de novembro de 2023, Ikeda sensei encerrou sua nobre existência, tendo cumprido todos os anseios do seu mestre, Josei Toda, e criado sucessivas ondas de jovens “valores humanos” que se encarregam de perpetuar seu legado e que dedicam a vida a concretizar o sublime propósito da paz e da felicidade da humanidade. Dica de leitura No livro Revolução Humana, v. 2, você conhece mais detalhes sobre o primeiro encontro do jovem Daisaku Ikeda com seu mestre, Josei Toda. Mais informações no site do Clube de Incentivo à Leitura (CILE), clicando aqui. Fontes:Brasil Seikyo, ed. 2.615, 16 jul. 2024, p. 8 e 9.Idem, ed. 2.574, 8 ago. 2021, p. 6 e 7.IKEDA, Daisaku. Emergindo da Terra. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 187-207, 2022. Notas:1. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 51-55.2. Idem. Emergindo da Terra. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 205, 2022.3. Ibidem, p. 206.4. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 63. *** Passe para o lado e veja mais fotos. Foto: BS/Colaboração local Avanço dos companheiros da DS A data que marca a conversão do presidente Ikeda ao Budismo de Nichiren Daishonin, em 1947, foi adotada como Dia da Divisão Sênior, por seu profundo significado. A oficialização ocorreu em 1976, na comemoração do décimo aniversário de fundação da divisão. Na ocasião, ficaram evidentes a base e a missão dos seus membros — caminhar ao lado de Ikeda sensei, com a responsabilidade de liderar as atividades pelo kosen-rufu, e ser exemplo para as demais divisões. Todos reconfirmaram as diretrizes eternas lançadas dez anos antes, quando da fundação da Divisão Sênior (DS) em 5 de março de 1966, reunindo 750 representantes. Então, estas três diretrizes eternas são a base de atuação dos componentes da DS: 1) Ser vitorioso no local de trabalho; 2) Ser um líder que contribui para o bem-estar da comunidade; 3) Ser um pilar de confiança na organização. Conforme consta no capítulo “Coroa de Louros” do romance Nova Revolução Humana, a fundação da Divisão Sênior teve origem em um projeto do presidente Ikeda de promover a sintonia entre os veteranos e os jovens no processo de desenvolvimento da Gakkai. Ele desejava que o potencial dos jovens como força propulsora das atividades fosse desenvolvido e bem direcionado por meio da experiência e da seriedade dos membros da DS. Na reunião de fundação, ele disse: O avanço da Soka Gakkai é desenvolvido com a cooperação entre as divisões. Entretanto, da mesma forma como o marido ou o pai é o pilar da família, a Divisão Sênior é a principal responsável pelo progresso da nossa organização. No distrito, é a responsável pelo distrito; na comunidade, é a responsável pela comunidade. Naturalmente, a Divisão Sênior vai se preocupar em desenvolver seus membros, mas não poderá pensar que é uma divisão como as outras. Terá a missão de manter a harmonia entre as divisões e proteger com responsabilidade a Gakkai e seus integrantes.1 A BSGI foi a primeira organização fora do Japão a ter uma Divisão Sênior. No dia 5 de março de 1982, quando se comemoravam dezesseis anos de fundação da DS da Soka Gakkai, sem que ninguém esperasse, o presidente Ikeda anunciou a possibilidade de o Brasil fundar a própria estrutura. Assim, a data de 5 de março é oficialmente considerada como a da fundação da Divisão Sênior da BSGI. No entanto, devido aos preparativos para se estabelecer uma estrutura para a nova divisão, a reunião ocorreu em 4 de abril do mesmo ano. Os integrantes da Divisão Sênior carregam a missão fundamental de proteger a organização e proporcionar as condições necessárias para o florescer de pessoas valorosas que impulsionam o avanço do kosen-rufu, enquanto se desenvolvem como verdadeiros pilares de ouro que comprovam os ideais do Mestre. Dica de leitura No livro Pilares de Ouro Soka, escrito por Ikeda sensei, você encontra uma coletânea de suas orientações dirigidas aos integrantes da Divisão Sênior. Mais informações no site do Clube de Incentivo à Leitura (CILE), clicando aqui. Fonte:Brasil Seikyo, ed. 2.640, 12 ago. 2023, p. 7. Nota:1. IKEDA, Daisaku. Coroa de Louros. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 10, p. 258, 2019. No topo: Ilustração mostra Daisaku Ikeda, em pé, em sua primeira reunião de palestra, com a participação do seu futuro mestre, Josei Toda, de costas. Foto: Kenichiro Uchida
08/08/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Membro da Divisão Sênior de coração sempre jovem
Olá, amigo, pilar de ouro da BSGI! Quantas vezes por dia você ouve ou lê a palavra “coração” ao seu redor? Seja em músicas, alguém dizendo “É de coração que eu te falo”, seja em campanhas publicitárias, em tatuagens? Muitas vezes, não é verdade? O coração é o músculo mais importante do corpo humano e fornece, a cada batida, alimento e oxigênio para as células. Um coração saudável é a chave para a saúde do corpo, e o coração precisa de exercícios para mantê-lo em forma. O coração bombeia sangue aos pulmões para que ele possa receber oxigênio e depois transporta o sangue rico em oxigênio para o corpo. Existem frequências esperadas desses batimentos em função da nossa idade, segundo a bibliografia médica: Jovens de 8 a 17 anos: 80 a 100 bpm (batimentos por minuto). Mulheres de 18 a 65 anos: 73 a 78 bpm. Homens de 18 a 65 anos:70 a 76 bpm. Idosos: mais de 65 anos: 50 a 60 bpm. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “O conceito de idoso é uma pessoa com mais de 60 anos de idade. Mas percebemos que algumas pessoas, nessa idade, estão muito bem, com todas as suas funções preservadas. Há quem chegue aos 76 anos sem problemas de saúde. E a tendência é que, em 2050, isso se eleve para os 80 anos”.1 De acordo com o relatório público anual de 2023 da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), fundada em 1943, ações de conscientização contribuíram para despertar o interesse para a prática correta e segura (com orientação de profissionais) de atividades esportivas, aliadas a uma boa alimentação. Desde meados da pandemia da Covid-19 que a SBC divulga alguns pontos importantes nas mídias:2 1. Faça uma avaliação médica anual. 2. Mantenha um peso adequado. 3. Cheque sua pressão arterial com o médico, anualmente. 4. Mantenha uma dieta adequada. 5. Abandone o cigarro. 6. Pratique exercícios físicos regularmente. No aspecto da prática da fé, permanecer em constante desafio, manter um aprendizado contínuo e estar aberto ao diálogo nos ajudam a conservar o coração sempre jovem. E a maneira como conduzimos nossa vida determina essa condição. Citando o filósofo suíço Carl Hilty, o presidente Ikeda disse: Quando perguntaram a Hilty qual era o segredo para manter o coração jovem, ele declarou que, para isso, é preciso sempre aprender algo novo. Uma vida de contínuo aprendizado é sempre jovem.3 Viver com essa perspectiva expande nossa condição de vida, o que nos permite atuar como verdadeiros bodisatvas da terra, lutar por uma sociedade de paz e harmonia, e nos dedicar intensamente ao cumprimento da nossa missão, ao mesmo tempo em que concretizamos nossos sonhos e objetivos. E, ao nos depararmos com os desafios do dia a dia, evidenciamos a coragem e a sabedoria para enfrentar, da melhor forma, cada situação. O primeiro presidente da Soka Gakkai, Tsunesaburo Makiguchi, manteve a disposição de avanço e desafio contínuos aos 50, 60 e seus 70 anos. Entrou em contato com o budismo aos 57 anos, e fundou a Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valor, predecessora da Soka Gakkai) quando estava com 59 anos. Mesmo quando havia atingido seus 70 anos, transbordava energia e vigor, e uma de suas expressões favoritas era: “Nós, jovens”. Ele se dedicava por completo para assegurar a felicidade das pessoas e, intrépido diante da perseguição do governo militarista japonês, deu a vida por suas crenças. A eterna força e disposição de nosso presidente fundador se evidenciaram ainda mais nos últimos catorze anos de batalha ininterrupta que se seguiram à fundação da Soka Gakkai. Uma vez que nós também avançamos em idade, vamos fortalecer ainda mais nossa disposição de nos dedicar ao kosen-rufu e cumprir nossa profunda missão nesta existência.4 Assim, como praticantes do Budismo Nichiren, vamos ao encontro daquilo que aprendemos e que o presidente Ikeda enfatiza no seguinte trecho: Tal como mencionado nos escritos, “A senhora se tornará mais jovem e sua boa sorte se acumulará”,5 nossa alegria e a plenitude do avançar da idade se encontram em expandir a condição de vida, expandir o relacionamento com o Buda e expandir a boa sorte com o crescente coração de jovem. O coração de jovem é, em primeiro lugar, o coração de desafio; em segundo lugar, o coração de jovem é o coração de aprendizado; em terceiro lugar, coração de jovem é o coração do diálogo aberto.6 E por falar em coração forte e virtuoso, no mês de junho, vencemos na última etapa que concluiu a primeira temporada da Seniors League, uma competição humanística criada para contribuir para o avanço e o triunfo da organização com base na vitória na contribuição financeira, Kofu. Sobre o ideal da competição humanitária do presidente Makiguchi, encontramos a seguinte citação de Ikeda sensei: Na competição militar, política ou econômica, prevalece o vencedor sobre a derrota do perdedor. No conceito de competição humanitária de Makiguchi, uma pessoa vence pela vitória do outro (e não pela sua derrota), ou seja, todos vencem.7 Esse importante movimento criou ondas de avanço em toda a organização. Em agosto, quando celebraremos os quarenta anos de fundação do Grupo Alvorada da BSGI, será dada a partida para uma nova temporada, que deverá contar com novos parâmetros que, em breve, serão divulgados. Aguardem! Por hora, agradecemos sinceramente a dedicação que gerou um grandioso avanço na BSGI. Muito obrigado! Finalizamos com uma reflexão feita a partir de um trecho do discurso do presidente Ikeda: Não existe aposentadoria no mundo da fé. Nunca se deve pensar que “Eu me empenhei tanto, por isso, agora vou sentar e descansar”. Enquanto estivermos vivos, haverá sempre algo a fazer, algo para deixarmos como legado. Esse é o significado de uma vida de criação de valor. O budismo é uma fonte de ilimitado aprimoramento. Nós podemos continuar a brilhar de vitalidade, independentemente da idade. A chave é manter o coração jovem. Vamos avançar com um espírito jovem — com ilimitada coragem e vigor — pelo caminho da saúde e da vitória”. 8 Sinta-se abraçado, com todo o nosso coração, sempre jovem! Divisão Sênior da BSGI Notas: 1. Disponível em: https://www.agazeta.com.br/revista-ag/vida/quem-tem-espirito-jovem-vive-mais-tempo-1118. Acesso em: 24 jun. 2024. 2. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2020/01/15/veja-6-dicas-para-ter-um-coracao-saudavel.ghtml. Acesso em: 24 jun. 2024. 3. HILTY, Carl. Glück [Felicidade]. Leipzig: J. C. Hinrichs’sche Buchhandlung, 1904, v. 2, p. 322. Cf. Brasil Seikyo, ed. 1.976, 21 fev. 2009, p. A4. 4. IKEDA, Daisaku. Não Existe Aposentadoria na Prática da Fé. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. 5. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 485, 2020. 6. Brasil Seikyo, ed. 2.352, 31 dez. 2016, p. A1. 7. Idem, ed. 1.994, 4 jul. 2009, p. B4. 8. Idem, ed. 1.809, 27 ago. 2005, p. A3. Reflexão sobre a matéria A vitória é decidida agora Antônio Rodrigues de Oliveira Júnior, responsável pelo Grupo Alvorada da BSGI Caros pilares de ouro da BSGI! Agradecemos, sinceramente a todos pelo empenho na promoção do apoio e de incentivos aos nossos membros nas organizações pelo imenso Brasil. Em especial, agradecemos a atuação dedicada e corajosa no grande movimento de incentivos ao Kofu promovido pela Divisão Sênior, a Seniors League! Graças aos esforços dos senhores, muitas organizações têm avançado significativamente nesse sentido! Todos nós já fomos incentivados em algum momento de nossa vida pela famosa frase de Nichiren Daishonin “O que importa é o coração”,1 não é mesmo? Esse importante ensinamento parece ser uma frase simples e de fácil entendimento. Mas, na verdade, guarda uma profunda e rigorosa diretriz para a vida: a vitória, em todos os aspectos, é sempre definida no coração. Mesmo que a minha realidade hoje seja a mais difícil, mesmo que o momento seja de grande sofrimento, o fato de uma pessoa determinar em seu coração que haverá de lutar, orar e vencer com sinceridade já é, em si, a causa da transformação. Ao mesmo tempo, essa frase nos ensina que, ainda que eu esteja desfrutando condições favoráveis, fama ou fortuna, se eu me descuidar do coração e cultivar sentimentos e decisões distorcidas em relação à Lei, no fim, o resultado não será positivo. Incentivando os companheiros de Oita, que sofreram com a problemática do clero no passado, presidente Ikeda afirmou: O que é mais importante para conseguir cumprir até o fim a missão pelo kosen-rufu, assumida no remoto passado, atingir o estado de buda na presente existência e conquistar uma condição de vida de indestrutível felicidade? É o levantar na fé, com consciência e decisão. Quando se decide no coração, e se possui um coração de leão, não haverá nada a temer. E nesse momento, até mesmo os piores malfeitores que os fizeram sofrer sem piedade, todos se tornarão “bons amigos”. Isso porque é com a conscientização do que está por vir, com a decisão de confrontar e lutar contra as grandes adversidades, que se lapida e fortalece a própria fé e conquista a transformação do destino.2 Desse modo, além dos cuidados com a saúde física, como já pontuado em nossa matéria, é fundamental cultivar uma sincera prática da fé para lapidar e manter um coração honesto, puro e corajoso, conectado ao coração do nosso mestre, presidente Ikeda, e determinado a vencer em tudo. Por fim, vamos juntos estabelecer um grande avanço em nossa vida e em nossa organização, tendo como ponto de chegada “imediato” o aniversário de quarenta anos do Grupo Alvorada da BSGI, a ser comemorado nos dias 17 e 18 de agosto, que movimentará a Divisão Sênior em cada distrito de todo o Brasil e da nossa amada BSGI na direção do avanço e da vitória. Muito obrigado! Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 267, 2017. 2. Brasil Seikyo, ed. 2.659, 31 maio 2024, p. 24. DS de comprovação Eu venci! Eduardo Koiti Kussuda, 41 anos, médico, atua como responsável pela comunidade e responsável pelo Grupo Alvorada de RM Sou da terceira geração de praticantes em minha família. Quando criança, tinha o grande sonho de ser jogador de futebol e acreditava que dessa forma poderia contribuir para a felicidade das pessoas. Joguei nas categorias de base do Corinthians e, como profissional, assinei contrato com um time de pequeno porte em Manaus, AM. Em 2007, passei por um período difícil em minha vida que me causou traumas e uma sensação de fracasso. Comecei a ter sintomas de ansiedade e depressão. Foi nesse momento que senti a necessidade de evoluir nos estudos e de ter mais segurança e empregabilidade. Em paralelo, fui nomeado responsável pela Divisão dos Estudantes (DE) da RM e pensava: “Por que logo eu nessa função de cuidar dos estudantes de Ikeda sensei? Qual é o significado disso na minha vida?”. Em 2011, em meio a esse turbilhão de emoções, mas avançando passo a passo, fui selecionado para participar do Curso de Aprimoramento dos Jovens no Japão. Retornei para o Brasil e tomei a decisão de iniciar tudo novamente e cursar uma faculdade. Fiz daimoku, pesquisei, avaliei as possibilidades de diversos aspectos e acabei optando por cursar medicina. Surgiu a chance de estudar fora do país e, após uma extensa pesquisa, optei por cursar medicina na Argentina, reconhecida pela tradição nessa área. Em 2013, Yumi e eu nos casamos e partimos para Buenos Aires, Argentina. Eu, para cursar medicina, e ela, para fazer mestrado em psicologia. Tivemos nosso primeiro filho, Lorenzo Hideo. No meu último ano de faculdade, fui aprovado em primeiro lugar num processo seletivo que me permitia fazer minha residência em um hospital fora do país. Tive a grande oportunidade de passar dois meses como residente do Hospital West Side Regional, em Miami, Estados Unidos. Posteriormente, formei-me com honra ao mérito, proporcionando muita alegria aos meus pais. Após o término da faculdade, eu só poderia atuar como médico na Argentina, pois não tinha licença para exercer a profissão no Brasil. Dessa forma, trabalhava aproximadamente vinte dias na Argentina e retornava ao Brasil por uma semana. Nessas idas e vindas, nasceu nossa segunda filha, Lavínia Yoshie. Meu objetivo era atuar aqui no Brasil, mas teria de fazer uma prova chamada Revalida. Quando eu me formei, os editais dessa prova estavam suspensos e já haviam se passado dois anos sem abrir novas inscrições. Após intenso daimoku, um novo edital da prova foi aberto. Depois do lançamento do edital, conciliei a participação nas atividades, o desafio de daimoku, e o nascimento do meu terceiro filho, Lucas Takashi. Passado um tempo, recebi o resultado da aprovação e a alegria foi em dobro, pois minha irmã Luciana, que estudou comigo, também foi aprovada! Agradeço a Ikeda sensei, à minha família e aos companheiros. Eduardo Kussuda Kussuda e familia Atividades da DS pelo Brasil Na Regional Vila Guilherme, CNSP, com o tema do encontro “Poder da Oração”, os membros da Divisão Sênior dialogam e definem planos para o próximo semestre Na RM Grajaú, componentes do Alvorada celebram os quarenta anos de fundação do grupo. Na atividade, denominada “Encontro dos Amigos”, destaque para o diálogo em que todos reconfirmam a decisão de se fortalecer na prática da fé com a leitura dos periódicos e a atuação exemplar na organização Com o tema “Alvorada de Coração a Coração — Referência do Mundo”, os integrantes da Sub. Sudeste, CCLP, realizam um encontro no qual enfatizam a importância de estreitar os laços de confiança e de amizade e ser a referência na família, na sociedade e na Gakkai Ilustração: GETTY IMAGES Fotos: BS| Arquivo pessoal | Colaboração local
04/07/2024
Grupo Coração do Rei Leão
BS
Dedicação, encorajamento e assistência
Caros integrantes do Grupo Coração do Rei Leão da BSGI! Nosso desejo é que todos estejam desfrutando excelente saúde. Entramos no mês de junho e, logo mais, iniciaremos o segundo semestre do “Ano do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”. Na matéria deste mês, além de agradecermos por todo o empenho dedicado para a consolidação do Budismo Nichiren e dos ideais de Ikeda sensei, gostaríamos de propor uma reflexão individual e coletiva. Realizamos a Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP, no último dia 26 de maio. No mesmo local que recebemos nosso mestre, Daisaku Ikeda, há quarenta anos. Após a visita de Ikeda sensei, a BSGI se desenvolveu como um verdadeiro jardim, onde membros da Divisão Sênior e Divisão Feminina não pouparam esforços para o nosso crescimento. Com certeza, participamos de todos os ensaios, recebemos incentivos para não desistir e hoje usufruímos essa boa sorte. O primeiro ponto justamente é este: criar “valor humano”. Isso implica acompanhar, passo a passo, a pessoa e fazer com quem ela enxergue seu potencial ilimitado e o aplique no seu dia a dia. A palavra “Soka” significa “criação de valor”. Certa vez, o presidente Ikeda citou três pontos básicos para a criação de “valores humanos”: dedicação, encorajamento e assistência. Ele esclareceu: Se não houver dedicação, todas as palavras ditas serão em vão e jamais tocarão o coração das pessoas. Por outro lado, não há orientação ou forma de educação que supere o encorajamento. É por meio do encorajamento que as boas qualidades são descobertas, fazendo com que a pessoa evidencie todo o seu potencial. A assistência cria e fortalece os laços de confiança e de amizade. Sem assistência, não se pode esperar que as pessoas cresçam sozinhas e se tornem brilhantes valores humanos.1 Compartilhando vários exemplos que ouvimos sobre os preparativos que os jovens, e os estudantes, promoveram para a convenção, o segundo ponto de nossa reflexão é: atuar pelo exemplo. O ritmo dos ensaios para a convenção foi intenso. Alguns desses ensaios ocorreram em locais diferentes. Imagine uma família com um filho participando do ensaio na BSGI, em São Paulo, e outro no Centro Cultural Campestre, em Itapevi, SP. Pelos olhos de mortal comum isso seria um problema, mas na órbita da atividade não havia “tempo” e “espaço” para a maldade. Sendo assim, muitos estudantes contaram com apoio de veteranos da organização, bem como de pais ou mães que não praticam, mas criaram a condição de apoiar esse movimento. Vimos manifestar esse aspecto em todos no Ginásio do Ibirapuera. Agora, imagine a alegria de um estudante ou jovem tendo seus pais nos ensaios e a felicidade desses pais ou outro familiar participando desse movimento único no qual temos a oportunidade de fazer parte. No livro Família Felizes, Crianças Felizes, nosso mestre, Daisaku Ikeda, escreve sobre o potencial de uma criança. Em um trecho, ele diz: Cada criança é um tesouro que abriga um potencial precioso. Todas são dotadas de esperança que irradia da própria vida. Se suas esperanças forem desencorajadas ou arruinadas, não seria falha dos adultos? (...). As crianças são espelhos que refletem o ambiente social adulto, e quando este se mostra perturbado, com a visão turva, as crianças também sofrem. Vamos enxugar as lágrimas de tristeza do rosto de cada criança! Devemos protegê-las e dar-lhes coragem, força e vitalidade. Elas são a esperança da humanidade; e os pais e mães são aqueles que as nutrem. Como são nobres e grandiosas a missão e a responsabilidade dos pais!2 Caros e nobres membros do Grupo Coração do Rei Leão, agora é o momento de cada qual, com a sua missão, se alegrar e decidir o avanço da Divisão dos Estudantes e da Divisão dos Jovens de cada localidade. Todos nós somos “pais e mães” do tesouro e futuro da organização. Vamos irradiar o mesmo brilho da Convenção da Juventude Soka Esperança do Mundo neste exato instante — o da vitória absoluta em todos os aspectos. Que as reflexões possam atingir e transformar nosso coração para iniciarmos, juntos, um grande movimento de vitórias no próximo semestre! Desejamos um carinhoso abraço! Grupo Coração do Rei Leão da BSGI Notas 1. Brasil Seikyo, ed. 2.011, 14 nov. 2009, p. A8. 2. IKEDA, Daisaku. Relacionamento Familiar. Família Felizes, Crianças Felizes. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. No topo: Entusiamo dos integrantes da Divisão dos Estudantes em ensaio para a Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo. Centro Cultural Campestre, SPFoto: BS
06/06/2024
Matéria do Grupo Coração do Rei Leão
BS
Juventude no coração
Olá! Neste “Ano do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”, vivenciamos momentos maravilhosos junto com os jovens da nossa organização. Estamos nos encontrando e incentivando aqueles cadastrados na rede dos 100 mil jovens humanistas, tanto os que irão para a convenção no Ibirapuera como os que participarão on-line. Que oportunidade única! Essa luta na organização é realmente extraordinária, e o apoio dos veteranos, ou seja, dos integrantes da Divisão Sênior (DS) e da Divisão Feminina (DF), agora será muito importante. Nosso eterno mestre, Dr. Daisaku Ikeda, declara: “Quando os praticantes da Divisão Sênior e da Divisão Feminina possuem mente aberta, tolerante e incentivam e apoiam os jovens, esses se sentem acolhidos e conseguem participar das atividades com liberdade e confiança”.1 Ele ainda diz que o “Futuro do kosen-rufu depende inteiramente da nossa capacidade de cultivar jovens que possam nos suceder em nosso nobre empreendimento”.2 Então, bora lá! Temos muita coisa para fazer, como promover diálogos e realizar encontros, sempre repletos de alegria, amizade e respeito. Sem pressa, com tranquilidade, pois o movimento está apenas começando. Ikeda sensei frisa em outro incentivo: Os esforços para propagar o budismo nem sempre produzem frutos imediatos. Mas se continuarem conversando sobre o assunto com seus amigos, plantando as sementes do estado de buda na vida deles e cultivarem laços de amizade duradoura, chegará o dia em que eles despertarão para a fé no Budismo Nichiren. Não há necessidade de apressar os fatos.3 Vamos cultivar também esse carinho, o verdadeiro diálogo, com os jovens que estão bem próximos de nós. Sobre isso, ao lermos alguns incentivos de Ikeda sensei, ele explica, de maneira clara, a importância da propagação do kosen-rufu. Quero que vocês entendam que o kosen-rufu se propaga em dois sentidos: horizontal e vertical. O sentido horizontal é o laço de compreensão do budismo que ampliamos entre nossos amigos, e o vertical é a transmissão do budismo de pais para filhos, netos e sucessivas gerações. Por mais que o kosen-rufu se amplie no sentido horizontal, essa correnteza não fluirá no futuro se a prática da fé for interrompida por uma única geração. A transmissão da prática da fé de geração a gera-ção é o caminho para eternizar o movimento pelo kosen-rufu, como também o ponto fundamental para a prosperidade familiar e a de seus descendentes.4 O grande dia da Juventude Soka está chegando — 26 de maio, data em que os jovens de todas as localidades do país estarão sintonizados com o coração do Mestre. Aliás, nesse dia, o Brasil estará, junto com Ikeda sensei, estudantes, jovens, mulheres e homens, celebrando os quarenta anos de um encontro memorável, que fez a diferença na vida de milhares de famílias. Afinal, os jovens de quarenta anos atrás hoje são integrantes da DS e DF com muita energia. Que venham os próximos quarenta anos repletos de muitas vitórias! O que você entende por juventude? Encontramos a resposta exata neste incentivo de Ikeda sensei: Não considero a juventude algo restrito à idade cronológica ou mesmo ao vigor físico. A verdadeira glória da juventude, a meu ver, consiste em manter as convicções da juventude com a mesma paixão até a morte. (...) Para mim, é muito importante preservar esse tipo de “juventude vitalícia”, e espero nunca perder essa fundamental juventude de espírito.5 Sejamos a esperança em tempos difíceis, transmitindo confiança, coragem e alegria. Carinhoso abraço! Grupo Coração do Rei Leão da BSGI Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Voo Dinâmico. Nova Revolução Humana. v. 18. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. p. 239. 2. Ibidem. 3. Ibidem. 4. Brasil Seikyo, ed.1.580, 18 nov. 2000, p. A9. 5. IKEDA, Daisaku. Novo Século. Nova Revolução Humana. v. 22. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. p. 55 Foto: Getty Images
09/05/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Consolidar a relação de mestre e discípulo
A jornada de mestre e discípulo é de gratidão e de transformação. Cada passo, cada gesto, é uma oportunidade para demonstrar o respeito e a dedicação que temos pelo caminho que trilhamos juntos. Ao consolidar nossa conexão, não apenas honramos o legado do mestre, mas também fortalecemos nossa própria revolução humana. Nesta matéria, exploraremos, passo a passo, como solidificar essa relação, inspirando-nos na nobreza da gratidão e na busca incessante por resultados significativos na vida diária. Foco no passo a passo Desde a estratégia da oração e ação até a confirmação da vitória, cada passo é uma trajetória de compromisso, responsabilidade e crescimento mútuos. Para consolidar sua ligação com o mestre e transformar a sua vida, listamos dez pontos importantes. Passo 1. Orar e agir: Ore de forma consciente e corajosa, inspirando-se e encorajando-se com determinação para alcançar a vitória. Tudo se inicia com a oração! Em seguida, entre em ação com atitudes concretas no dia a dia. Passo 2. Cultivar a gratidão: Agradeça e honre os mestres que dedicaram a vida em prol do desenvolvimento da nossa organização, construindo uma existência inigualável por meio do kosen-rufu. Passo 3. Buscar e demonstrar comprometimento: Procure agir em harmonia, assumindo responsabilidades e demonstrando comprometimento em todos os aspectos de sua atuação, em todos os campos da vida e da organização. Passo 4. Concretizar (todos os dias) o kosen-rufu: Aja com grande convicção e empenho para concretizar a “profecia de Nichiren Daishonin”,1 consciente de que a realização do kosen-rufu depende de suas ações efetivas e sérias, não apenas da espera passiva. Passo 5. Viver o legado: Desenvolva e multiplique o legado do Mestre, visando à felicidade da humanidade e à paz mundial. “O que o Mestre faria no meu lugar?” Passo 6. Conquistar a prova real: Demonstre a grandiosidade dos mestres por meio de resultados e realizações em sua vida diária. Passo 7. Saber ouvir: Promova a igualdade e rejeite a arrogância e o autoritarismo, dando protagonismo a todos, especialmente às mulheres e aos jovens em reconhecimento pelos esforços deles. Passo 8. Recusar acomodação: Abrace os desafios, evite uma postura de superioridade e se abra para experiências novas, sempre em busca do autoaperfeiçoamento. Passo 9. Cultivar senso de justiça e de coragem: Mantenha a chama da justiça e da coragem ardendo permanentemente em seu coração para trilhar o caminho da unicidade de mestre e discípulo. Tome uma decisão com base no direcionamento do Mestre. Passo 10. Liderar com inspiração: Demonstre, em vez de dizer o que fazer. Lidere, com inspiração, a Divisão Sênior, enfatizando a seriedade no momento presente. Encontro promovido pela Divisão Sênior. Acima, Atividade com membros da RM Cidade Tiradentes Momento-chave da unicidade de mestre e discípulo Na história da Soka Gakkai, episódios marcantes, como a passagem do bastão espiritual do presidente Josei Toda para o jovem Ikeda, ecoam a profunda relação de mestre e discípulo. Inspirados por essa transição histórica, exploramos os dez passos cruciais parasolidificar essa ligação. Cada passo revela uma jornada de comprometimento e crescimento,refletindo a essência da herança espiritual transmitida de mestre para discípulo. No depoimento, a seguir, a Sra. Tizuko Yamaura, veterana da Divisão do Jovens (DJ), que ajudou nos preparativos para a cerimônia de 16 de março de 1958, relata um momento crucial na manifestação desse sentimento: Eu, o Sr. Kashiwabara e o Sr. Morita estávamos no elevador com o Sr. Toda e Daisaku Ikeda [era 10 de março de 1958]. Olhando fixamente para Ikeda, o mestre disse: “Meu trabalho foi concluído com isso [inauguração do Daikodo]. Já posso morrer tranquilo. Então, Daisaku, deixo o resto com você, conto com você!”. Era o momento solene da entrega do bastão espiritual de mestre e discípulo, o instante em que foi definido o herdeiro e sucessor do kosen- rufu.2 E claro, não podemos deixar de citar o dia 14 de agosto de 1947, data em que o jovem Daisaku Ikeda conheceu Josei Toda, ao participar de uma reunião de palestra. Profundamente influenciado pela personalidade de Toda sensei, o presidente Ikeda decidiu adotar o Budismo de Nichiren Daishonin em sua vida apenas dez dias depois, em 24 de agosto. No livro Pilares de Ouro Soka, ele conta sobre a primeira impressão desse encontro: “Embora aquela fosse a primeira vez que nos encontrávamos, o Sr. Toda se dirigiu a mim como se fôssemos velhos conhecidos”.3 Inicie sua jornada agora para fortalecer sua relação de mestre e discípulo, continuamente, com o desejo de aprender. Como assim, desejo de aprender? Novamente, no livro Pilares de Ouro Soka, Ikeda sensei nos direciona: De acordo com um episódio histórico do Romance dos Três Reinos, consta que Liu Bei disse: “Viva de um modo que lhe permita acumular sabedoria”; ao passo que Cao Cao, com orgulho, declarou: “Como amadureci, passei a apreciar mais o mundo do aprendizado”. E Sun Quan enaltecia abertamente aqueles que se esforçavam para se aprimorar mesmo depois de adultos.4 Dessa forma, não nos resta alternativa a não ser aprender fazendo, aprimorando-nos, segundo a segundo, com o sentimento de unicidade com os Três Mestres Eternos, 24 horas por dia. Avante, sênior! Notas: 1. Leia mais no Brasil Seikyo, ed. 2.022, 6 fev. 2010, p. A4 e ed. 2.228, 24 maio 2014, p. B4. 2. Brasil Seikyo, ed. 1.930, 8 mar. 2008, p. B5. 3. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka: Coletânea de Orientações para a Divisão Sênior. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022. p. 84. 4. Ibidem, p. 14. *** Reflexão sobre a matéria Mario Marcio Leite da Silva, vice-coordenador da DS da BSGI Construindo uma profunda e inabalável relação com o Mestre Gostaria de convidar todos a refletir, junto comigo, sobre o significado e a importância da relação de mestre e discípulo de forma prática em nossa vida. No meu caso, essa relação foi construída, passo a passo, ao longo do tempo. Desde criança, sabia que tínhamos um mestre — um grande homem, sábio, forte e vitorioso — a quem podíamos confiar porque nos incentivava a incorporar o Budismo de Nichiren Daishonin em nossa vida. Ouvia meus veteranos, líderes do Grupo 2001, falar sobre as orientações de Ikeda sensei para as crianças. Muitas vezes, eu o imaginava dialogando comigo. Era realmente como se fosse um diálogo em que sensei se colocava diante de mim e me ensinava os caminhos da prática da fé para eu realmente ser feliz. Eu era uma criança muito tímida e insegura. Tinha medo de encarar as pessoas e de lutar pelos meus sonhos, como se não fosse capaz de alcançar a felicidade. No entanto, sempre estive ao lado da minha avó nas atividades, o que me permitiu tomar conhecimento da história e trajetória de Ikeda sensei, com todos os seus desafios e superações. A cada momento, o Mestre se tornava um grande exemplo de força, coragem e determinação para mim. Queria também manifestar aquela força, aquele poder. Minha prática foi ganhando um novo sentido à medida que eu crescia. Com base nas orientações do sensei, fui me desenvolvendo, rompendo a barreira do medo e vencendo aquela extrema timidez e insegurança. Essa relação de mestre e discípulo se desenvolvia dentro do meu coração a cada dia. Não era algo físico, mas espiritual, profundo e místico. Assim eu sentia. Quando lia as orientações de Ikeda sensei, percebia uma grandiosa sinergia com ele e, nesse momento único, nascia uma clara certeza da vitória. Era como se ele falasse: “Levante-se! Vença esta sua barreira! Você é meu discípulo! E é um grande valor!”. Eu me emociono ao recordar essa fase da minha vida. Recentemente, tive a oportunidade de estar com o líder da Divisão Sênior da Soka Gakkai, Sr. Tanigawa, num curso de aprimoramento em Kansai. Diante da pergunta que fizemos sobre o espírito de relatarmos nossa luta na organização e nossas vitórias ao Mestre por meio do hokokusho (comunicado), ele disse as seguintes palavras: “O espírito de procura é a chave para o aprimoramento, o avanço e a vitória. O espírito de procura em reportar ao Mestre deve ser mantido, independentemente de receber ou não a resposta dele. A causa se encontra em manifestar sua decisão ao Mestre. Não são formalidades, mas sim o sincero desejo de reportar a vitória a Ikeda sensei”. Eu também aprendi com os companheiros de Kansai que shitei funi [“unicidade de mestre e discípulo”] está no comprometimento e na decisão de “jamais ser derrotado”, o que fez nascer em mim um novo sentimento e reflexão. Ikeda sensei herdou e dedicou a vida para cumprir o juramento ao seu mestre, Josei Toda. E eu, enquanto discípulo? Já me levantei com o mesmo sentimento? Herdei todo o ensinamento deixado por Ikeda sensei? Ser discípulo é ter o mesmo coração e realizar as mesmas ações do Mestre, pois seu forte desejo é a felicidade de todas as pessoas. É preciso cultivar, a cada dia, a grande árvore da relação de mestre e discípulo, tornando suas raízes profundas e inabaláveis. Agora é a hora do levantar dos genuínos discípulos Ikeda! Relatemos nossas vitórias de avanço e de construção de um “Brasil, Monarca do Mundo”, nação da esperança e Terra da Luz Eternamente Tranquila Vamos juntos perpetuar a história do nosso grandioso mestre. Forte e carinhoso abraço! *** DS de comprovação Ser o melhor no local em que se encontra Lisandro Alves Soares, 42 anos, barbeiro, atua como vice-responsável de comunidade responsável pelo grupo Alvorada de RM. Sou casado com uma mulher de grande e inestimável valor humano e tenho quatro filhas. Em 2016, converti-me ao Budismo Nichiren. São apenas oito anos e parece que se passaram décadas desde a minha conversão. Ao longo desse período, muitas coisas aconteceram. Vencemos, minha família e eu, diversas batalhas. Passamos por dificuldades financeiras, mas sempre nos empenhamos no daimoku e nas atividades da Gakkai. Em 2018, com muito daimoku e esforço, inaugurei meu próprio negócio: abri uma barbearia. Na ocasião, fiz o juramento: “Meu empreendimento será veículo de propagação do kosen-rufu”. Com esse juramento, meu estabelecimento é nutrido pelo verdadeiro espírito de mestre e discípulo por meio dos periódicos e dos livros da Editora Brasil Seikyo (EBS). Munido de muita informação, atuo de acordo com as orientações do Mestre Daisaku Ikeda. Em uma delas, ele diz: Se houver um problema que cause sofrimento às pessoas, considere-o seu e lute destemidamente para solucioná-lo — essa é a conduta de vida de um budista. Os integrantes da Divisão Sênior, ao se conscientizarem de sua missão e se tornarem o cerne e a força propulsora da edificação da sociedade, sua localidade também se desenvolverá, prosperará e será vitoriosa.1 Com esse pensamento e missão em meu coração, empenhei-me, dia após dia, e assim concretizei onze shakubuku, e muitos ainda estão por vir. Com essa alegria em propagar o budismo, vencemos uma grande crise na barbearia em razão da pandemia. Mas, sempre com muito daimoku, a esperança emergiu dentro do meu coração e me dediquei ainda mais às atividades da Gakkai. Hoje, atuo com grande orgulho e tenho plena ciência das minhas responsabilidades Baseando a vida nas orientações do meu mestre, sou considerado um dos melhores barbeiros da localidade, não apenas pelos serviços, mas principalmente por ser uma pessoa que incentiva a todos. Além disso, minha barbearia é um local bem frequentado. Muito, muito obrigado, Ikeda sensei. Vamos avançar sempre mais. Conte comigo! Lisandro em diversos momento com amigos e familiares No topo: Encontro promovido pela Divisão Sênior. Academia da Sub. Triângulo Mineiro Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Hino da Ampla Propagação. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 28, p. 39, 2020. Fotos: Colaboração local | Arquivo pessoal
09/05/2024
Notícias
BS
Curtas
Colégio Internacional Soka da Malásia realiza cerimônia de aberturaNa manhã do dia 22 de fevereiro, foi realizada a cerimônia de abertura do Colégio Internacional Soka da Malásia (SISM — Soka International School Malaysia), localizado na cidade de Seremban, estado de Negeri Sembilan, na Malásia. O presidente da Soka Gakkai, Minoru Harada, conselheiro sênior da instituição, participou da solenidade. A primeira turma, formada por 138 estudantes de nove países e territórios, como Malásia, Japão, Coreia do Sul, Índia, Tailândia e Singapura, deu uma radiante partida. O Colégio Internacional Soka da Malásia oferece ensino do nível secundário e preparatório para a universidade, equivalente aos cursos ginasial e colegial do Japão [corresponde aos ensinos fundamental 2 e médio do Brasil]. Campus do Colégio Internacional Soka da Malásia, envolto por uma exuberante natureza Cerimônia de abertura com os 138 alunos de nove países e territórios (22 fev. 2024) Leia mais:Matéria completa, acesse https://www.brasilseikyo.com.br/central-de-noticias/noticia/99956231 **** Fique ligado Atividades da Juventude Soka INSCRIÇÕES PRORROGADAS As inscrições para os participantes da Convenção Comemorativa da Juventude Soka, a ser realizada no dia 26 de maio, foram prorrogadas até 16 de março (exceto integrantes da CGRE com translado aéreo). Informe-se com os líderes de sua localidade ou pela Extranet da BSGI em: https://extra2.bsgi.org.br/dj/juventudesoka/convencao_maio/ PRÉ-CONVENÇÃO Em março, a Juventude Soka realizará a Pré-Convenção, celebrando os quarenta anos da Divisão dos Jovens e da Divisão dos Universitários BSGI, além do eterno Dia do Kosen-rufu (16 de março). Quer saber mais detalhes? Veja na edição 2.653 do Brasil Seikyo: https://www.brasilseikyo.com.br/home/bs-digital/edicao/2653/artigo/rumo-aos-100-mil-jovens-humanistas/999562288 Encontros movimentam CGSP O grupo Zenshin da Divisão Feminina da CGSP marcou uma nova partida em atividade realizada na Sala Shitei (Mestre e Discípulo) do Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, em São Paulo, SP. As representantes encontraram-se na manhã do dia 3 de março, de forma radiante, para comemorar os dezenove anos de fundação do grupo, estudar matérias, receber direcionamentos e reconfirmar a disposição para a atuação. O Zenshin de diversas organizações pelo Brasil também está promovendo atividades comemorativas. Acompanhe nas próximas edições. As Divisões Sênior e Masculina de Jovens da CGSP uniram forças para realizar a atividade “Bons Amigos, Bons Veteranos” no sábado, dia 2 de março. Um encontro foi promovido pela manhã no Centro Cultural de Suzano, que contou com relatos de comprovação, concessão de Gohonzon e um diálogo com os líderes das divisões. À tarde, prosseguiu com um intercâmbio de visitas familiares com foco no movimento dos 100 mil jovens humanistas. A Academia para Líderes dos Sucessores Ikeda 2030 da CGSP reuniu responsáveis pela Divisão dos Estudantes (DE) no Auditório Monarca do Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, em São Paulo, SP, na manhã do dia 3 de março. O objetivo foi aprimorarem-se e compartilharem experiências para apoiar e contribuir cada vez mais para a criação dos jovens “valores humanos” que se encarregarão do futuro do kosen-rufu. Camila Akama, coordenadora da DE da BSGI, e Alessandra Miyagawa, vice-coordenadora, participaram da academia. Vitória da união Os integrantes da Regional Vila Galvão, Sub. Arujá-Guarulhos, realizaram um encontro no Centro Cultural Campestre da BSGI, no dia 25 de fevereiro, sob o tema “Unidos pela Amizade e Felicidade”, com a participação de cerca de duzentas pessoas, entre membros e convidados. Recentemente, o Distrito Vila Galvão, pertencente à regional, concretizou o objetivo no movimento dos cem jovens por distrito. Notícias e relatos Quer compartilhar seu relato de comprovação ou notícia da sua organização para publicação no Brasil Seikyo? Envie para o e-mail: brseikyo@brseikyo.com.br * Publicação sujeita a seleção de acordo com a disponibilidade de espaço nas edições do BS. Fotos: Seikyo Press | Colaboração local
07/03/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Espírito de doação proporciona elevada condição de vida
Nos meses anteriores, estudamos como a firme determinação pode transformar as circunstâncias e sobre o princípio da “unicidade da vida e seu ambiente” (esho-funi). A oração, aliada a essa determinação, cria uma condição de jamais retroceder e nos desencorajar. Essa decisão é fortalecida se estiver conectada aos ideais do kosen-rufu e do Mestre Daisaku Ikeda. A filosofia budista é extremamente abrangente, ela explora inúmeros aspectos do nosso cotidiano. Um deles explica que, mais importante que os atos de uma pessoa, é fundamental o espírito com que ela os realiza. Uma ferramenta determinante para mudar a realidade (o ambiente) é a determinação de doar. O ato de doar contribui para melhorar a sociedade, as instituições e as pessoas. O ser humano, ao fazer uma doação, sempre experimenta uma sensação de alegria e a compartilha com o outro. Você já deve ter sentido essa sensação, não é? No dicionário1 consta: “Doação — ação de doar, de oferecer alguma coisa a alguém”. Na Soka Gakkai Internacional (SGI), o “espírito de doação” é encontrado não apenas abordando doações materiais, mais todos os tipos de oferecimentos em prol do desenvolvimento do movimento pelo kosen-rufu, da organização e dos membros. Por exemplo, em relação à prática do gongyo e do daimoku diários, efetuamos, muitas vezes sem ter consciência, várias espécies de doação como o oferecimento de incenso, velas, água, frutas, ramos verdes e outros. Doações no budismo Nichiren Daishonin deixou registrado em suas escrituras que o budismo expõe a doação como meio para a transformação da vida de diversos discípulos, os quais gentilmente lhe ofereceram alimentos e roupas para que ele pudesse sobreviver. Na carta O Rico Sudatta, Daishonin diz: A maneira para se tornar um buda facilmente não tem nada de especial. É como dar água a alguém sedento em época de seca, ou como acender fogo para uma pessoa que está morrendo de frio; também é como dar algo único a outra pessoa, ou fazer uma doação ainda que ao custo da própria vida. (...) Na Índia, viveu um homem abastado, conhecido como “o rico Sudatta”. Caiu na pobreza sete vezes, e recuperou a prosperidade sete vezes. Durante o último período de miséria, quando todos os demais habitantes haviam fugido ou morrido, e somente ele e a esposa haviam permanecido, perceberam que não possuíam mais que cinco medidas de arroz, o que os sustentaria por cinco dias. Nesse momento, chegaram cinco mendicantes, um após o outro — Mahakashyapa, Shariputra, Ananda, Rahula e o buda Shakyamuni, que imploraram pelas cinco medidas de arroz, as quais Sudatta acabou lhes concedendo. A partir desse dia, Sudatta se tornou o homem mais rico de toda a Índia e construiu o monastério de Jetavana.2 Dessa forma, o ato de doar, material ou não, com base na prática da fé constitui causa fundamental para o desenvolvimento de cada indivíduo. Daishonin declarou a uma seguidora em O Oferecimento de um Manto sem Forro: “Esteja firmemente convicta de que os benefícios dessa ação se estenderão aos seus pais, aos seus avós, e muito mais ainda, a incontáveis seres vivos, sem falar de seu marido, a quem a senhora tanto ama.3 Seniors League, uma competição humanística! Apoiar meu companheiro para a vitória? Nos tempos atuais, é um cenário que dificilmente vivenciamos no dia a dia. E isso é totalmente diferente no universo da Soka Gakkai. Elevar nossa condição de vida, a ponto de vencer as próprias circunstâncias e não descansar até que nossos companheiros vençam, é o caminho do estado de buda. Mas, para não cairmos na rotina e estabelecermos um ritmo de vitória diária, são necessárias algumas atitudes. Recitar daimoku, propagar o budismo e participar das atividades da organização são alguns exemplos para nos manter com elevada condição de vida. Com esse espírito, a Divisão Sênior (DS) idealizou a Seniors League. O objetivo desse movimento é cultivar o espírito de doação por meio da contribuição para o Departamento de Contribuintes (Kofu), incentivando os companheiros a participar dessa competição humanística, vencendo a cada etapa com o aumento de +1 participante por distrito. O presidente Ikeda indica o ideal do presidente Makiguchi sobre competição humanitária. Na competição militar, política ou econômica, prevalece o vencedor sobre a derrota do perdedor. No conceito de competição humanitária de Makiguchi, uma pessoa vence pela vitória do outro (e não pela sua derrota), ou seja, todos vencem.4 Com relação à importância dos parâmetros numéricos, o presidente Josei Toda nos ensinou: Seja qual for o campo de empreendimento, os números devem ser calculados. Nós, da Soka Gakkai, fazemos cálculos para acompanhar quantas vidas infinitamente preciosas estão sendo protegidas, quantas pessoas se converteram à Lei Mística e quantas concretizaram a genuína felicidade.5 Mas como vencer? No livro Pilares de Ouro Soka, Ikeda sensei nos direciona: ..a força indomável para entrar em ação e se dedicar ao máximo com o propósito de conquistar os objetivos mais desafiadores. E qual a fonte dessa força? É empregar a insuperável estratégia do Sutra do Lótus, é recitar o Nam-myoho-renge-kyo, que é como o rugido do leão.6 Assim, companheiros da Divisão Sênior, com o coração conectado ao de Ikeda sensei, vamos, em todos os distritos do Brasil, ser vitoriosos e campeões da Seniors League! Notas: 1. Oxford Languages. 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 353, 2017. 3. Ibidem, v. I, p. 557, 2020. 4. Brasil Seikyo, ed. 1.994, 4 jul. 2009, p. B4. 5. Idem, ed. 1.653, 25 maio 2002, p. A3. 6. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka: Coletânea de Orientações para a Divisão Sênior. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022. Reflexão sobre a matéria Edson Tokunaga, vice-coordenador da DS da BSGI No diálogo com o professor Lou Marinoff, o presidente Ikeda comenta: O budismo Mahayana ensina a doação como uma das práticas do bodisatva. No entanto, existem três tipos de doação. O primeiro consiste em dar ajuda material, enquanto o segundo consiste em conceder a Lei, que é o ensinamento que conduz à iluminação. Por meio da prática da doação, os bodisatvas põem em prática o nobre voto de ajudar todos os que sofrem, além de ajudar tanto a si mesmos quanto os outros a alcançar o estado de buda. (...) Mas a terceira forma de doação é a oferta de destemor, isto é, o ato de ajudar alguém a eliminar o sentimento de pavor e alcançar a paz de espírito. É algo que dá às pessoas a coragem de enfrentar e superar, de preferência sem nenhum medo, as dificuldades na vida profissional, cotidiana ou em qualquer outra área.1 Ouvimos vários relatos de superação por conta do engajamento de muitas pessoas no movimento da Seniors League, que não consistia em apenas vencer o adversário, como acontece nas diversas competições tradicionais. Recordo-me de uma situação, em que um integrante da DS, que já fazia parte do Departamento de Contribuintes (Kofu), deparou-se com um colega desempregado e sem nenhuma possibilidade de participar do Kofu. Sensibilizado, dispôs-se a desafiar intenso daimoku juntos até que o colega desamparado revertesse sua realidade e, vencendo seus medos, conseguisse sua participação. Não seria mais fácil dar o valor ou mesmo fazer a contribuição em nome do amigo, oferecendo o primeiro tipo de doação? Seria, mas isso não lhe possibilitaria conceder o segundo tipo de doação e muito menos manifestar de forma sincera e espontânea o terceiro tipo, que advém do tesouro do coração. Não apenas um deles venceu, mas ambos se contagiaram, vibraram e, o mais importante, venceram suas circunstâncias para colaborar direta e indiretamente com o avanço do kosen-rufu. Além disso, criaram a causa da vitória na vida um do outro. E ainda, eu me deparei com comentários de muitos veteranos. Eles falaram que, há quarenta anos, participaram do Festival de 1984 no Ginásio do Ibirapuera. Agora, ao saberem da Convenção Comemorativa da Juventude Soka do Brasil, em maio deste ano (2024), disseram que não ficariam de fora. “Mas a participação será apenas dos jovens?”, indaguei-os. A resposta veio com sorrisos: “Só conseguimos nos encontrar com Ikeda sensei em 1984 graças ao apoio dos veteranos da época que estavam nos bastidores nos ajudando da melhor forma possível”. Então, pode ser que não estejamos lá fisicamente, mas vamos nos desafiar a aumentar mais uma cota do Kofu, e assim garantir condições plenas para que a nova geração possa se sintonizar com o eterno coração da “unicidade de mestre e discípulo” de Ikeda sensei. Bora lá, ofertar nosso destemor! Que a vitória de todos os pilares de ouro garanta o eterno juramento dos nossos preciosos sucessores da Juventude Soka! Nota: 1. MARINOFF, Lou; IKEDA, Daisaku. O Filósofo Interior. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2024. p. 25-26. Chegou o momento de comprovar Encontramos no romance Nova Revolução Humana, vários exemplos sobre a contribuição financeira. A seguir, trechos que podemos ler no volume 4 e no volume 10. Na época do primeiro presidente Tsunesaburo Makiguchi, a responsabilidade pela parte financeira foi assumida integralmente pelo então diretor-geral Josei Toda. Mesmo após a guerra, quando se iniciou a reconstrução da Soka Gakkai, foi o presidente Josei Toda quem arcou com todas as despesas empregando suas economias pessoais, não permitindo que os membros se preocupassem com isso. (...) Ao pensar na expansão do kosen-rufu no futuro, seria inviável que ele continuasse sustentando sozinho aquela situação. Além disso, contribuir com o custeio das despesas era uma oportunidade de doação para o kosen-rufu. Diante da crescente insistência dos membros, Josei Toda sentiu que finalmente havia chegado a época para abrir as portas para essa possibilidade. (...) Os membros desse departamento sentiam-se felizes, orgulhosos e com profunda gratidão porque foram escolhidos e por ter a honra de servir ao kosen-rufu com suas contribuições. Fonte: IKEDA, Daisaku. Triunfo. Nova Revolução Humana. v. 4. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. *** Muitos integrantes da Divisão Sênior pararam de fumar e de beber como parte do empenho para o sucesso da contribuição especial, e as esposas ficaram felizes por eles desfrutarem melhores condições de saúde. (...) Todos os membros se esforçavam de alguma forma para guardar dinheiro, apesar da crise econômica. Em pouco tempo, os pequenos cofres ficaram cheios de moedas. Era o resultado da sinceridade, que não poderia ser medida pela quantia economizada. O peso dos cofres simbolizava o peso da sinceridade. Os benefícios da doação estão claramente expostos nos escritos de Nichiren Daishonin. Se acaso esses benefícios não surgirem como provas reais em nossa vida, o budismo será um falso ensinamento. A força do Gohonzon é extraordinária. Não preciso repetir essa questão, pois os senhores são as pessoas que mais reconhecem o poder da prática da fé no Gohonzon, graças às provas reais experimentadas na vida diária. Com essa convicção, vamos agora direcionar os esforços para o sucesso das próximas atividades. De toda forma, a doação não é medida exclusivamente pelo valor, mas pela sinceridade com que nos devotamos para conseguir participar. É com esse espírito e essa determinação na prática da fé que definimos também os benefícios da nossa vida. Fonte: IKEDA, Daisaku. Nova Rota. Nova Revolução Humana. v. 10. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. DS de comprovação Sênior que vence Vinícius Pimentel Vinícius Pimentel é responsável pelo Distrito Vitória, RM Belford Roxo, Sub. Grande Rio, Coordenadoria Centro-Sul Fluminense. Também atua como secretário do Grupo Alvorada de coordenadoria, e secretário da Coordenadoria Educacional da CGERJ. Estimados amigos da Divisão Sênior, gostaria de compartilhar com todos minha incrível experiência durante o movimento do Seniors League e nossas ações para o desenvolvimento da organização e da região onde moro e atuo. Na primeira etapa do Kofu, nossa coordenadoria foi a primeira do Brasil a vencer nos 44 distritos que compõem a organização local. Nós nos juntamos e todos apoiaram cada localidade. A regra era clara: “Seu distrito venceu, agora ajuda o companheiro de outro distrito a fechar. Temos a certeza de que venceremos na etapa de março, pois já estamos lutando para trazer essa vitória por meio do movimento de visitas e de diálogos com os membros da DS.” Após essa vitória, enfrentamos uma grande adversidade em janeiro com as fortes chuvas no Rio de Janeiro, que afetaram especialmente a cidade de Belford Roxo, onde vários membros foram atingidos pelas enchentes, inclusive minha família. Minha esposa e eu, além da intensa recitação do daimoku, entramos em contato com os membros. Recebemos uma ligação do nosso líder, o qual disse: “Precisamos agir. Nossa sede regional será ponto de apoio para os membros e moradores da região”. Assim iniciamos o movimento de apoio aos membros que também se ampliou para os moradores. Ao chegar a casa, o sentimento que dominava era de gratidão e de missão cumprida. Andando pelo bairro, sentíamos vontade de chorar, pois as ruas pareciam cenas de um filme de guerra. Tudo estava destruído e várias pessoas nas ruas esperavam a ação do poder público, que não dava conta. Fizemos uma grande reflexão e percebemos que 70% dos membros afetados pelas fortes chuvas não eram ativos, ou seja, nossa ação foi a oportunidade de aproximação, demonstrando humanismo e empatia. Na organização de base, também fomos vitoriosos no movimento dos cem jovens por distrito. Quanta alegria! Finalizando o presente relato, gostaria de citar um trecho do poema de autoria de Ikeda sensei, Brasil, Seja Monarca do Mundo! que diz: “Que sejam humanistas de braços fortes, / em luta solidária com as pessoas deserdadas, / atuem agora e vivam o presente com a certeza de que neste exato instante está se erguendo o futuro”.1 Vinícus Pimentel, de camisa azul clara, com os companheiros. Em momentos de atividades na organização Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.331, 16 jul. 2016, p. A3.
07/03/2024
Especial
BS
Pilares de ouro que sustentam o grande Castelo Soka
“Ser vitorioso no local de trabalho”, “Ser um líder que contribui para o bem-estar da comunidade” e “Ser um pilar de confiança na organização”. Essas três diretrizes eternas dedicadas pelo presidente Ikeda aos membros da Divisão Sênior (DS) constituem a base da atuação deles desde a fundação da divisão em 5 de março de 1966. O encontro que assinalou o primeiro passo da DS foi realizado no auditório da sede central da Soka Gakkai, reunindo 750 representantes com a participação do então terceiro presidente da organização, Dr. Daisaku Ikeda, que deixou registrado no romance Nova Revolução Humana o propósito desse acontecimento histórico: A fundação da Divisão Sênior foi decidida em virtude de sua importância para a nova fase do kosen-rufu e para o futuro da Soka Gakkai. Até então, essa divisão não havia sido oficializada pelo fato de estar sempre apoiando a Divisão Feminina e a Divisão dos Jovens. Entretanto, essa divisão deveria ser instituída oficialmente para atuar na linha de frente das atividades ao lado das outras divisões com o objetivo de estreitar os laços de confiança da Soka Gakkai com a sociedade.¹ Entrava em ação um projeto de Ikeda sensei para promover a relação entre veteranos e jovens no desenvolvimento da Soka Gakkai. O objetivo era lapidar e direcionar a força da juventude nas atividades por meio da experiência e seriedade dos integrantes da Divisão Sênior, assegurando a expansão do kosen-rufu. Desde a origem da divisão, portanto, os “pilares de ouro”, assim denominados pelo Mestre, são aqueles que criam um ambiente harmonioso entre os companheiros e em todas as esferas de atuação, como na família, no trabalho e na sociedade em geral. Sem que ninguém esperasse, em 1982, o presidente Ikeda anunciou a possibilidade de o Brasil fundar a própria estrutura durante o aniversário de dezesseis anos de fundação da DS da Soka Gakkai. Assim, a BSGI conquistou a grandiosa oportunidade de ser a organização pioneira a fundar a Divisão Sênior fora do Japão em 5 de março. A atividade de fundação, entretanto, ocorreu em 4 de abril do mesmo ano no auditório da Associação Okinawa, em São Paulo, SP. Com o tema “Divisão Sênior, Pilar da BSGI”, nesse evento, reuniram-se mais de 1.700 representantes de diversas localidades brasileiras como Salvador, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba e Londrina, além da presença dos coordenadores das demais divisões, que prestigiaram o acontecimento. Durante a 10a Convenção Comemorativa de Fundação da Divisão Sênior, realizada no Japão, em 1976, o dia 24 de agosto — data de conversão de Ikeda sensei ao budismo — foi estabelecido como Dia da Divisão Sênior em todo o mundo. O Mestre afirmou em um de seus discursos: Eu também sou integrante da Divisão Sênior. Por favor, levantem-se com coragem junto comigo, com base no espírito da Gakkai. Sejamos pilares de ouro que sustentam o grande Castelo Soka”.2 Pessoas de espírito jovem demonstram ânimo, desejo de aprender e têm atitude. Os membros da DS, que possuem essas características, conseguem expandir sua atuação e cumprir duas tarefas fundamentais: proteger as demais divisões — garantir espaço para que todos possam atuar de acordo com suas características e aprender junto com eles — e criar harmonia na organização — empenhar-se ao máximo atuando nas atividades com base no estudo do budismo e na recitação de gongyo e de daimoku. Outro ponto essencial para um componente da DS é criar “valores humanos”. Além disso, é primordial apoiar os companheiros mais novos da divisão e contribuir para o aprimoramento de outras pessoas. Porém, esses aspectos citados precisam existir em outros núcleos de extrema importância para o ser humano: na família e nas relações sociais. Diante da situação em que se encontra a sociedade atualmente, é necessário desenvolver pessoas cada vez mais colaborativas, fortes e corajosas. Proteger a família e gerar harmonia, criar e manter boas relações sociais, dedicar-se ao autoaprimoramento e ao crescimento de outros indivíduos dão muito mais sentido à vida de um membro da Divisão Sênior. Em especial, aquele que possui um espírito jovem compreende que o cenário em que se vive hoje é o “palco da nova era da DS” e, por que não dizer, “o palco do sênior da nova era”. Certa vez, Ikeda sensei incentivou: Espero que nossos integrantes da Divisão Sênior não somente ajam com coragem nas linhas de frente de nosso movimento como também que se apropriem, tornando-se líderes compassivos que realmente compreendem os sentimentos de seus companheiros. Essa é a chave para desenvolverem o nobre caráter de genuínos campeões da prática da fé.3 No topo: Ilustração retrata o brado da vitória dos participantes da reunião de fundação da Divisão Sënior em torno de Ikeda sensei (5 mar. 1966) Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 10, p. 249, 2019. 2. Brasil Seikyo, ed. 1.644, 16 mar. 2002, p. A7. 3. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 176-177. Ilustração: Kenichiro Uchida
22/02/2024
Matéria da Divisão Sênior
BS
Firme determinação transforma tudo!
O Budismo de Nichiren Daishonin nos ensina a transformar nossa condição de vida interior para nos tornar pessoas fortes e sábias, capazes de abrir por si sós o caminho da própria felicidade. É um conceito ligado diretamente ao modo como vivemos e ao que abrigamos em nosso coração e em nossa mente. Nesse sentido, ao longo da prática budista, aprendemos a cultivar diversos valores e princípios importantes para consolidar essa transformação interior. Um desses princípios é viver com forte determinação. Nosso mestre, presidente Ikeda, nos orientou: Da perspectiva da ampla propagação da Lei Mística pelo ilimitado futuro dos Últimos Dias, nossa luta apenas começou. Vamos avançar com essa elevada determinação e viver com um espírito eternamente jovem. Não parem até que tenham conquistado a vitória! Mesmo que se sintam cansados, nunca desistam, nunca se entreguem! Jamais se esqueçam de seu juramento! (...) E esse é também o espírito da Soka Gakkai. Espero que todos devotem a vida à grande batalha para cumprir a missão do kosen-rufu com a mesma determinação” .1 Dessa forma, compreendemos que, mesmo invisível, nossa determinação crescerá, moldando nossa vida em direção à vitória e ao desenvolvimento. Para isso, é necessário cultivá-la, fortalecê-la por meio da sincera recitação do daimoku e do estudo do budismo. Mas o que é essa determinação? É a disposição de vencer, custe o que custar! É o espírito de se recusar a ser desencorajado, de não se permitir desanimar ou desistir, não importa o que aconteça! Assim, quando assumimos a postura de orar diariamente e de cultivar a determinação de vencer em nosso trabalho, na família, nos objetivos pessoais e no cumprimento da nossa missão pelo kosen-rufu, nossa vida entra em uma “rota” de desenvolvimento. Evidentemente, forte determinação provoca resistências. Nosso carma e as tendências negativas também se manifestam na mesma proporção para cumprir seu papel natural de forjar ou testar nossa fé e o nível de nossa determinação. O presidente Ikeda também enfatizou: “Quando um ser humano regride em sua decisão, os problemas que se erguem à sua frente acabam parecendo maiores e confundem-no como uma realidade imutável. A derrota encontra-se exatamente nisso.2 Ikeda sensei conclui: Qualquer pessoa que já tenha feito uma decisão acaba descobrindo que ela enfraquece com o tempo. Quando perceberem que isso está acontecendo, tomem uma nova decisão. É o momento de dizer a si próprio: “Tudo bem! Vou começar de novo!”. Se caírem sete vezes, levantem-se oito. Não desistam quando se sentirem desencorajados. Apenas levantem e renovem sua determinação. O importante não é a determinação de que jamais se abalarão, mas, sim, de que não perderão para si próprios, que não se darão por vencidos.3 Assim, é muito importante não retrocedermos em nossa determinação e, caso algo não ocorra como esperávamos, o importante é renovarmos e avançarmos. E se não tivermos essa determinação em nosso coração? Ikeda sensei sempre nos incentivou a criá-la. Ele afirmou: “Uma mudança sutil em nossa atitude ou postura pode mudar tudo”.4 Outro ponto importante é para onde nossa determinação esta direcionada. É claro que podemos canalizá-la para tudo o que desejarmos. Porém, se essa determinação estiver conectada ao kosen-rufu e baseada na unicidade de mestre e discípulo, sem dúvida, ela se tornará uma poderosa força que produzirá benefícios e felicidade imensuráveis, além de beneficiar inúmeras pes-soas e a própria sociedade. Com certeza, há muitas maneiras de viver. Mas viver com uma atitude positiva e corajosa, mantendo forte determinação no coração, é o caminho para a construção da própria felicidade absoluta. Nesta fase atual do kosen-rufu, o ponto de partida é termos a determinação de viver e atuar com o Mestre no coração, assumindo o juramento de corresponder a ele, sendo uma extensão de sua vida em cada organização. Divisão Sênior da BSGI Notas: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.638, 2 fev. 2002, p. A3.2. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 3, p. 9, 2020.3. Brasil Seikyo, ed. 466, 1º jun. 2007, p. 14.4. Terceira Civilização, ed. 490, jun. 2009, p. 52. *** Reflexão sobre a matéria Takao Sakamoto Vice-coordenador da Divisão Sênior da BSGI Entramos neste auspicioso ano com inabalável determinação de vencer infalivelmente em todos os aspectos. Com resoluta determinação emanada de grande sabedoria, aliada a ações concretas, abriremos um novo caminho de incessantes vitórias. Na continuidade do avanço, devemos ter como eixo central a prática da fé e manter o desafio do dia a dia com renovada determinação. Encontramos na Nova Revolução Humana a seguinte passagem: — Selem o forte compromisso de construir a paz e prosperidade em seu país e orem com uma determinação poderosa o suficiente para mover o universo. Com ardente decisão, empenhem-se ao máximo a cada segundo de cada dia, com o espírito de que este é o último momento de sua vida, e consolidem uma vitória após outra. Como escreveu Nichiren Daishonin: “O acúmulo de assuntos de menor relevância torna-se um assunto primordial”.1 O acúmulo de vitórias de momento após momento, com o tempo começa a definir seus contornos e se transforma numa vitória histórica. Vocês descobrirão a alegria suprema ao lutar com todas as suas forças, sem arrependimentos!2 Conforme orientação do nosso mestre, vamos estabelecer uma determinação como fogo, construindo uma felicidade indestrutível e proporcionando a mesma condição de brilho para as pessoas ao nosso redor. Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 401, 2017.2. IKEDA, Daisaku. Tesouro da Vida. Nova Revolução Humana. v. 22. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. *** DS de comprovação Sincera gratidão Wellington Ferreira Gonçalves Minha mãe começou a prática em 1985, em meio a difíceis circunstâncias. Com meu nascimento prematuro, de 8 meses, ela se viu ainda mais desafiada. Nasci com falta de anticorpos, meningite e infecção hospitalar, e estava entre a vida e a morte. Como ela havia aprendido que o daimoku é capaz de mudar qualquer destino, determinou que venceria infalivelmente. Com 4 anos, tive pressão alta e dois exames constaram leucemia. Mais uma vez, como o rugido de um leão, minha mãe determinou que mudaria aquela situação. Fiquei um mês internado, sendo examinado diariamente. Nesse período, embora não tenham identificado a causa da hipertensão, nunca mais tive alteração na pressão; e no terceiro exame de leucemia, o resultado foi negativo. Quando criança, participava ativamente das reuniões e orava muitas horas de daimoku para a felicidade da minha mãe e da minha família, pois vivíamos muitos conflitos, agressões verbais e físicas, além de dificuldades financeiras. Estava me tornando uma criança revoltada e agressiva. Foi quando comecei a receber a visita de um integrante da Divisão Masculina de Jovens, que me convidou a entregar os periódicos da comunidade. Assim, por meio de sinceros diálogos, comecei a estudar a fundo o Budismo Nichiren para fundamentar a minha fé. Com essa luta, aquele sentimento de revolta foi sendo eliminado, como se tivessem arrancado com as mãos. Durante essa atuação, meu avô materno recebeu o Gohonzon, praticando até os últimos dias de sua vida com uma fé resoluta. Em 2011, minha querida mãe teve três acidentes vasculares cerebrais (AVC) seguidos e, pela boa sorte proveniente da prática, ela estava no hospital para fazer exame de mamografia. Ainda assim, ficou com sonda gástrica e urinária, sem falar, sem andar, sem lembrar de ninguém. Nessa época, cheguei a recitar quinze horas de daimoku seguidas, contando com um apoio da organização. Pois precisei assumir as despesas de casa, e despendia todo o meu salário na compra de medicamentos e de alimentos para minha mãe, e não sobrava dinheiro nem para comprar comida. Dormia apenas três horas por dia para conseguir estudar, trabalhar e atuar nas reuniões. Hoje, minha mãe é independente para fazer suas atividades, concretiza shakubuku todos os anos e recita, no mínimo, três horas de daimoku diárias. Em 2013, fui ao Japão com o grupo denominado “Castelo da Invencibilidade da Unicidade de Mestre e Discípulo” e reafirmei meu juramento a Ikeda sensei de lutar eternamente pelo kosen-rufu, retornando em 2018. Em 2016, nasceu meu filho Nicolas e, em 2021, minha filha Nicole. Junto com minha esposa, Vanessa, estamos consolidando uma família monarca. Compramos nossa casa própria, que oferecemos para atividades e estamos evoluindo a cada dia. Renovo minha determinação de atuar ainda mais com o desejo de corresponder a Ikeda sensei vencendo em todos os aspectos e inspirado pela seguinte orientação: “Eu queria vencer, tinha que vencer. Relatar a vitória a meu mestre era minha suprema missão como discípulo. Era também a comprovação do conceito da unicidade de mestre e discípulo”.1 Agradeço imensamente a cada um dos meus companheiros, à Gakkai e ao meu eterno mestre da vida, Daisaku Ikeda. Wellington Ferreira Gonçalves, vice-responsável da Subcoordenadoria Triângulo Mineiro (CGRE) e vice-responsável pelo Grupo Alvorada da BSGI. Wellington Ferreira com sua esposa, Vanessa, e os filhos Nicolas e Nicole Nota: 1. Terceira Civilização, ed. 402, fev. 2002, p. 37. Fotos: Colaboração local | GETTY IMAGES
11/01/2024
Matéria do Grupo Coração do Rei Leão
BS
Determinação, um aprendizado de geração a geração
Nós, adultos, muitas vezes quando pensamos em nossos objetivos e nos afazeres do dia a dia, temos a tendência de nos expressar com frases do tipo: “Estou determinado a fazer isso” ou “Estou determinado a fazer aquilo”. Com o passar do tempo, vemos que essa determinação, a qual tanto havíamos verbalizado e manifestado, acaba diminuindo. É claro que todos os dias temos a possibilidade de renovar esse sentimento. E podemos comparar essa ação ao cultivo de uma planta, por exemplo, como o presidente Ikeda cita nestas palavras de encorajamento: Uma forte determinação é a causa para um grande crescimento. Ter essa determinação é como plantar uma semente. Enquanto ainda é semente, ela é invisível aos outros. Mas, na época apropriada, ela brotará, fincará raízes e nascerão muitos galhos e folhas. E se tornará uma grande árvore. A “semente” de uma determinação realmente profunda produzirá uma “grande árvore” que será admirada durante muitos séculos pelas pessoas. Nós precisamos manifestar essa determinação agora, e não em alguma ocasião no futuro. O momento presente é a época para iniciarmos a nossa batalha.¹ Como Ikeda sensei afirma nessa frase, a partir da determinação que existe dentro de nós, algo maravilhoso surge e se materializa em um efeito concreto. Além disso, incentivamos outras pessoas, principalmente da geração mais nova. Ensinar, mostrando com o próprio exemplo e com ações diárias, é a forma mais direta e valiosa de transmitir algo para as futuras gerações. Podemos citar também a importância da determinação dos pais por meio deste incentivo do presidente Ikeda: O ponto básico para transmitir a prática da fé para os filhos é os pais orarem com eles, conversando também sobre a prática do budismo. A seriedade da determinação dos pais certamente tocará o coração dos filhos.2 Conforme nosso mestre comenta, a questão principal é que tudo é enfim decidido pela fé dos pais. Em particular — com base na experiência de centenas de milhares de pessoas, a fé de uma mãe é crucial. É isso o que quer dizer “consistência do início ao fim”. “Início” significa a fé dos pais, e “fim”, a fé dos filhos. Se os pais praticarem com alegria e, em consequência disso, receberem benefícios à medida que avançam, os filhos compreenderão naturalmente.3 No livro recém-lançado Vozes para um Futuro Brilhante, o presidente Ikeda responde a várias perguntas dos membros da Divisão dos Estudantes, e compartilha pequenas frases de incentivo de personalidades mundiais, das quais umas delas é Konosuki Matsushita, que certa vez disse: “Para obter sucesso, é necessário perseverar até conquistá-lo”.4 Para encerrar, deixamos aqui um incentivo para que todos possam aproveitar da melhor forma o “Ano dos Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial” (2024) e renovar a determinação dentro do coração junto com a geração mais nova. Com certeza, será uma troca de incentivos e de encorajamentos, além do compartilhamento de experiências que tornarão este ano muito especial! Um grande e carinhoso abraço! Grupo Coração do Rei Leão da BSGI Notas: 1. Terceira Civilização, ed. 421, set. 2003, p. 3.2. Brasil Seikyo, ed. 2.045, 31 jul. 2010, p. A2.3. Cf. Brasil Seikyo, ed. 2.040, 19 jun. 2010, p. B4.4. IKEDA, Daisaku. Vozes para um Futuro Brilhante. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. p. 155. Foto: GETTY IMAGES
11/01/2024
Mensagem
BS
Com base no juramento, sou sênior que vence em tudo
Caros líderes e membros da BSGI! Com grande estima e respeito, manifesto minhas mais calorosas felicitações a todos. Feliz ano novo! Vivemos em um mundo repleto de incertezas e de dificuldades. No trabalho, enfrentamos a constante ameaça de mudanças, reestruturações e instabilidades econômicas. Em nossa casa e na comunidade, lidamos com doenças e desafios pessoais. Apesar desses obstáculos, vocês, integrantes da Divisão Sênior, permaneceram firmes, mostrando uma resiliência admirável. Na história do Budismo Nichiren, muitos foram os discípulos que confrontaram as mais duras realidades e, com base na luta de unicidade de mestre e discípulo, aplicaram os princípios budistas na vida transformando “veneno em remédio”. Shijo Kingo, grande exemplo para a Divisão Sênior, nos lembra da importância de permanecermos fiéis aos nossos princípios e de encararmos os desafios com integridade e sabedoria. Recordo-me das histórias inspiradoras do nosso mestre, presidente Daisaku Ikeda, que enfrentou inúmeras adversidades. Com energia e entusiasmo, “levantou-se só” e venceu em tudo, mantendo-se firme ao juramento de tornar realidade o sonho do seu mestre, presidente Josei Toda. No capítulo “Coração e Alma”, do volume 16, da Nova Revolução Humana, Ikeda sensei diz: — Eu também me esforçava para tornar meu o espírito do presidente Josei Toda e para estar no mesmo ritmo que ele. Ao agir assim, pouco a pouco comecei a obter confiança para lidar com problemas que, à primeira vista, pareciam assustadores e até mesmo impossíveis. Por mais dolorosa ou difícil que fosse a situação, eu sentia ter coragem e força. E conseguia, dia a dia, romper minhas próprias barreiras internas. Isso era possível porque me valia da grandiosa energia vital do presidente Josei Toda, que se levantara como o líder dos bodisatvas da terra na época atual para concretizar a missão do kosen-rufu. Aqueles que trilham o caminho de mestre e discípulo do kosen-rufu jamais se verão num impasse. Por experiência própria, concluí que, quando seu espírito se une completamente com o seu mestre, uma força ilimitada irrompe.1 Aprendemos com esse exemplo do mestre a chave para a vitória em tudo. Quando o discípulo se levanta com a decisão de vencer e relatar sua conquista ao mestre, essa firme determinação faz surgir a coragem e a esperança que se tornam fonte inesgotável de boa sorte e sabedoria em nossa vida. O budismo ensina que podemos emergir triunfantes dos nossos desafios. Você, como membro da Divisão Sênior, é o pilar da família e o pilar da sociedade, os “grandes pilares de ouro” que sustentam a paz e a esperança. Ikeda sensei salienta: A Divisão Sênior é o alicerce, bem como o núcleo e o pilar, da organização. Enquanto os sêniores estiverem solidamente firmes, a organização manterá a plena solidez. Comparando a um navio, os sêniores equivalem a seu corpo. Se o corpo do navio possui estabilidade capaz de suportar as ondas bravias e as tempestades, o navio poderá prosseguir a tranquila viagem pelo oceano.2 Nosso querido mestre, presidente Ikeda, faleceu serenamente em 15 de novembro de 2023, e nós ficamos tristes e perplexos com a repentina notícia. Entretanto, ao lermos o Brasil Seikyo (edição 2.647),3 no qual foi publicado um texto inédito de Ikeda sensei, encontramos uma diretriz para nós, membros da Divisão Sênior. Nosso mestre direciona: Há sessenta anos, a atuação que eu mais desejava era a da Divisão Sênior. No editorial da edição de novembro da revista Daibyakurenge, escrevi: “A construção do majestoso castelo do povo Soka está, em primeiro lugar, sobre os ombros do líder da Divisão Sênior. Juntos, vamos dedicar toda a vida em prol do grande empreendimento do kosen-rufu!”.Quando o herói de muitas batalhas se levanta, a época se movimenta. A história muda. Caros integrantes da Divisão Sênior da BSGI, façamos de 2024, “Ano do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”, o ano do nosso desenvolvimento pessoal, familiar e organizacional. Assim como Ikeda sensei frisa acima, vamos dedicar toda a vida em prol do grande empreendimento do kosen-rufu. A vida é, de fato, um labirinto de desafios e de oportunidades. Mas é o espírito com que enfrentamos esses desafios que define nossa jornada, e a nossa jornada é a jornada da vitória. Ricardo MiyamotoCoordenador da Divisão Sênior da BSGI Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Coração e Alma. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 16, p. 44, 2020. 2. Cf. Brasil Seikyo, ed. 1.708, 19 jul. 2003, p. C3. 3. Idem, ed. 2.647, 23 nov. 2023, p. 16-18.Foto: BS
14/12/2023
Matéria da Divisão Sênior
BS
O trabalho como missão
O trabalho é fundamental em nossa vida. Além de estar ligado à subsistência, representa a contribuição concreta para a sociedade e para as pessoas, tornando-se parte importante da nossa missão como membros da Soka Gakkai. Estabelecer um ambiente harmonioso, ser uma referência para as pessoas ao redor e inspirar, dar motivação e confiança — sem dúvida, esse é o papel dos integrantes da Divisão Sênior. Quando nos tornamos esse tipo de pessoa que cria vínculos de confiança, todos se sentem melhor, e o desempenho no trabalho é mais prazeroso e produtivo. Por outro lado, há o costume de associar o sucesso no trabalho com o aspecto financeiro. Essa perspectiva não é equivocada, pois se trabalha para ter o sustento e este, por sua vez, está relacionado a quanto se ganha. No entanto, seria um equívoco restringir-se somente a esse fator. Aprendemos que a vitória no trabalho é importante não só para, dentre outros motivos, comprovar a veracidade da prática do Budismo Nichiren, mas o local de trabalho deve ser o ambiente em que devemos irradiar alegria, criar bons laços de amizade e oferecer um modelo de comportamento para a sociedade. No livro Pilares de Ouro Soka, o presidente Ikeda cita: “A maneira com que a pessoa lida com o trabalho reflete sua atitude para com a vida e as outras pessoas; revela suas crenças e o propósito de vida”.1 Refletindo sobre o cotidiano, percebemos que, diariamente, diversas pessoas em diferentes locais exercem sua função no trabalho. Porém, há aquelas que acordam mais cedo que os outros para não se atrasar. Algumas cumprimentam com alegria os colegas, tornando o ambiente positivo. Talvez outras não estejam satisfeitas com o que ganham, mas agem com gratidão. Esses comportamentos são observados pelos superiores, colegas, clientes e colaboradores. Enfim, no ambiente de trabalho, nós nos relacionamos e enfrentamos várias situações em que precisamos ter sabedoria. Tudo começa com a atitude de vencer pela manhã. Fazer gongyo e daimoku pela manhã é decisivo para se ter um dia vitorioso. Assim incentivava o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, a iniciar o dia repletos de vigor e energia para que nosso rosto resplandecesse de vitórias. No trabalho, temos a possibilidade de levar essa mesma alegria de transmitir nossa experiência para um colega, ensinando-lhe qualquer função que seja no ambiente de trabalho. A alegria e a convicção de realizar algo bem-feito, como ensinar alguém, nos tornam cada vez mais capazes de desempenhar melhor nossa função, tornando-nos referência no ambiente profissional. Nessa atmosfera mais agradável, nós também desenvolvemos excelente oportunidade para falar sobre a prática da fé e ampliar a cultura do humanismo Soka na sociedade. O presidente Ikeda nos ensina: Em síntese, para vencer na vida precisamos de decisão e oração, esforço e planejamento. É um erro ficar à espera de um lance de sorte ou de uma oportunidade de enriquecer fácil e rapidamente. Isso não é fé; é mera fantasia. O trabalho é o esteio de nossa vida. Se não vencermos em nosso trabalho, não conseguiremos comprovar o princípio de que o “budismo é a própria vida diária”. Por favor, livre-se da postura acomodada e empenhe-se no trabalho com renovada decisão.2 Foi dessa forma que Ikeda sensei incentivou um agricultor que não estava obtendo sucesso na colheita, em sua primeira viagem ao Brasil, em 1960. Baseado nisso, conquistar a vitória no trabalho para nós, integrantes da Divisão Sênior, é comprovar o princípio de que o “budismo é a própria vida diária”. Dívidas de gratidão No escrito Os Três Tipos de Tesouro,3 Nichiren Daishonin diz a seu discípulo Shijo Kingo que ele deve se lembrar da dívida de gratidão com seu senhor feudal, e “enfatiza o ensinamento budista de que a profunda mudança no interior de uma pessoa invariavelmente produz mudanças no ambiente que a cerca. (...) Afirma a Kingo que este era afortunado por ter nascido como ser humano e ter encontrado o verdadeiro ensinamento; portanto deveria acumular ‘o tesouro do coração’ e conquistar o respeito dos demais’”.4 Não basta somente ser um bom praticante ou um bom líder; é essencial não falhar no gongyo e no daimoku e estar engajado nas atividades. É na sociedade, atuando como um bom profissional, que podemos mostrar a grandiosidade do Budismo de Nichiren Daishonin. “Budismo é razão.” Podemos exemplificar isso com Shijo Kingo, que teve suas terras e até seu cavalo confiscados por seu lorde. Daishonin o incentivou a continuar se dedicando com afinco e determinação à prática do budismo, sem recuar em seu comprometimento ao seu lorde, mostrando sua lealdade e convicção. O romance Nova Revolução Humana, volume 22,5 narra a história de um jovem que tinha largado o emprego para apoiar a 12ª Convenção Blue Hawaii, em Honolulu, em 23 de julho de 1975, com a justificativa de que recebia um salário ruim, não era valorizado e era criticado pela sua postura. Ao expressar a Shin’ichi sua convicção de que, por meio do daimoku e de seu empenho nas atividades, conseguiria um emprego melhor, ele foi advertido: Talvez você tivesse bons motivos para pedir demissão do trabalho, mas a sua atitude está errada. Obviamente, é importante recitar daimoku e se empenhar nas atividades da Soka Gakkai. No entanto, se você se concentrar apenas na sua prática budista sem se esforçar honestamente em seu local de trabalho, estará apenas fugindo da realidade. [...] Como membro da Soka Gakkai, você deve se dedicar com mais afinco. Também deve estudar e se aprimorar constantemente para ser mais eficiente e produtivo possível. A fé e a oração nos habilitam a evidenciar forte energia vital e sabedoria necessárias para sermos bem-sucedidos em qualquer empreendimento. Todo trabalho não apenas demanda educação árdua, mas também apresenta vários outros desafios, como problemas de relacionamento e outras dificuldades. Entretanto, o trabalho é um local em que se pode polir a vida e se aperfeiçoar como ser humano. É muito importante que você se esforce ao máximo, torne-se o campeão de produtividade no local de trabalho e conquiste a confiança de todos ao redor. Essa atitude melhorará seu desempenho e reputação, e obterá um aumento no salário. Se isso acontecer, você considerará seu local de trabalho ótimo. Todas as manhãs, deve orar com a determinação de dar o melhor de si no trabalho e de demonstrar o poder da sua fé budista. Esse é o segredo para conseguir manifestar sua força e sabedoria máximas. Quando encontrar um novo emprego, adote essa postura, dê o melhor de si e seja vitorioso no local de trabalho. Esse é o espírito da Soka Gakkai. O rapaz respondeu, entusiasticamente, que agiria dessa forma. Essa passagem da Nova Revolução Humana demonstra a importância da sabedoria e do bom senso na fé. Contudo, algumas vezes podemos ser iludidos pelo sentido abstrato da fé, achando que o daimoku materializará algo sobrenatural em nossa vida, deixando de entender a fé como algo que se evidencia por meio de nossas atitudes. O sentido concreto da fé nos ensina que a força, a convicção, a coragem que produzimos em nosso ser quando recitamos daimoku se manifestam em nossas atitudes no dia a dia, criando assim infinita boa sorte, capacitando-nos a realizar nossos sonhos, tornando o trabalho uma fonte de grandiosos benefícios. Por fim, Ikeda sensei compartilha um incentivo de Josei Toda sobre a postura no trabalho. “Na prática da fé, atue por uma pessoa, no trabalho, atue por três”, eles se empenharam dando o máximo de si tanto no trabalho como na prática do budismo. Determinados a mostrar a prova real no local de trabalho, oravam com seriedade e sinceridade e empreendiam todos os esforços possíveis. Encarando suas dificuldades de cabeça erguida, recitavam daimoku com uma determinação resoluta, agindo com integridade e trabalhando mais do qualquer outra pessoa.6 **** Reflexão sobre a matéria Edson Tokunaga, vice-coordenador da DS da BSGI Num dos estudos da Nova Revolução Humana, junto com os colegas de trabalho, eu me deparei com um episódio no qual as alunas da Escola Feminina Soka, começaram a reagir, diante das expectativas do fundador, como pioneiras da primeira turma. Diversas iniciativas foram tomadas dentro da escola, desde lustrar o monumento que continha o lema da instituição, cuidar da limpeza e da organização da sala de música, criar um hino e até grêmios estudantis. Além disso, trataram de formar grupos para garantir a segurança das colegas durante o trajeto entre a casa e a escola. Mas a surpresa maior ficou por conta da iniciativa delas fora do ambiente escolar: cumprimentavam a todos os que encontravam pelo caminho, e o sorriso dessas jovens estudantes contagiava os moradores dos arredores, dos quais alguns chegavam bem cedo para estar em seus “postos” a fim de receber o agradável “bom-dia” delas. Os valores que elas aprendiam no ambiente escolar era aplicado além dos muros do colégio, tanto que a gratidão que tinham pelo fundador foi transformada em ações práticas ao oferecerem aos funcionários da estação de trem um vaso de flor, em reconhecimento ao trabalho árduo deles. A troca desse oferecimento se tornou regular, o que acabou chamando a atenção até dos usuários da estação. Certo dia, um bilhete foi deixado num dos vasos contendo uma manifestação anônima de gratidão. O que esse episódio tem a ver o tema tratado nesta matéria? Tudo! Trabalho é atitude. É nossa maneira de expressar o que somos e quais são nossos valores. Como dito na matéria, o local de trabalho e o trabalho em si são a maneira como podemos demonstrar os valores que desenvolvemos dentro da organização e por meio da nossa prática budista, uma forma positiva para inspirar os demais. Trago esse acontecimento com profunda reflexão, especialmente agora que nosso mestre nos deixou. Cabe-nos assumir nosso papel e fazer a nossa parte como discípulo Ikeda. E depende da qualidade de nossas ações, assim como foi a atitude dessas alunas pioneiras de tornarem seu ambiente o reflexo dos valores que desenvolviam em sala de aula e sem a presença dos professores. É chegada a hora pormos em prática tudo o que aprendemos com nosso mestre da vida, Daisaku Ikeda, pois ele vive em nosso coração. E é este coração que vai trabalhar para inspirar nossa sociedade, com valores que um homem de bem pode realizar para prosperidade e o futuro da humanidade. Sejamos pilares de ouro, que transformam tudo em ouro! *** DS de comprovação Sabor da vitória Marcelo Gama, responsável pelo Distrito Vista Alegre e coordenador do Grupo Alvorada da Coordenadoria Serra-Mar do Rio de janeiro (CSMRJ). Pratico o Budismo de Nichiren Daishonin há 29 anos. Lembro-me do meu primeiro e grande benefício que foi um emprego como auxiliar de produção em uma fábrica de bebidas na região de Magé, RJ. No meu primeiro dia de trabalho, antes de sair de casa e já devidamente uniformizado, sentei-me diante do nosso oratório ao lado de minha mãe, Dona Maria de Lourdes, e recitamos juntos um daimoku de gratidão por aquela grandiosa conquista. Ali começava a grande trajetória da minha vida profissional. Eu me especializei na área de custos logísticos e atingi o ápice da minha profissão após ser contratado por uma grande empresa holandesa para trabalhar como gestor no campo petrolífero. Tempos depois, fiz minha primeira mudança profissional devido à instabilidade no mercado brasileiro e me tornei vendedor de produtos alimentícios, trabalhando nas melhores empresas de distribuição do estado do Rio de Janeiro, atendendo toda a rede food service do estado. A grande virada na minha vida profissional começa em 2019, no 35o aniversário do Grupo Alvorada, comemorado no Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, em São Paulo, SP, onde a liderança da Divisão Sênior estabeleceu quatro atributos importantes: ter convicção no Gohonzon, no Mestre e na Gakkai; conquistar a confiança de todos; sentir compaixão pelas pessoas que sofrem; e comprovar a revolução humana. No momento desse grande encontro em que mais ou menos novecentos líderes de todo o Brasil estiveram presentes, criou-se um grande divisor de águas em minha vida e ali renovei a decisão de, mais uma vez, vencer as barreiras e comprovar a veracidade dessa prática. Em 2020, voltei a estudar e comecei a fazer um curso de gastronomia, pois sempre gostei muito de cozinhar e acreditava na cura e na prevenção das doenças por meio do alimento. Como já tinha um pequeno negócio de marmitas saudáveis e congeladas, resolvi investir no aprimoramento desse empreendimento. Nessa mesma época, surge a pandemia. Eu me apoiei com unhas e dentes na estratégia do Sutra do Lótus e no “movimento 1, 2, 3” (1 hora de daimoku, 20 minutos de estudo e 3 visitas). Reforcei meus estudos do budismo na prática, para a concretização do meu shakubuku. Com isso, a maldade também se manifestou de maneira intensa. Uma catarata agressiva, de forma precoce, surgiu nos meus olhos, cobrindo completamente o olho esquerdo, impedindo a visão, podendo causar cegueira irreversível. Consegui fazer a cirurgia no olho esquerdo em um dos hospitais referência no estado do Rio de Janeiro com três dos melhores médicos cirurgiões da área aqui no Brasil. De início, eles temiam que fosse um tumor nos olhos, mas, por boa sorte, não passou de uma catarata precoce, e hoje já estou enxergando perfeitamente bem. Quando me formei, senti um forte desejo de ampliar meu negócio. Então, sem um centavo no bolso, criei meu restaurante na Baixada Fluminense. Ao longo do tempo, tive a chance de apresentar algumas das minhas receitas por duas vezes em rede nacional num programa de TV. Atualmente, o restaurante é referência não só na região, mas também no estado do Rio de Janeiro. Gratidão ao meu mestre, à minha família e aos meus queridos amigos. Marcelo Gama, responsável pelo Distrito Vista Alegre e coordenador do Grupo Alvorada da Coor-denadoria Serra-Mar do Rio de janeiro (CSMRJ). Marcelo com familiares Fotos: GETTY IMAGES | Arquivo pessoal Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 198. 2. Idem. Desbravadores. Nova Revolução Humana. v. 1. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 3. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 109, 2017. 4. Ibidem, p. 113. 5. IKEDA, Daisaku. Correntezas. Nova Revolução Humana, v. 22. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 6. Idem. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 198.
07/12/2023
Matéria do Grupo Coração do Rei Leão
BS
A chave para construir uma sociedade humanística é a educação
Neste mês, completaram-se 93 anos desde que o professor Tsunesaburo Makiguchi, primeiro presidente da Soka Gakkai, publicou o livro intitulado Soka Kyoikugaku Taikei [Sistema Pedagógico de Criação de Valor], em 18 de novembro de 1930. O termo So significa “criação”, e ka, “valor”, formando o conceito-chave de suas ideias: a “criação de valor”. Uma publicação da revista Kankyo, datada de 20 de novembro de 1930, traz a seguinte declaração em uma de suas matérias: Nesta edição de Kankyo, damos especial atenção ao livro do Sr. Makiguchi, Soka Kyoikugaku Taikei, porque acreditamos que ele possa ser de grande ajuda ao professor atarefado. Nesta época atual em que a educação encontra-se sem saída, a pedagogia do Sr. Makiguchi é realmente como um farol que ilumina o caminho para o renascimento da educação.1 Makiguchi sensei acreditava que o significado da vida humana residia na criação de valor e o propósito da vida era adquirir a felicidade, que ele definia como o estado em que a pessoa desenvolve plenamente reais valores. Encontramos detalhes da aplicação desse sistema de ensino nas escolas, bem como dos benefícios que este proporciona não só para o aluno, mas também para o país e o mundo. O ponto fundamental dessa ação reside no estímulo para que o aluno manifeste seu valor, isto é, seu potencial, fazendo com que se sinta valorizado e, consequentemente, feliz por descobrir a capacidade inata e por ter a oportunidade de externá-la. Desse modo, o individuo descobre que todos, sem exceção, podem contribuir para a construção de uma sociedade melhor a partir de suas nobres ações, trazendo assim a valorização do ponto fundamental que corresponde à dignidade e ao respeito à vida. No prefácio do livro Educação Soka — Por uma Revolução na Educação Embasada na Dignidade da Vida, o presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, enfatiza: A educação existe para os jovens. Os jovens são o futuro. A educação deve encorajá-los a perceber o potencial precioso inato e a manifestar sua personalidade singular com entusiasmo e vigor. (...) Creio que um dos maiores problemas na educação moderna se encontra na tendência de perder de vista a felicidade dos alunos como seu propósito fundamental.2 Atualmente, encaramos uma dura realidade repleta de conflitos tanto internos quanto externos. Cada vez mais, percebemos que, se essa teoria da educação Soka fosse aplicada, não viveríamos tamanha tristeza ao presenciarmos o aumento crescente da violência na sociedade. Nosso papel, como cidadãos conhecedores dessa teoria, é apoiar o desenvolvimento de cada Sucessor Ikeda 2030. Como deve ser esse apoio? Em outro incentivo de Ikeda sensei, há um profundo significado: A conduta diária dos pais é a melhor forma de educar as crianças. Há muito o que se pode transmitir por meio de palavras e da razão, mas o que fala diretamente às crianças é o caráter dos pais e seu modo de vida. Na escola, também o caráter do professor ou da professora é o elemento mais influente do ambiente educativo.3 A SGI anunciou o tema para 2024: “Ano do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”. E nós, como integrantes do Grupo Coração do Rei Leão, devemos nos fortalecer e polir nosso caráter e nos tornar esse ser humano em quem o jovem confie: o jovem da organização, nossos filhos. Finalizamos com uma reflexão do presidente Ikeda: “Que tipo de mundo devemos construir e deixar como herança para as nossas crianças?.”4 Façamos a diferença em nossa sociedade com alegria, coragem e determinação. Matéria elaborada pelo Grupo Coração do Rei Leão da CLP Fontes: IKEDA, Daisaku. Aos Educadores — Por uma Sociedade Melhor. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. Idem. Educação Soka — Por uma Revolução na Educação Embasada na Dignidade da Vida. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. Notas: 1. BETHEL, Dayle M. Makiguchi — The Value Creator. Weatherhill, p. 94. Cf Brasil Seikyo, ed. 1.674, 9 nov. 2002, p. C2. 2. IKEDA, Daisaku. Educação Soka — Por uma Revolução na Educação Embasada na Dignidade da Vida. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 11. 3. Idem. Famílias Felizes, Crianças Felizes. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. p. 29. 4. Cf. Educação Soka — Por uma Revolução na Educação Embasada na Dignidade da Vida. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 11. Foto: GETTY IMAGES
09/11/2023
Matéria da Divisão Sênior
BS
Divisão Sênior + diversidade Soka = menos diferenças, mais solidariedade
Como você percebe que a diversidade dos seres, das cores, das formas, dos sons, dos sabores, dos cheiros contidos neste universo impacta sua existência diariamente? De que forma sua “vida”, e a diversidade existente e contida nela, particular e única neste mundo, afeta e provoca reações em todos ao seu redor? Aparentemente, são duas questões “simples” para uma roda de conversa entre amigos; no entanto, podem gerar respostas na mesma diversidade que o tema escolhido pela Divisão Sênior para estudar este mês. Abrange o princípio de “diferentes em corpo, unos em mente” (itai doshin), apresentado pelo Budismo de Nichiren Daishonin e amplamente difundido e exercitado diariamente pelos praticantes da Soka Gakkai Internacional (SGI) em todo o mundo. Além disso, engloba o princípio de prezar e zelar pela própria vida, reconhecendo o “mundo dos budas” inerente às outras pessoas “diferentes de você mesmo/mesma” em vários aspectos: nacionalidade, gênero, idade, escolaridade, ocupação na sociedade, doutrina religiosa, cor da pele, cor dos olhos, se possui ou não cabelos longos ou curtos, orientação sexual, pessoas com deficiência, dentre outros aspectos que caracterizam a própria diversidade humana que, por natureza, também é diversa e diferente dentro do universo. É, ao mesmo tempo, “integrado, adaptado e interdependente dessa diversidade”, pois o ser humano não conseguiria viver sem essa relação de “unicidade da vida e seu ambiente” (princípio de esho-funi, exposto no budismo propagado pela SGI). Desde o século 13, o buda Nichiren Daishonin ensina sobre essa diversidade ao refutar outros sutras e ensinamentos budistas anteriores, afirmando e comprovando que o Sutra do Lótus é o único ensinamento essencial capaz de iluminar e salvar as pessoas — inclusive as mulheres, haja vista os ensinamentos que não reconheciam a iluminação delas — da escuridão fundamental, ou seja, quando o ser humano é guiado pelos maus caminhos, desprezando e até subjugando outros seres humanos, gerando sofrimentos para a própria vida e para aqueles ao redor, nos Últimos Dias da Lei, ou dias atuais. A força da cultura Soka Mais de setecentos anos depois da existência do buda Nichiren Daishonin, a Soka Gakkai surge para divulgar e promover, de forma concreta, esse movimento de respeito à dignidade da vida, despertando a criação de “valores humanos” em todos os cantos do planeta, reconhecidamente sob a liderança dos Três Mestres: Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e Daisaku Ikeda. Na fundação da Soka Gakkai, em 18 de novembro de 1930, o presidente fundador, Tsunesaburo Makiguchi, e seu discípulo e posterior segundo presidente, Josei Toda, ambos educadores, nomearam inicialmente a organização de Soka Kyoiku Gakkai [Sociedade Educacional de Criação de Valor]. “A educação é a força básica que constrói o futuro de cem ou duzentos anos. Esta é a nossa imutável crença e convicção”.1 A responsabilidade por expandir e dialogar com mais de 1.600 personalidades mundiais coube ao atual presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda. Por meio desses diálogos, estabeleceu laços de amizade e apresentou a visão budista da diversidade da vida e do universo, ao mesmo tempo em que os praticantes da SGI se desenvolviam nas sociedades locais, colaborando e contribuindo para o exercício do humanismo, mesmo enfrentando dramas e desafios individuais. Muitas personalidades mundiais reconhecem a influência do Dr. Daisaku Ikeda, chamando-o de “mestre”, apesar de não praticarem este budismo. São mais de 562 títulos de cidadania e mais de 400 títulos acadêmicos por todo o mundo.2 Os direitos humanos e a “Universidade Mandela” Dentre essas personalidades, é fascinante observar a forma como Daisaku Ikeda, Austregésilo de Athayde e Nelson Mandela se dedicam aos direitos humanos. Cada qual começou com desafios únicos: um em decorrência da guerra mundial, outro pela opressão da ditadura militar brasileira e outro pela luta contra o apartheid. Eles puseram esses ideais em prática na própria vida em prol dos direitos humanos da humanidade. Pode-se dizer que se trata de uma união de pensadores diversos com o propósito de enriquecer a vida das pessoas, concentrando-se especialmen-te na educação. O foco deles é a geração de jovens sonhadores para levar avante esse objetivo. No livro Diálogo — Direitos Humanos no Século 21, Austregésilo de Athayde fala sobre a sua admiração por Ikeda e Mandela. A construção do mundo moderno está sendo feita com personalidades mais expressivas como Nelson Mandela e Daisaku Ikeda. Todas as suas lições, ideias e pensamentos construtivos serão apontados, na continuidade do tempo, como forças determinantes do advento do dia em que se possa proclamar que todos os homens são iguais e livres tal como nasceram.3 A “Universidade Mandela”, como o próprio Nelson Mandela denominou a prisão em que esteve por longos anos, representou para ele um período de muito estudo e enriquecimento espiritual, e ainda fez com que os outros presos compartilhassem seus conhecimentos. Assim como Gandhi que, mesmo aprisionado, trocava correspondências com o grande poeta Tagore. Em um trecho, Daisaku Ikeda enfatiza a importância da educação e como deve ser nossa convicção: A educação é o meio para oferecer aos homens a mais perfeita formação como seres humanos. Podemos dizer que sua natureza real se encontra na luta contra o poder e o autoritarismo que tentam desumanizar os seres humanos.4 Com isso, aprendemos que, independentemente das diferenças, podemos transformar o local em que estamos em fonte de crescimento sem perdermos de vista nosso ideal: promover o movimento pelo kosen-rufu e a prática do shakubuku por meio de diálogos sinceros e constantes, mesmo “diferentes em corpo, unos em mente”, de respeito e reverência à outra vida diante de si. E com a união da diversidade cultural, podemos criar uma sociedade empoderada, que porá em prática o objetivo da construção de uma sociedade mais justa e baseada nos direitos humanos. A interação do Mestre com o tema diversidade Desde 1983, anualmente, a cada dia 26 de janeiro, data da fundação da SGI, o presidente Ikeda apresenta e envia para a Organização das Nações Unidas (ONU) sua proposta de paz, composta por fundamentos, argumentos e ações práticas para implementações, com sugestões visando superar os desafios atuais da humanidade. Por exemplo, na Proposta de Paz de 2014, intitulada Criação de Valores Humanos: A Construção de um Mundo Solidário, Capaz de se Recuperar de Tantas Aflições,5 e em outros documentos, o tema diversidade também é abordado. Na obra Nova Revolução Humana, volume 30, parte 2, Ikeda sensei fala constantemente sobre a diversidade de uma ótica realista no capítulo “Brado da Vitória”: Outra denominação para o buda é “herói do mundo”. Porque ele é uma pessoa que conduz corajosamente as pessoas do povo neste mundo. Por isso, nós, que somos discípulos do buda Nichiren Daishonin, acima de tudo, temos de ser líderes fortes que conquistam a confiança em meio ao mar revolto da realidade da sociedade. Outro nome para o buda é “tolerância” (...) Às vezes, acontece de o ser humano ser influenciado pelos sentimentos e acabar magoando os outros devido à maneira de falar sem cuidado. No entanto, no mundo da prática da fé, jamais pode acontecer de se levar os companheiros a abandonar a organização por palavras e ações descuidadas ou que machuquem.6 De tudo o que foi exposto nesta matéria, pode-se concluir que o mais importante é a luta diária de cada um de nós em sintonizar-se com a “mesma mente do mestre” para assimilar atitudes, comportamentos e ações condizentes com a diversidade existente neste universo por meio da prática da Lei Mística. Notas: 1. ATHAYDE, Austregésilo de; IKEDA, Daisaku. Diálogo — Direitos Humanos no Século 21. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 60. 2. Cf. https://www.brasilseikyo.com.br/home/bs-digital/edicao/1/artigo/titulos-academicos-concedidos-ao-presidente-ikeda-atingem-a-marca-de-400/999560477 e https://www.brasilseikyo.com.br/home/bs-digital/edicao/1/artigo/especial-sobre-os-titulos-academicos-honorarios-dos-cinco-continentes-concedidos-ao-dr-ikeda/999560502. 3. ATHAYDE, Austregésilo de; IKEDA, Daisaku. Diálogo — Direitos Humanos no Século 21. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 56. 4. Ibidem, p. 60. 5. Terceira Civilização, ed. 549, maio 2014. 6. IKEDA, Daisaku. Brado da Vitória. Nova Revolução Humana. v. 30-II. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. *** Reflexão sobre a matéria Mário Marcio Leite da Silva Vice-coordenador da DS da BSGI Somos mais de 8 bilhões de pessoas atualmente no mundo. E acredito que não seja necessário dizer que cada um é um indivíduo com seus dramas, suas emoções, sua natureza e singularidade. Nós somos humanos e extremamente diversos. A diversidade é uma característica fundamental da humanidade. Pensando nisso, gostaria de fazer uma reflexão com base nas orientações de Ikeda sensei extraídas do livro Coragem,1 que dizem: Observando a paisagem, recordei-me de que Nichiren Daishonin, em Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, declara que a cerejeira, a ameixeira, o pessegueiro e o damasqueiro, cada qual incorpora a verdade última da maneira como é, sem passar por nenhuma mudança.2 Esse ensinamento nos fornece um modelo básico da maneira como deveríamos viver nossa vida. A cerejeira floresce como cerejeira, para cumprir o papel que é exclusivamente dela. O mesmo vale para as ameixeiras, os pessegueiros e os damasqueiros. Deveríamos fazer o mesmo. Cada um de nós possui uma personalidade única. Temos o caráter e a natureza distintos e uma vida nobre e responsável. (...) Está bem ser quem você é. Você é respeitável do seu jeito. Fingir ser quem você não é ou exibir ares de superioridade, na verdade, apenas diminui e o enfraquece. Há, porém, uma diferença entre “ser quem você é” e “permanecer como está”. Se você se contenta em permanecer como está, nunca vai se desenvolver. Essas orientações realmente nos fazem repensar a importância e o valor de cada vida humana. Ikeda sensei abre nossos olhos com a visão iluminada de Nichiren Daishonin, fazendo-nos compreender que cada pessoa possui sua própria natureza, seu modo de ser e de agir. E isso precisa ser respeitado e dignificado. Cada qual com sua singularidade é capaz de buscar sua melhor versão, ou seja, seu estado de buda único e especial. Por essa razão, não é necessário que as pessoas adotem o mesmo modelo ou que sigam a minha visão. É isso que torna esta filosofia budista tão extraordinária, a qual jamais separa, discrimina ou menospreza qualquer pessoa. Aprendemos a jamais desprezar o outro, mas sim a valorizar e respeitar a diversidade humana. Vamos juntos, com o mesmo coração benevolente do Mestre, unir nossas forças, de mãos dadas, na construção de uma cultura que valorize a vida e acredite na convivência harmoniosa entre as diferenças. Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Coragem. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 163 e 184. 2. Cf. The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, 2004. p. 200. *** DS de comprovação Thiago de Oliveira Thobias Sol da esperança Durante a minha infância e início da adolescência, enfrentei muitos conflitos existenciais. Eu me questionava sobre o motivo de ter nascido em uma família preta, pobre e periférica. Não compreendia a razão pela qual morávamos em um conjunto habitacional, dominado pelo tráfico de drogas e pela violência. Além disso, demorei a entender por que a maioria das famílias era de evangélicos, espíritas ou de religiões de matriz africana e somente a minha família e mais algumas eram de budistas. Com o passar do tempo, também fui vivenciando as primeiras situações de racismo, em que as pessoas questionavam minha beleza, minha capacidade intelectual, nível cultural e possibilidades de um futuro promissor, pelo simples fato de eu ser negro. Sem contar as ofensas, opressões e exclusões. Sempre fui muito introspectivo, reservado e observador. Costumava manter-me na minha, era de poucas palavras e quase nunca sorria. Nas atividades da Gakkai ou nos eventos sociais, sempre procurava ficar em um lugar onde ninguém me notasse, quando não dava um jeito de permanecer em casa nem de comparecer a tais reuniões. Mas... minha avó materna não sabia ler nem escrever. Como aprendi muito cedo, por volta de 4 ou 5 anos, minha avó me chamava para fazer gongyo e daimoku com ela ao chegar do trabalho e, em seguida, pedia para eu ler as orientações de Ikeda sensei e do Gosho. Não entendia por que ela ficava tão emocionada ao ouvir aquelas palavras. Conforme fui crescendo, mesmo após o falecimento dela, criei o hábito de orar e desenvolvi a paixão pelo estudo do budismo. Ao longo da minha juventude, também me dediquei a ler os diálogos de Ikeda sensei com diversas personalidades mundiais, o que foi ampliando minha visão de mundo e da vida além da minha realidade imediata. Com isso, vários questionamentos que eu tinha foram sendo respondidos. Minha autoestima aumentou cada vez mais quando compreendi que sou um bodisatva da terra, possuidor de ilimitado potencial da vida do Buda em meu interior. Percebi que havia nascido, por vontade própria, para cumprir uma missão que somente eu poderia realizar. Aquele sentimento de que “sou diferente” e “esse não é meu lugar” foi sendo substituído por “sou uma pessoa única e devo criar conexões com as pessoas”. Isso se deve ao fato de que todos possuem, dentro de si, a natureza e o potencial de buda. E é enfrentando os desafios da diversidade que enriquecemos nossa existência. Hoje, após viver uma juventude de desafios e de construção, e ser treinado por Ikeda sensei e pelos veteranos, tenho a oportunidade de atuar no Grupo Alvorada com uma perspectiva da vida renovada, para corresponder à seguinte expectativa do Mestre: Como membros que dignificam o significativo nome ‘alvorada’, façam subir constantemente o sol da esperança em sua vida por mais que esteja encoberto pelas trevas de preocupações e de dificuldades. (...) Vençam a fraqueza alojada dentro de si mesmos e superem todas as formas de obstáculos e de maldades.1 Thiago de Oliveira Thobias, responsável pelo Distrito 6 de Novembro, CGERJ À esq., Thiago, e, à dir., com a esposa Tatiana e os filhos Lucas e Nicolas Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.695, 12 abr. 2003, p. A8. Foto: Arquivo pessoal
11/10/2023
Notícias
BS
Divisão Sênior e Grupo Alvorada rumo à vitória em 2024
Membros da Divisão Sênior (DS) e do Grupo Alvorada se reuniram no Auditório da Paz, do Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, em São Paulo, SP, e pela transmissão virtual para todo o Brasil, na tarde de 7 de outubro. O encontro, apresentou os novos líderes do Alvorada da BSGI e o objetivo da atuação conjunta para o próximo ano, na atividade comemorativa dos quarenta anos do grupo, em agosto de 2024. Edson Tokunaga, vice-coordenador da DS da BSGI, apresentou a Seniors League, uma competição humanística baseada no conceito formulado por Tsunesaburo Makiguchi, em que uma pessoa vence pela vitória do outro, e não por sua derrota. Ou seja, todos vencem. Antonio Júnior, coordenador do Grupo Alvorada da BSGI, pontuou que a “bandeira” do Alvorada refere-se ao Kofu (participação no Departamento de Contribuintes) e à luta conjunta da DS e da DMJ. “O membro do Alvorada deve possuir gentileza e consideração, possuir um coração capaz de abarcar todas as pessoas, com suas diferenças e realidades. Nós devemos ser o eixo das questões da organização, alguém que traz a solução e incentiva a todos”. Ricardo Miyamoto, coordenador da DS da BSGI, declarou que a atividade representa a nova partida para a luta conjunta da DS, do Alvorada e da Divisão Masculina de Jovens (DMJ), e compartilhou incentivos de Ikeda sensei. Dentre estes, uma passagem da Nova Revolução Humana1 diz: Uma existência passa rapidamente e o tempo que podemos viver com saúde é ainda mais limitado. Além disso, o tempo de atuação como membro da Divisão Sênior é muito curto. Se não se levantarem agora, quando então se levantarão? Se não atuarem agora, quando lutarão? Será daqui a dez anos? Ninguém pode garantir em que situação estarão nessa época. Por isso, agora é o momento de ouro da nossa vida. É o precioso tempo da nossa limitada existência. Digo isso porque não quero que tenham remorsos no fim da vida. E Miyamoto finalizou: “Vamos iniciar o movimento de avanço e de vitória, em que o objetivo é o aumento de mais um, que significa ‘Quem faz mais pelo outro’. Não é uma atuação solitária, e sim conjunta. Vamos superar nossas dificuldades e viver em prol do juramento seigan”. O Coral Uirapuru da Divisão Sênior e a Banda Masculina Taiyo Ongakutai abrilhantaram o encontro com suas apresentações. Veja o vídeo sobre a Seniors League O vídeo da atividade da DS ficará disponível na Extranet até o dia 30 de outubro. No topo: Foto comemorativa com os participantes da reunião que marca nova fase da DS e do Grupo Alvorada (São Paulo, SP, 7 out. 2023) Foto: BS Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Coroa de Louros. Nova Revolução Humana. v. 10. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020.
11/10/2023
Notícias
BS
Jornada do companheirismo
Vem do sudoeste baiano uma iniciativa que fez “encurtar” o mapa geográfico local no significativo mês de agosto. Trata-se do resultado da dedicação do responsável pelo Distrito Brasil 500, Werciley Santana, para encontrar pessoalmente os integrantes da Divisão Sênior de sua (imensa) organização. Atravessando cidades (veja no mapa), foram 1.700 quilômetros percorridos, unindo forças com os líderes de comunidade e de bloco, visitando membros, convidados e criando a oportunidade de entregar a mensagem alusiva ao Dia da Divisão Sênior, oferecida por Ikeda sensei. Werciley inspirou-se, em especial, no trecho que diz: “...haja o que houver, ressoem o daimoku do rugido do leão, e demonstrem a prova real de vitórias...”. Ele conta em vídeo um pouco mais dos bastidores dessa inspiradora ação. Assista ao vídeo da viagem que Werciley fez para incentivar os companheiros:
12/09/2023
Notícias
BS
O vigor da juventude dos “pilares de ouro”
“Juntos, com espírito jovem, vamos cumprir até o fim a grandiosa missão pelo kosen-rufu e da nossa existência, evidenciando um aspecto cada vez mais juvenil ao lado dos jovens!” Eis um trecho da mensagem enviada pelo presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Daisaku Ikeda, para as atividades comemorativas do Dia da Divisão Sênior (DS) da BSGI, a qual pode ser lida na íntegra na edição 2.640 (12 de agosto último) do Brasil Seikyo . Sob a égide da forte união e do espírito jovem, de norte a sul do país, os integrantes da DS levaram firme os direcionamentos de celebrar as atividades unindo forças com as demais divisões, diversificando também os formatos e as programações. As comemorações envolveram membros e convidados nas reuniões de palestra na base, encontros nos níveis acima e muita integração. O sucesso, o planejamento e os resultados inspiradores dessas atividades foram baseados no espírito de “levantar-se só” de seus participantes, a exemplo da iniciativa de um responsável pelo distrito do Nordeste (veja quadro). Nas imagens a seguir, destacamos algumas atividades, com um pouco da energia e da integração que caracterizaram as celebrações nas localidades. “E é com esse sentimento renovado, de não perder para as dificuldades e encontrar o caminho da vitória para a conquista de nossos objetivos, que possamos avançar neste segundo semestre”, fortalece Ricardo Miyamoto, em sua primeira comemoração do Dia da DS como responsável pela divisão na BSGI. Ele direciona: “Temos a solidificação da nossa organização de base, na qual nossos preciosos membros depositam suas expectativas nos seniores, bem como a última etapa do Kofu desse significativo ano. É momento de avançar ainda com mais união e vigor”. Jornada do companheirismo Vem do sudoeste baiano uma iniciativa que fez “encurtar” o mapa geográfico local no significativo mês de agosto. Trata-se do resultado da dedicação do responsável pelo Distrito Brasil 500, Werciley Santana, para encontrar pessoalmente os integrantes da Divisão Sênior de sua (imensa) organização. Atravessando cidades (veja no mapa), foram 1.700 quilômetros percorridos, unindo forças com os líderes de comunidade e de bloco, visitando membros, convidados e criando a oportunidade de entregar a mensagem alusiva ao Dia da Divisão Sênior, oferecida por Ikeda sensei. Werciley inspirou-se, em especial, no trecho que diz: “...haja o que houver, ressoem o daimoku do rugido do leão, e demonstrem a prova real de vitórias...”. Ele conta em vídeo um pouco mais dos bastidores dessa inspiradora ação. Assista ao vídeo da viagem que Werciley fez para incentivar os companheiros: https://www.brasilseikyo.com.br/central-de-noticias/noticia/999561750 Distrito Rio Madeira, AM Comunidade César de Souza, Mogi, SP Fotos: Colaboração local
06/09/2023
Mensagem
BS
“Com espírito jovem, vamos cumprir até o fim a grandiosa missão pelo kosen-rufu”
Estimados pilares de ouro da BSGI, parabéns pelo encontro comemorativo do Dia da Divisão Sênior! Meus sinceros agradecimentos pelos dedicados esforços na nobre e árdua luta de todos no dia a dia! No Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente consta: “O Buda do verdadeiro aspecto da realidade reside em meio à lama e ao lodo dos desejos mundanos. Isso se refere a nós, seres humanos. Agora, quando Nichiren e seus seguidores recitam Nam-myoho-renge-kyo, eles podem ser denominados de Buda da entidade do Myoho-renge-kyo”.1 Recitando Nam-myoho-renge-kyo da prática individual e altruística, e agindo em prol das pessoas, os senhores derramam suor dourado no seio da sociedade real de hoje. Observando esse aspecto dos senhores, com certeza, Nichiren Daishonin os considera o Buda do verdadeiro aspecto da realidade. Juntos, com espírito jovem, vamos cumprir até o fim a grandiosa missão pelo kosen-rufu e da nossa existência, evidenciando um aspecto cada vez mais juvenil ao lado dos jovens! Por favor, haja o que houver, ressoem o daimoku do rugido do leão, e demonstrem a prova real de vitórias, à sua maneira, no trabalho e na localidade. Peço que, assim, expandam cada vez mais a rede de solidariedade da paz e da esperança no Brasil, terra do seu juramento seigan. Estou orando sinceramente pela boa saúde e longevidade, pelos benefícios e harmonia, e pelo glorioso triunfo de todos os senhores. Transmitam também minhas melhores recomendações a seus familiares. Em agosto de 2023 Daisaku Ikeda Presidente da Soka Gakkai Internacional Nota: 1. The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, p. 91.
10/08/2023
Especial
BS
Vencer junto com o mestre
Foi em 14 de agosto de 1947 que o jovem Daisaku Ikeda conheceu o Budismo de Nichiren Daishonin numa reunião de palestra. Ele havia recebido um convite de dois amigos para participar de uma explanação sobre “filosofia de vida”, conduzida pelo professor Josei Toda, o qual, mais tarde, se tornou o segundo presidente da Soka Gakkai. Dez dias depois daquele encontro, Ikeda sensei recebeu o Gohonzon, iniciando uma grandiosa jornada no movimento pelo kosen-rufu. Era uma noite tranquila, porém quente e úmida, de verão. A vizinhança estava quieta e as famílias provavelmente tinham acabado de jantar. Notava-se, porém, uma movimentação de várias pessoas pelas ruas escuras que se dirigiam à residência da família Miyake, no bairro de Ota, em Tóquio, para participar de uma reunião de palestra da Soka Gakkai. Mesmo sofrendo com tuberculose e febre persistente, o jovem Daisaku Ikeda, na época com 19 anos, decidiu aceitar o convite dos amigos para ir à reunião, movido pela esperança de encontrar um direcionamento para sua vida em meio às circunstâncias em que vivia. Daisaku Ikeda chegou ao local por volta das 20 horas. Enquanto tirava os sapatos na entrada, percebeu uma voz rouca, mas vigorosa, vinda do interior da casa. Era a primeira vez que ouvia Josei Toda. Ele explanava o escrito Estabelecer o Ensinamento para a Pacificação da Terra, em que Nichiren Daishonin proclama sua extraordinária filosofia para a concretização de uma sociedade pacífica. Ikeda sensei relembra esse momento: O Sr. Toda, meu mestre, aguardava-me como um pai afetuoso. Foi um momento solene, eterno, que abarcou as três existências. Foi o dia do juramento — o meu — de me tornar discípulo do Sr. Toda e de devotar minha vida ao kosen-rufu. (...) Na explanação que ele fez nessa primeira vez que participei numa reunião, o Sr. Toda imprimiu forte paixão e determinação num alerta às pessoas. Foi um rugido do leão proclamando a essência do Budismo de Nichiren Daishonin. A explicação do Sr. Toda não era de um budismo antiquado e ultrapassado. Revelava um caminho grandioso com a promessa de um futuro brilhante, que transbordava convicção e dinamismo. (...) Após concluir sua explanação, o Sr. Toda iniciou um diálogo informal. (...) Não demonstrou a mínima atitude de superioridade pretensiosa e arrogante que muitos falsos líderes políticos e religiosos exibem. Estava sendo ele mesmo. Embora aquele fosse o nosso primeiro encontro, senti-me à vontade para fazer qualquer pergunta que guardava em meu jovem coração. Lembro-me de ter arriscado, com certa intensidade, esta questão: “Senhor, qual é o modo correto de vida?”. O Sr. Toda me deu uma resposta clara, com plena convicção, isenta de qualquer jogo intelectual ou desonestidade que obscurecesse o verdadeiro ponto de minha pergunta.1 Em determinado momento, o jovem Ikeda contemplava algo, com olhares atentos, o que deixava sua face inteiramente corada. Parecia estar impaciente, desejando pronunciar algo novamente. De súbito, levantou-se decidido e externou: — Sensei, muito obrigado. Há um antigo ditado que diz: “Faz bem pensar mais uma vez, mesmo que concorde. É bom pensar novamente, mesmo que discorde”. Acreditando nas palavras do senhor ao me sugerir que como jovem estudas-se e colocasse em ação, gostaria de segui-lo e me empenhar nos estudos. Nesse momento, gostaria de expressar meu sentimento de gratidão com um poema, embora não tenha nenhuma habilidade e tenha sido de improviso...2 Josei Toda concordou em silêncio. O rapaz fechou levemente os olhos e começou a declamar com voz sonora: Ó viajante!De onde vens?E para onde irás?A lua desceno caos da madrugada;mas vou andando,antes de o Sol nascer,à procura de luz.No desejo de varreras trevas de minh’alma,a grande árvoreeu procuroque nunca se abalouna fúria da tempestade.Neste encontro ideal,sou eu quemsurge da terra!3 Todos ficaram surpresos. Para Josei Toda, especialmente, a última frase soou de forma muito significativa. “Sou eu quem surge da terra!” — era a missão dos bodisatvas da terra que surgiram nos Últimos Dias da Lei para propagar o ensinamento do budismo. Ikeda sensei recebeu o Gohonzon e se converteu ao Budismo Nichiren em 24 de agosto de 1947. Embora sua família, a princípio, não fosse a favor de sua prática, o jovem não hesitou por depositar confiança em Josei Toda. Em pouco mais de dez anos de convívio, mestre e discípulo tiveram uma existência em perfeita harmonia e união, conquistando grandes feitos como a conversão de 750 mil famílias ao budismo, a Declaração pela Abolição das Armas Nucleares, em 1957, e a Cerimônia do Kosen-rufu, realizada em 16 de março de 1958. Após o falecimento de Josei Toda, em 1958, Ikeda sensei assumiu a terceira presidência da Soka Gakkai em 3 de maio de 1960. Em outubro desse ano, partiu para a primeira viagem ao exterior a fim de propagar o budismo em diversos países, entre eles o Brasil. Desde essa ocasião, vem se empenhando incansavelmente para cumprir os ideais do seu mestre e impulsionar o movimento pelo kosen-rufu. Passados 76 anos desde o primeiro encontro entre Daisaku Ikeda e Josei Toda em uma reunião de palestra da Soka Gakkai, a correnteza da propagação do Budismo de Nichiren Daishonin ampliou-se em nível mundial, mantendo a essência do diálogo de vida a vida e da relação de unicidade de mestre e discípulo a partir de suas organizações de base. O ato de compartilhar a prática budista com nossos familiares, amigos e demais pessoas do nosso convívio, ou seja, a realização do shakubuku, possui profundo significado e valor, pois os capacita para vencer quaisquer dificuldades, construir uma vida de felicidade inabalável e contribuir para a edificação de uma sociedade de paz. No topo: ilustração retrata Josei Toda, à esq., e o jovem Daisaku Ikeda. Unidos pelo ideal do kosen-rufu, mestre e discípulo enfrentam inúmeros desafios com a coragem e o ímpeto do rei leão Ilustração: Kenichiro Uchida Fontes: Brasil Seikyo, ed. 2.615, 16 jul. 2022, p. 8-9. IKEDA, Daisaku. Emergindo da Terra. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 187-207, 2022. Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Pilares de Ouro Soka. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, p. 51 a 55, 2022. 2. Idem. Emergindo da Terra. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 205, 2022. 3. Ibidem, p. 206.
10/08/2023
Especial
BS
Triunfo dos pilares de ouro Soka
A data que marca a conversão do presidente Ikeda ao Budismo de Nichiren Daishonin, em 1947, foi adotada como Dia da Divisão Sênior, por seu profundo significado. A oficialização ocorreu em 1976, na comemoração do décimo aniversário de fundação da divisão. Na ocasião, ficaram evidentes a base e a missão dos seus membros — caminhar ao lado de Ikeda sensei, com a responsabilidade de liderar as atividades pelo kosen-rufu, e ser exemplo para as demais divisões. Todos reconfirmaram as diretrizes eternas lançadas dez anos antes, quando da fundação da Divisão Sênior (DS) em 5 de março de 1966, reunindo 750 representantes. Então, estas três diretrizes eternas são a base de atuação dos componentes da DS: 1) Ser vitorioso no local de trabalho. 2) Ser um líder que contribui para o bem-estar da comunidade. 3) Ser um pilar de confiança na organização. Conforme consta no capítulo “Coroa de Louros” do romance Nova Revolução Humana, a fundação da Divisão Sênior teve origem em um projeto do presidente Ikeda de promover a sintonia entre os veteranos e os jovens no processo de desenvolvimento da Gakkai. Ele desejava que o potencial dos jovens como força propulsora das atividades fosse desenvolvido e bem direcionado por meio da experiência e da seriedade dos membros da DS. Na reunião de fundação, ele disse: O avanço da Soka Gakkai é desenvolvido com a cooperação entre as divisões. Entretanto, da mesma forma como o marido ou o pai é o pilar da família, a Divisão Sênior é a principal responsável pelo progresso da nossa organização. No distrito, é a responsável pelo distrito; na comunidade, é a responsável pela comunidade. Naturalmente, a Divisão Sênior vai se preocupar em desenvolver seus membros, mas não poderá pensar que é uma divisão como as outras. Terá a missão de manter a harmonia entre as divisões e proteger com responsabilidade a Gakkai e seus integrantes.1 A BSGI foi a primeira organização fora do Japão a ter uma Divisão Sênior. No dia 5 de março de 1982, quando se comemoravam dezesseis anos de fundação da DS da Soka Gakkai, sem que ninguém esperasse, o presidente Ikeda anunciou a possibilidade de o Brasil fundar a própria estrutura. Assim, a data de 5 de março é oficialmente considerada como a da fundação da Divisão Sênior da BSGI. No entanto, devido aos preparativos para se estabelecer uma estrutura para a nova divisão, a reunião ocorreu em 4 de abril do mesmo ano. Os integrantes da Divisão Sênior carregam a missão fundamental de proteger a organização e proporcionar as condições necessárias para o florescer de pessoas valorosas que impulsionam o avanço do kosen-rufu, enquanto se desenvolvem como verdadeiros pilares de ouro que comprovam os ideais do Mestre. No topo: participantes da Conferência de Líderes dos Leões e Pilares de Ouro Soka, realizada no Centro Cultural Campestre da BSGI (Itapevi, SP, 4 jun. 2023) Foto: BS Fonte: Brasil Seikyo, ed. 1.643, 9 mar. 2002, p. A7. Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Coroa de Louros. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 10, p. 258, 2019.
10/08/2023
Matéria da Divisão Sênior
BS
Soka Gakkai e a política: mobilizando transformações sociais a partir do indivíduo
Caros amigos da Divisão Sênior!Em meio à tempestade de desafios enfrentada pela sociedade contemporânea, a Soka Gakkai surge como um farol iluminando o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária. No Budismo de Nichiren Daishonin, somos guiados para a grandiosa ideia de que a mudança social genuína se inicia com a mudança individual. Essa crença impulsiona nossa missão de transformar o mundo, começando pela profunda transformação do coração e da mente das pessoas. Com a prática budista, cultivamos um grande apreço pela vida e pela dignidade humana. Esse discernimento não se limita aos aspectos pessoais, mas permeia todos os setores da vida, inclusive o político. A política, em sua essência, é o conjunto de regras que regem uma sociedade, uma comunidade ou uma coletividade. Portanto, deve ser vista como meio de alcançarmos nossa aspiração de construir uma sociedade harmoniosa, e não um fim em si mesma. Utilizada com retidão, a política pode ser uma ferramenta poderosa na edificação de uma sociedade mais justa e igualitária, em vez de ser um instrumento para obtenção de poder, lucro ou dominação. No capítulo “Contínuas Vitórias” da Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda apresenta uma perspectiva bastante ampla da política, do ponto de vista do princípio budista do “caminho do meio”, dizendo: O caminho do meio não se refere a moderação política ou a atitude passiva diante da realidade da vida e do mundo. É um princípio universal que esclarece a visão correta da vida com base em três verdades (santai, em japonês) expostas no budismo: verdade da não substancialidade (kutai), verdade da existência temporária (ketai) e verdade do caminho do meio (chutai). (...) Essas três verdades revelam o aspecto verdadeiro da vida e foram desenvolvidas como a visão perfeita da vida no Budismo de Nichiren Daishonin, com base no Sutra do Lótus. O caminho do meio é um conceito que implica numa visão equilibrada dos aspectos espiritual e material, uma transcendência e conciliação dos extremos e de opiniões opostas.1 Ikeda sensei conclui: A política baseada no caminho do meio não é uma política que ocupa uma posição neutra ou central entre governistas e oposicionistas, ou entre direitistas e esquerdistas. Não é também uma política que adota uma combinação dos aspectos positivos dessas posições. Está fundamentada na filosofia de vida do budismo e seu propósito é defender a dignidade da vida humana e promover a paz e a felicidade para as pessoas. Seu objetivo maior é beneficiar a população sem qualquer interesse político-partidário.2 A importância de uma política centrada em valores éticos e morais é primordial. Com base nesses princípios, os políticos devem ter como prioridade o bem-estar da sociedade, sem se concentrarem unicamente nos interesses de grupos ou indivíduos específicos. Cada decisão política tomada deve ser guiada pela capacidade deles de promover uma sociedade equilibrada e pacífica. A concretização dessa visão não depende só dos políticos, mas também do cidadão consciente e em busca de autodesenvolvimento. O engajamento político como cidadão propicia melhores resultados sociais, pois uma população informada toma decisões mais benéficas para a sociedade. Por outro lado, a negligência política conduz à passividade gover-namental, frequentemente resultando em decisões não benéficas para o bem-estar coletivo. Além disso, na obra Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda orienta: “A atuação na política sem benevolência e distante dos anseios do povo não possibilita a realização do bem-estar social. Ficar somente lamentando essa situação não gera nenhuma mudança”.3 Em um diálogo com o ex-presidente da União Soviética antiga e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Mikhail Gorbachev, o presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, perguntou-lhe qual a atitude apropriada e o papel dos líderes políticos. Gorbachev respondeu: Após um longo processo de evolução, a humanidade chegou à forma de governo chamada democracia com a finalidade de reconciliar os interesses de muitos indivíduos diferentes — pessoas de diversas culturas, religiões, idiomas, histórias, paixões, interesses e formas de pensamento — e uni-los. Mas hoje a democracia está sendo ameaçada. Não está claro por quais interesses os políticos, supostos representantes do povo, estão atuando ou para o bem de que pessoas eles estão utilizando a democracia. A única maneira de assegurar que os líderes políticos sigam a direção correta é o amadurecimento da sociedade civil. Se a humanidade se desenvolver ainda mais, podemos chegar a ponto de a própria sociedade civil, em vez dos políticos, realizar as funções do governo. O importante é elevar a consciência de cada cidadão. E devemos criar sociedades que respeitem as diferenças entre as pessoas e aceitem a diversidade, sociedades encontradas no diálogo.4 O compromisso da Soka Gakkai com a paz e a justiça social é demonstrado por sua ênfa-se na educação e no diálogo como meios para resolver conflitos e superar preconceitos. Valorizamos a promoção da paz, da cultura e da educação, o que reflete nossa visão para uma sociedade melhor. A prática do diálogo sincero e respeitoso serve para criar uma atmosfera de compreensão e cooperação essencial para a construção de uma sociedade justa. Esse é um ponto crucial e fica o questionamento individual: “Será que pratico o verdadeiro diálogo, com o desejo de ouvir e compreender o outro, ou pratico o diálogo somente para refutar ou impor uma opinião?”. Dedicando-nos à transformação individual e social, derrubamos as barreiras que separam as pessoas e promovemos uma cultura de paz e de respeito mútuo. Estamos incentivando a criação de uma sociedade em que as pessoas possam florescer e alcançar a felicidade. Essa é a maneira pela qual a Soka Gakkai contribui para a pacificação e o equilíbrio da sociedade, mesmo diante das turbulências e mudanças sociais. No livro Valores Humanos num Mundo em Mutação, o presidente Ikeda observa: “Em nossa visão budista, a realização desse autoaperfeiçoamento interior imensamente difícil será conseguida pelo que chamamos de revolução humana”.5 Essa visão fundamenta nossa abordagem humanística norteia também nossa atuação política como membros da Soka Gakkai. Em nossa trajetória, nós temos o potencial para causar um impacto significativo, inclusive os componentes da Divisão Sênior (DS) cujo compromisso é ainda mais direto. Pela transformação individual — a revolução humana —, desencadeamos ondas de mudança que reverberam por toda a sociedade. Isso exalta nosso potencial ilimitado e nos possibilita avançar o humanismo, transformando cada vez mais o mundo, bem como a mente e o coração das pessoas. Nessa perspectiva, assumimos a responsabilidade de ser cidadãos engajados, infundindo o humanismo em todas as dimensões da vida. A participação ativa como cidadão não é apenas uma escolha, mas um compromisso vital com a transformação da sociedade. Cada um de nós, ao acolher a prática budista e a atuação social consciente, pode se tornar um agente efetivo de mudança. Estamos destinados a nos envolver na sociedade e na política de maneira consciente e alinhada aos nossos princípios éticos e morais, contribuindo assim para a edificação de uma sociedade mais justa e igualitária, que valoriza a vida e a dignidade de todos os seres humanos. Reflexão sobre a matéria Estamos vivenciando momentos desafiadores e, como integrantes da Divisão Sênior com nosso novo levantar, vamos juntos reverberar a esperança para a construção de uma sociedade mais justa e feliz. Assumirmos o importante papel de nos fortalecer em primeiro lugar, vamos crescer e nos desenvolver como excelente cidadão com perseverança, sem jamais desistirmos, alicerçados no avanço contínuo de “Josho”. Certamente alcançaremos a felicidade permeando um mundo cada vez melhor ao nosso redor. O ponto essencial é promovermos a reforma do ser humano. E tudo começa comigo e começa agora, neste momento (niji), pois minha transformação refletirá na mudança em todos os campos da sociedade. Cultivando a natureza de buda, tendo a fé como eixo fundamental e fonte de energia, demonstremos a benevolência em nosso cotidiano, irradiando empatia que emana da própria revolução humana. Compartilho uma passagem de uma orientação de Ikeda sensei: Sua revolução humana é como empreender o movimento pelo kosen-rufu no microcosmo do próprio mundo interior. Quando várias pessoas buscarem a revolução humana, poderão propagar o kosen-rufu em toda a sociedade. Em outras palavras, o kosen-rufu avançará na mesma medida em que vocês avançarem na própria revolução humana. Simultaneamente, quando deixarem de lado seus interesses egoísticos e se devotarem ao kosen-rufu, um movimento que existe para conduzir as pessoas à felicidade, sua revolução humana também progredirá. É dessa forma que os dois estão intimamente relacionados.6 Vamos continuar nossa jornada expandindo o brilho da vitória na família, na organização e cada vez mais alçando a condição como pilar da sociedade! Muito obrigado! Takao Sakamoto, vice-coordenador da Divisão Sênior da BSGI Vitória absoluta - DS de comprovação Meu contato com o budismo começou em 1992, aos 19 anos, e foi um divisor de águas em minha vida. Nesse ano, enfrentei uma das maiores tristezas: a perda do meu pai. Porém, essa dor aguda e profunda trouxe consigo uma força inesperada, a fé budista, com a qual consegui enfrentar e superar os desafios da vida. Assim começa minha relação com a Soka Gakkai. Perdi meu pai, contudo, encontrei meu mestre da vida, Daisaku Ikeda. Em 1995, assumi a função de integrante do Departamento de Relações Públicas da BSGI. Como membro desse departamento, meu foco sempre foi estabelecer relações positivas com o poder público, o Congresso Nacional, os organismos internacionais e a coletividade. Tenho orgulho do trabalho que realizamos, abrindo portas para o diálogo e a cooperação, ressaltando o valor da tolerância e da compreensão mútua. Minha carreira na área de tecnologia sempre esteve interligada com minha fé, pois, mesmo enfrentando inúmeras adversidades, consegui alcançar vitórias significativas. Por mais de trinta anos, a tecnologia da informação foi minha arena. Meu foco sempre foi atuar de maneira estratégica em órgãos federais, com especial atenção para as políticas públicas da educação, área de tão grande relevância para todos nós. Hoje, meu papel como coordenador de Soluções Digitais no Centro de Desenvolvimento de Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV DGPE) me proporciona a oportunidade de aprimorar a gestão pública brasileira, ao implementar projetos que têm o potencial de transformar a vida dos cidadãos dos municípios e estados brasileiros. A participação política, para mim, vai além de um direito, é um dever, uma forma de contribuir para a construção de uma sociedade justa e equilibrada. E acredito que os princípios da Soka Gakkai, norteados pelo nosso mestre, Daisaku Ikeda, que enfatizam o valor inestimável de cada vida e a capacidade de cada pessoa de fazer o bem, têm muito a dizer sobre como a política deve ser conduzida. Essa é a minha missão, assim como meu compromisso. Niéliton Leite Gomes, responsável pela Sub. DF e coordenador do Grupo Alvorada da CRE Oeste. Niéliton no ambiente profissional Niéliton com sua família Saiba mais Significado de “três verdades” (jap. santai): A verdade da não substancialidade, a verdade da existência temporária e a verdade do caminho do meio. Três aspectos da verdade formuladas por Tiantai. A verdade da não substancialidade indica que todos os fenômenos carecem de substância e se encontram num estado que transcende os conceitos de existência e não existência. A verdade da existência temporária significa que, apesar de carecerem de substância por natureza, todas as coisas possuem uma realidade transitória que está em constante fluxo ou mudança. A verdade do caminho do meio ensina que todos os fenômenos são não substanciais e temporários; porém, em essência, não são nem um nem outro. Ilustração: GETTY IMAGES Fotos: Arquivo pessoal Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 11, p. 190, 2020. 2. Ibidem, p. 191. 3. Ibidem, v. 6, p. 146. 4. Brasil Seikyo, ed. 1.710, 9 ago. 2003, p. A3. 5. IKEDA, Daisaku; BRYAN, Wilson. Valores Humanos num Mundo em Mutação. Em um Diálogo sobre o Papel Social da Religião. Rio de Janeiro e São Paulo: Editora Record, 1999. p. 92. 6. Brasil Seikyo, ed. 1.496, 20 fev. 1999, p. 3.
10/08/2023
Matéria Grupo Coração do Rei Leão
BS
Educando os filhos na era digital
Já faz muito tempo que a tecnologia se tornou parte integrante da vida das pessoas, transformando a forma de trabalhar e a vida pessoal, beneficiando todas as gerações. Com a internet, temos amplo acesso a uma série de recursos e de informações que antes era limitada. Isso permite que exploremos vários assuntos, ampliando nosso conhecimento. A tecnologia digital introduziu experiências de aprendizagem interativas e envolventes por meio de aplicativos, plataformas educacionais, jogos etc. Esse rápido avanço na tecnologia também teve impacto profundo na educação, principalmente na maneira como educamos nossos filhos. E isso tem sido um dos grandes desafios para as famílias. Os jovens de hoje têm maior intimidade e familiaridade com a tecnologia e isso é essencial para o mundo moderno. Não podemos privá-los dessas habilidades, porém é preciso entender quais são os verdadeiros benefícios e riscos para que se possa buscar o equilíbrio entre o excesso de uso e outras atividades. Diversos estudos e pesquisas médicas têm mostrado os prejuízos que a superexposição às telas pode causar. Crianças e adolescentes que passam horas em frente às telas podem apresentar dificuldades de compreender sinais não verbais, brincar menos, interagir pouco socialmente, inclusive com outras crianças. Além disso, o uso excessivo de telas pode acarretar problemas de saúde física e mental, como sedentarismo, obesidade, postura, dificuldades de visão e audição, irritabilidade, baixa autoestima, quadros de ansiedade e de depressão, distúrbios do sono e até dependência digital. E, ainda, o mundo on-line pode expor os indivíduos a conteúdo impróprio para sua idade, motivar comportamento nocivo, cyberbullying e assédio, resultando em sofrimento emocional para a criança e para a família. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aborda também o contexto familiar e diz que ele não está associado apenas a fatores de proteção, mas também aos de risco. Dentre os principais fatores de risco estão a “falta de afeto, falta de limites, negação dos comportamentos inadequados dos filhos, violência familiar, desestruturação da família, episódios frequentes de estresse tóxico, uso de álcool e drogas, falta de suporte e apoio”. Sobre os cuidados que a família deve ter, a SBP recomenda limites, sugerindo que crianças menores de 2 anos não sejam expostas de forma alguma às telas (televisão, celular, computador, tablet) nem passivamente; para crianças entre 2 e 5 anos, o uso recomendado seria de no máximo uma hora por dia; crianças entre 6 e 10 anos, o limite de tempo seria de uma/duas horas diárias; já os adolescentes entre 11 e 18 anos seria de duas/três horas por dia; e todos os casos com supervisão dos pais/cuidadores/responsáveis. Além do mais, existem ferramentas de controle parental que podem ser usadas para proteger a privacidade e a segurança das crianças e dos adolescentes, definindo os limites por faixa etária, controle de conteúdo e interações. Cada família tem a própria rotina e, muitas vezes, devido às demandas do dia a dia, acaba encontrando dificuldades para administrar todos os aspectos da parentalidade. O presidente Ikeda explica que a prática da fé é a base para boa sorte, estabilidade e saúde de uma família. Em seu livro Famílias Felizes, Crianças Felizes, ele coloca que a “Família deve ser a influência mais positiva, ou a ‘boa amiga’, para as crianças polirem a sua humanidade”.1 Em outro trecho, ele orienta que “É importante se esforçar para se tornar um pai ou uma mãe que age com sabedoria”.2 Os pais são modelos para os filhos que seguem os exemplos deles. É importante que busquem ser um exemplo positivo, pois não adianta impor limites às crianças se os pais ficarem o tempo todo mexendo no “celular”. Ao estabelecerem regras e horários específicos para o uso de telas, os pais podem dialogar com os filhos para que, juntos, encontrem o melhor caminho. Daisaku Ikeda aponta o diálogo como forma de conectar as pessoas. O diálogo de coração a coração permite um relacionamento saudável entre pais e filhos. Sensei diz que se “Chegaram à conclusão de que TV ou videogame em excesso estão influenciando seus filhos de forma negativa, é importante dialogar sobre isso com eles e estabelecer limite de tempo”.3 Os familiares também podem incentivar e promover atividades alternativas que não envolvam telas. Isso pode incluir brincadeiras ao ar livre, leitura de livros, atividades criativas como desenhar ou tocar um instrumento musical, participar de esportes ou de outras atividades físicas. Ao fornecerem diversas opções, os pais podem ajudar os filhos a desenvolver um conjunto completo de interesses e habilidades. Tudo isso envolve mudar os hábitos que implicam alterar a rotina. Para o escritor americano Charles Duhigg, existem três etapas para que uma atividade se torne um hábito: gatilho (o que o motiva), rotina (frequência da ação) e recompensa (efeito causado). Quando o cérebro consolida essas três etapas, pronto, formou-se um hábito. A fim de quebrar um hábito, principalmente ruim, é preciso ter grande força de vontade, pois é necessário identificar essa estrutura para criar um comportamento. No caso do uso excessivo de telas, ao encontrarmos uma alternativa saudável que ainda forneça uma sensação de recompensa, podemos gradualmente substituir o antigo hábito por um novo. Em uma atividade que tratou do tema “tecnologia”, Rosa Cristina Almeida, integrante da BSGI, relatou sua experiência: “Estava enfrentando dificuldades com meu filho. Ele já não queria ir à escola, só queria ficar no celular. Eu tive várias reclamações da escola de que ele não queria fazer nada. Aqui em casa também, só queria jogar. (...) E ao usar a criatividade, sair com ele, brincar, esquecer um pouco o celular (...) é que consegui administrar os horários para uso do celular e do computador. Não foi fácil. Porém, com muito daimoku, paciência e dedicação, fui participando mais do dia a dia dele, (...) preenchendo muito mais a vidinha dele.” Para o presidente Ikeda, não há tarefa mais nobre do que se dedicar ao desenvolvimento dos jovens. Mesmo sem ter muito tempo para se relacionar com seus filhos, procurava criar boas recordações com eles. Ikeda sensei diz ainda que o comportamento problemático dos filhos tem alguma razão e “devemos nos esforçar para compreender o motivo”, sintonizando nosso coração ao deles. Os pais desempenham papel importante na criação e formação dos filhos. Para tanto, devem compreender o que se passa no coração deles, perceber suas necessidades e promover um ambiente familiar saudável, e assim poderão ajudá-los a avançar. Os resultados dependerão sempre do compromisso, do envolvimento e do empenho de todos os membros da família, lembrando que é preciso entender que você — pai, mãe ou responsável — tem papel fundamental nisso e que é necessária a ação de sua parte, principalmente sendo um bom exemplo. Não é uma tarefa fácil, mas o resultado será gratificante, pois, ao final, os filhos se tornarão ativos, sociáveis, saudáveis e felizes. Matéria elaborada pelo Grupo Coração do Rei Leão da Coordenadoria Norte-Sul Paulistana (CNSP) Fontes: DUHIGG, Charles. O Poder do Hábito. Objetiva, 2012. IKEDA, Daisaku. A Família Criativa. Editora Brasil Seikyo, 2009. A Influência da Tecnologia na Infância: Desenvolvimento ou Ameaça? Psicologia. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0839.pdf Acesso em: 12.jul. 2023. 11:15 Manual de Orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-lanca-conjunto-de-orientacoes emdefesa-da-saude-das-criancas-e-adolescentes-na-era-digital/ Acesso em: 12 jul. 2023. Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Famílias Felizes, Crianças Felizes. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. 2. Ibidem. 3. Ibidem. Foto: GETTY IMAGES
10/08/2023
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