Brasil Seikyo
Incentivo do líder
BS
Ser 1% melhor a cada dia
Em um poema escrito e dedicado pelo Mestre, Daisaku Ikeda, ele nos incentiva dizendo: Os líderes devem se dedicar com o máximo de suas forças para a criação de pessoas valorosas. Incentivem cada pessoa com atenção total a todos os pormenores. Tenham sincera e máxima consideração pelas pessoas. As pessoas valorosas e capacitadas na SGI são a esperança do futuro.1 Olá, caro leitor do Brasil Seikyo! Que alegria e oportunidade poder me encontrar com você! Eu me chamo Priscila Góes, tenho 33 anos e assumi em setembro de 2024 como vice - coordenadora da Juventude Soka do Brasil e coordenadora da Juventude Soka da CGRE. Esta é a primeira vez que escrevo um incentivo aqui no BS. Então, desejo que você aprecie e tenha ótima leitura. Entramos no segundo mês do “Ano do Alçar Voo da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”. Como estão seus objetivos para 2025? Acredito que muitos já tenham pensado e escrito seus objetivos e estejam se esforçando para alcançá-los. Em nossa sociedade, também encontramos diversos estudos e publicações que falam sobre criar um hábito de evoluirmos e nos aperfeiçoarmos de forma constante todos os dias. Alguns deles, inclusive, compartilham maneiras de avançar diariamente para ser 1% melhor; assim, ao fim de um ano, teremos evoluído 37 vezes mais. Ou seja, de pouco em pouco, vamos nos transformando em seres humanos com hábitos e vida cada vez melhores. Nesta era essencial que vivemos, deparamo-nos, dia a dia, com muitos sofrimentos e dificuldades. Por isso, é crucial que possamos avançar e vencer, em nosso cotidiano, principalmente, a nós mesmos (nossos medos, dificuldades), para que possamos apoiar, incentivar e inspirar o maior número de pessoas. Aliás, avançar e vencer na propagação do budismo em meio à nossa realidade é a chave para o caminho da vitória. Por falar em propagar o budismo e concretizar o shakubuku, compartilho um episódio: Particularmente, eu era uma pessoa mais reservada e com maior dificuldade para iniciar uma conversa com pessoas com as quais ainda não me relacionava. Então, estabeleci um objetivo de concretizar um shakubuku. Iniciei a oração com o sentimento de me encontrar com as pessoas que precisassem e quisessem ser felizes. Lancei um desafio de daimoku para que as pessoas que precisassem conhecer o budismo cruzassem o meu caminho, e que eu tivesse a sabedoria e a coragem para ajudá-las até que recebessem o maior tesouro da vida delas, o Gohonzon! Foi em meio a esse desafio que concretizei uma das minhas shakubuku mais marcantes. Ela chegou até mim por intermédio da organização. Seu primeiro contato com o budismo foi por meio de um amigo da faculdade, porém, ela morava no meu bairro. Então, esse amigo me pediu apoio para que pudesse acompanhá-la. Estive ao lado dela por todo o tempo. Quando ela decidiu se converter, experimentei uma das maiores alegrias que já havia sentido. A vitória, a felicidade e a decisão dela foram como se fossem as minhas. Mais que uma shakubuku, ganhei uma amiga, e o mais legal de tudo é que, enquanto eu achava que estava apoiando ela, na verdade, estava ajudando a mim mesma a fazer minha própria revolução humana. Neste significativo ano, desejo sinceramente que todos nós, juntos, possamos nos levantar e avançar com convicção e coragem embaladas pela esperança de que vamos construir um mundo cada vez melhor, mesmo diante dos maiores sofrimentos. E que possamos conduzir nossa vida e a de muitas pessoas pelo caminho correto. Um ano de muita expansão e vitória para todos! Obrigada pela leitura e até a próxima! Priscila Góes A. Hidalgo vice-coordenadora da Juventude Soka da BSGI Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.112, 1º jan. 2012, p. A16.
06/02/2025
Frase da Semana
BS
Frase da semana
Encorajar uns aos outros, disseminar a alegria de viver, tomar ações concretas para construir um futuro melhor — essas ações engendram empatia e impulsionam as pessoas. Dr. Daisaku Ikeda IKEDA, Daisaku; HANCOCK, Herbie; SHORTER; Wayne. Romper Barreiras: Um Diálogo sobre Música, Budismo e Felicidade. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2021. p. 156.
10/10/2024
Grupo coração do rei leão
BS
Transformar o lugar em que vivemos
Inacreditável! Já chegamos em julho, sétimo mês do ano. Parece que foi ontem que estávamos comemorando a virada do ano, traçando planos e objetivos para 2024. E agora, cá estamos nós, com seis meses percorridos. Estamos indo bem? Nossa trajetória está seguindo na direção traçada ou o rigor do dia a dia tem aberto cada vez mais uma grande lacuna entre expectativa e realidade? Sejam quais forem as circunstâncias que enfrentamos, se somos pai, mãe ou responsável por um precioso membro da Divisão dos Estudantes (DE), nesse período de recesso, é hora de recarregar a bateria, porque todo estudante aguarda ansiosamente pelas férias de julho. Portanto, para que esse descanso possa ser o melhor possível, quem sabe tenhamos de recalcular nossa rota. É claro que, quando falamos em férias, de imediato pensamos em fazer uma viagem em família, hospedando em um bom hotel onde não tenhamos preocupações com horário, arrumação e organização de ambientes, preparo de alimentação e, muito menos, compromissos indesejáveis. Porém, para a maioria de nós, por ora, talvez isso não seja possível. Entretanto, também não significa que o tão aguardado período de recesso de julho esteja fadado ao fracasso! Mesmo que, de repente, não tenhamos traçado nenhum planejamento nem disponhamos de tempo ou recursos financeiros, ainda assim é possível vivenciar, de forma saudável e proveitosa, momentos inesquecíveis com nosso precioso integrante da DE, proporcionando a ele a oportunidade de gravar no coração as mais doces lembranças, as quais se tornarão um valioso tesouro que lhe permitirá manifestar força e coragem nas ocasiões em que tiver de enfrentar as dificuldades. É claro que, para isso, vamos precisar aguçar nossa criatividade e nosso interesse em fazer algo diferente. Ou seja, literalmente, sair do casulo e quebrar a rotina. Isso inclui não pouparmos esforços para conciliar as agendas em família e criar condições de realizarmos a prática da fé juntos. Também requer que estabeleçamos uma convivência cada vez mais próxima com base no diálogo sincero, manifestando paciência, compreensão e desenvolvendo uma escuta ativa e benevolente que nos leve a conectar o nosso coração. Nossa vida é bastante agitada e o tempo todo estamos envolvidos com atividades e compromissos, preocupados com alguma coisa que temos ou deixamos de fazer. No entanto, em alguns momentos, faz-se necessário apertar o botão “desligar”, permitindo que nossa mente fique em paz, consiga contemplar a natureza, perceba quanto as crianças estão crescendo e que a vida está passando rapidamente. Nosso eterno mestre da vida, certa vez, afirmou: Cada criança é um tesouro inestimável. (...) As crianças são diferentes umas das outras; cada qual possui uma qualidade única e extraordinária. Precisamos nutri-las com a chuva do amor e da benevolência imparcial para que floresçam e evidenciem suas qualidades únicas. (...) É importante que os pais se engajem em tudo com alegria e vigor. A criança aprenderá essa atitude com os pais. Fugir dos desafios e viver tranquilamente é a tendência dos seres humanos. No entanto, a felicidade não pode ser encontrada em nenhum outro lugar senão dentro de nós. Um modo de vida genuíno consiste em transformar o lugar em que vivemos no paraíso. De fato, quando estamos ocupados é que nos sentimos realizados. Quando lutamos para vencer os problemas é que nos sentimos estimulados. Na dedicação ao cumprimento de um propósito, encontramos a felicidade. As ações dos senhores mostrarão aos seus filhos quanto isso é verdade.1 Caros amigos, vamos unir nossa força, cumprindo a nossa missão de cultivar no coração de cada valoroso membro da DE as melhores lembranças dessa época da vida. Vamos juntos fazer com que cada um deles viva tal como se realmente trilhasse seus passos pelo paraíso da esperança e da felicidade, mesmo quando estiverem diante dos maiores desafios. Dessa forma, vamos garantir a formação de adultos fortes, corajosos, empáticos, solidários e de fé inabalável. Num breve futuro, eles se tornarão os grandes promotores da paz, da justiça e do respeito pela dignidade da vida e pela natureza, pois, isso sim, é assegurar a construção de um mundo melhor para todos. Boas férias e um forte abraço! Grupo Coração do Rei Leão da BSGI Nota: 1. Terceira Civilização, ed. 485, dez. 2008, p. 24. No topo: Apresentação dos integrantes da Divisão dos Estudantes na Reunião Nacional de Líderes realizada em Bauru, SP (18 nov. 2023) Foto: BS
04/07/2024
Incentivo do líder
BS
Jamais ser derrotado
Nichiren Daishonin explica no Gosho: Os textos dos sutras1 nos dizem que uma única pessoa, no decorrer de um único dia, tem oito milhões e quatro mil pensamentos.2 É fato que, em nossa mente e em nosso coração, diariamente, inúmeras questões e reflexões ocorrem, ainda mais na vida de um jovem, lidando com oportunidades, angústias e desafios. Comigo não foi diferente. No final da minha adolescência, afastei-me das atividades e da prática budista. É difícil hoje explicar exatamente o porquê disso, já que nunca deixei de acreditar nas orações e de ter o presidente Ikeda como meu mestre. Mesmo assim, segui por esse caminho durante alguns anos. Este período de julho e das atividades comemorativas da DMJ e DFJ sempre me faz relembrar essa fase da minha vida. Ao longo desse intervalo de afastamento, recebi a visita dos meus líderes da época, principalmente às vésperas de gongyokais (reuniões comemorativas). Minha visão superficial me limitava a acreditar que aquelas visitas ocorriam porque eles queriam ter sala cheia no dia das atividades. Não conseguia enxergar que eu havia recebido visitas em outros momentos nem que aqueles jovens, assim como eu, também tinham compromissos, sonhos, dificuldades, os desafios da vida, mas, mesmo assim, eles se dispunham incansavelmente a me visitar. Os esforços contínuos desses meus amigos culminaram no meu encontro ideal com Ikeda sensei no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP, em 3 de maio de 2009, ainda que eu tivesse ido a contragosto. Nesse dia, sensei nos disse em sua mensagem: Os senhores possuem a Lei Mística na qual “não existe oração sem resposta”. Possuem também a prática da fé em que “não existe estratégia que supere a do Sutra do Lótus”.3 Por isso, jamais encontrarão impasses no curso da vida devotado ao cumprimento da missão. Nichiren Daishonin atesta solenemente que “os que possuem o coração de um rei leão, sem dúvida, atingirão o estado de buda”.4 A nossa relação de mestre e discípulo Soka forma uma legião de pessoas com coração de leão que não temem nada e não são derrotados por nada.5 Assim, vim comprovando em minha própria vida a veracidade das palavras do Mestre. Quinze anos depois, reencontrei sensei no mesmo local, na Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo, como líder da DMJ da BSGI. Nossa organização tem como eixo central em seu nome e propósito de existência a criação de “valores humanos”, principalmente jovens. Sou dotado de imensa boa sorte por ter amigos que, quinze anos atrás, abraçados a essa convicção dos Três Mestres, acreditaram que poderiam extrair de minhas limitações um valor jovem. Qual então deve ser minha postura como líder? Acreditar de forma ilimitada no potencial de cada jovem, mesmo aquele mais difícil e afastado, e de que nele reside a força da sua transformação e da humanidade, não apenas nesta existência, mas em todas. Apesar de eu pensar na época que a visita dos meus companheiros tivesse apenas o propósito de encher a sala da atividade, anos depois, percebi que aquela e todas as visitas subsequentes continham outro significado. Se eles ficassem somente preocupados com o que eu acharia, provavelmente não estaria escrevendo estas palavras a você, leitor. Praticamos o budismo de causa e efeito cultivando um coração que realiza as causas para a felicidade de si e dos outros, e sem falta colheremos esses efeitos. Ikeda sensei orientou: Tudo se inicia a partir de uma pessoa — eis a importância de incentivá-la com consideração, sinceridade e calor humano. Desse gesto nasce alegria, orgulho e confiança e daí se expande a criação de protagonistas do kosen-rufu.6 Que cada um de nós, com o grande desejo de fazer surtir o efeito de nossas ações, possamos nos esforçar em incentivar os companheiros a manifestar seu potencial e a se tornar genuinamente felizes. Essa é a verdadeira condição de nobre companheiro de luta. Nunca desistir dos amigos, jamais ser derrotado. Edjan Santos Coordenador da Divisão Masculina de Jovens da BSGI Notas: 1. Fonte desconhecida, mas uma afirmação semelhante consta em Coletânea de Ensaios sobre o Mundo da Paz e do Deleite, do mestre da meditação Daochuo. Cf. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 655, 2017. 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 725, 2017. 3. Nichiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin]. Tóquio: Soka Gakkai, p. 1192. 4. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 318, 2020. 5. Brasil Seikyo, ed. 1.986, 9 maio 2009, p. A2. 6. Idem, ed. 1.985, 2 maio 2009, p. A2.
04/07/2024
Notícias
BS
Presidente Harada dialoga com papa Francisco
Na manhã do dia 10 de maio (horário local), o presidente da Soka Gakkai, Minoru Harada, encontrou-se com o papa Francisco, da Igreja Católica Romana, no Palácio Apostólico, localizado na cidade-Estado do Vaticano. O papa Francisco, o 266o papa, tomou posse em 2013 e, em 2023, celebrou seu 10o aniversário de papado. Nascido na Argentina, é o primeiro papa com origem na América do Sul. O pontífice está ativamente envolvido na resolução de conflitos bélicos e de crises ambientais, como também no diálogo inter-religioso, além de dedicar esforços para a reforma da Igreja. Em 2019, tornou-se o primeiro papa da história a visitar a península arábica. No mesmo ano, viajou para o Japão pela primeira vez, após 38 anos desde que um papa esteve no país, e visitou Hiroshima, Nagasaki e outros lugares. Em relação à Soka Gakkai Internacional (SGI), o vice-presidente da organização, Hiromasa Ikeda, encontrou-se com o papa em 2017, quando visitou o Vaticano como participante de uma conferência internacional que visualizava um mundo livre de armas nucleares. No ano passado, por ocasião do falecimento do presidente Daisaku Ikeda, as condolências do papa foram enviadas por intermédio da SGI-Itália. Na mensagem, o pontífice afirmou: “Registro a memória e os agradecimentos pelos atos de bondade realizados pelo Sr. Ikeda durante a sua longa existência, em especial, seus esforços em prol da paz e da promoção do diálogo inter-religioso”. Durante o encontro, o presidente Harada transmitiu os agradecimentos da família Ikeda pelas palavras de condolências do líder religioso a Ikeda sensei. O papa manifestou uma educada resposta. O diálogo amigável, repleto do espírito de trabalho conjunto para um futuro de paz, durou cerca de trinta minutos. Nele, o presidente Harada apresentou os esforços de Ikeda sensei à frente da Soka Gakkai Internacional (SGI) em campos como a paz, o desarmamento nuclear e o entendimento entre os povos, superando as diferenças com base no amor humano. Diálogo com o cardeal Mauro Gambetti Na sequência do encontro com o papa Francisco, o presidente Minoru Harada se encontrou, no dia 10 [de maio de 2024] com o cardeal Mauro Gambetti, presidente da Fundação Fratteli Tutti, na cidade de Roma. A coordenadora da Divisão das Mulheres, Kimiko Nagaishi, e o diretor do movimento pela paz da SGI, Hirotsugu Terasaki, também participaram do encontro. Leia mais Veja matéria completa no BS+ e no site da Editora Brasil Seikyo. Acesse: https://www.brasilseikyo.com.br/central-de-noticias/noticia/999562537 No topo: Papa Francisco da Igreja Católica Romana e presidente Minoru Harada trocam apertos de mão (Palácio Apostólico do Vaticano) Fonte: Texto traduzido e adaptado do Seikyo Shimbun do dia 11 de maio de 2024. Fotos: ©Vatican Media
06/06/2024
Notícias
BS
Amaral Vieira dedica música Revolução Humana ao presidente Ikeda
O renomado músico brasileiro Amaral Vieira criou uma obra dedicada ao fundador da Associação de Concertos Min-On, Dr. Daisaku Ikeda, intitulada Revolução Humana — Impressões e Sentimentos Musicais. A cerimônia de apresentação ocorreu no dia 21 de maio no Centro Cultural Min-On, em Shinanomachi, Tóquio. A partitura foi entregue ao vice-presidente da SGI, Hiromasa Ikeda. A partir do dia 23, a peça será apresentada nos recitais de piano organizados pela Min-On em diferentes locais do Japão. Durante a solenidade, Amaral Vieira declarou com profunda emoção: “Tenho vivido todos os dias com o desejo de cumprir a missão dada a mim pelo Dr. Ikeda de ser um ‘embaixador da paz por meio da música’. A obra dedicatória é o ápice da minha vida musical e expressa minha maior gratidão e meu profundo respeito pela grande vida de sensei”. Música e humanismo Amaral Vieira, 72 anos, nasceu na cidade de São Paulo, SP. Atualmente, realiza atividades musicais em todo o mundo e, no Brasil, se empenha na promoção da educação musical e da música clássica. Além de ocupar o cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, ele recebeu inúmeros prêmios como pianista e compositor, tanto no Brasil quanto no exterior, incluindo o Prêmio Liszt do governo da Hungria. Desde 1992, o músico se encontrou repetidas vezes com o Dr. Ikeda. Ele se identificou profundamente com sua filosofia humanística e suas ações e buscou inspiração nas poesias e nos incentivos, o que resultou na composição de vinte peças musicais. Algumas de suas composições foram agraciadas com os prêmios “Melhor Obra Sinfônica” e “Melhor Obra Camerística” da Associação Paulista de Críticos de Artes. A obra Revolução Humana é uma peça composta para piano e foi inspirada no romance Revolução Humana, que começou a ser escrito por Ikeda sensei em 1964. Por meio de acordes vigorosos e melodias leves, a música expressa a determinação de Ikeda sensei em relação à paz mundial e o quanto ele avançou para concretizar essa missão. Estudantes brasileiros da Universidade Soka apreciaram o recital do pianista e interagiram com ele após a apresentação. O professor Amaral Vieira aproveitou para incentivá-los calorosamente. Leia mais Veja matéria completa no BS+ e no site da Editora Brasil Seikyo. Acesse: https://www.brasilseikyo.com.br/central-de-noticias/noticia/999562552 Fonte: Texto traduzido e adaptado do Seikyo Shimbun do dia 22 de maio de 2024. No topo: Na cerimônia, o músico e compositor Amaral Vieira, ao centro, à esq., e Hiromasa Ikeda, vice-presidente da SGI, à dir. mostram partitura da obra Revolução Humana junto com dedicatória do autor Ikeda sensei Foto: Seikyo Press
06/06/2024
Especial
BS
O momento é agora, Juventude Soka!
A Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo celebrou, no último dia 26 de maio, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP, os quarenta anos da terceira visita de Ikeda sensei ao Brasil. Representantes dos jovens do país inteiro, e aqueles conectados via internet, fizeram do ginásio um só local. Lá, renovaram o juramento e partiram para uma vigorosa fase de conquistas, tanto individual quanto organizacional. Acompanhe, nesta edição, depoimento de jovens que atuaram nos bastidores da convenção e, com esforço, venceram questões pessoais, baseados nos incentivos que o presidente Ikeda lhes direciona: Neste mundo repleto de maldades em que vivemos, cabe aos jovens coroarem a história com vitórias alicerçadas na inabalável união e justiça. Agora é o momento de forjar os jovens. É o momento de criar os jovens e de torná-los excelentes líderes! Para isso, é preciso treiná-los a enfrentar as dificuldades e ensinar a conduta correta como jovens líderes.1 Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.770, 6 nov. 2004, p. A2. Manter a saúde João Paulo, à frente, com os membros de sua localidade João Paulo de Jesus Neto, responsável pela DMJ do Distrito Metropolitano, RM Ermelino Meu despertar para a atuação dos cem jovens por distrito foi em uma atividade do grupo Ohrinkai (grupo de bastidor da Divisão Masculina de Jovens), realizada em 20 de janeiro deste ano. Com o sentimento renovado, quando cheguei a casa, consultei pela primeira vez o site da Juventude Soka para verificar quantos éramos. Ao ver o número, pensei que não seria fácil, mas sem dúvida venceríamos. Reuni-me com os demais líderes do distrito, que entenderam a importância desse movimento, e juntos traçamos estratégias para concretizar o objetivo. Com o apoio de toda a organização, nós o conquistamos em 15 de março. Então, começou a minha luta para participar da Convenção da Juventude Soka. Vinha monitorando dois nódulos na tireoide havia alguns anos. Em 2023, devido ao crescimento deles e diante da incerteza de que poderia ser câncer, em dezembro o médico decidiu fazer a operação para retirada total da tireoide. Eu aguardava a cirurgia, mas, como estava demorando, pensei que só seria realizada após a convenção. Para minha surpresa, recebi a notícia no dia 11 de abril que a cirurgia estava marcada para o dia 14. Foi um sucesso, porém tive algumas reações e precisei voltar ao hospital, sempre recitando daimoku para que tudo ocorresse da melhor forma. Como não existe oração sem resposta, obtive o laudo médico de que eu estava muito bem, sem nenhuma complicação. Vitória! Atuei vitorioso na convenção junto com todos os membros do staff e com outros grupos horizontais. Minha eterna gratidão! Vencer no shakubuku Jeferson com sua esposa, Thais Jeferson Francisco, responsável pela DMJ do Distrito Novo Horizonte, RM Arujá Começo meu relato dizendo que minha luta para a convenção iniciou quando meus companheiros e eu nos desafiamos a concretizar os cem jovens por distrito, e fomos vitoriosos no final de fevereiro. Logo após, em março, fui fazer uma visita para minha mãe e ela disse que não estava enxergando bem do olho direito. Então, marcamos uma consulta com um oftalmologista. Minha mãe achava que estivesse relacionado ao estresse ou ao glaucoma que ela tinha. No entanto, descobrimos que se tratava de uma inflamação no olho, sendo necessário um tratamento de 42 dias para a completa recuperação. Nos meses de março e abril, acompanhei minha mãe nas consultas médicas semanais para verificar a melhora dos olhos dela. Porém, os médicos presumiram que poderia ser tuberculose ocular, já que não estava melhorando naturalmente. Assustado, fiz mais daimoku ainda para que não fosse esse o caso, pois o tratamento duraria de seis meses a um ano. Mas tudo correu bem e, no começo de maio, os médicos disseram que não era tuberculose e suspenderam os medicamentos. Mais uma vitória! Mesmo não sendo budista, minha mãe sempre respeitou muito a minha prática. Em maio, enfrentei vários desafios. Enquanto levava minha mãe ao médico, na volta meu carro quebrou no caminho, acarretando um custo financeiro que eu não esperava. Esses problemas com o carro causaram um aperto em nossa situação financeira. No encerramento do ensaio do dia 19, recebemos uma orientação do responsável pelo grupo para desafiar uma hora de daimoku por dia para que corresse bem no fim de semana da convenção. Decidi então fazer cinco horas de daimoku para total sucesso do evento. Sabia que não seria fácil, mas estava determinado a não ser derrotado. Nesse meio-tempo, uma shakubuku decidiu receber o Gohonzon em 26 de maio, antes da transmissão da convenção. Esta foi mais uma vitória! Criar a harmonia familiar Mariana com o irmão Gustavo Mariana Oliveira, responsável pela DFJ da RM Pirituba Meu relato começa na Convenção do 3 de Maio, em 2009, na qual tive oportunidade de participar representando a banda, Asas da Paz Kotekitai do Brasil, e meu irmão, o Taiyo Ongakutai. Naquela época, vivíamos uma situação financeira complicada e o cenário era de grande desarmonia familiar. Nosso ambiente doméstico era bastante instável. Meu pai, em função da dependência química, frequentemente desaparecia por dias. Quando ele estava em casa, as brigas eram constantes e, por diversas vezes, presenciávamos agressões físicas. Dessa maneira, ao chegar a casa, meu irmão e eu nunca sabíamos o que esperar após os ensaios: se nosso pai estaria em casa ou se teria sumido novamente, além da angústia para saber se minha mãe estaria bem e em segurança sozinha com ele. Passada a convenção, a situação se agravou a ponto de não ser mais seguro morarmos com meu pai. Por essa razão, aproveitamos uma de suas ausências e fugimos para a casa da minha tia, levando apenas a roupa do corpo e o Gohonzon. Já naquela época, determinei que conquistaria a minha independência financeira para cuidar da minha família e proporcionar uma vida confortável para minha mãe. Com isso em mente, concluí a faculdade, cursei MBA, fiz diversos cursos e obtive algumas certificações. Eu também me dediquei a aprender uma segunda língua e fui me desenvolvendo nas empresas por onde passei. Sempre mantive em mente as orientações de Ikeda sensei que nos direciona a ser uma pessoa de confiança no trabalho. Assim, fui conquistando meu espaço, chegando a posições de liderança e tendo a oportunidade de fazer viagens internacionais para representar as empresas em reuniões e eventos. Com minha mãe e meu irmão, construímos um lar harmonioso. Há cerca de um ano também, juntei as escovas de dente com meu namorido e construímos um lar em harmonia. Ele é meu maior incentivador e meu bastidor, constantemente cuidando de tudo em casa quando preciso me ausentar por conta das atividades, dos seiri [recepção e proteção dos membros da organização] ou do trabalho. Durante o mês de maio, em meio aos preparativos para a convenção e ao empenho tanto pelo grupo cerejeira quanto pela base, mais uma vez, venci no aspecto profissional. Recebi um convite para ingressar em uma grande empresa, na qual sempre desejei trabalhar. Foi literalmente um convite, sem passar pelo processo seletivo e para um cargo gerencial com ótimo salário! Comecei nessa empresa no dia 3 de junho. Hoje, comprovo com a minha vida que ações invisíveis geram recompensas visíveis. Desde que saímos de casa lá em 2009, tenho pouquíssimo contato com meu pai. Ele não é praticante e segue como um adicto em recuperação. Constituiu outra família e atualmente mora no Rio Grande do Sul. Mas, para minha surpresa, recentemente, recebi a seguinte mensagem dele: Boa noite, Mariana! Acabei de assistir ao evento da BSGI no Ibirapuera e foi muito lindo. Não consegui assistir ao vivo porque tinha compromisso, mas acabei de assistir agora e quero dizer que estou muito orgulhoso de você e do Gustavo, das pessoas do bem que se tornaram. Vocês estão sempre nas minhas orações e no meu coração. Tenho muita saudade dos dois. Beijos! Eu os amo muito. O dia 26 de maio de 2024 se tornou um dos tesouros do meu coração! Gostaria também de deixar registrado novamente minha mais profunda gratidão a Ikeda sensei, pois, com sua determinação de fazer feliz cada pessoa, minha família e eu vencemos e continuaremos a vencer! Obrigada! Compartilhar esperança Cerimônia de conversão e concessão realizada no Distrito Guilhermina No início do ano, junto com os líderes de bloco acima, nós, do Distrito Guilhermina, renovamos nossos objetivos. Um deles foi a realização de shakubuku. Com essa decisão, o Cássio, nosso convidado, já estava envolvido em algumas atividades do bloco e das reuniões de palestra, enquanto a Ana, que era mais nova, participava apenas de uma palestra e do daimoku de cinco horas do Distrito Guilhermina. Fizemos três encontros na casa dos conselheiros da Comunidade Guilhermina para esclarecer as dúvidas deles. E, justamente no dia 2 de maio, eles decidiram se converter ao budismo. Foi um “Hai!” forte de decisão. Então, no dia 26, fizemos uma cerimônia de concessão pouco antes do início da Convenção da Juventude Soka no Ibirapuera. Foi um momento mágico! Aprender com o exemplo Lauren, ao centro, de vermelho, com suas amigas Meu nome é Lauren e tenho 10 anos. Nasci em uma família budista. Sempre vi meus pais praticando e os acompanhava nas reuniões, mas ainda não fazia gongyo e daimoku. Há quase um ano, com o incentivo dos meus pais e das líderes da Divisão Feminina de Jovens, comecei a participar das atividades da Asas da Paz Kotekitai e passei a entender melhor o budismo e a importância da prática da fé. Então, iniciei o desafio de aprender gongyo e recitar daimoku em casa junto com meus pais. Gosto muito de participar dos encontros do meu grupo e da comunidade. Com certeza, foi por meio da Kotekitai e da dedicação às meninas do grupo que comecei a me desenvolver na prática e nas atividades da organização. Também gosto muito das atividades da Divisão dos Estudantes. Tinha muita vergonha quando me convidavam para fazer alguma coisa nas reuniões e a cada dia estou perdendo um pouco da timidez. Aprendi com esse grupo a gostar ainda mais de música e a importância de praticar o budismo e ser discípula de Ikeda sensei, nosso mestre da vida. Desejaria ter participado desse festival, mas, como ainda não tenho idade para ir até lá, meu coração foi junto com eles [os jovens], porque me senti feliz só de me despedir deles no embarque. Determinei que, nas próximas oportunidades, estarei presente com certeza. Quero agradecer o carinho que recebo sempre de todos, pois me sinto acolhida e à vontade para dizer como é legal participar de um grupo horizontal na BSGI. Fotos: Colaboração local
06/06/2024
Encontro com o Mestre
BS
A transformadora oração de juramento
A recitação do Nam-myoho-renge-kyo é a fonte de energia e de esperança que permite às pessoas aproveitarem, da maneira mais positiva, a vida, a cada dia, para que conduzam uma existência plena de vitória, brilhando com a alegria de viver. Brasil Seikyo, ed. 1.915, 10 nov. 2007, p. A2. * * * O som do daimoku pode até fazer com que os outros se alegrem e respondam com alegria ao ouvirem-no. Portanto, vamos sempre nos empenhar para recitar o tipo de daimoku revigorante que evoque essa resposta nos outros. Idem, ed. 1.230, 19 jun. 1993, p. 3. * * * É infalível: transformamos nossa vida numa existência de felicidade indestrutível, transbordante de boa sorte e invulnerável a tudo. Tudo se torna prazeroso. Há satisfação mesmo sem se ter fama ou riqueza. Instante a instante os momentos são de pleno contentamento. Tudo parece belo e pleno de alegria. Pensamos no bem-estar das pessoas, não importa o que estejam passando. É esse estado de vida que adquirimos ao aprimorar a fé e praticar o budismo. Idem, ed. 1.222, 17 abr. 1993, p. 4. * * * A recitação do daimoku é a força que garante infalivelmente a “transformação de veneno em remédio” (hendoku iyaku). O sofrimento do “veneno” se transforma no remédio chamado “felicidade”. Por meio do princípio de “desejos mundanos são iluminação” (bonno soku bodai), os problemas se convertem em fonte de iluminação e de felicidade. Quanto maiores os problemas e sofrimentos, maior será a felicidade a ser alcançada. Essa é a força do daimoku e, por essa razão, aquele que recita a Lei Mística nada teme, pois não há o que temer. Idem, ed. 2.511, 11 abr. 2020, p. 4. * * * Embora imperceptível aos olhos, uma árvore está sempre crescendo, dia a dia. Apesar de igualmente imperceptível, nosso daimoku está nutrindo diariamente nosso crescimento como uma grande e frondosa árvore de boa sorte. Se perseverarem na prática da fé por dez ou vinte anos, dentro da SGI, com certeza um dia os benefícios que se tornaram uma grandiosa árvore serão claramente visíveis. Ibidem, p. 5. * * * Por meio da prática budista, purificamos nossas habilidades perceptíveis e mentais que são representadas pelos nossos olhos, orelhas, nariz, língua, pele e mente; ou seja, a nossa vida em sua integridade. O espelho brilhante de uma vida polida e fortalecida é capaz de refletir o universo, a sociedade e a vida humana. Em essência, o espelho brilhante é o próprio Gohonzon, a vida de Nichiren Daishonin. (...) Este é o profundo significado da fé na Lei Mística. Por meio da fé resoluta, elevamos e transformamos a nossa vida, física e espiritualmente, ao seu mais puro e forte estado. A purificação da nossa vida por meio da fé é a força motriz da nossa vitória como seres humanos. Por isso, é vital que continuemos perseverando na fé até o último instante de nossa existência. Brasil Seikyo, ed. 2.237, 2 ago. 2014, p. B1. * * * Assim como o eco segue um som e a sombra acompanha uma forma, se os praticantes do Sutra do Lótus recitarem Nam-myoho-renge-kyo, suas orações infalivelmente se converterão em resultados positivos. Nichiren Daishonin ensina que, por meio da oração, nossa vida é transformada. Essa transformação influencia também, de maneira positiva, o nosso ambiente. Ibidem. * * * A oração — Nam-myoho-renge-kyo — é o único caminho que nos possibilita enfrentar as desilusões presentes em nossa vida no nível mais fundamental. Dessa forma, afirmamos que a oração é a força motriz para manter uma prática correta e tenaz. Não há nada tão insignificante quanto uma ação sem oração. Para aqueles que são negligentes na oração, as coisas podem parecer caminhar tranquilamente por um tempo, fazendo-os se sentir otimistas. Mas, quando se deparam com a adversidade, tendem a cair no desespero e sua vida fica frágil como uma árvore seca. Sem autoconfiança, eles são levados, assim como as folhas, em meio à turbulência da sociedade. O caminho para escalar a montanha da vida não é uma linha reta, com erros e acertos. Às vezes, vencemos; outras vezes, perdemos. Cada passo que avançamos e cada curva que fazemos, crescemos um pouco mais. Nesse processo, a oração age como uma poderosa força que nos previne de nos tornar arrogantes ou de sermos devastados pela derrota. Ibidem. * * * A oração provoca a mudança em nosso coração, no profundo âmago da nossa vida. Essa transformação interior não se limita apenas a nós, mas inspira os outros a fazer o mesmo. Da mesma forma, quando uma comunidade [sociedade] muda, a transformação não será limitada a ela, pois uma simples onda é capaz de provocar o surgimento de inúmeras outras. Portanto, afirmo que o primeiro passo para tal transformação se resume em mudar o coração de um único indivíduo. Acredito que essa transformação se encontre no profundo significado da afirmação de Nichiren Daishonin: “Budismo é razão”.1 Ibidem. * * * Nossa voz, ao recitarmos daimoku, pode transformar os “três domínios da existência” — domínio dos cinco componentes, domínio dos seres vivos e domínio do meio ambiente —. Isso nos liga às funções protetoras do universo e aos budas e bodisatvas das dez direções e movimenta tudo em direção à vitória. Esse é o princípio de que os três mil mundos estão contidos num único momento da vida. Portanto, nada pode se comparar ao poderoso som do daimoku. Aqueles que produzem esse som nada têm com que se preocupar ou temer. Nada é mais forte que o daimoku. O notável desenvolvimento atual da SGI se tornou possível por termos avançado com essa profunda convicção. Recitando daimoku abundante e sonoro, vamos tocar a melodia do prelúdio da glória. Brasil Seikyo, ed. 2.398, 2 dez. 2017, p. B2. * * * Nam-myoho-renge-kyo é o nome da nossa natureza de buda. Chamamos o seu nome quando recitamos daimoku, e nossa natureza de buda emerge em resposta a esse ato, que também evoca a natureza de buda de todos os demais. A própria felicidade é responsabilidade de cada um e de mais ninguém; é algo que devemos construir sozinhos. Culpar os outros por sua infelicidade não leva a nada. Em última análise, é ser responsável pela própria vida. O som do daimoku faz a vida de quem o recita resplandecer com a máxima intensidade. Idem, ed. 2.404, 27 jan. 2018, p. B3. * * * Recitar daimoku naturalmente traz benefícios. Contudo, quando o desejo de “cura da doença” se sintoniza perfeitamente com um profundo senso de missão, as rodas da transformação fundamental da própria vida, da revolução interior e da mudança do destino começam a girar fortemente. No momento em que se estabelece o juramento seigan pelo kosen-rufu e há empenho na intensa e sincera recitação do daimoku, a extraordinária vida do bodisatva da terra se evidencia e a vida do buda Nichiren Daishonin pulsa em seu ser, abrindo o mundo do Buda no âmago de sua vida. Nessas circunstâncias é que existe a revolução do seu estado de vida e a dramática transformação do seu destino se torna possível. Idem, ed. 2.072, 19 fev. 2011, p. B2. * * * Ao recitarem o daimoku com o juramento seigan pelo kosen-rufu, estarão realizando a oração dos bodisatvas da terra. Então, nesse momento, a vida de vocês se abrirá para a suprema condição de bodisatva da terra. Por isso, nessa oração estará imbuída a força que move todos os deuses e divindades budistas,2 assim como o grande universo, e tanto vocês como suas famílias serão protegidos. Idem, ed. 2.047, 14 ago. 2010, p. A2. * * * O daimoku é uma oração em que mestre e discípulos, isto é, os bodisatvas da terra que lutam pelo kosen-rufu, estão unindo o coração. Dessa forma, não há como os desejos não serem concretizados. Ibidem. * * * A verdadeira vitória será conquistada com a oração e a ação destemida e sincera dos discípulos. Essa é a essência da transmissão do mestre ao discípulo descrita no Sutra do Lótus. Brasil Seikyo, ed. 2.042, 3 jul. 2010, p. A4. No topo: Que todos avancem ao ritmo da canção do triunfo! Que todos expandam sua condição de vida! — Ikeda sensei e sua esposa Kaneko, incentivam continuamente os amigos de nobre missão (Auditório Memorial Makiguchi de Tóquio, em Hachioji, dez. 2007) Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 99, 2017. 2. Deuses budistas: Indicam as forças protetoras inerentes ao ambiente, que são ativadas pela fé contida nas orações da pessoa ao Gohonzon. Foto: Seikyo Press
06/06/2024
Editorial
BS
O brilho do diamante
Um novo sol surge no horizonte. O brilho do diamante do nosso coração irradia alegria, por estarmos uma vez mais reunidos! Com sucessivas vitórias, realizaremos todos os nossos sonhos, e os seus também!1 O trecho do juramento acima é um dos destaques desta edição do Brasil Seikyo. O jornal traz as expectativas da nova fase da BSGI como resultado do movimento dos 100 mil jovens humanistas. Você confere também os bastidores, o intercâmbio dos jovens da América Latina, os relatos de comprovação e outros que culminaram com a grande explosão de alegria no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP. No ato de suceder ao espírito do mestre e de realizar infalivelmente seus ideais se encontra a tarefa maior do discípulo. E é a partir disso que se processa a eterna transmissão do budismo.2 Essas palavras de Ikeda sensei estão representadas pela Ação Solidária Soka que finalizou com êxito sua primeira fase e, a partir de junho, inicia a segunda etapa. A ação evidenciou o incrível potencial da BSGI e despertou grande admiração em todos os participantes. Veja mais na página 11. A Convenção da Juventude Soka Esperança do Mundo desencadeou uma grande onda envolvendo todas as divisões da BSGI. No mês de junho, acompanharemos os encontros comemorativos da Divisão Feminina, que tem como diretriz a “oração em primeiro lugar”: “As pessoas que oram com seriedade e sinceridade, com uma fé pura e sincera no Gohonzon, triunfam em tudo. Todas as suas orações se concretizam”.3 Esperamos que as próximas páginas lapidem o diamante do seu coração e o conduza a mais e mais ações valorosas pela sociedade. Ótima leitura! Notas: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.660, 8 jun. 2024, p. 9. 2. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 5, p. 165, 2019. 3. Brasil Seikyo, ed. 2.660, 8 jun. 2024, p. 7.
06/06/2024
Notícias
BS
Mães, sóis da felicidade
Mães são fortes. As mães são grandiosas. O kosen-rufu existe porque as mães existem. Oh, mães, brilhem como o sol da felicidade!1 O trecho acima encontra-se no romance Nova Revolução Humana, escrito pelo Dr. Daisaku Ikeda. Nele, Ikeda sensei expressa profunda gratidão e reconhecimento às mães da Soka Gakkai. Em consonância com esse sentimento do Mestre, foi realizada uma cerimônia em memória das mães que dedicaram esforços em prol do kosen-rufu, no Palácio Memorial da Paz Eterna, no Centro Cultural Campestre, em Itapevi, SP, no dia 12 de maio. A sessão solene também prestigiou as mães que seguem percorrendo a jornada de sua revolução humana, transmitindo sabedoria, bondade e amor a todos com quem se encontram. Os participantes, tanto aqueles presentes no Centro Cultural Campestre quanto os que acompanharam a transmissão pela internet, apreciaram a apresentação do grupo de cordas da Camerata Ikeda, da Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI), que executaram duas canções. Além disso, ouviram incentivos de Selma Inoguti, coordenadora da Divisão Feminina (DF) da BSGI, e de Miguel Shiratori, presidente da organização. Em suas palavras, Selma Inoguti demonstrou solidariedade aos membros do Rio Grande do Sul por esse momento que estão vivendo. Em seguida, ela relembrou o episódio narrado no capítulo “Ode às Mães”, no qual Ikeda sensei descreve o momento do falecimento de sua mãe: Tenho certeza de que Daishonin a receberá de forma calorosa e a elogiará sinceramente. Continuarei a saldar minha dívida de gratidão com você, e com todas as nobres mães do mundo, dedicando toda a minha vida ao kosen-rufu. Muito obrigado, Mãe!2 Ao finalizar, Selma ressaltou: “Mãe é mãe e é um laço para as três existências. O maior desejo de uma mãe é que seus filhos sejam felizes. Independentemente se for mãe solo ou mãe de pet, manifestemos nossa profunda gratidão e coloquemos como um eterno juramento em nossa vida de ‘Conte comigo. Vou viver essa existência da melhor forma em sua homenagem’”. Miguel Shiratori, presidente da BSGI, iniciou seus incentivos dizendo que, na cerimônia, estenderam as orações aos companheiros, vítimas da fatalidade ocorrida no Rio Grande do Sul, para a mais breve superação desse momento dramático que estão vivenciando. Em suas palavras, ele destacou a importância da prática do budismo: “Como membros da SGI, um grande movimento de pessoas dedicadas à paz, estamos nos esforçando continuamente para transformar o destino de toda a humanidade, no nível mais profundo, de uma vida de tristeza e tragédia para uma vida de ilimitada alegria”. Shiratori compartilhou também um incentivo de Ikeda sensei, no qual ele frisa: Os laços de vida a vida cultivados na presente existência não são cortados ou extintos com a morte. Embora sejam invisíveis como as ondas de rádio, esses laços duram eternamente. Com esta profunda convicção, embora a tristeza da perda persista, não haverá sensação de solidão.3 No topo: presidente da BSGI, Miguel Shiratori, incentiva participantes da cerimöniaNotas: 1. IKEDA, Daisaku. Contínua Felicidade. Nova Revolução Humana. v. 29. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 2. Idem. Ode às Mães. Nova Revolução Humana. v. 24. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022. 3. Cf. Brasil Seikyo, ed. 2.425, 30 jun. 2018, p. E1-E3. Assista Ao vídeo com poema de Ikeda sensei, exibido na cerimônia, em homenagem às mães. Confira poema no Brasil Seikyo, ed. 2.635, 27 maio 2023, p. 4.Foto: BS
29/05/2024
Matéria da Divisão Feminina
BS
Encontros comemorativos rumo aos 73 anos da Divisão Feminina com uma pitada de SAL — sabedoria, alegria e leveza
Querida amiga, “Vitória-Régia”! Tudo bem? Estamos no outono, considerado a estação mais encantadora e que carrega diversos significados simbólicos e culturais. É a época de praticar o desapego, deixar ir embora o que já não serve mais e abrir espaço para o novo. É tempo de renovação, de mudanças, de se reinventar. Nós estamos nos preparando para o inverno, organizando a casa, fazendo planos. Também é tempo de gratidão, de refletir sobre os nossos esforços e agradecer. Traçando um paralelo entre a estação do outono e a nossa missão como “Vitória-Régia”, que significa rainha da vitória, denominação dada pelo presidente Ikeda a todas as líderes de bloco, chegou o momento de planejar e determinar a vitória do Encontro Comemorativo dos 73 Anos de Fundação da Divisão Feminina que realizaremos em todo o Brasil no mês de junho. Nosso querido mestre nos incentivou: O segredo para vencer em qualquer batalha é a ardente oração. O passo seguinte é entrar em ação com coragem. Mantenham a coragem, a esperança e a perseverança, inspirem todos os outros a entrar em ação e incentivem-se mutuamente para conquistar a vitória. Essa é a fórmula para vencer em qualquer campanha.1 Assim, é crucial iniciar os preparativos com o sentimento de “não deixar ninguém para trás”, visando garantir o sucesso em cada detalhe. Para apoiar nesses preparativos, elaboramos um passo a passo com pontos importantes:✅ Programe dia, horário e local, analisando as particularidades da sua organização.✅ Faça um levantamento de todas as amigas do bloco, não se esquecendo das convidadas e simpatizantes que já estão participando.✅ Faça um cronograma de visitas, com base no slogan “Amiga posso te visitar?” para 100% das companheiras do bloco (ativas e inativas) e para as convidadas. O ideal é já entregar o convite do encontro nas visitas.✅ Elabore, junto com as demais líderes e membros, uma superprogramação, deixando um tempo reservado para o diálogo de coração a coração.✅ Comece desde agora a divulgação nas reuniões do bloco e comunidade. É importante que todas as divisões saibam do andamento da atividade.✅ Estabeleça objetivos pessoais e para o desenvolvimento do bloco até o encontro.✅ Não se esqueça de registrar todos os momentos dos preparativos e no dia do encontro. Dica especial: Faça tudo isso com uma pitada de SAL — sabedoria, alegria e leveza, aproveitando cada oportunidade e sempre recitando “muito mais daimoku” como base para todos os preparativos. Importante: Cada coordenadoria tem um direcionamento sobre o período e a forma de realização da atividade. Portanto, solicitamos que consulte a sua responsável pela RM/RE/localidade. Com oração, determinação, planejamento e ação, vamos fazer desse encontro comemorativo um verdadeiro sucesso, um marco em nossa vida e em nossa história. Desejamos boa sorte e que tenha inesquecíveis encontros! Carinhoso abraço! Divisão Feminina da BSGI Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.828, 21 jan. 2006, p. A6. Querida líder! Estamos preparando um vídeo histórico para os encontros. Além disso, a matéria a ser utilizada será publicada no mês de maio aqui no Brasil Seikyo. *** Divisão Feminina e Juventude Soka — elo de amizade e de confiança Neste mês tão especial, nossa amada Divisão dos Estudantes (DE), composta pelos nossos preciosos Sucessores Ikeda, completa 33 anos de fundação. Parabéns! No dia 1º de fevereiro de 1976, foi fundado o Grupo 2001 com a missão de criar verdadeiros “valores humanos” que assumissem o futuro do Brasil e do mundo no século 21. Em 20 de abril de 1991, fundou-se o Grupo Herdeiro, objetivando o crescimento e o desenvolvimento de cada integrante, tanto na organização como na sociedade, com o lema eterno: “Em primeiro lugar, vamos nos dedicar aos estudos, cuidar da saúde e zelar pelos pais”. E em 1999, houve a oficialização da quinta divisão, a Divisão dos Estudantes da BSGI. O presidente Ikeda nos incentivou: “Uma pessoa que tem um verdadeiro amigo não se perderá no caminho, não importando o que aconteça”. Ter a oportunidade de atuar ao lado dos nossos preciosos jovens atualmente é um privilégio. Ser amiga de um jovem discípulo Ikeda, em quem ele possa confiar, é a maior das alegrias. Para isso, precisamos estar ainda mais conectadas ao coração do Mestre e, no dia a dia, comprovar essa relação eterna de mestre e discípulo. O primeiro passo para desenvolver sucessores é mostrar nosso compromisso com o juramento seigan pelo kosen-rufu por meio de nossas ações e compartilhar com os jovens. Na mensagem enviada pelo presidente Ikeda para a Convenção Mundial da Divisão dos Jovens comemorativa dos sessenta anos do 16 de Março [Dia do Kosen-rufu], ele nos orientou: Meu desejo é que cada jovem desperte para a suprema condição do estado de buda oculta em seu próprio coração, e com ação dinâmica de “maior das alegrias”, criem um valor manifestando coragem, sabedoria e compaixão invencíveis diante de quaisquer circunstâncias. E assim, vamos mudar a sociedade e o mundo passo a passo, elevando a condição de vida de toda a humanidade. Vamos transformar até o destino do próprio país. Este é o grandioso movimento da revolução humana que é ao mesmo tempo o kosen-rufu. Por mais que a época se torne caótica, aprofundando as fissuras por conflitos e divisões, se houver a grande solidariedade dos jovens Soka em prol da paz, cultura e educação, hasteando a grande filosofia do respeito à dignidade da vida e reverberando o daimoku da prática individual e altruística, com certeza é possível iluminar os povos do mundo e irradiar com alegria e sabedoria o dia de amanhã do planeta.1 Levantar-se diante das adversidades, manifestar forte fé e comprovar os benefícios da prática por meio do desafio de “muito mais daimoku” nos conectam ainda mais aos jovens, estabelecendo uma relação de amizade e de confiança. No próximo dia 26 de maio, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP, teremos a grandiosa Convenção Comemorativa da Juventude Soka — Encontro dos 100 Mil Jovens Humanistas, com a participação dos jovens representantes e por transmissão para todas as localidades do Brasil. Esse evento será o ponto primordial da eterna relação de mestre e discípulo com Ikeda sensei e renovada decisão do nosso juramento seigan. Dessa forma, aproveitamos a oportunidade para compartilhar um super-relato de luta conjunta das cinco divisões visando aos cem jovens por distrito e à convenção. Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.411, 17 mar. 2018, p. C2. *** União, oração e ação Por Maria Cecilia de Toledo, responsável pela DF da RM Barueri, Sub. Castelo Regis, CGSP, CGESP Quando recebemos a informação de que iríamos criar uma rede de jovens humanistas em cada distrito, confesso que fiquei meio hesitante e logo pensei: “Seiscentos jovens, vamos lá entender como isso vai funcionar!”. Essa foi a minha primeira reação: entender o processo para poder explicar às demais líderes da Divisão Feminina (DF). Então, nós nos reunimos com os líderes da Divisão dos Jovens (DJ) de RM e de regional e fizemos perguntas, as quais foram prontamente respondidas por eles. A partir daí, começamos a divulgar esse movimento em todos os encontros que realizamos. Assim, na primeira oportunidade, estávamos falando dos “cem jovens por distrito”. Em um belo dia, recebo uma mensagem da responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ), Crislaine Sanches, dizendo o seguinte: “Dona Cecilia, a senhora poderia publicar no grupo da DF que o Distrito Barueri já fechou os cem jovens? Assim o pessoal fica animado. Muito obrigada pelo apoio”. Foi um choque. Fiquei muito feliz e imediatamente publiquei o recadinho da DJ no grupo Vitória-Régia (composto pelas líderes da DF de bloco e acima) e foi uma festa só. Isso fez com que todos da RM entrassem na mesma órbita da DJ e, quando percebemos, havíamos concretizado os cem jovens nos seis distritos. Agora, o desafio é garantir que os jovens indicados para a Convenção Comemorativa da Juventude Soka cheguem em segurança ao Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Além disso, que os demais jovens participem aqui na localidade junto com todas as divisões. Atuar ao lado desses jovens me faz refletir, diariamente, sobre como posso fazer parte dessa história tão significativa. Meu desejo mais profundo é que meus esforços e meu trabalho árduo formem o alicerce sobre o qual meus amados jovens da RM Barueri possam construir uma condição interior de liberdade absoluta e uma vida digna que Ikeda sensei elogiaria. Muito obrigada! Futuro da RM Barueri representado pela Divisão dos Estudantes em atividade comemorativa (Centro Cultural Campestre, Itapevi, SP, abr. 2024) *** “Adote um jovem” Com o desejo de apoiar incondicionalmente a Juventude Soka da BSGI e objetivando o total sucesso da convenção comemorativa, sem acidentes ou incidentes, sugerimos as seguintes ações: ✅ Com espírito de “prezar uma única pessoa”, vamos “adotar um jovem”, que irá pessoalmente à convenção comemorativa. Além disso, vamos acompanhar esse jovem, a fim de garantir que ele participe da atividade com alegria e renovada decisão. Há casos de participação de integrantes da Divisão dos Estudantes. Portanto, é de suma importância que a família esteja ciente dessa grandiosa luta e contribua com os preparativos também. ✅ Para as localidades, nas quais os jovens sairão logo cedo para a atividade ou viajarão à noite, sugerimos preparar, com todo o carinho, um kit lanche ou kit café da manhã. ✅ Vamos apoiar os jovens recitando “muito mais daimoku” junto com eles durante a corrente de daimoku diária, das 5h às 9h e das 21h à 0h. “Amiga posso te visitar?” Momentos da campanha “Amiga, posso te visitar?” No topo: Encontro com líderes da Divisão Feminina da RM Mogi Leste, CGSP, nos preparativos para os encontros de junho da Divisão Feminina.Fotos: Colaboração local | Arquivo pessoal
25/04/2024
Discurso do presidente da Soka Gakkai, Minoru Harada
BS
“Vamos, cada um de nós, nos lançar corajosamente ao diálogo da expansão da semeadura”
Sinceras congratulações pela realização da 2ª Reunião de Líderes da Soka Gakkai e da Convenção de Kansai, que celebram o glorioso 3 de maio, Dia da Soka Gakkai e Dia das Mães da Soka Gakkai. Meus sinceros parabéns! No dia de hoje [13 de abril de 2024], estão presentes 128 membros da SGI de dezessete países e territórios. Sejam muito bem-vindos de tão longe. Manifesto minhas mais sinceras boas-vindas a todos. Primeiro, no que se refere à Campanha do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial,1 foram realizados a reunião de palestra da juventude mundial e o Festival de Ações para o Futuro, que antecedem à reunião da Cúpula do Futuro das Nações Unidas, visando à promoção ainda maior dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essas atividades, que anunciam altivamente a chegada de uma nova era, alcançaram, de forma majestosa, extraordinário sucesso. Meus mais sinceros parabéns! O mais importante agora é “daqui para a frente”. Mesmo que se fale em ODS, estes não são algo distante de nós. O epítome de uma sociedade sustentável, diversa e inclusiva, onde ninguém fica para trás, nada mais são que as “reuniões de palestra” e as “visitas de incentivo” que pomos em prática, dia após dia, mês após mês. Com os vínculos criados por meio da Campanha do Descortinar, das reuniões de palestra mensais e das visitas diárias de incentivo, vamos expandir consistentemente a empatia e a compreensão em relação à Soka Gakkai, tornando-as ainda mais densas e fortes. O sociólogo Hiroshi Kainuma, professor associado de pós-graduação da Universidade de Tóquio, que conheceu e entrevistou diversos membros da Soka Gakkai, é uma das pessoas que focaliza sua atenção nas reuniões de palestra e nas visitas de incentivo da organização. Em um artigo publicado no Seikyo Shimbun, ele destacou o seguinte acerca das reuniões de palestra: “O fato de ter como atividade normal as reuniões de palestra, cujo valor se encontra no próprio ato de se reunir, é um sistema que se torna a raiz da força da Gakkai”. Ele também valoriza muito as visitas de incentivo, escrevendo: “Se fosse uma organização intolerante, que não respeitasse aqueles que não conseguem participar das atividades, por desejar a máxima participação de seus membros, creio que a Gakkai não tivesse se desenvolvido até esse ponto”. Com base nisso, Kainuma conclui: Embora empresas comerciais e organizações religiosas da sociedade japonesa pós-guerra pretendessem manter e expandir suas atividades, muitas delas enfraqueceram e foram eliminadas ao longo do tempo. No entanto, sempre que enfrentava os desafios da sociedade, tais como os desastres naturais e a pandemia da Covid-19, a Gakkai evoluiu personalizando suas atividades, adaptando-as às novas circunstâncias. Acredito que essa consistência histórica seja a força da Soka Gakkai. Hoje, considerando a criação e a ampliação da geração jovem, como personalizar as reuniões de palestra e as visitas de incentivo, atividades tradicionais da Soka Gakkai? Ou seja, como mudar para corresponder às necessidades atuais? Aqui se encontra a luta para corresponder aos desafios da época. Nos últimos anos, tem sido enfatizada, em diversas áreas, a importância de “construir uma narrativa”. Literalmente, a palavra “narrativa” significa “narração de uma história”. Porém, o significado de “narrativa” é diferente da “história” em si. Embora haja variações na interpretação, dependendo da área, a “história” indica “enredo de uma história”. Assim, sendo um “enredo”, mesmo que haja uma repentina troca de narrador, a história não muda. Em contrapartida, “narrativa” é uma história sobre como o próprio narrador vivenciou cada uma das experiências e atribuiu significado a elas. Portanto, mesmo que a experiência em si seja uma só, haverá tantas histórias quanto o número de narradores. Uma das características da atual geração de jovens é a busca pela autenticidade ao avaliar pessoas ou empresas. Em outras palavras, diz-se que esses jovens têm a tendência de dar ênfase à análise de um fato, se ele está sendo contado de forma autêntica ou se não há duas versões da mesma história. Por essa razão, em vez de uma “história” perfeita com pontuação máxima, nota dez, uma “narrativa” que expõe fraquezas e fracassos da forma como são, tecendo uma história real, única para aquela pessoa, consegue captar o coração dos jovens que dão importância à autenticidade. Quando se considera esses aspectos, acredito que essa questão de utilizar a “história” ou a “narrativa” se aplique também aos relatos de experiência ou de atividades que compartilhamos nas reuniões de palestra, nas visitas de incentivo e em outros eventos. O pensamento convencional tende a enfatizar o resultado, mas o verdadeiro sentido da empatia nasce quando se fala do processo e do que se passa em seu coração durante esse percurso. Além disso, mesmo que os resultados tangíveis ainda não tenham sido alcançados ou que o objetivo pareça distante, o valor se encontra no desafio em si. Yoko Yamada, professora emérita da Universidade de Quioto, especializada em psicologia do desenvolvimento ao longo da vida e em psicologia narrativa, afirmou certa vez em um fórum realizado pela Soka Gakkai de Quioto: Acredito que os senhores estejam envolvidos com a “abordagem narrativa” — ações para transformar a “história de vida” de cada pessoa em uma história positiva e dar a ela um novo significado por meio do diálogo. Gostaria de expressar meu respeito por essas ações. O diálogo é a linha vital para as reuniões de palestra e as visitas de incentivo, em que pulsa o espírito básico da Gakkai de prezar uma única pessoa. Atualmente, estão sendo promovidas reuniões de palestra com diálogos abertos entre membros e não membros. Por exemplo, em algumas localidades ocorre o diálogo em pequenos grupos, nos quais os participantes discutem livremente sobre algum tema específico. Enfim, estão sendo feitas várias tentativas, considerando as características de cada organização local. Daqui para a frente, gostaria de continuar melhorando cada vez mais, aprendendo e incorporando ativamente a sabedoria da geração jovem. Conto com todos os senhores! No dia 3 de maio de 1980, ano seguinte à sua renúncia como presidente, Ikeda sensei declarou, nas terras de Kansai: “É o céu de contínuas vitórias. É o céu de Kansai. Que seja eterno o dia 3 de maio!”. E na edição de maio [de 1980] da revista Daibyakurenge, ele escreveu no ensaio intitulado Que Seja Eterno o Dia 3 de Maio!: Desejo que, fazendo do dia 3 de maio um marco do kosen-rufu, meus companheiros façam o juramento de avançar devotadamente na fé, na prática e no estudo. Com gratidão pelo desenvolvimento, pelas contribuições e pelos árduos esforços dos companheiros, não posso deixar de orar para que o “dia 3 de maio seja eterno”! Quando nós, discípulos Ikeda, fazemos juntos o juramento de promover ainda mais o kosen-rufu e a revolução humana, com a união de “diferentes em corpo, unos em mente”, eternizamos o dia 3 de maio. Esse é o desejo e a oração do Mestre. Nos escritos de Nichiren Daishonin consta: “Os discípulos do Buda, em qualquer circunstância, devem reconhecer as quatro dívidas de gratidão e saber como saldá-las”.2 Para saldar as dívidas de gratidão com Ikeda sensei, vamos, cada um de nós, nos lançar corajosamente ao diálogo de expansão da semeadura. Coral masculino de Kansai do Ongakutai e Coral Akebono da Divisão das Mulheres da Osaka Geral entoam as canções Haha [Mãe] e Chikai no Kimyo [Oh, Jovem de Juramento]. O canto jovial e refrescante envolve a todos (Auditório Memorial Toda de Kansai) Banda de percussão e sopro de Kansai do Ongakutai e banda da Kotekitai de Kansai interpretam com entusiasmo as canções Josho no Sora [Céu de Contínuas Vitórias] e Forever Sensei [Para Sempre Sensei]. O ressoar vigoroso das apresentações inspira o coração dos participantes (Auditório Memorial Toda de Kansai) Na Convenção World, atividade realizada em Kansai, os participantes tremulam as bandeirinhas e recepcionam entusiasticamente os amigos do Brasil que entram no salão (Sede Memorial Ikeda de Kansai, da cidade de Osaka)No topo: Reunião de Líderes da Soka Gakkai e Convenção de Kansai comemorativas do glorioso “3 de Maio” com a participação dos companheiros do mundo. Na atividade, uma integrante da Divisão Feminina de Gana declarou: “Eu senti a força do movimento pelo kosen-rufu sendo impulsionado simultaneamente no mundo. Renovei minha decisão pelo kosen-rufu da minha localidade”. Um membro da Divisão Masculina de Jovens da Coreia do Sul bradou: “Aprendendo com o espírito de Kansai de Maketara akan (Jamais ser derrotado), assumirei a vanguarda na luta pela expansão!” (Auditório Memorial Toda de Kansai, em Osaka) Notas: 1. Campanha do Descortinar: Movimento realizado pela Soka Gakkai no Japão. 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 237, 2020.Fotos: Sekyo Press
25/04/2024
Especial
BS
Juventude de valor
Brasil Seikyo prossegue com a série “Juventude de Valor”, destacando trechos de direcionamentos de Ikeda sensei para os jovens de todas as idades. Nesta edição, o conteúdo é voltado para o papel dos veteranos. No decorrer de nossa prática budista, em algum momento, fomos incentivados pela rigorosidade ou por aquele olhar carinhoso expresso por esses veteranos, atitudes que nos trazem de volta a coragem e a determinação. Aprendemos ainda sobre a grandiosidade do Mestre, a correta postura de vida, e encontramos um ombro amigo para nos ouvir sem prejulgamentos. Com o passar dos anos, conquistamos a chance de também nos tornar veterano de alguém, apoiando-o na caminhada da sua revolução humana. Essa rede sustentável é a força da criação de valor Soka. Inspire-se nas orientações do Mestre! A juventude não “desbota” “A vida dos jovens brilha mais radiantemente do que qualquer glória ou tesouro neste mundo. A juventude é a glória. A juventude é a esperança, a paixão e a liberdade. Espero que vocês vivam com um espírito vigoroso. Por favor, tornem-se mais jovens à medida que os anos passam — dia após dia, mês após mês, ardendo a chama da juventude em seu coração! Uma chama ardente purifica. Dessa forma, onde quer que exista a chama da juventude, não existirá qualquer impureza ou estagnação.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 1.278, 25 jun. 1994, p. 10. Ombro amigo “Mesmo que seja apenas um — é importante ter por perto pelo menos um bom amigo, com quem podem falar a respeito de qualquer assunto, ou mesmo um bom veterano, com quem podem se aconselhar em alguma situação adversa. Com um bom amigo ou um bom veterano, sem falta vocês poderão avançar em direção à felicidade e em direção à paz. Trilhem unicamente pelo caminho de vitórias e mais vitórias com alegria e entusiasmo ao lado dos bons amigos com quem compartilham de mútua confiança!” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.252, 22 nov. 2014, p. A2. Raízes da confiança “A presença de veteranos é, para cada membro, a ‘corda salva-vidas da prática da fé’; e para a Soka Gakkai, a ‘preciosa raiz que sustenta o kosen-rufu’. Para que todos os membros possam praticar alegremente e se tornarem felizes, é importante uma rede de pessoas que estendam as mãos e incentivem a todos, sem exceção. Os veteranos são o pivô dessa rede.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.320, 23 abr. 2016, p. B4. Educação para a vida “Construam uma história de esforços e uma juventude de vitórias. Para tanto, é importante que vocês aprendam o verdadeiro espírito de primeira categoria por intermédio de pessoas de primeira categoria. Assim como o ponto de partida da Gakkai foi a Soka Kyoiku Gakkai [Sociedade Educacional de Criação de Valor], a base, a fonte original, encontra-se na educação. Aqueles que possuem um bom mestre, um bom veterano, um bom amigo, conseguem aprender inúmeras coisas por intermédio deles e progridem em direção à vitória, à glória e à felicidade.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 1.243, 25 set. 1993, p. 5. Compromisso com a vitória “— O ponto fundamental para aumentar a boa sorte é promover pessoalmente o kosen-rufu. É em meio aos esforços e pensando ‘Vou me transformar de protegido em alguém que protege os companheiros’ e ‘Deixarei de ter um comportamento passivo e assumirei uma postura ativa’ que estabelecemos uma prática da fé que traz boa sorte, pois é dessa forma que se liga diretamente a Daishonin.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.138, 7 jul. 2012, p. B2. Palco da missão é para todos “(...) na Soka Gakkai existe amplo palco de atuação também para veteranos e idosos. No mundo da fé, onde as pessoas buscam um profundo aprendizado do caminho da vida, os conselhos dos veteranos, enriquecidos pela larga experiência adquirida enfrentando diversas provações, servem como exemplo e guia para todos. Muitos membros veteranos de idade avançada fazem da sua missão a tarefa de incentivar os demais companheiros como bons conselheiros, ajudando no desenvolvimento dos mais novos na prática budista. Nessa dedicação, irradia-se o brilho de sua vida.” Fonte: IKEDA, Daisaku. Abrindo Caminho. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 5, p. 53. 2019. Energia inalterável “Johann Peter Eckermann, jovem discípulo de Goethe, escreveu que o seu mestre, mesmo nos últimos anos da sua vida, sempre pensava em avançar e estudar. Aos olhos do discípulo, o mestre foi uma pessoa de juventude eternamente inalterável. Nós também, que vivemos a ‘Lei Mística imortal’, avançamos com a condição de vida de ‘Juventude por toda a existência’ e de ‘Juventude por toda a eternidade’. E recitar o gongyo e daimoku é o potente motor para sustentar essa energia vital. Pela manhã, e à tarde, vamos vencer cada dia irradiando o sol da vida de kuon ganjo [o tempo sem fim] em nosso coração.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.294, 10 out. 2015, p. B2-B3. Juventude por toda a vida Por mais que os anos passem, não esqueçam a juventude em seu coração! O espírito jamais deverá envelhecer. Lembrem-se sempre de que aí está o segredo de manter a perene juventude sem nenhum remorso. O julgamento pela lei da causalidade será sempre justo e implacável. Vamos nos levantar. Devemos realmente nos levantar. Devemos avançar e lutar! E vencer! Fonte: Trecho de poema dedicado à Divisão Sênior pelo Mestre, em comemoração do dia 24 de agosto (2001). Cf. Brasil Seikyo, ed. 1.618, 1º set. 2001, p. A3. Jardim de flores humanas “— O veterano é como o jardineiro, e os mais novos, o jardim. Se os mais novos, que passaram a compor o núcleo da organização, não forem capazes de manifestar seu potencial pleno, os culpados são os líderes veteranos deles. Deve-se ao fato de os veteranos não terem treinado os mais novos e não os terem apoiado com genuína sinceridade. Espero que vocês se levantem com a determinação de proteger aqueles que eram membros de vocês e agora são líderes. Quando forem nomeados novos líderes, sejam eles responsáveis pela província ou pelo bloco, tomem a iniciativa de mobilizar a todos a colaborar com eles, dizendo-lhes ‘O novo líder da província é jovem, mas maravilhoso!’ ou ‘Aquele novo líder de bloco é muito bem qualificado. Vamos prestar-lhe apoio total!’. E tente expressar ao novo líder: ‘Seja o que for, se estiver necessitando de algo, é só falar comigo. Farei tudo o que puder para ajudá-lo’. Se todos os membros pioneiros agirem dessa forma para apoiar os jovens, será muito mais fácil para eles realizar as atividades. Esse é o verdadeiro papel do líder veterano. É assim que deve ser no mundo da família Soka.” Fonte: IKEDA, Daisaku. Luta Conjunta. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 25, p.131-132, 2019. União e companheirismo “Na Soka Gakkai, é nossa tradição os veteranos treinarem os mais novatos para que se tornem mais capazes que eles. É deplorável ver veteranos que sentem inveja do crescimento dos mais novos ou que se aproveitam para assumir os créditos pelo trabalho árduo dos novatos. Quando os veteranos oram com sinceridade pelo desenvolvimento dos novatos e fazem o que podem por eles, sua generosidade e coração grandioso inspirarão e incentivarão os mais novos, que por sua vez desejarão atender às expectativas dos veteranos e empenhar-se ainda mais arduamente para crescer e se aprimorar. Isso fará surgir a confiança e a união entre ambas as partes.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 1.766, 9 out. 2004, p. A3. Castelo indestrutível “É por isso que os veteranos precisam criar sucessores com toda a sinceridade. Devem ter a disposição de até se sacrificar com alegria, se for pelo desenvolvimento dos seus sucessores. Os veteranos devem se empenhar com toda a força para criar a próxima geração de sucessores. O castelo de seres humanos valiosos construído dessa forma nunca será destruído.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.449, 31 dez. 2018. Benevolência que inspira “Os nossos valores humanos representam força e esperança. Espero que os veteranos conduzam o desenvolvimento das pessoas mais jovens de forma gentil, sincera e tolerante. De certo aspecto, podemos dizer que ‘os veteranos são como mestres, e os mais novos, os discípulos’. O veterano deve dotar-se de bom caráter e competência. Os mais novos os seguirão respeitando essas qualidades.” Fonte: Brasil Seikyo, ed. 1.798, 4 jun. 2005, p. A2. Esperança — a idade não importa “Em certa ocasião, Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, disse, encorajando seus companheiros a viver com grande esperança da mesma forma que ele: ‘Não importa se são jovens ou velhos, gostaria que nutrissem uma grande esperança e que vivessem comprometidos com essa esperança. É importante lembrar que essa força vital, que nos possibilita viver com esperança, é encontrada no Gohonzon, que é a entidade da unicidade de pessoa e Lei e a própria vida de Nichiren Daishonin, Buda dos Últimos Dias da Lei’.” Fonte: Terceira Civilização, ed. 418, 1º jun. 2003, p. 7. Encontros de gerações unidas pelo ideal do kosen-rufu e pela unicidade de mestre e discípulo: Conferência de Líderes das Mulheres Soka com as Divisões Feminina e Feminina de Jovens (Auditório da Paz do Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, São Paulo, SP, 4 jun. 2023) Encontros de gerações unidas pelo ideal do kosen-rufu e pela unicidade de mestre e discípulo: Conferência de Líderes dos Leões e Pilares de Ouro Soka com representantes das Divisões Sênior e Masculina de Jovens (Centro Cultural Campestre, Itapevi, SP, 4 jun. 2023) FOTOS: BS / Getty Images
11/04/2024
Caderno Nova Revolução Humana
BS
Vamos ter uma suprema existência
PARTE 17 Fitando os jovens, Shin’ichi Yamamoto disse: — Se esse é o desejo de vocês, eu os apoiarei. Posso então fazer umas alterações? Em uníssono, todos responderam “Sim!”. — Então, vamos juntos criar uma canção sublime que possa ser cantada para sempre! De imediato, Shin’ichi passou para o estudo e a lapidação da letra da canção: — Inicialmente, sobre a introdução “Ah, a hora do amanhecer chegará”, a palavra “amanhecer” já vem sendo muito utilizada tanto nas canções da Soka Gakkai como nos hinos de alojamentos estudantis. Numa canção, o início é muito importante. O primeiro verso é o que decidirá a vitória ou a derrota. É necessária uma imagem de cor nítida e resplandecente tal como um feixe de luz do sol ou da lua se estendendo amplamente. Acho que a imagem desta canção pode ser a da coloração carmesim. Que tal colocarmos no começo da letra “Ah, a manhã carmesim despontou”? O título da canção será Kurenai no Uta [Canção do Carmesim]. Queria fazer com que a melodia também fosse algo alegre, forte e que, conforme ela avançasse, evidenciasse um frescor ainda nunca antes visto nas canções. Por exemplo, que tal se fosse assim? Shin’ichi cantarolou uns acordes. Tomohiro Suginuma, encarregado da elaboração da música, registrou imediatamente a partitura. Com isso, a ideia da música também ficou definida. — Quero que crie uma música nova que siga na vanguarda do tempo, considerando as já existentes até agora. Desejo que se torne uma canção que as pessoas se sintam inspiradas e felizes só de ouvi-la. Dizendo de forma clara e direta, não quero que seja uma música que fique se alternando agitadamente e transmita inquietude, mas que seja magnânima e imponente. E vamos fazer com que se torne uma canção que todos sintam vontade de cantá-la, em vez de serem obrigadas a entoá-la. A reunião de diálogo se tornou na atividade de composição da canção. — Vamos também pensar mais e trabalhar as palavras “tempestades de obstáculos e de maldades”. Que tal se colocarmos “Ó, prepotentes obstáculos e maldades”? O importante numa letra é que não fique dependendo de expressões comuns que vieram sendo utilizadas, e somar contínuos esforços em busca de ideias criativas e inovação. O kosen-rufu que objetivamos e o princípio de “estabelecer o ensinamento para a pacificação da terra” possuem aspectos não compreensíveis nas concepções existentes até agora. Isso porque é algo totalmente novo, sem precedentes. Assim sendo, para representá-los, é imprescindível uma nova forma de expressão. PARTE 18 Shin’ichi Yamamoto seguiu revisando a letra dialogando com os jovens. Por meio da elaboração da canção, ele tentava ensinar aos jovens o coração da Soka Gakkai e desenvolver neles a consciência como sucessores Soka. — Vamos mudar o verso da terceira estrofe “Do kosen-rufu, que seria edificado pelos pais e pelas mães” para “Edificado pelas mães agora já idosas”. Dessa forma, creio que surge uma imagem mais concreta. Quero incluir na palavra “mães” tanto os pais como as pessoas que edificaram a Soka Gakkai em seus primórdios. Este é um ponto de suma importância. Agora, a organização possui um magnífico centro de treinamento, e também maravilhosas sedes regionais em todas as localidades. A Soka Gakkai se tornou de fato a maior organização religiosa do Japão. Mas, até chegarmos aqui, houve muitas árduas e angustiantes batalhas e dramas emocionantes de muitos companheiros veteranos, a começar pelo pai e pela mãe de vocês. Mesmo sendo menosprezados como “pobres” e “doentes” e lutando contra os preconceitos e as ofensas ocasionados por mal-entendidos, eles se dedicaram à propagação sem recuar um único passo, com esforço e elevada disposição. Não importando o sofrimento e a tristeza que experimentassem, os companheiros tinham uma grande esperança. Era a convicção de que os filhos sucessores, ou seja, vocês, se desenvolveriam de maneira admirável e digna, e se tornariam extraordinários líderes do kosen-rufu e da Soka Gakkai. Por isso mesmo, independentemente do que ocorresse, conseguiram se esforçar e continuar na batalha com o sentimento de “Esperem e verão!” e “Não serei derrotado jamais!”. Nunca devem trair as expectativas desses pais e mães. Se ignorarem esse sentimento deles, serão ingratos. Peço a vocês que se tornem alguém que os companheiros dos primórdios da Soka Gakkai elogiem como “Magníficos sucessores que se desenvolveram em sucessão. Isso sim, é o nosso maior orgulho!”. Shin’ichi corrigiu toda a letra, da primeira à terceira estrofe. O número de alterações chegou a mais de trinta. — Eu ainda vou pensar mais. Pela Divisão dos Jovens, quero deixar uma sublime canção que será cantada e herdada para toda a eternidade. Concluirei uma música que se tornará a prova da declaração da contraofensiva do kosen-rufu. Nesse dia, ele se dedicou à revisão da letra até tarde da noite. E ponderou profundamente sobre cada uma das palavras com o sentimento de embutir nelas a sua alma. PARTE 19 Na tarde do dia 13, Shin’ichi Yamamoto participou da reunião de gongyo comemorativo dos 25 anos de fundação do Distrito Aichi, promovida no auditório do Centro de Treinamento de Shikoku. Na visita a Kochi, realizada há três anos com o desejo de se encontrar com os companheiros da província e incentivá-los, Shin’ichi também chegou ao Centro de Treinamento de Kochi, próximo ao Cabo Ashizuri, e se dedicou a orientar e incentivar aqueles nesse local. Esses membros haviam superado várias dificuldades e se reuniram ali com o espírito elevado. Na reunião de gongyo comemorativo, citando frases como “Sem as adversidades, não existiria devoto do Sutra do Lótus”,1 Shin’ichi reconfirmou que era natural se deparar com grandes perseguições no caminho do kosen-rufu, e falou sobre a postura da prática da fé: — É justamente no momento das dificuldades que se conhece a essência da fé de uma pessoa. Existem pessoas que traíram companheiros, revelando seu coração covarde, e fogem. Há também pessoas que decidem em seu coração que “Agora é o momento da verdade” — e se levantam resolutamente. Essa diferença é definida pela trajetória de como veio polindo e fortalecendo a fé no dia a dia. Não há como estabelecer uma fé forte e destemida de um dia para o outro. Pode-se dizer também que o empenho contínuo e diário nas atividades da Soka Gakkai é para manter a fé inabalável nos momentos de adversidades com coragem. Nós somos mortais comuns, não passamos de pessoas do povo. Por essa razão, somos humilhados e perseguidos. No entanto, o que propagamos é a mais sublime e elevada Lei chamada “Lei Mística” e, por essa razão, podemos realizar sem falta o kosen-rufu. Além disso: “A Lei não se propaga por si mesma. Por ser propagada pelas pessoas, tanto a Lei como as pessoas tornam-se dignas de respeito”.2 Portanto, “as pessoas de propagação” que expandem a suprema Lei conseguem trilhar uma suprema existência. Ser injuriado infundadamente e sentir raiva e revolta em prol do kosen-rufu e da Soka Gakkai se tornarão tudo em eterna boa sorte. Sem sermos aturdidos por palavras e ações de baixo nível, vamos ter até o fim uma suprema existência em exato acordo com os princípios do budismo! Uma estrondosa salva de palmas irrompeu no auditório. Tanto Tokushima como Kagawa, Ehime e Kochi se levantaram. Shikoku se tornou a pioneira da batalha da contraofensiva. PARTE 20 Nesse dia 13, em que foi realizada a reunião de gongyo de Kochi, Shin’ichi Yamamoto incentivou, além dos participantes da atividade, os membros de cada uma das divisões e integrantes dos grupos de bastidores, e ainda tirou fotos comemorativas com muitas pessoas. Também continuou a lapidar a letra e a canção Kurenai no Uta [Canção do Carmesim] nos intervalos entre esses momentos. A cada alteração da letra, ele comunicava os jovens. Tomohiro Suginuma, responsável pela composição da música, havia começado a elaborá-la com base naquilo que Shin’ichi cantarolou na reunião de diálogo, e conseguiu lhe dar uma forma, a princípio. No final da tarde do dia 13, quando Shin’ichi vistoriava as dependências do centro de treinamento e deu uma olhada no auditório, viu os membros cantando em coro a canção com as alterações para gravar numa fita cassete. Após ouvir o coral por algum tempo, ele transmitiu sua impressão ao compositor Suginuma: — Parece que a música está um pouco difícil. Vamos deixá-la mais fácil de cantar e mais agradável. À noite, chegou às mãos de Shin’ichi a fita cassete com a música gravada. Ao ouvi-la, ele disse: — Ficou excelente! A música está bem assim. Desse jeito, agora é a letra que está perdendo para a música. Vamos melhorá-la ainda mais! Shin’ichi trabalhou a letra ainda com mais dedicação. No dia 14, ele ouviu a fita com a canção no Centro de Treinamento de Shikoku, e também durante a sua visita ao Centro Cultural de Shikoku e à Sede da Divisão Feminina de Shikoku, e continuou lapidando a letra. E mesmo à noite, quando foi ao banho coletivo com representantes da Divisão Sênior (DS) e da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) de Shikoku, ele ainda continuou pensando na melhoria da letra da canção. Os componentes da Divisão Masculina de Jovens do Japão haviam externado o anseio de que essa canção não fosse apenas da Divisão Masculina de Jovens de Shikoku, mas que pudesse ser cantada amplamente no país inteiro como canção da divisão. — Se for assim, vamos torná-la algo ainda mais extraordinário. Após o banho também, ele continuou revendo cada trecho, cada palavra, sempre se perguntando: “Não há nenhum outro ponto para corrigir?”; “Não há nada mais para melhorar?”. O processo de criação é uma batalha contra o próprio coração que tenta se conformar e ceder facilmente. É vencendo esse coração e seguir somando esforços, desafios e reflexões em busca de alternativas até o extremo que se abrem os novos caminhos. Shin’ichi queria ensinar aos jovens sucessores esse espírito de luta de uma criação. O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku. Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, 2020, p. 33. 2. Nichiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin]. Tóquio: Soka Gakkai, p. 856. Ilustrações: Kenichiro Uchida
11/04/2024
Incentivo do líder
BS
Sonhos para abrir o futuro
Neste mês, comemoramos os 33 anos da nossa amada Divisão dos Estudantes (DE). Várias localidades estão se preparando, a todo vapor, para promover uma atividade que conecte a vida desses estudantes à órbita da Soka Gakkai e aos ideais humanísticos de Ikeda sensei. Estava refletindo e me lembrei do momento em que minha família iniciou a prática budista. Eu tinha 4 anos. Mesmo muito pequeno, recordo-me de várias reuniões às quais minha mãe me levava e que eu sempre adorava. Residia em uma cidade do interior da Bahia e o contato com outros jovens da Gakkai ocorria poucas vezes devido à distância. Nas reuniões de palestra, os outros estudantes e eu estávamos constantemente realizando alguma apresentação cultural, seja dança, dublagem, teatrinho ou alguma leitura. São recordações que marcaram a minha vida e se tornaram tesouros da minha juventude. É comum ouvirmos assuntos ligados à mudança de gerações. Temos a impressão de que as crianças já nascem sabendo mexer no celular, jogar videogame e gravar vídeo para ser futuro youtuber. As novas gerações estão cada vez mais conectadas às redes sociais e às inovações tecnológicas. O universo inteiro está na palma de suas mãos. Mesmo com o surgimento de novas tecnologias, o sentimento de pureza das crianças não será alterado. Todos nós ficamos felizes quando nasce uma criança. Ainda que o ambiente seja desafiador, ela se torna a comprovação da vitória da família e dos amigos, além de representar a esperança na criação de uma sociedade mais humana e amorosa. Vocês concordam que é extraordinário dialogar com os membros da Divisão dos Estudantes? Onde os integrantes da DE estão presentes, a atmosfera do local muda por completo. Isso é a força do puro coração do estudante. Recentemente, tive a oportunidade de dialogar com membros de uma família do interior do Rio de Janeiro. Um dos estudantes dessa família relatou sobre os seus sonhos e comentou que havia compartilhado com os amiguinhos da vizinhança seu objetivo de ser piloto de Fórmula 1 e morar na Inglaterra. O coleguinha, com tom negativo, falou que ele nunca conseguiria realizar esse sonho. De forma autêntica e espontânea, esse estudante disse: “É porque você não conhece o Nam-myoho-renge-kyo. Minha mãe diz que quem recita pode realizar tudo o que quiser”. Após a família nos contar esse relato, fiquei muito emocionado com a pureza dos integrantes da Divisão dos Estudantes e isso me fez refletir sobre a grandiosidade da nossa missão em criar o melhor ambiente para que os membros da DE possam sonhar livremente. Ikeda sensei nos orienta: Alimentar sonhos é um direito especial de todos. Não é algo que cabe aos adultos ou à época decidir. É justamente por ser uma época como essa que desejo que vocês, jovens, estendam amplamente seus sonhos reluzentes e mudem o mundo. Pode ser qualquer coisa. Pode ser que ainda seja algo vago ou pequeno. Não importa se não sabem se conseguirão concretizar ou não. O primeiro passo é tentar delinear seus sonhos no coração. E quando fizerem isso, é importante que tenham coragem e deem um passo em direção a eles.1 Vamos aproveitar este mês para realizar os melhores movimentos/encontros da DE, pois será nosso “esquenta” para a convenção em maio, na qual vamos consolidar o movimento dos 100 mil jovens humanistas e será a partida dos genuínos discípulos Ikeda rumo ao centenário da Soka Gakkai em 2030. E aí, você não vai ficar de fora, não é? Vambora?! Lucas Bitencourt vice-coordenador da Divisão dos Estudantes da BSGI Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Vozes para um Futuro Brilhante. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. p. 60. Ilustração: Getty Images
11/04/2024
Frase da Semana
BS
Frase da Semana
O jovem possui em seu interior toda a força para viver e vencer em sua existência. Ele consegue viver e manifestar plenamente essa força. É isso que é a juventude. Jovem é a concentração desse potencial infindável. Dr. Daisaku Ikeda IKEDA, Daisaku. Seja a Esperança. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022. p. 39-40.
23/03/2024
Relato
BS
“Minha primavera chegou!”
Eu me chamo Lilia Bezerra, carioca da gema. A partir do momento em que conheci o budismo, há mais de quarenta anos, passei a dar cada vez mais valor ao ambiente solidário que encontramos na Soka Gakkai. Uma amiga do trabalho, que me ensinou a recitar Nam-myoho-renge-kyo, ainda está presente em minha vida, sempre me incentivando. Fico pensando quanto sofrem as pessoas que vivem isoladas dentro de seus dramas e infortúnios, sem esse companheirismo que temos aqui. Com a amiga que lhe apresentou o budismo, Norma Mignot Sem a prática da fé, e o encorajamento de Ikeda sensei e os companheiros Soka eu não estaria vivendo hoje o que o buda Nichiren Daishonin defendia: “O inverno nunca falha em se tornar primavera”.1 Há três anos, vivi um inverno rigoroso, e é sobre essa transformação que gostaria de relatar a vocês. Em 2021, já estava aposentada e realizada com a ótima criação que consegui oferecer aos meus filhos Gabriela, 33 anos, e Thiago, 31. Além disso, estava feliz pela confiança em mim depositada ao assumir como responsável pela Divisão Feminina (DF) da Comunidade Centro. Mas, de repente, em outubro, meu carma se manifestou. Fiquei sozinha, inesperadamente. Os filhos se casaram, minha cachorrinha morreu, meus tios que eu considerava como segundo pai e mãe se foram e minha prima com quem conversava todos os dias entrou em depressão. Com o filho Thiago e a nora Aline Com a filha Gabriela Descobri também que estava no estágio de pré-diabetes. Eu me sentia angustiada dentro de casa. Procurava me distrair fazendo caminhadas e artesanato. Sem as reuniões presenciais, esse quadro de angústia se agravou para uma depressão muito forte, que desencadeou uma crise de ansiedade e um transtorno do pânico terrível. Perdi totalmente a vontade de viver. O único lugar onde eu me sentia melhor era na cama. A maldade veio de um jeito que até o simples fato de eu ir para a sala e sentar-me em frente ao meu oratório para fazer a minha prática passou a ser desafiador. O poder do incentivo Como budista e líder, eu me sentia mal por estar naquele momento sendo incentivada, em vez de fazer o contrário. Contudo, eu me desafiei. É incrível o poder das palavras, pois, naqueles estados de letargia, li no Brasil Seikyo uma frase de Ikeda sensei: “Nenhuma vitória é possível a menos que se supere a adversidade”.2 Senti que tinha de reagir, cuidar da minha saúde mental e vencer aquela fase. Fui ao médico e passei a buscar mais incentivos do Mestre, porque precisava fortalecer meu interior. Eu me mantive em ação, orando quanto pudesse, muitas vezes além das minhas forças. Tudo isso tinha sido agravado também por uma situação envolvendo o apartamento em que eu residia na época. A questão corria em justiça e, dessa maneira, a ansiedade se agravava. Fazia minha prática sem perder as esperanças de ser feliz e ficar boa. Foram dois anos de muita luta, e consegui recuperar parte dos 30 quilos que perdi naquele pesadelo mental. Como não há oração sem resposta, quando me dei conta, minha filha começou a procurar apartamento para mim e, ao me visitar, meu coração se tranquilizou. Assim, junto com meu filho, ela providenciou tudo e me mudei. Em março de 2023, paguei a última conta de alto valor na farmácia por causa das medicações. Determinei que não precisaria mais delas, superando aquela fase tão traumática. Voltei a ser a Lilia de antes e retornei ao artesanato, que tanto amo. Minha glicose normalizou. Em uma orientação, nosso mestre afirma: A chave para vencer em qualquer empreendimento é primeiro superar a si mesmo. Como vamos perseverar diante dos obstáculos dependerá da nossa condição de vida. Temos de vencer a covardia, a preguiça e a tendência a desistir. Quando triunfamos sobre nossas próprias limitações, conquistamos grandes progressos e reluzimos sob a brilhante luz da vitória.3 Mais recentemente, conquistei um grandioso benefício. Logo após a reunião de palestra de janeiro, para a qual todos se uniram a fim de alcançar pleno sucesso, minha filha me levou para ver um lindo apartamento que estava à venda no mesmo condomínio. É simplesmente o que eu mais queria. Contrato e escritura concluídos nesse fim de fevereiro. Que vitória! Do inverno rigoroso, agora desfruto a primavera da vida aqui em Jacarepaguá, RJ, especificamente no bairro chamado Camorim, rodeado de muito verde e perto de tudo! Sinto que superei os obstáculos, pois nunca poupei meus pés para ir às atividades, recitar daimoku e buscar as orientações do Mestre. E agora ainda mais. Meu desejo é incentivar a todos com quem me encontrar para que possam ler o BS e descobrir palavras que mudem seu coração e sua história, assim como aconteceu comigo. Consegui transformar veneno em remédio, comprovando a força deste maravilhoso budismo. Com essa disposição, sigo avante. Março é o mês de Kofu e estou determinada a vencer também. Muito grata e feliz, plenamente! Com os companheiros da comunidade local Lilia de Fatima Bezerra, 62 anos. Artesã. Na BSGI, atua como responsável pela DF da Comunidade Centro, Distrito Carioca, CGERJ. Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 560, 2020. 2. Brasil Seikyo, ed. 2.201, 26 out. 2013, p. D22. 3. Idem, ed. 2.076, 19 mar. 2011, p. A11. Fotos: Arquivo pessoal
07/03/2024
Notícias
BS
Ler para saber como vencer
Uma iniciativa vem criando um ambiente de pleno desenvolvimento na vida dos integrantes da Regional Pimentas, RM Arujá, cujos membros residem em Guarulhos, na Grande São Paulo. Tudo começou quando as atividades presenciais foram reiniciadas. As lideranças se organizaram para vencer o desafio de reconectar os membros, indo ao ponto crucial da mudança. “Aproximar cada coração ao coração de Ikeda sensei”, relata Marcia Regina Francisco, responsável pela Divisão Feminina (DF) da regional. Ela acrescenta: “Onde mais temos a oportunidade de ler os direcionamentos mais atuais do Mestre e as matérias que nos ajudam a transformar a vida?”. A resposta veio em consenso quando, juntos, pensaram numa forma de incentivar os membros a ler e a aplicar na vida os conceitos expressos nos periódicos da Editora Brasil Seikyo. Surgiu a atividade “Meu Amigo BS”, abraçada pelos quatro distritos da regional: Pimentas, Paraíso, Brasília e Tupinambá. Uma vez por mês, em encontro on-line, dividem a edição do Brasil Seikyo em quatro partes entre os distritos, e no dia da reunião cada grupo compartilha suas reflexões sobre o que leu e o que fez sentido em seus dias, deixando aquele gostinho de ‘quero mais” para os outros voltarem para casa e lerem também, como reforça Eliana Aparecida Souza Cruz, vice-responsável pela DF do Distrito Pimentas: “Essa atividade vem fazendo um grande diferencial, os membros vêm despertando a cada encontro, desafiando-se a adquirir o ‘Meu Amigo BS’, estreitando laços e avançando”. E a vice-responsável pela DF de comunidade no Distrito Paraíso, Erica de Moura, reconfirma: “Muitas pessoas que desistiram de renovar a assinatura por dificuldades com a tecnologia agora estão retornando, incentivadas por esse movimento maravilhoso”. O hábito de leitura cada vez maior e a troca de incentivos vêm gerando, portanto, resultados muito comemorados na localidade. “Depois que começamos a fazer desse modo, além de aumentar as assinaturas, a gente percebe que os membros ficam felizes de ler um trecho do BS na atividade”, ressalta Ricardo do Nascimento, responsável pela Comunidade Tupinambá. Para Julia Franscisco Leandro, responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ) de bloco, “É uma excelente reunião, pois pomos em prática e levamos para a vida a troca de incentivos uns com os outros”. Esse tem sido o vibrante resultado alcançado com a integração de todos, assim como nas palavras da responsável pela Divisão Feminina da Regional Pimentas, representando as lideranças: “No retorno das atividades eram onze assinantes e hoje atingimos 72. É maravilhoso constatar que mês a mês esse número se amplia, com os membros orgulhosos de ter o ‘Amigo BS’ e ser um leitor ativo, extraindo do papel ou do aplicativo força para saber como vencer. Temos acesso às mais recentes orientações do Mestre, e agora sem a presença física dele, cada vez mais o BS cumpre esse papel de nos deixar próximos do coração de Ikeda sensei. Muita gratidão”. Convite elaborado pela Divisão dos Jovens No topo: Aspecto dos participantes no último encontro Foto: Colaboração local
07/03/2024
Relato
BS
Na órbita da felicidade
O nordestino Fernando Freitas, 51 anos, é de origem indígena, raízes das quais se apropriou de força para não rejeitar o trabalho aguerrido. Desde menino, postou-se na “lida”, ou seja, esforçou-se muito para ajudar a mãe nas despesas de casa. No bairro onde morava, oferecia para venda picolé, cocada, caranguejo, e um tanto de coisas. Depois, com 16 anos, já viajava para buscar roupas e revendê-las nas cidades do interior da Bahia. Aos 18 anos, obteve o primeiro registro em carteira, retornou aos bancos escolares incentivado pela mãe e embarcou em busca por uma religião que desse “uma resposta para a causa do sofrimento e para onde minha vida estava se encaminhando”. Jovem também sofre? “Ah, e como. Parece que a gente entra em uma espiral de ansiedade sem fim.” Nesta edição, vamos conhecer um pouco da trajetória de Fernando Freitas, que, em abril próximo, completará 28 anos de família Soka. Da espiral de sofrimento, ele passa para uma órbita diferente, iluminada de esperança, na qual aprendeu a romper limites e a se encontrar profissionalmente. Bem, ele se deparou com tantas frentes de trabalho que optamos por designá-lo empresário multissetorial. Para Fernando, tudo foi exponenciado à felicidade plena, a partir do momento em que agarrou firme a oportunidade de criar por si a esperança de dias melhores. Acompanhe! Acredito que a vida sempre nos dá chance de mudar o rumo do sofrimento que sentimos. Dar uma guinada. Eu tinha 23 anos quando encontrei a Soka Gakkai, depois de rodar bastante sem nem sentir o cheiro da tal felicidade. Em uma cidade de raízes tradicionais religiosas, era tudo muito diferente. Mas eu queria ser feliz a todo custo, então me dediquei a aprender. Ouvi sobre os ensinamentos do buda Nichiren Daishonin por meio das explanações do então presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, que todos chamavam carinhosamente de Ikeda sensei. Aos poucos, tudo fazia sentido. Eu me dediquei a pôr em prática as orientações que lia no Brasil Seikyo. Sentia-me fortalecido. Devoção na doação sincera Ikeda sensei comenta na obra Nova Revolução Humana (NRH), de sua autoria: “O espírito de devoção em realizar a doação eleva o estado de vida e proporciona imensuráveis benefícios, e isso, por sua vez, aprofunda a convicção na prática budista. Essa é a fórmula do budismo que coloca as pessoas na órbita da felicidade”.1 Dois meses depois da minha conversão, eu me tornei membro do Departamento de Contribuintes (Kofu), participando com uma única cota. O importante, conforme me foi orientado pelos veteranos, é a contribuição voluntária, feita com sincero sentimento e gratidão. Trouxe isso para mim. Determinei então que dobraria a quantidade de cotas a cada etapa. O efeito dessa “órbita da felicidade”, citada pelo Mestre, é o que venho vivenciado nesses anos de prática budista. Isso porque compreendi que possuímos a natureza de buda inerente — fonte de coragem, sabedoria, esperança —, condição básica de vida, e criar causa para evidenciá-la. Expandir a vida É extraordinário quando rompemos nossos limites. No início da minha prática, ouvi sobre a força contida na recitação de um único Nam-myoho-renge-kyo (daimoku). Pensei: “Se recitar uma vez já produz benefícios, imagine dobrar e dobrar?” Por vários dias, recitei dez horas de daimoku. Nesse período, trabalhava na fabricação de toldo, avental e forro de mesa, mas desejava avançar, ter mais tempo de estudo e desenvolvimento pessoal. Como efeito da intensa recitação de daimoku, veio o grande benefício: um trabalho como educador de jovens na Casa da Criança e do Adolescente de Camaçari, na Bahia, com uma carga horária de vinte horas semanais, boa remuneração e tempo para me dedicar aos estudos e às atividades da organização. No período de oito anos, fiz mais de vinte cursos: teatro, dança, iluminação cênica, maquiagem cênica, inglês, espanhol, superior em gestão de negócios e marketing. Finalmente, aos 28 anos, defini minha profissão, lendo nos nossos periódicos um poema do nosso mestre, no qual ele estimulava a descobrir nossos talentos. Percebi que tinha vocação para trabalhar com a voz Comecei como locutor de porta de loja e cantor; em seguida, evolui para um serviço de som. Em 2004, atuei como locutor folguista em uma rádio na cidade Dias D’Ávila — meu primeiro emprego oficial nessa área. Exercitei-me a pôr em prática o que aprendia nos grupos horizontais da Gakkai, isto é, a postura de ser um farol de coragem e sabedoria em todos os ambientes. Em quatro anos na emissora, cheguei a ser coordenador de programação, logo em seguida, gerente. Em 2007, conheci minha esposa, Verônica, que me incentivou a criar a minha própria rádio. Solo da boa sorte E dessa maneira avançamos. Mesmo com a pandemia da Covid-19, junto com minha esposa e os filhos Saulo Fernando, 12 anos, e Joaquim, 4, tudo fluiu, e seguimos colhendo os frutos dos benefícios e da boa sorte acumulados ao longo desses anos. Vivemos na órbita da felicidade que a prática da fé nos tem oferecido, seguindo as orientações do nosso eterno mestre. Temos, entre outros negócios: espaço para eventos; restaurante e churrascaria; creche e berçário; escola; rádio comunitária; estúdio para gravação de voz, carro de som e ações de marketing promocional, executando serviços para as principais empresas do país. Graças aos incentivos dos companheiros da organização, de familiares e amigos, sigo vencendo a cada dia. Posso atribuir essa trajetória ao fato de jamais falhar na participação do Kofu, cumprindo a minha determinação. Sempre fiz minha contribuição com sincero sentimento de gratidão e, assim, as comprovações vieram no mesmo ritmo. Trago em meu coração o que dizia Nichiren Daishonin aos discípulos que faziam oferecimentos: “Com toda a certeza, o senhor plantou sementes de boas causas no solo da boa sorte. Minhas lágrimas não cessam quando penso nisso [na sua calorosa dedicação]”.2 Cenas de atividades no Distrito Alvorada, do qual é responsável. Com os membros da Divisão Sênior Orando junto com os companheiros locais Tenho 51 anos e quero seguir nesse avanço contínuo. Nós podemos tudo! Muito obrigado, Ikeda sensei, por ter trazido este maravilhoso budismo ao nosso país, oferecendo essa órbita da felicidade a tantos que necessitam. Fernando José Silva de Freitas, 51 anos. Empresário multissetorial. Reside com a família em Vila de Abrantes, município de Camaçari, Bahia. Na BSGI, é responsável pelo Distrito Aeroporto, RM Salvador Norte, CRE Leste. No topo: Fernando posa com os filhos Saulo Fernando e o caçula Joaquim, e a esposa, Verônica, na formatura do colégio que dirigem juntos Notas:1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 4, 2018. p. 106. 2. Nichiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin]. Tóquio: Soka Gakkai, p. 1595.Fotos: Arquivo pessoal
22/02/2024
Relato
BS
A coragem é o tempero da vitória
O sangue (e sotaque) nordestino não foi deixado para trás, somando-se à simplicidade e à simpatia que compõem o modo de vida desse casal, destaque da edição. Juraci, 59 anos, e Josefa, 53, são de origem e de famílias ainda amigas de Aracaju, SE, e residem atualmente no município paulista de São Bernardo do Campo, SP. Eles se conheceram há doze anos, quando Juraci, em visita a parentes em sua região natal, reencontrou Josefa. Ao ouvir um pouco sobre a situação dela, ele logo lhe falou do Nam-myoho-renge-kyo, que praticava há quase quarenta anos e com grandes comprovações. Seis meses depois, após superar a separação do marido, Josefa veio para São Paulo e, junto com Juraci, iniciou “uma vida de muitas conquistas, vencendo um a um os desafios”, celebra a esposa com uma fala mansa e gentil, bem diferente do que era naquela época. “Nossa, nem consigo medir quanto mudei. Budismo é pra gente revolucionar mesmo. Eu era uma pessoa sofrida, meio casca grossa, não sabia como lidar com a vida nem com as pessoas. Mudei a mim, e meu ambiente se transformou da forma como sempre sonhei.” Das primeiras comprovações, o casal se viu em meio a desafios de saúde, questões financeiras e as incertezas de futuro. Juraci relembra que, quando recebeu seu Gohonzon, em 1987, por intermédio de uma tia, ela lhe deu de presente uma edição dos escritos de Nichiren Daishonin. “Uma frase me segue até hoje, e nunca deixo de ler: ‘A espada é inútil nas mãos de um covarde. A poderosa espada do Sutra do Lótus deve ser manejada por alguém corajoso na fé’.1 E não tem outro jeito, com a recitação do Nam-myoho-renge-kyo, fortalecemos a determinação de vitória e encontramos saídas para tudo,” enfatiza Juraci. “Sempre há uma saída” Em meio a um beco aparentemente sem luz, essa frase se tornou ainda mais verdadeira. Abrimos um recorte para o primeiro ano da pandemia, 2020, período de dor e de incertezas generalizadas. Era hora de comprovar. Juntando economias com muito sacrífico, o casal havia conseguido abrir um pequeno restaurante, que vinha crescendo aos poucos e agora na iminência de ser fechado. “Determinamos vencer a todo custo, dedicando-nos ao sincero daimoku e às atividades da Gakkai”, frisa Josefa, relembrando as palavras de ordem que seu coração emitia todas as vezes que se sentava diante do Gohonzon: “Temos o daimoku, temos o Gohonzon, temos o Mestre. Vamos vencer!”. Ao empunhar, portanto, a espada da determinação e da coragem, logo o ambiente de vitória se formou. Em um dia de fevereiro, um engenheiro responsável por um projeto no bairro bateu à porta do restaurante do casal para encomendar marmitas destinadas aos funcionários da obra. “A gente não podia abrir o restaurante para o público, e aquela foi a oportunidade de continuarmos cozinhando e nos mantendo, o que se seguiu por dois anos. Como é maravilhosa essa prática da fé”, reforça Josefa. Na outra ponta, como líderes de comunidade, também foi o momento de avanço. O primeiro desafio, à frente da comunidade, era manter todos unidos, para, juntos, superar aquele período em que o distanciamento físico se mantinha como medida de proteção. “Tivemos muito apoio porque a gente entendia pouco de aplicativos e, com a união de todos, conseguimos superar com muita alegria aqueles dias”, comenta Juraci, destacando o momento do retorno das reuniões presenciais, “Repletas de humanismo, que a gente só tem na Soka Gakkai”. Castelo familiar Com o restaurante em plena atividade, era hora também de dar vida ao objetivo do casal: a casa própria. “Eu sonhava dia e noite em oferecer minha sala para as atividades da nossa comunidade”, relata Josefa, e para tanto envolveu-se no desafio de recitar duas horas de daimoku diárias em meio ao cansaço da jornada na cozinha do restaurante, nas atividades e na família. “A gente consegue tudo o que determina, mas não pode desistir. Daimoku e ação”, diz. Com a prática, ela lidou com uma negociação na qual tinha menos da metade do valor. “Com a boa sorte acumulada, consegui parcelar o restante e, em 2022, passamos o ano novo em nosso novo lar. Vitória.” Com os companheiros em atividade na organização de base Em maio de 2023, Juraci conseguiu um novo trabalho, e Josefa toca sozinha o restaurante da família, com seis funcionários e “Muita luta no fogão e na vida, com alegria e gratidão”. Assim mesmo, para rimar, brinca Josefa. Ela e Juraci se orgulham de vencer, etapa a etapa, na contribuição voluntária (Kofu), oportunidade proporcionada aos membros da organização. “Kofu é vitória ou derrota. E estamos comprovando essa conquista com muita felicidade no coração.” Eles também estão felizes com as pessoas a quem apresentaram à família Soka, todas desfrutando as comprovações da prática da fé. “A gente sempre tem aquela frase da escritura que diz: ‘O inverno nunca falha em se tornar primavera’.2 E é isso mesmo, não importa o sofrimento, a gente nasceu para ser feliz. O sofrimento não dura para sempre. É determinar, orar e agir. Assim estamos comprovando”, argumentam Juraci e Josefa, baseados no que vivenciam e ensinam a todos que conhecem. Para ambos, ter encontrado Ikeda sensei é razão de máxima alegria da vida. “Gratidão por esse ensinamento que ele nos legou e que nos fortalece dia a dia. O Mestre não está mais presente fisicamente com a gente, mas seu sentimento não morre. Nós não tivemos muita chance de estudar, porém aprendemos com ele como ter uma vida digna, superando a tudo. Somos muito felizes, imensamente gratos.” Juraci dos Santos, 59, e Josefa Delfina Santos, 53, donos de restaurante. Na BSGI, atuam como líderes da Comunidade Vianas, RM São Bernardo, Sub. Grande ABC, CGSP. No topo: Juraci e Josefa em frente ao restaurante da família. O casal superou o período desafiador da pandemia, comprovando os benefícios da prática da fé. Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 431, 2020.2. Ibidem, p. 560. Fotos: Arquivo pessoalAssista Ao vídeo do relato do casal Juraci e Josefa
24/01/2024
Especial
BS
A extraordinária força de mestre e discípulo — os 95 anos da vida de Ikeda sensei
Vínculos de luta conjunta com os companheiros, sempre pelo bem de uma única pessoa. Mergulhar no “mar de pessoas comuns” Nesta segunda parte da série, são apresentados os esforços do Mestre para encorajar os membros em todos os cantos do Japão, desde Wakkanai, em Hokkaido, ao norte, até a ilha Ishigaki, em Okinawa, ao sul. Surgimento do jovem presidente Na manhã do dia 3 de maio de 1960, pouco depois das 10h30, Ikeda sensei descia do carro e se dirigia ao Auditório da Universidade Nihon (na época) em Ryogoku, Tóquio. O fraque preto que utilizava era uma lembrança herdada do seu mestre, Josei Toda. Kaneko, esposa de Ikeda sensei, coloca distintivo com a inscrição “presidente” em sua lapela antes de ele se encaminhar para a cerimônia de posse como terceiro presidente da Soka Gakkai. A partir daí, iniciou-se um novo avanço grandioso do kosen-rufu (auditório da Universidade Nihon, em Tóquio, 3 maio 1960) A cerimônia de posse como terceiro presidente teve início ao meio-dia. Ikeda sensei entrou no recinto enquanto a banda masculina Ongakutai tocava canções da Soka Gakkai. No percurso, o Mestre fez uma pausa e fixou o olhar na foto de Toda sensei colocada no alto da parte frontal do palco. Após subir nele, em suas palavras, Ikeda sensei posicionou-se no púlpito e declarou vigorosamente: “Apesar de jovem, a partir de hoje assumirei a liderança como representante dos discípulos do presidente Josei Toda e avançarei com os senhores, um passo após outro, rumo à concretização do kosen-rufu”.1 O evento reuniu mais de 20 mil participantes, espalhados no recinto e nas áreas externas. Uma estrondosa salva de palmas envolveu o espaço. Era o surgimento do jovem presidente de 32 anos aguardado ansiosamente por todos os membros. Na ocasião, Ikeda sensei determinou com todos a concretização de 3 milhões de famílias, isto é, o testamento de Toda sensei, até a cerimônia de sétimo ano de falecimento de seu mestre, que seria realizada dali aquatro anos. Esse se tornou o objetivo concreto para o quinto período do ciclo de “Sete Sinos”. O conceito de “Sete Sinos” Para estabelecer o ritmo de avanço do kosen-rufu a cada sete anos, Ikeda sensei anunciou a concepção do conceito de “Sete Sinos” no dia 3 de maio de 1958, um mês após o falecimento de Toda sensei. Na época, uma parte da imprensa alardeava que a Soka Gakkai estaria à beira do colapso. Em meio a tais circunstâncias, como dar esperança aos membros mergulhados na tristeza? Ikeda sensei ponderava sobre essa questão em seu íntimo. Na época, ele registrou em seu diário: “Imaginei como a organização estará daqui a vinte anos. Estou preocupado e angustiado”.2 Assim, no dia 3 de maio, foram apresentados os ciclos dos “Sete Sinos”. Ikeda sensei concebeu essa ideia a partir de uma declaração de Toda sensei: “Vamos estabelecer cada período de sete anos como uma etapa e badalar o sino do kosen-rufu. Então, vamos tocar sete sinos!”. O “primeiro sino” é o período de sete anos desde a fundação da Soka Kyoiku Gakkai, em 1930, até a partida oficial da organização, em 1937. O “segundo sino” segue até o falecimento do presidente Tsunesaburo Makiguchi, em 1944. O “terceiro sino” vai até a posse de Toda sensei como segundo presidente, em 1951. O “quarto sino” se encerra com a concretização de 750 mil famílias, o empreendimento da vida de Toda sensei, e seu falecimento. Ikeda sensei fez essa declaração, clamando a todos para avançar com coragem e convicção em ciclos de sete em sete anos, visualizando o futuro de vitórias com a concretização do “quinto sino”, do “sexto sino” e, finalmente, do encerramento do ciclo com o “sétimo sino”, 21 anos a partir daquele momento. Esse majestoso objetivo criou a força para que os membros avançassem, vislumbrando tal futuro. Dessa forma, a Soka Gakkai concretizou o objetivo de 3 milhões de famílias, do “quinto sino”, no ano 1962. No período do “sexto sino”, ultrapassou 7,5 milhões de famílias; e, em 1979, ano do término do “sétimo sino”, estava concluído o alicerce do kosen-rufu do Japão. Encorajamento a uma única vida “Por que a Soka Gakkai se desenvolveu até esse ponto?” Diante dessa pergunta de um intelectual, sensei respondeu: “É porque sempre valorizamos uma única pessoa”. Essa é a essência da própria existência de Ikeda sensei. Sensei não se limitou a estabelecer apenas um objetivo. Dedicou incentivos e encorajamento, com toda a sua força, para que os membros trilhassem uma existência vitoriosa e feliz. Criou vínculos de luta conjunta com cada pessoa a fim de desbravar a época da canção triunfal do povo. Em 22 de março de 1965, na cidade de Sendai, em Miyagi, ocorreu um episódio após o término de uma reunião de líderes de comunidade. Naquele dia, por duas horas consecutivas, sensei trocou cumprimentos com cerca de seiscentos participantes. Suas mãos ficaram vermelhas, inchadas e doloridas. Ele mal conseguia segurar uma caneta. Oito dias depois, estava prevista a realização da Reunião de Líderes de Comunidade da província de Nagano. “Quero criar um encontro que possa se tornar o ponto primordial da vida dos membros”, afirmou o Mestre. Com isso em mente, como forma de encorajamento, em vez dos cumprimentos, ele pensou em tirar uma foto comemorativa com eles. Mais tarde, sensei escreveu: “Se fosse possível, queria encorajar os líderes centrais da Divisão Sênior, da Divisão Feminina, da Divisão Masculina de Jovens, da Divisão Feminina de Jovens e da Divisão dos Estudantes, que se levantam como os pilares das comunidades de todo o Japão. Contudo, isso se tornava extremamente difícil, inclusive em termos de disponibilidade de tempo. Então, extraindo toda a sabedoria, surgiu essa ideia da foto, movida com o sentimento de ‘ao menos isso’”. Pesquisa feita pelo Seikyo Shimbun ao longo de oito anos e três meses, a partir de 1965, revela que sensei tirou fotos comemorativas com pelo menos 718.550 pessoas. Não eram simples poses para a câmera. Eram capturadas com o sentimento de que talvez fosse uma oportunidade única na vida, de que “nunca mais conseguiria encontrar” essas pessoas, dedicando-lhes sinceros incentivos nos intervalos entre as fotos. Além disso, sensei ouvia atentamente cada pessoa que lhe falava sobre suas dificuldades, mesmo nas ocasiões em que ele estava com febre alta. É provável que, em alguns momentos, os incessantes flashes da câmera fotográfica incomodassem seus olhos. Eram realmente ações de encorajamento sem poupar a própria vida. Em 14 de julho de 1972, num ginásio da província de Iwate, sensei participou de fotos comemorativas com 3.600 pessoas, que foram divididas em doze grupos. Com extrema exaustão, nem conseguia engolir a comida servida. Mesmo assim, quando chegava a hora, levantava-se com todo o vigor e se dirigia para perto dos membros. Naquele dia, após o término das fotos comemorativas, sensei foi até a sede regional de Morioka, cumprindo uma promessa feita no passado aos estudantes do ensino fundamental. O compromisso originou-se de uma carta enviada pelas crianças a Ikeda sensei na qual narravam seus sonhos para o futuro. Na ocasião, ele dedicou a elas a seguinte mensagem: “Vamos nos encontrar quando eu for para Iwate”. Sensei recebeu as crianças na sede dando-lhes boas-vindas e ofereceu livros nos quais dedicou palavras de incentivo na contracapa. “Não precisam mais se preocupar” No dia 24 de abril de 1979, em meio às tempestades da primeira problemática do clero, Ikeda sensei renunciou ao cargo de terceiro presidente, assumindo total responsabilidade para proteger os membros e para pôr fim aos ataques irracionais dos clérigos. Os maus clérigos e os traidores, que conspiraram para separar o mestre de seus discípulos, pressionaram sensei, obrigando-o a “não transmitir orientações em reuniões” e a “não aparecer no Seikyo Shimbun”. Ao mesmo tempo, eles atacavam a organização e atormentavam os membros. Certo dia, em 1979, realizava-se uma reunião no Centro Cultural de Kanagawa. Sensei, que ouvia a atividade do lado de fora, entrou silenciosamente por uma porta na parte da frente do salão para não atrapalhar o andamento do evento. Um companheiro, ao notar sua presença, levantou sua voz de júbilo. Sensei colocou o dedo indicador nos lábios dele, pedindo para ficar quieto, dizendo: “Está definido que eu não posso falar”. Então, ele se dirigiu ao piano colocado no salão. Depois de tocar algumas músicas, tais como Atsuhara no Sanresshi [Os Três Mártires de Atsuhara] e Atsutamura [Vila de Atsuta], deixou o local em silêncio. Esse fato ocorreu diversas vezes naquele centro cultural durante esse período. Na primeira problemática do clero, Oita foi uma das localidades que mais sofreram com a opressão dos clérigos. Sempre que os membros iam ao templo, eram obrigados a ouvir somente difamações em relação a Ikeda sensei e à Soka Gakkai. Cerrando os dentes, eles suportaram a irracionalidade. A partir do outono [japonês] de 1981, sensei iniciou plenamente a contraofensiva. No dia 12 de dezembro, visitou Okajoshi, cidade de Taketa, em Oita, com o sentimento de que era em prol dos membros que mais sofreram. “Não precisam mais se preocupar!”, afirmou o Mestre. Os membros se aproximaram de Ikeda sensei no momento em que ele descia do carro no estacionamento com fisionomia de alívio e até com lágrimas nos olhos. Estava presente ali um homem que ainda não havia se tornado membro da Soka Gakkai. Na época, ele tinha aversão pela organização. Mas acabou participando a contragosto, atendendo ao pedido de sua esposa, que lhe disse: “Só hoje!”. Ele havia pensado que, certamente, um líder religioso era alguém de extrema arrogância. No entanto, ao observar o comportamento de sensei de perto, iniciou a prática budista três meses depois. Esse companheiro relembra o aspecto de Ikeda sensei: “Parecia alguém mergulhando no mar de pessoas comuns”. Após esse encontro, sensei disse: “A pessoa com quem me encontrei é importante. Porém, ainda mais importante são as pessoas com quem não me encontrei. (...) São pessoas que continuaram recitando daimoku com seriedade, orando pela segurança da viagem. Eu me encontrei no coração com essas pessoas. Graças a elas, a Soka Gakkai venceu”. O coração do mestre voava sempre junto com os amigos que estavam sofrendo. Em 29 de fevereiro de 2000, ele visitou o Centro Cultural de Nagata, na província de Hyogo. Recitou gongyo com os companheiros que ali se reuniam. No local, encontrava-se também um companheiro que havia perdido os amados pai e filho no Grande Terremoto de Hanshin-Awaji (Terremoto de Kobe). Havia pessoas que escaparam por pouco da morte debaixo dos escombros. Nessa ocasião, sensei ofereceu um vigoroso encorajamento: “A vida é uma batalha. É a batalha para conquistar a felicidade. (...) Por favor, sejam alegres! Ninguém se compara a uma pessoa alegre. Gostaria que sobrevivessem persistentemente”. Até hoje, essas palavras são a força para o avanço dos membros e se tornaram o juramento ao mestre. O grande épico do kosen-rufu Ikeda sensei, que continuou acendendo a chama da esperança nos companheiros de todo o Japão, expressou, do fundo do coração, seu desejo de que fizessem badalar juntos o segundo ciclo dos “Sete Sinos” a partir do dia 3 de maio de 2001, que descortinou o século 21. Em maio de 1997, em Kansai, ele indicou o majestoso plano do novo ciclo dos “Sete Sinos” até meados do século 23: A primeira metade do século 21 irá marcar o segundo ciclo dos “Sete Sinos”. Acredito que essa será uma época em que deveremos nos dedicar à consolidação da base para a paz na Ásia e em todo o mundo. Olhando mais adiante, para a última metade do próximo século — o “século da vida” — minha esperança é de que o princípio da dignidade da vida se estabeleça como o espírito fundamental da era e do mundo. Oro para que, durante a primeira metade do século 22, seja construída uma base indestrutível para a paz mundial. E sobre essa base, na última metade do século 22, imagino o brilhante florescimento de uma era de humanismo. (...) Na metade do século 23, em 2253, alcançaremos o milênio do estabelecimento dos ensinamentos de Nichiren Daishonin. Creio que será o início de uma brilhante nova fase do nosso movimento.3 Atualmente, está em andamento o segundo ciclo dos “Sete Sinos”. Visualizando o 120o aniversário de fundação da Soka Gakkai (em 2050), quando termina esse ciclo, sensei escreveu: “Nessa ocasião, quanto a filosofia humanística do budismo brilhará como o sol que ilumina o mundo e quanto nossa grande rede solidária Soka será considerada o pilar da paz para a humanidade? Meu coração se aquece”. O grande épico do kosen-rufu só pode ser concretizado por ações contínuas de “encorajamento a uma única pessoa”, como demonstrado inteiramente por Ikeda sensei com suas próprias ações. “Levantem-se com o espírito de luta heroica.” Ikeda sensei continua a inspirar os companheiros de Kanto. Na foto comemorativa, tirada no Ginásio do Parque Esportivo Ageo, em Saitama, ele incentiva: “Perseverando na fé tal como a correnteza de um grande rio, promovam um avanço com união harmoniosa” (out. 1971) “Junto comigo, Shikoku criou a história de ‘justiça’, deixou a história de ‘luta’ e abriu a história de ‘vitória’.” Ikeda sensei se despede dos companheiros que foram ao seu encontro no navio Sunflower 7 (porto de Yokohama, maio 1980) No topo: Niigata, terra natal de Makiguchi sensei, e Nagano, região de profundas recordações com Toda sensei. Em Shin’etsu [região em que se encontram as duas localidades], está gravada a essência da vida de Ikeda sensei, que lutou pelo caminho de mestre e discípulo. No primeiro verão [no Japão], logo após a sua renúncia como presidente da Soka Gakkai, Ikeda sensei incentiva um integrante da Divisão dos Estudantes no Centro de Treinamento de Nagano (ago. 1979) Notas: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.609, 30 abr. 2022, p. 16.2. IKEDA, Daisaku. Diário da Juventude: A Jornada de um Homem Dedicado a um Nobre Ideal. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 462.3. Brasil Seikyo, ed. 1.456, 11 abr. 1998, p. 3. Fotos: Seikyo Press
11/01/2024
Matéria do Grupo Coração do Rei Leão
BS
Determinação, um aprendizado de geração a geração
Nós, adultos, muitas vezes quando pensamos em nossos objetivos e nos afazeres do dia a dia, temos a tendência de nos expressar com frases do tipo: “Estou determinado a fazer isso” ou “Estou determinado a fazer aquilo”. Com o passar do tempo, vemos que essa determinação, a qual tanto havíamos verbalizado e manifestado, acaba diminuindo. É claro que todos os dias temos a possibilidade de renovar esse sentimento. E podemos comparar essa ação ao cultivo de uma planta, por exemplo, como o presidente Ikeda cita nestas palavras de encorajamento: Uma forte determinação é a causa para um grande crescimento. Ter essa determinação é como plantar uma semente. Enquanto ainda é semente, ela é invisível aos outros. Mas, na época apropriada, ela brotará, fincará raízes e nascerão muitos galhos e folhas. E se tornará uma grande árvore. A “semente” de uma determinação realmente profunda produzirá uma “grande árvore” que será admirada durante muitos séculos pelas pessoas. Nós precisamos manifestar essa determinação agora, e não em alguma ocasião no futuro. O momento presente é a época para iniciarmos a nossa batalha.¹ Como Ikeda sensei afirma nessa frase, a partir da determinação que existe dentro de nós, algo maravilhoso surge e se materializa em um efeito concreto. Além disso, incentivamos outras pessoas, principalmente da geração mais nova. Ensinar, mostrando com o próprio exemplo e com ações diárias, é a forma mais direta e valiosa de transmitir algo para as futuras gerações. Podemos citar também a importância da determinação dos pais por meio deste incentivo do presidente Ikeda: O ponto básico para transmitir a prática da fé para os filhos é os pais orarem com eles, conversando também sobre a prática do budismo. A seriedade da determinação dos pais certamente tocará o coração dos filhos.2 Conforme nosso mestre comenta, a questão principal é que tudo é enfim decidido pela fé dos pais. Em particular — com base na experiência de centenas de milhares de pessoas, a fé de uma mãe é crucial. É isso o que quer dizer “consistência do início ao fim”. “Início” significa a fé dos pais, e “fim”, a fé dos filhos. Se os pais praticarem com alegria e, em consequência disso, receberem benefícios à medida que avançam, os filhos compreenderão naturalmente.3 No livro recém-lançado Vozes para um Futuro Brilhante, o presidente Ikeda responde a várias perguntas dos membros da Divisão dos Estudantes, e compartilha pequenas frases de incentivo de personalidades mundiais, das quais umas delas é Konosuki Matsushita, que certa vez disse: “Para obter sucesso, é necessário perseverar até conquistá-lo”.4 Para encerrar, deixamos aqui um incentivo para que todos possam aproveitar da melhor forma o “Ano dos Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial” (2024) e renovar a determinação dentro do coração junto com a geração mais nova. Com certeza, será uma troca de incentivos e de encorajamentos, além do compartilhamento de experiências que tornarão este ano muito especial! Um grande e carinhoso abraço! Grupo Coração do Rei Leão da BSGI Notas: 1. Terceira Civilização, ed. 421, set. 2003, p. 3.2. Brasil Seikyo, ed. 2.045, 31 jul. 2010, p. A2.3. Cf. Brasil Seikyo, ed. 2.040, 19 jun. 2010, p. B4.4. IKEDA, Daisaku. Vozes para um Futuro Brilhante. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. p. 155. Foto: GETTY IMAGES
11/01/2024
Matéria Grupo Coração do Rei Leão
BS
Como perpetuar o sentimento de mestre e discípulo?
Um dos questionamentos comuns de líderes da Divisão dos Estudantes sempre foi como perpetuar o sentimento de mestre e discípulo entre as gerações de jovens e estudantes que viveriam numa época em que sensei não estaria mais em vida. Para nossa tristeza, essa época chegou. Nosso querido mestre, aos 95 anos, transcendeu sua nobre existência, deixando um legado inesquecível na história da humanidade. E, daqui em diante, qual o nosso papel e de que forma devemos atuar para que as próximas gerações vivam e sintam sensei no coração e nas ações? Considerando os fatos e as turbulências sociais que estão ocorrendo, torna-se ainda mais relevante nos empenhar ao máximo na criação de valor na Divisão dos Estudantes e na Divisão dos Jovens, visando um futuro de paz. Cabe aos que estão vivendo na órbita do Mestre se lançarem à missão de lutar, mais que nunca, pelo fim da miséria humana, tornando os jovens a força propulsora da Soka Gakkai na sociedade, tendo sempre como ponto primordial a relação de mestre e discípulo. Um jovem líder do Japão relatou durante um curso de aprimoramento da SGI que, no episódio do festival de 1990 no Brasil, Ikeda sensei não pôde participar, apesar da luta dos jovens para chamar o Mestre. Os jovens ficaram tristes, porém se levantaram para realizar um festival maravilhoso. Esse movimento tocou o coração do Mestre que ficou muito sentido por não poder ir ao festival, pois percebeu que os jovens estavam se esforçando para encontrá-lo. Naquele momento, pegou uma bandeirinha e ficou andando na sala fazendo o pique-pique e falando Banzai! [‘Viva!’] para os jovens do Brasil. Quase ninguém viu isso, mas percebi quanto o coração dos jovens do Brasil estava próximo ao de Ikeda sensei e, depois disso, senti quanto a Divisão dos Jovens do Brasil cresceu. Que magnífico relato! Mesmo não vivendo a mesma época que os presidentes Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda, conhecemos e lutamos pelos mesmos ideais de paz e de educação pelos quais eles tanto sonhavam devido à luta do discípulo de perpetuar o sentimento dos mestres. Agora chegou o nosso momento de, por meio da nossa postura e das vitórias, mostrar a grandiosidade de Ikeda sensei e fazer brotar na vida das pessoas o verdadeiro juramento do discípulo de corresponder eternamente ao Mestre. Nossa missão é ainda mais grandiosa por mantermos e transmitirmos fielmente os ideais e direcionamentos de sensei atuando com sinceridade e gratidão com o espírito de “O que o Mestre faria agora?” e “Como ele agiria nesta situação?”. O presidente Ikeda mencionou Johann Wolfgang von Goethe, o qual afirmou que “Um bom professor extrai o melhor dos seus alunos e as ações deles, por sua vez, ramificam-se infinitamente”.1 E o próprio sensei concluiu que “Expandir ilimitadamente novas vitórias e agregá-las às notáveis realizações do mestre constitui a honrosa luta do discípulo”.2 Portanto, cabe aos discípulos Ikeda dar continuidade à “história de vitórias e de conquistas na qual o drama de mestre e discípulo brilhará com intensidade cada vez maior pelo mundo e pelo futuro” em busca da concretização do kosen-rufu. Matéria elaborada pelo Grupo Coração do Rei Leão da Coordenadoria Norte-Oeste Paulista (CNOP) Notas: 1. GOETHE, Johann Wolfgang von. Winckelmann and His Age. In: Essays on Art and Literature. GEAREY, John. (ed.). Tradução: Ellen von Nardroff e Ernest H. von Nardroff. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, v. 3, p. 114, 1994. Goethe’s Collected Works. 2. Brasil Seikyo, ed. 2.413, 31 mar. 2018, p. B1- B4. Foto: GETTY IMAGES
09/12/2023
Notícias
BS
Site da Academia Brasileira de Letras noticia falecimento de Ikeda sensei
O site oficial da Academia Brasileira de Letras (ABL) noticiou o falecimento do Dr. Daisaku Ikeda em postagem recente. Sensei ocupava a cadeira de número 14 como sócio-correspondente da instituição desde 1993. Leia mais em: https://www.academia.org.br/noticias/morre-daisaku-ikeda-socio-correspondente-da-abl
07/12/2023
Incentivo do líder
BS
Avançar juntos com sensei
Queridos companheiros da BSGI! Já havia escrito um primeiro texto e enviado para a Redação do Brasil Seikyo, mas com o falecimento do nosso querido mestre, não poderia deixar de compartilhar minhas reflexões com outro olhar. Ninguém pode dizer que está apto ou não antes de assumir e atuar. Se alguém achar que tem plena capacidade, provavelmente é uma pessoa arrogante (...), portanto, a capacidade é algo que não se cria da noite para o dia. Na verdade, no início nem é preciso tê-la. O importante é o desafio, a coragem de continuar desafiando a si próprio. Haja o que houver, mantenha a disposição de sempre avançar, sem desistir nem cair no desânimo.1 Esse incentivo de Ikeda sensei vem me acompanhando desde que assumi as responsabilidades pela liderança da Divisão Feminina. E venho compartilhando com várias outras pessoas que, assim como eu, levaram um susto ao assumir também suas responsabilidades como líder na organização. Com base nesse incentivo, sensei nos ensina que, quando despertamos para nossa missão — atuar pelo kosen-rufu —, o drama de transformar nosso carma e de realizar nossa revolução humana se desenrola a passos firmes. Quando falamos na responsabilidade de criar por si próprio a felicidade individual e ainda contribuir para felicidade das pessoas ao nosso redor, talvez alguns achem que seja difícil, complicado e provavelmente nem queiram essa responsabilidade. Certa vez, a um jovem que estava indeciso sobre iniciar a prática budista, pois, para ele, significava se conformar com alguns padrões e sacrifício da individualidade, o presidente Ikeda esclareceu: O Budismo Nichiren expõe o princípio da cerejeira, ameixeira, pessegueiro e damasqueiro. (...) E está bem ser quem você é. (...) Há, porém, uma diferença entre “ser quem você é” e “permanecer como está”. Se você se contenta em permanecer como está, nunca vai se desenvolver. Refletindo profundamente sobre quem você realmente é e qual o seu propósito na vida, somando esforços e mais esforços e desafiando a si mesmo sem esmorecer, fará desabrochar a flor da sua missão na vida. É o que acontece quando se põe em prática o princípio da “cerejeira, ameixeira, pessegueiro e damasqueiro”.2 Quando oramos, apoiamos e cuidamos das pessoas ao nosso redor, ajudando-as a extrair sua máxima força e coragem, nossa vida, na mesma proporção, se fortalece. Esse é o maravilhoso resultado adquirido por meio da prática da fé. Acredito que o importante é pôr a vida em movimento, realizar ações concretas e despertar nosso potencial máximo por meio da prática da fé. Assim como Ikeda sensei expõe em outro incentivo: Meu mestre dedicou sua vida e espírito para me desenvolver, e eu me empenhei com todo o meu ser para corresponder às suas expectativas. Sou o que sou hoje devido a essa atuação de mestre e discípulo, transcendendo a vida e a morte. Da mesma forma, a Soka Gakkai alcançou seu atual desenvolvimento global porque se dedicou a propagar a Lei com o espírito da unicidade de mestre e discípulo ensinado por Nichiren Daishonin. Esse é um fato que não podemos jamais esquecer ou ignorar.3 Discípulos Ikeda, vamos, agora ainda mais, vencer infalivelmente, atuar com alegria e gratidão e em união harmoniosa com as demais divisões, solidificar a organização construída com muito suor, dedicação e luta de Ikeda sensei. Finalizo com outro incentivo de Ikeda sensei em que ele fala sobre o coração de mestre e discípulo. No momento em que o sol do compromisso compartilhado entre mestre e discípulo surge em nosso coração, começa uma grande transformação. Não há nenhum carma que não consigamos superar, nenhuma batalha que não sejamos capazes de vencer. A vitória do discípulo é a vitória do mestre. A vitória do mestre é a vitória do discípulo. Este é um dos mais profundos princípios do budismo e representa também a essência da unicidade de mestre e discípulo.4 Vamos vencer com o mesmo espírito e coração de Ikeda sensei, honrando sua vida eternamente. Caloroso abraço! Claudia Nakamassu Vice-coordenadora da Divisão Feminina da BSGI Notas: 1. IKEDA. Daisaku. Nova Rota. Nova Revolução Humana, v. 10. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. 2. Idem. Coragem. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018, p. 162. 3. Brasil Seikyo, ed. 1.820, 19 nov. 2005, p. A2. 4. Idem, ed. 2.012, 21 jun. 2009. Ilustração: GETTY IMAGES
07/12/2023
Incentivo do líder
BS
“Olá! Podemos conversar?”
Queridos companheiros da nossa amada BSGI, hoje, gostaria de falar um pouco sobre um grandioso pilar do nosso movimento — a visita familiar! Acredito que muitos de nós tenham guardado na memória histórias de visita realizada, recebida ou até episódios compartilhados por algum companheiro. Essas experiências também são encontradas nas próprias orientações do nosso mestre, Dr. Daisaku Ikeda, e no romance Nova Revolução Humana, de sua autoria. Ao longo dos meus anos de prática, tive a oportunidade de vivenciar visitas realizadas e recebidas em várias ocasiões. Elas me trouxeram incentivos, coragem e esperança para superar as dificuldades que estava enfrentando. Isso me faz recordar uma visita que fiz há mais de três anos. Estávamos com uma grande campanha visando à vitória na academia do danshibu, em Manaus, AM. O objetivo do movimento era nos encontrar com o máximo de companheiros para incentivá-los a participar e a alcançar a vitória nessa atividade. Enquanto realizávamos essas visitas, tivemos a chance de visitar um conhecido de longa data, com quem atuamos juntos no grupo Taiyo Ongakutai. Ele fazia parte da Banda Infantojuvenil e eu era responsável por dar aulas de flauta doce. Nossa convivência já durava dez longos anos, e eu estava entusiasmado com essa oportunidade. Naquele período de sua vida, ele não participava das atividades nem recebia visitas. Após confirmarmos com a mãe dele, fomos ao encontro do jovem, sendo bem recebidos por ambos. Iniciamos uma conversa e, em meio ao diálogo, compreendemos os motivos de ele estar afastado das atividades. Então, ele começou a se abrir e nos aprofundamos nos assuntos. A visita transcorreu de forma leve e, em certo momento, nós o convidamos para participar da academia, e firmamos juntos o compromisso de mostrar o real aspecto da prática do budismo e da organização. Queríamos ilustrar com isso que as situações pelas quais ele passou não representavam a organização que sensei construiu. Feito esse juramento, perguntamos: “Você gostaria de se juntar a nós nessa academia e aprender mais sobre o Budismo Nichiren e a Soka Gakkai?”. Ele respondeu: “Vou participar, porque é você quem está me convidando. Para mim, você é uma pessoa de confiança”. Naquela hora, experimentei uma alegria imensa e, ao mesmo tempo, senti a grande responsabilidade de me esforçar ainda mais para corresponder às aspirações desse danshibu. Ouvir isso me deixou com o coração repleto de gratidão. Foi algo que me ajudou a enfrentar os desafios daquela época, na qual eu lutava contra a ansiedade e a depressão. Saber que alguém confiava em mim e contava comigo, sem dúvida, me deu muita força. Tudo isso me fez lembrar de um incentivo do nosso mestre que li na Nova Revolução Humana: Para desenvolver pessoas de valor é importante oferecer incentivos e orientações adequadas a cada uma. [...] Mesmo que a organização aparente estar crescendo, se essas atividades básicas não são promovidas não ocorrerá a criação de seres humanos valiosos e capazes e a organização acabará certamente diante de um impasse.1 No mês seguinte, comentamos que o primeiro integrante da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) que chegasse à sede regional para a atividade ganharia um presente surpresa. Enquanto estávamos esperando pelos membros, quem chegou primeiro? Sim, ele mesmo, o jovem danshibu. Quando a atividade começou, entregamos o presente a ele, um livro dedicado à DMJ. Os meses foram se passando e as atividades nesse período se tornaram apenas virtuais. Porém, conforme o combinado, ele participou de todas as reuniões. Ao término dos módulos da academia, fizemos uma nova visita para ele. E, por fim, perguntamos: “Você gostaria de continuar praticando?”. “Você acredita que mudou sua concepção da Gakkai e do budismo com a ajuda da academia?”. Para nossa alegria, ele disse que sim. Falou que a academia conseguiu mudar essa visão que ele tinha da organização. Essa história se tornou um tesouro em minha vida, pois não somente mostrou o real significado de prezar cada pessoa, como foi uma grande virada para eu vencer uma batalha pessoal e me fortalecer como praticante do budismo. Foi uma experiência que transformou a vida de quem recebeu uma visita, mas principalmente a de quem a realizou. Felipe Augusto Mariano da Silva Coordenador da DMJ da CRE Oeste Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Triunfo. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 4, p. 71. 2020. Ilustração: GETTY IMAGES
09/11/2023
Notícias
BS
Mostra cultural no Colégio Soka
No livro Juventude: Sonhos e Esperanças, lemos: “A arte e a cultura deveriam ser compartilhadas e desfrutadas por todos. Elas não discriminam. Quando encontramos o belo, retornamos para a essência de nossa humanidade, em que todas as pessoas são iguais”.1 Tais percepções do autor, Dr. Daisaku Ikeda, fundador das instituições Soka de ensino, podem ser sentidas e vivenciadas nas mostras culturais promovidas pelo Colégio Soka do Brasil, localizado no bairro da Saúde, em São Paulo, SP. É uma programação organizada anualmente com o objetivo de oferecer a todos a oportunidade de apreciar e vivenciar as práticas pedagógicas aplicadas e acompanhar o desenvolvimento dos alunos. Nos últimos anos, as Propostas de Paz enviadas à ONU pelo Dr. Daisaku Ikeda, como presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), bem como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), têm sido fontes de inspiração para o desenvolvimento dos trabalhos apresentados na exibição. A edição 2023 da mostra ocorreu no dia 21 de outubro, na sede do Colégio Soka, por onde passaram 850 pessoas. Com o tema “Soka: Protagonistas da Paz, Cultura e Educação”, alunos e professores desenvolveram diversificados trabalhos, trazendo profundas reflexões e novos aprendizados. Assuntos como alimentos, natureza, água, tecnologia, saúde e bem-estar, globalização, pesquisa acadêmica, riqueza brasileira e diversas oficinas fizeram parte da programação. Além da exposição dos trabalhos, os alunos realizaram apresentações e forneceram explicações dos projetos, junto com desfile de moda, peças teatrais e apresentações musicais. No topo: intervenção artística apresentada no evento promovido no Colégio Soka, em São Paulo Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Juventude: Sonhos e Esperança. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 230, 2020. Foto: Colaboração local
09/11/2023
Editorial
BS
O que você almeja?
A cada edição do Brasil Seikyo, temos a imensa alegria e a boa sorte de entrarmos em contato com as palavras do presidente Ikeda. Por vezes, apreciamos fotos do casal Ikeda que nos remetem ao ponto primordial de jamais desistir. Mesmo passando por questões desafiadoras, ao lermos um incentivo, renovamos nossa disposição e experimentamos a certeza da célebre frase de Nichiren Daishonin: “O inverno nunca falha em se tornar primavera”.1 Nesta edição, publicamos a mensagem de Ikeda sensei para a 16a Reunião de Líderes da Soka Gakkai. Nela, ele enfatiza as comemorações do Dia da Fundação da Soka Gakkai, 18 de novembro, do 10o aniversário do Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu e da partida rumo a 2024, “Ano do Descortinar da Soka Gakkai de Força Jovem Mundial”. Em um trecho, Ikeda sensei fala sobre a recitação do daimoku: O Nam-myoho-renge-kyo que recitamos é o som do mais elevado respeito à “dignidade da vida” e à “harmonia universal”. Além disso, ele é a força fundamental para impulsionar a “segurança e tranquilidade da terra” e a “paz mundial”.2 Nossa organização foi fundada em 18 de novembro de 1930. Com relação à definição do nome, Soka Gakkai, Ikeda sensei registrou: “Soka significa ‘criação de valor’ ou ‘criação de felicidade’. O ideograma chinês para Soka significa ‘criar’ e pode ser lido como hajimeru, que quer dizer ‘começar’”.3 Leia mais no Especial sobre a fundação nesta edição. Novembro é um mês de grandes marcos. No Brasil, é um dos meses da primavera, estação caracterizada pela floração de diversas plantas. Assim, encorajados pelo exemplo das flores, que suportam as intempéries, vamos resistir a tempos árduos e florescer no momento certo. Coroando nossa vida com os incentivos de Ikeda sensei, vamos almejar a vitória e nos tornar cada vez mais fortes. Nosso desejo é que cada encorajamento contido neste BS o inspire a ultrapassar a tudo como genuíno discípulo Ikeda, seguindo os dizeres do Mestre: Independentemente de quais intempéries da vida, vençam a qualquer custo! Quanto mais bravias as tempestades, enfrentem com ainda maior determinação e alcem o grandioso voo com as asas da luta conjunta de mestre e discípulo!4 Façamos do agora a oportunidade ideal para garantir o caminho da vitória absoluta! Ótima leitura! Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 559, 2020. 2. Brasil Seikyo, ed. 2.646, 11 nov. 2023, p. 4. 3. RDez, ed. 251, nov. 2022, p. 3. 4. Brasil Seikyo, ed. 2.062, 4 dez. 2010, p. A2.
09/11/2023
Notícias
BS
Eternos laços de gratidão
Transmitida ao vivo pela internet para todo o Brasil, aconteceu no Palácio Memorial da Paz Eterna, localizado no Centro Cultural Campestre, em Itapevi, SP, a cerimônia de finados, na manhã do dia 2 de novembro. O objetivo principal da solenidade é envolver os entes queridos por meio da oração do daimoku de familiares e amigos e, dessa forma, demonstrar respeito, consideração e gratidão às pessoas com as quais estiveram juntas durante a nobre existência delas. Camila Akama, coordenadora da Divisão dos Estudantes, e Selma Inoguti, coordenadora da Divisão Feminina, proferiram palavras de cumprimento, enfatizando que a felicidade dos entes falecidos está ligada à vitória de familiares e amigos. Por isso, a importância de jamais deixarem que a tristeza domine o coração e que os familiares e amigos reforcem o juramento para toda a vida. Miguel Shiratori, presidente da BSGI, incentivou os participantes com uma orientação de Ikeda sensei. No Budismo de Nichiren Daishonin, aprendemos que oferecer orações baseadas na Lei Mística, recitar o Nam-myoho-renge-kyo, é o melhor e o mais elevado oferecimento que podemos efetuar aos falecidos. Os laços de vida a vida cultivados na presente existência, não são cortados ou extintos com a morte. Embora sejam invisíveis como as ondas de rádio, esses laços duram eternamente. Com esta profunda convicção, embora a tristeza da perda possa demorar, não haverá sensação de solidão. Lágrimas de tristeza se transformarão em lágrimas de um novo compromisso (...), esforçando-se (...) como sucessores que darão continuidade às aspirações do falecido.1 Finalizando, Shiratori incentivou todos a transformar as circunstâncias adversas com uma sólida visão, de uma vida de tristeza para uma vida de ilimitada alegria. Disse que, com o poder da Lei Mística, renascemos na companhia de nossos entes queridos e incentivou os familiares a lembrar os bons momentos vividos. Explicou que a condição de felicidade dos familiares com base na oração sincera é a mais efetiva prova da felicidade também daqueles que faleceram. Com o mais profundo respeito, o grupo Taiyo Ongakutai apresentou a canção Sekai no Tomo To, que significa “Com os Amigos do Mundo”. Depoimentos dos participantes da cerimônia. Senti uma emoção diferente. Aqui é um local que transmite paz e sou grata por este ser um espaço tão nobre para nossos entes falecidos. Meu maior sentimento é de gratidão por Ikeda sensei e pela organização. Aparecida Maçako Narimatsu, consultora de RM, com o filho, Renato, à dir., e o neto, Bruno, à esq. *** Meu sentimento é de paz e harmonia interior. Participo desta cerimônia em memória do meu filho junto com meus familiares. Moro em Brasília, DF, e esta é a primeira vez que participo presencialmente. Este lugar nos remete a muita paz e à dignidade aos nossos entes falecidos. Esta solenidade acalma nosso coração. Tania Maria Leite Gomes Pinheiro Marques, terceira à esq., com seus familiares *** No dia 11 de fevereiro deste ano, vim até aqui para realizar a guarda de cinzas do meu esposo. O líder que fez a cerimônia me incentivou e suas palavras ficaram gravadas em meu coração. Compartilhei com minhas líderes esse desejo em participar da cerimônia de finados e todas nós decidimos vir de Santa Catarina para participar. Hoje, minha decisão, representando meu esposo, que me ensinou esse espírito de mestre e discípulo, é de jamais desistir desta prática, ser eternamente grata e, por meio do meu exemplo, inspirar outras pessoas. Valéria da Silva Sá, integrante da Divisão Feminina da RM Joinville, segunda à esq., com as líderes de Joinville, Balneário Camboriú, Timbó Nota: 1. Cf. Terceira Civilização, ed. 572, abr. 2016, p. 42. Fotos: BS
09/11/2023
Notícias
BS
Informação também é autocuidado
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. O movimento surgiu em 1990 quando houve a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. No Brasil, a campanha de conscientização começou em 2002. Na Grande São Paulo, em Osasco, os membros dos Distritos Veloso e Quitaúna promoveram o encontro com a participação de membros das Divisões Feminina e Feminina de Jovens. Dividido em módulos, as participantes dialogaram sobre como ter uma vida saudável e sobre a importância de atividade física. Além disso, tiveram a oportunidade de assistir a palestras sobre os temas: câncer de mama, cuidados com a voz e a fase do ciclo menstrual na atividade física, com a participação de profissionais da saúde. “Esse encontro tem um significado muito importante para todos nós. Todas as participantes, após a atividade, têm a missão de ser agentes da transformação da sua própria vida e que essa ação também influencie nossa sociedade”, compartilha Anne Karenina, responsável pela Divisão Feminina do Distrito Veloso. No topo: membros dos Distritos Veloso e Quitaúna durante o evento com o tema Outubro Rosa Foto: Colaboração local
09/11/2023
Discurso
BS
“Vamos expandir amplamente o círculo de amizade”
Discurso do diretor-geral da Soka Gakkai, Shigeo Hasegawa, proferido na 15ª Reunião de Líderes da Soka Gakkai, realizada no Auditório Memorial Toda, em Sugamo, Tóquio, em 2 de setembro de 2023. SHIGEO HASEGAWADIRETOR-GERAL DA SOKA GAKKAI Sinceros parabéns pela realização da 15ª Reunião de Líderes, emocionante e repleta de esperança! No dia de hoje, estão participando 108 companheiros de 44 países e territórios, em especial, os jovens líderes que vieram ao Japão para o Curso de Aprimoramento dos Jovens da SGI. Sejam muito bem-vindos de locais tão distantes. Gostaria de recepcioná-los de coração. Bem-vindos! Recentemente, os membros da Malásia e de Singapura celebraram 35 anos desde a primeira visita de Ikeda sensei ao seu respectivo país. Nessa ocasião, o presidente Harada e o vice-presidente Tanigawa visitaram esses países. Em ambos os países, as atividades comemorativas foram realizadas majestosamente. Ao mesmo tempo, na Malásia, a Faculdade Universitária Nova Era concedeu o título de doutor honoris causa em literatura a Ikeda sensei. Além disso, no encontro com o ministro do Interior, Saifuddin Nasution Ismail, este manifestou sinceras felicitações pela inauguração do Colégio Internacional Soka da Malásia, na manhã daquele dia, a primeira escola internacional no mundo a ostentar a palavra Soka em sua denominação. No dia de hoje, estão participando os representantes de ambos os países, Malásia e Singapura. Meus sinceros parabéns! Ao observarmos o grande progresso desses dois países, podem-se lembrar de dois companheiros pioneiros, hoje já falecidos. Um deles é Koh Kian Boon, de Singapura. O outro é Qua Teng Leng, da Malásia. São pessoas de grande mérito que participaram da Conferência para a Paz Mundial, realizada em Guam, na fundação da SGI, em 26 de janeiro de 1975. Sempre que o Sr. Koh vinha de Singapura ao Japão, Ikeda sensei se encontrava pessoalmente com ele e o incentivava. Em contato com essa sinceridade do Mestre, o Sr. Koh se emocionava, dizendo: “Sensei me recebe como se estivesse recepcionando um emissário do Buda”. Então, decidiu construir uma organização ideal em Singapura de acordo com a expressão: “Deve se levantar e cumprimentá-lo de longe, com o mesmo respeito que demonstraria ao Buda”.1 Como primeiro diretor-geral da Soka Gakkai de Singapura, construiu o sólido alicerce do kosen-rufu do país, inabalável diante das estratégias covardes do clero herético e dos traidores da organização. Por outro lado, Qua Teng Leng da Malásia se converteu ao budismo por intermédio de Koh Kian Boon [de Singapura]. Ele se converteu com base em uma única palavra convicta de que “Com essa prática da fé, alcançará a felicidade na medida do seu esforço, nem um pingo a mais nem a menos”. O Sr. Teng Leng conduziu o irmão mais novo, Sr. Teng Hong, à prática budista e os dois irmãos passaram a se empenhar pelo kosen-rufu da Malásia. Ikeda sensei continuou incentivando os irmãos Qua, aproveitando sempre as oportunidades de que dispunha, para se aprofundar nos detalhes. Eu mesmo tive a chance de presenciar um momento em que Ikeda sensei encorajava os irmãos Qua em várias ocasiões. Muitas e muitas vezes senti a profunda emoção da sincera preocupação do sensei pelos dois, como também pelo seu espírito de procura de sinceridade única. O Sr. Teng Leng foi o primeiro responsável pela Regional Malásia, e o Sr. Teng Hong, o segundo responsável. E, então, passou a atuar como o primeiro diretor-geral da SGI-Malásia. O capítulo “SGI”, do volume 21, do romance Nova Revolução Humana, descreve a cena em que Ikeda sensei orienta Koh Kian Boon e Qua Teng Leng, que participavam lado a lado, com largo sorriso no rosto, da conferência realizada em Guam no dia 26 de janeiro, com as seguintes palavras: “Em benefício do futuro, continuem treinando os jovens. Não temos escolha a não ser confiar o século 21 aos jovens. Todas as áreas que tiverem cultivado jovens serão vitoriosas”.2 Em exato acordo com essa orientação, hoje, tanto em Singapura como na Malásia, foi construído imponentemente o castelo de “valores humanos”. “As ações de valorizar completamente uma única pessoa” de Ikeda sensei, que perseverou com o espírito dos oito ideogramas de “deve se levantar e cumprimentá-lo de longe, com o mesmo respeito que demonstraria ao Buda”, tais como os oito pilares do Daiseido, criaram um “valor humano” que se levantou só, e este, por sua vez, inspirou outras pessoas, sucessivamente. Essas ações estão relacionadas com a expansão da legião de novos emergidos da terra. Dessa forma, rumo ao 10º aniversário da conclusão do Auditório do Grande Juramento, vamos renovar o juramento seigan de mestre e discípulo, diretamente ligado a Ikeda sensei, e expandir amplamen-te o círculo da amizade, tanto dentro como fora da organização, no local em que nos encontramos agora, valorizando uma única pessoa e perseverando nas ações para incentivá-la. Participantes da reunião de líderes realizada no Auditório Memorial Toda (Tóquio, 2 set. 2023) No topo: Diretor-geral da Soka Gakkai, Shigeo Hasegawa, discursa na 15a Reunião de Líderes da organização (Tóquio, 2 set. 2023) Notas: 1. Sutra do Lótus, cap. 28. Cf. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 14, 2019. 2. IKEDA, Daisaku. SGI. Nova Revolução Humana. v. 21. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, p. 59, 2020. Fotos: Seikyo Press
11/10/2023
Encontro com o Mestre
BS
Vida — sua beleza supera até os céus
Contemple o vasto céu noturno,converse com o luar,e purifique sua mentenas estrelas cintilantes.Quanto esse tipo derelacionamento com o universoenriquece os corações!Apesar de se encontrar no mundo real da vida diária,quando se recita um sonoro gongyo e daimoku,esse corpo abre uma grandiosa condição de vida,que parece abraçar com calma o universo. Quando a humanidade refletir sobrea história do planeta Terra e, ainda,viver observando a vastidão dos céus,certamente perceberá aestupidez das disputas de mente estreita ea importância da paz.Ao avançar observando a majestosa eternidade,compreenderá quanto são vaziosos conflitos provocados por minúsculo egoísmo. Muitas vezes o ser humano fica tão apegado aospróprios pensamentos e sentimentos queacaba ficando preso ao mundo do seu “pequeno eu”.Quando se une aos companheirosem prol da sublime missão pelo kosen-rufu,despertando-se para ela,rompe-se a concha do “pequeno eu”, e abre-se um “grande eu”.Nesse momento, sua individualidade tambémpode brilhar de forma majestosa. O kosen-rufu é o desejo do Buda eo grande caminho da esperança da humanidadeFelicidade das pessoas e a paz do mundo —não há existência tão valorosa e sem arrependimentoscomo aquela do juramento seigan de viver por esse nobre ideal. Existe algo na face da Terra cuja belezasupera as estrelas, e nunca é menor que elas.É o brilho da vida humana queluta persistentemente, sem temor,pelo bem da justiça.A solidariedade dos seres humanos, que vivem esobrevivem por uma crença correta, éo maior tesouro do universo que lança seu brilho,tal como uma estrela de primeira grandeza. No topo: Muito além do verde das plantas e das árvores, a lua brilha intensamente. Foto tirada por Ikeda sensei no Auditório Memorial Makiguchi de Tóquio, localizado em Hachioji, em novembro de 2005. É uma cena da noite de lua cheia do final de outono. O verão de intenso calor fica para trás, dando lugar ao outono. Assim avançam as estações do ano. O movimento do universo não cessa nem por um único momento sequer. Nichiren Daishonin afirma em seus escritos: “O poder da Lei budista possibilita ao Sol e à Lua manter seu movimento ao redor do mundo”.1 Isso significa que o ritmo fundamental que movimenta o grande universo é a Lei Mística. Se estiver em conformidade com essa Lei Mística, poderá evidenciar a infindável energia vital. Fazendo emergir a sabedoria e a coragem por meio do daimoku da prática individual e altruística, vamos avançar rumo ao dia 18 de novembro do juramento seigan. Nota: 1. Cf. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 717, 2020. Publicado no Seikyo Shimbun de 10 de setembro de 2023.
11/10/2023
Matéria da Divisão Sênior
BS
Divisão Sênior + diversidade Soka = menos diferenças, mais solidariedade
Como você percebe que a diversidade dos seres, das cores, das formas, dos sons, dos sabores, dos cheiros contidos neste universo impacta sua existência diariamente? De que forma sua “vida”, e a diversidade existente e contida nela, particular e única neste mundo, afeta e provoca reações em todos ao seu redor? Aparentemente, são duas questões “simples” para uma roda de conversa entre amigos; no entanto, podem gerar respostas na mesma diversidade que o tema escolhido pela Divisão Sênior para estudar este mês. Abrange o princípio de “diferentes em corpo, unos em mente” (itai doshin), apresentado pelo Budismo de Nichiren Daishonin e amplamente difundido e exercitado diariamente pelos praticantes da Soka Gakkai Internacional (SGI) em todo o mundo. Além disso, engloba o princípio de prezar e zelar pela própria vida, reconhecendo o “mundo dos budas” inerente às outras pessoas “diferentes de você mesmo/mesma” em vários aspectos: nacionalidade, gênero, idade, escolaridade, ocupação na sociedade, doutrina religiosa, cor da pele, cor dos olhos, se possui ou não cabelos longos ou curtos, orientação sexual, pessoas com deficiência, dentre outros aspectos que caracterizam a própria diversidade humana que, por natureza, também é diversa e diferente dentro do universo. É, ao mesmo tempo, “integrado, adaptado e interdependente dessa diversidade”, pois o ser humano não conseguiria viver sem essa relação de “unicidade da vida e seu ambiente” (princípio de esho-funi, exposto no budismo propagado pela SGI). Desde o século 13, o buda Nichiren Daishonin ensina sobre essa diversidade ao refutar outros sutras e ensinamentos budistas anteriores, afirmando e comprovando que o Sutra do Lótus é o único ensinamento essencial capaz de iluminar e salvar as pessoas — inclusive as mulheres, haja vista os ensinamentos que não reconheciam a iluminação delas — da escuridão fundamental, ou seja, quando o ser humano é guiado pelos maus caminhos, desprezando e até subjugando outros seres humanos, gerando sofrimentos para a própria vida e para aqueles ao redor, nos Últimos Dias da Lei, ou dias atuais. A força da cultura Soka Mais de setecentos anos depois da existência do buda Nichiren Daishonin, a Soka Gakkai surge para divulgar e promover, de forma concreta, esse movimento de respeito à dignidade da vida, despertando a criação de “valores humanos” em todos os cantos do planeta, reconhecidamente sob a liderança dos Três Mestres: Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e Daisaku Ikeda. Na fundação da Soka Gakkai, em 18 de novembro de 1930, o presidente fundador, Tsunesaburo Makiguchi, e seu discípulo e posterior segundo presidente, Josei Toda, ambos educadores, nomearam inicialmente a organização de Soka Kyoiku Gakkai [Sociedade Educacional de Criação de Valor]. “A educação é a força básica que constrói o futuro de cem ou duzentos anos. Esta é a nossa imutável crença e convicção”.1 A responsabilidade por expandir e dialogar com mais de 1.600 personalidades mundiais coube ao atual presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda. Por meio desses diálogos, estabeleceu laços de amizade e apresentou a visão budista da diversidade da vida e do universo, ao mesmo tempo em que os praticantes da SGI se desenvolviam nas sociedades locais, colaborando e contribuindo para o exercício do humanismo, mesmo enfrentando dramas e desafios individuais. Muitas personalidades mundiais reconhecem a influência do Dr. Daisaku Ikeda, chamando-o de “mestre”, apesar de não praticarem este budismo. São mais de 562 títulos de cidadania e mais de 400 títulos acadêmicos por todo o mundo.2 Os direitos humanos e a “Universidade Mandela” Dentre essas personalidades, é fascinante observar a forma como Daisaku Ikeda, Austregésilo de Athayde e Nelson Mandela se dedicam aos direitos humanos. Cada qual começou com desafios únicos: um em decorrência da guerra mundial, outro pela opressão da ditadura militar brasileira e outro pela luta contra o apartheid. Eles puseram esses ideais em prática na própria vida em prol dos direitos humanos da humanidade. Pode-se dizer que se trata de uma união de pensadores diversos com o propósito de enriquecer a vida das pessoas, concentrando-se especialmen-te na educação. O foco deles é a geração de jovens sonhadores para levar avante esse objetivo. No livro Diálogo — Direitos Humanos no Século 21, Austregésilo de Athayde fala sobre a sua admiração por Ikeda e Mandela. A construção do mundo moderno está sendo feita com personalidades mais expressivas como Nelson Mandela e Daisaku Ikeda. Todas as suas lições, ideias e pensamentos construtivos serão apontados, na continuidade do tempo, como forças determinantes do advento do dia em que se possa proclamar que todos os homens são iguais e livres tal como nasceram.3 A “Universidade Mandela”, como o próprio Nelson Mandela denominou a prisão em que esteve por longos anos, representou para ele um período de muito estudo e enriquecimento espiritual, e ainda fez com que os outros presos compartilhassem seus conhecimentos. Assim como Gandhi que, mesmo aprisionado, trocava correspondências com o grande poeta Tagore. Em um trecho, Daisaku Ikeda enfatiza a importância da educação e como deve ser nossa convicção: A educação é o meio para oferecer aos homens a mais perfeita formação como seres humanos. Podemos dizer que sua natureza real se encontra na luta contra o poder e o autoritarismo que tentam desumanizar os seres humanos.4 Com isso, aprendemos que, independentemente das diferenças, podemos transformar o local em que estamos em fonte de crescimento sem perdermos de vista nosso ideal: promover o movimento pelo kosen-rufu e a prática do shakubuku por meio de diálogos sinceros e constantes, mesmo “diferentes em corpo, unos em mente”, de respeito e reverência à outra vida diante de si. E com a união da diversidade cultural, podemos criar uma sociedade empoderada, que porá em prática o objetivo da construção de uma sociedade mais justa e baseada nos direitos humanos. A interação do Mestre com o tema diversidade Desde 1983, anualmente, a cada dia 26 de janeiro, data da fundação da SGI, o presidente Ikeda apresenta e envia para a Organização das Nações Unidas (ONU) sua proposta de paz, composta por fundamentos, argumentos e ações práticas para implementações, com sugestões visando superar os desafios atuais da humanidade. Por exemplo, na Proposta de Paz de 2014, intitulada Criação de Valores Humanos: A Construção de um Mundo Solidário, Capaz de se Recuperar de Tantas Aflições,5 e em outros documentos, o tema diversidade também é abordado. Na obra Nova Revolução Humana, volume 30, parte 2, Ikeda sensei fala constantemente sobre a diversidade de uma ótica realista no capítulo “Brado da Vitória”: Outra denominação para o buda é “herói do mundo”. Porque ele é uma pessoa que conduz corajosamente as pessoas do povo neste mundo. Por isso, nós, que somos discípulos do buda Nichiren Daishonin, acima de tudo, temos de ser líderes fortes que conquistam a confiança em meio ao mar revolto da realidade da sociedade. Outro nome para o buda é “tolerância” (...) Às vezes, acontece de o ser humano ser influenciado pelos sentimentos e acabar magoando os outros devido à maneira de falar sem cuidado. No entanto, no mundo da prática da fé, jamais pode acontecer de se levar os companheiros a abandonar a organização por palavras e ações descuidadas ou que machuquem.6 De tudo o que foi exposto nesta matéria, pode-se concluir que o mais importante é a luta diária de cada um de nós em sintonizar-se com a “mesma mente do mestre” para assimilar atitudes, comportamentos e ações condizentes com a diversidade existente neste universo por meio da prática da Lei Mística. Notas: 1. ATHAYDE, Austregésilo de; IKEDA, Daisaku. Diálogo — Direitos Humanos no Século 21. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 60. 2. Cf. https://www.brasilseikyo.com.br/home/bs-digital/edicao/1/artigo/titulos-academicos-concedidos-ao-presidente-ikeda-atingem-a-marca-de-400/999560477 e https://www.brasilseikyo.com.br/home/bs-digital/edicao/1/artigo/especial-sobre-os-titulos-academicos-honorarios-dos-cinco-continentes-concedidos-ao-dr-ikeda/999560502. 3. ATHAYDE, Austregésilo de; IKEDA, Daisaku. Diálogo — Direitos Humanos no Século 21. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 56. 4. Ibidem, p. 60. 5. Terceira Civilização, ed. 549, maio 2014. 6. IKEDA, Daisaku. Brado da Vitória. Nova Revolução Humana. v. 30-II. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020. *** Reflexão sobre a matéria Mário Marcio Leite da Silva Vice-coordenador da DS da BSGI Somos mais de 8 bilhões de pessoas atualmente no mundo. E acredito que não seja necessário dizer que cada um é um indivíduo com seus dramas, suas emoções, sua natureza e singularidade. Nós somos humanos e extremamente diversos. A diversidade é uma característica fundamental da humanidade. Pensando nisso, gostaria de fazer uma reflexão com base nas orientações de Ikeda sensei extraídas do livro Coragem,1 que dizem: Observando a paisagem, recordei-me de que Nichiren Daishonin, em Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, declara que a cerejeira, a ameixeira, o pessegueiro e o damasqueiro, cada qual incorpora a verdade última da maneira como é, sem passar por nenhuma mudança.2 Esse ensinamento nos fornece um modelo básico da maneira como deveríamos viver nossa vida. A cerejeira floresce como cerejeira, para cumprir o papel que é exclusivamente dela. O mesmo vale para as ameixeiras, os pessegueiros e os damasqueiros. Deveríamos fazer o mesmo. Cada um de nós possui uma personalidade única. Temos o caráter e a natureza distintos e uma vida nobre e responsável. (...) Está bem ser quem você é. Você é respeitável do seu jeito. Fingir ser quem você não é ou exibir ares de superioridade, na verdade, apenas diminui e o enfraquece. Há, porém, uma diferença entre “ser quem você é” e “permanecer como está”. Se você se contenta em permanecer como está, nunca vai se desenvolver. Essas orientações realmente nos fazem repensar a importância e o valor de cada vida humana. Ikeda sensei abre nossos olhos com a visão iluminada de Nichiren Daishonin, fazendo-nos compreender que cada pessoa possui sua própria natureza, seu modo de ser e de agir. E isso precisa ser respeitado e dignificado. Cada qual com sua singularidade é capaz de buscar sua melhor versão, ou seja, seu estado de buda único e especial. Por essa razão, não é necessário que as pessoas adotem o mesmo modelo ou que sigam a minha visão. É isso que torna esta filosofia budista tão extraordinária, a qual jamais separa, discrimina ou menospreza qualquer pessoa. Aprendemos a jamais desprezar o outro, mas sim a valorizar e respeitar a diversidade humana. Vamos juntos, com o mesmo coração benevolente do Mestre, unir nossas forças, de mãos dadas, na construção de uma cultura que valorize a vida e acredite na convivência harmoniosa entre as diferenças. Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Coragem. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 163 e 184. 2. Cf. The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, 2004. p. 200. *** DS de comprovação Thiago de Oliveira Thobias Sol da esperança Durante a minha infância e início da adolescência, enfrentei muitos conflitos existenciais. Eu me questionava sobre o motivo de ter nascido em uma família preta, pobre e periférica. Não compreendia a razão pela qual morávamos em um conjunto habitacional, dominado pelo tráfico de drogas e pela violência. Além disso, demorei a entender por que a maioria das famílias era de evangélicos, espíritas ou de religiões de matriz africana e somente a minha família e mais algumas eram de budistas. Com o passar do tempo, também fui vivenciando as primeiras situações de racismo, em que as pessoas questionavam minha beleza, minha capacidade intelectual, nível cultural e possibilidades de um futuro promissor, pelo simples fato de eu ser negro. Sem contar as ofensas, opressões e exclusões. Sempre fui muito introspectivo, reservado e observador. Costumava manter-me na minha, era de poucas palavras e quase nunca sorria. Nas atividades da Gakkai ou nos eventos sociais, sempre procurava ficar em um lugar onde ninguém me notasse, quando não dava um jeito de permanecer em casa nem de comparecer a tais reuniões. Mas... minha avó materna não sabia ler nem escrever. Como aprendi muito cedo, por volta de 4 ou 5 anos, minha avó me chamava para fazer gongyo e daimoku com ela ao chegar do trabalho e, em seguida, pedia para eu ler as orientações de Ikeda sensei e do Gosho. Não entendia por que ela ficava tão emocionada ao ouvir aquelas palavras. Conforme fui crescendo, mesmo após o falecimento dela, criei o hábito de orar e desenvolvi a paixão pelo estudo do budismo. Ao longo da minha juventude, também me dediquei a ler os diálogos de Ikeda sensei com diversas personalidades mundiais, o que foi ampliando minha visão de mundo e da vida além da minha realidade imediata. Com isso, vários questionamentos que eu tinha foram sendo respondidos. Minha autoestima aumentou cada vez mais quando compreendi que sou um bodisatva da terra, possuidor de ilimitado potencial da vida do Buda em meu interior. Percebi que havia nascido, por vontade própria, para cumprir uma missão que somente eu poderia realizar. Aquele sentimento de que “sou diferente” e “esse não é meu lugar” foi sendo substituído por “sou uma pessoa única e devo criar conexões com as pessoas”. Isso se deve ao fato de que todos possuem, dentro de si, a natureza e o potencial de buda. E é enfrentando os desafios da diversidade que enriquecemos nossa existência. Hoje, após viver uma juventude de desafios e de construção, e ser treinado por Ikeda sensei e pelos veteranos, tenho a oportunidade de atuar no Grupo Alvorada com uma perspectiva da vida renovada, para corresponder à seguinte expectativa do Mestre: Como membros que dignificam o significativo nome ‘alvorada’, façam subir constantemente o sol da esperança em sua vida por mais que esteja encoberto pelas trevas de preocupações e de dificuldades. (...) Vençam a fraqueza alojada dentro de si mesmos e superem todas as formas de obstáculos e de maldades.1 Thiago de Oliveira Thobias, responsável pelo Distrito 6 de Novembro, CGERJ À esq., Thiago, e, à dir., com a esposa Tatiana e os filhos Lucas e Nicolas Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.695, 12 abr. 2003, p. A8. Foto: Arquivo pessoal
11/10/2023
Matéria da Divisão Feminina
BS
“Shitei funi é a minha vida” e “Avançar é a nossa missão”
Querida amiga, acreditamos que, ao ler o título da matéria, você tenha se lembrado do amado grupo Zenshin. Acertamos? Do lado de cá, nosso coração, que já estava apertado de saudade, agora transborda de felicidade por conversar contigo hoje. Então, prepare-se, pois vamos compartilhar novidades. \o/ \o/ \o/ Afinal, tanta coisa aconteceu desde o dia 4 de junho deste ano (data da partida da Divisão Feminina (DF) em torno da nova coordenadora Selma Inoguti). Não podemos deixar de falar do grandioso movimento que realizamos juntas com todas as rainhas do Brasil, o “Desafio do Daimoku dos Cem Dias” da Divisão Feminina. Foi mais que um movimento, concorda? Foi a oportunidade para juntas darmos um passo de avanço [ou melhor, cem passos, hehehe] rumo ao hosshaku-kempon.1 Um período intenso em que as companheiras — novatas e veteranas —, unidas em oração e com a disposição de ‘muito mais daimoku’, criaram uma grande onda de esperança e de determinação. E você sabe qual é a origem do “Daimoku dos Cem Dias”? Amiga, vou lhe contar. Mas não se preocupe, porque esse desafio é na medida da vida de cada uma. Ou seja, cada companheira sempre terá a liberdade de lançar seu desafio diário, bem como a duração dele. Sendo assim, cem dias são apenas uma referência e um grande estímulo para manifestarmos nosso aspecto de vitória absoluta com base na convicção, na alegria e na sabedoria do daimoku. “Aquele que vive com esperança é forte. Não é derrotado por nada. Transborda sabedoria, coragem e paixão para abrir as portas de qualquer circunstância adversa. E um exemplo de ‘pessoa de esperança’ foi Alexandre, o Grande”.2 A trajetória de Alexandre, rei da Macedônia,3 que, nos “primeiros cem dias” de seu reinado, combateu as forças da oposição e conquistou a confiança do povo, nos faz perceber que os cem primeiros dias de um grande objetivo, projeto ou empreendimento são decisivos, pois é nesse período inicial que impulsionamos os primeiros passos e estabelecemos um ritmo consistente para alcançar a vitória. Ao observar os atributos que levaram Alexandre a triunfar, podemos citar a rapidez em suas ações, a forte determinação de vencer a todo custo e o espírito de jamais deixar de avançar. Nova era do grupo Zenshin, uma nova fase de avanço Zenshin significa “avanço”, e foi a partir da forte determinação do presidente Ikeda e da profunda relação de mestre e discípulo que o grupo surgiu. Ser Zenshin é sintonizar-se ao coração do mestre e buscar constantemente o autoaprimoramento, conduzindo uma vida que avança em primeiro lugar na revolução humana. E foi justamente em meio ao “Daimoku dos Cem Dias”, da Divisão Feminina [promovido de 4 de junho a 12 de setembro de 2023], que entramos em uma nova fase do grupo Zenshin. É isso mesmo, amiga! Vamos juntas continuar a escrever o 31º volume da Nova Revolução Humana (NRH) da nossa vida, atuando com as boas companheiras em união harmoniosa (novatas e veteranas). Agora é a hora! O que essa nova fase nos reserva? Daimoku todo dia 19? Sim. Encontros do grupo Zenshin? Teremos dois encontros anuais. Diálogos calorosos baseados na leitura da Nova Revolução Humana? Teremos (inclusive, que tal atualizar a leitura individual da NRH e compartilhar nos encontros de sua localidade seu trecho preferido?). #ficaadica Incentivos do Mestre por meio do livro Flores da Felicidade, volume 2? Teremos. “Pé na estrada” e movimento de visitas? Teremos. Por aqui, estamos superanimadas e prontas para continuar a avançar, a encontrar e a dialogar com cada companheira. Bora, amiga? (Nós já estamos com roupa de ir, e você?) Então, anote na agenda nosso próximo encontro: Encontro do Grupo Zenshin da BSGI On-line — YouTube 31 de outubro - Horário a confirmar Até lá, você pode enviar sugestões, relatos e dúvidas para suas respectivas líderes e também para o Instagram do Zenshin: @zenshinbsgi. Queremos muito ouvi-la e nos conectar com você! Nós nos despedimos (por enquanto) contando os dias para nos encontrar. Aqui, deixamos um grande desafio para que, juntas, continuemos a avançar com “muito mais daimoku” rumo ao próximo dia 18 de novembro. E vamos buscar como fonte de incentivo e de inspiração o exemplo do nosso mestre que, ao assumir a presidência aos 32 anos, em 3 de maio de 1960, aumentou em mais de mil daimoku (média de vinte minutos) seu desafio diário, conforme consta na mensagem da Sra. Kaneko Ikeda: Um novo progresso dinâmico nasce a partir de uma renovada decisão. Nada supera a vibrante oração das mulheres Soka unidas em um só coração com o Mestre. Vamos prosseguir, dia após dia e mês após mês, a incentivar e a aquecer o coração dos companheiros e a cultivar as asas da juventude com base em nossa “recitação do Nam-myoho-renge-kyo, que é o como o calor da mamãe pássaro”.4,5 Vamos juntas? “Shitei Funi é a minha vida” e “Avançar é a nossa missão”! Um forte e carinhoso abraço! Divisão Feminina e Grupo Zenshin da BSGI Relato - Cultura de avanço Karina Cristiane Vargem, responsável pela DF de comunidade da Comunidade Girassol, RM José Bonifácio, Sub. Itaquera-Guaianases Comecei o ano 2023 com tudo! Supermotivada e determinada a triunfar em todos os aspectos da minha vida. E diante de grandes objetivos, vários obstáculos também surgiram na mesma proporção. Todavia, como Zenshin e sempre levando o lema de “Shitei-funi é a minha vida” e “Avançar é a minha missão”, encaro tudo convicta de vencer os desafios com base no daimoku. Para o encontro comemorativo da Divisão Feminina, nosso distrito lançou a recitação de duas horas de daimoku em conjunto às segundas-feiras. Isso nos impulsionou muito e nos fortaleceu bastante para a realização dessa atividade. Este ano estávamos ansiosas pelo encontro presencial e, claro, também o fizemos no formato on-line! Nós, DF, estávamos unidas e animadas para promover um encontro bem especial! Nossa atividade foi um sucesso! Emocionante! Saímos com o coração fortalecido e encorajado. Levei duas convidadas, que amaram o nosso encontro. Gratidão à Comunidade Girassol! Em junho, iniciou-se o “Daimoku dos Cem Dias”, e essa luta me proporcionou ainda mais coragem para avançar e ultrapassar os desafios, tanto pessoais quanto familiares e de saúde. Mas, como não há oração sem resposta, mesmo em meio às dificuldades, venho recebendo muitos benefícios. Sou dançarina PCD [pessoa com deficiência] e fui convidada este ano a integrar a equipe de dança esportiva em cadeira de rodas, pela Solidariedança, da qual faço parte há quinze anos. Sendo assim, agora também sou atleta. Com isso, estou conquistando um grande sonho que acalentava há muito tempo: participar do Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas (evento importante para nossa classe e currículo artístico). Estou feliz com este momento que estou vivendo. Devido à minha pouca mobilidade para realizar o manejo de cadeira de rodas manual, vou competir com a cadeira motorizada. Iniciamos com uma campanha para que eu conseguisse rapidamente uma cadeira, pois os treinos já haviam começado. A princípio, uma amiga da dança me emprestou a sua cadeira para eu ensaiar, mas logo outra amiga (para a qual apresentei o budismo, inclusive), ao adquirir uma nova cadeira, doou-me a sua. Ela vem participando das atividades há algum tempo e esteve presente nos dois últimos encontros da DF. Quanta alegria e boa sorte! Eu nunca havia utilizado uma cadeira motorizada. Então, está sendo bem desafiador aprender a manusear e a dançar nela ao mesmo tempo. Por outro lado, estão sendo surpreendentes tantas descobertas e possibilidades na dança. Estou muito feliz! Nossa equipe da Solidariedança está com trinta atletas para essa competição. Algo inédito e grande alegria para nós! A competição será no início de novembro no centro paralímpico em São Paulo, SP. Meu coração, a cada dia que passa, pulsa mais forte, e eu, que já fui da banda feminina Asas da Paz Kotekitai, aplico todo o treinamento que recebi. Quando vou dançar, oro para que minha arte sempre toque o coração de todos. Essa é a minha missão como artista PCD e discípula do Mestre. Na Solidariedança, eu me redescobri como dançarina, agora sobre rodas. Rodas essas que vêm me levando a diversos lugares. Já tive a oportunidade de participar em programas de TV, em várias apresentações na sociedade e todo mês realizamos um grande espetáculo. Este mês, aliás, é considerado “Setembro Verde”, dedicado à conscientização pela inclusão e a dar visibilidade à pessoa com deficiência. Por isso, cada vez mais venho me engajando nessa causa. Posso dizer com certeza que recitar Nam-myoho-renge-kyo é a maior de todas as alegrias, que atuar pelo kosen-rufu é gratificante e que, para ser rainha da felicidade, não se pode deixar a coroa cair, mas estar com as mãos juntas em oração, com o coração convicto e sempre com o brilho nos olhos! Sou grata à minha família, por ser a minha fortaleza, e, em especial, à minha mãe, que vem sendo uma grande matriarca após o falecimento do meu querido pai há três anos. Sou grata também às companheiras e aos companheiros de luta, aos meus amigos, pelo apoio, e ao nosso querido mestre Daisaku Ikeda e à Sra. Kaneko, por todos os incentivos! Karina em apresentação com o grupo de dança Notas 1. Leia mais na Terceira Civilização, ed. 599, jul. 2016, p. 46. 2. Terceira Civilização, ed. 649, set. 2022, p. 32. 3. Brasil Seikyo, ed. 1. 791, 16 abr. 2005, p. 2. 4. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 297, 2017. 5. Brasil Seikyo, ed. 2.599, 12 fev. 2022, p. 6-7.Ilustração: GETTY IMAGES Fotos: Arquivo pessoal
21/09/2023
Relato
BS
Quando brilha a joia do coração
Meu nome é Marilene Barbosa Kostetzer, 65 anos, moro em Joinville, SC, sul do país. Sou formada em design de produto, optando por segmentar em joias finas, profissão construída a partir do momento em que aprendi a polir o brilho do meu coração e desejar viver. Falo do início da minha jornada na família Soka que no próximo ano completará quarenta anos. Isso foi no dia 6 de maio de 1984, data que considero meu renascimento. Como um encontro pode ser decisivo! Eu tinha 25 anos quando fui me encontrar com uma amiga pela última vez. Estava decidida a não viver mais, pois julgava ser a forma mais fácil de parar de sofrer. Seguiria o destino da família: meu pai não suportou a morte da mãe dele e cometeu suicídio. Eu, agora, estava sem meu pai, e minha mãe vivia imersa em tamanha dor que não respondia pelos seus atos. A mim caberia cuidar dela e ainda apoiar sete irmãos. Era demais para mim. Um olhar benevolente É incrível que, ao praticarmos o budismo, nos tornamos sensíveis à dor do outro. Ao me ver triste, sem pensar duas vezes nem entender a fundo o que me afligia internamente, minha amiga pediu para que eu recitasse Nam-myoho-renge-kyo junto com ela. Sem mesmo entender o significado, eu a segui na oração. Foi como um raio de luz entrando em uma caverna escura. Ficamos ali, meia hora ou mais, e os pensamentos sombrios deram lugar a uma voz interna, agora fortalecida: “Eu tenho tantos sonhos, não quero morrer”. Converti-me ao budismo meses depois, tornando-me o esteio de minha nova história. O sonho da faculdade, que nutri desde menina, consegui concretizar. Eu me casei e a alegria da família se completou com a chegada de meus dois filhos, José Jr. e Jessika, que cresceram nos jardins Soka. Meu marido, José Kostetzer, é médico anestesiologista, simpatizante e nos apoia em tudo. Abri minha empresa de semijoias finas em 2014, e a mantenho até hoje. Como é bom viver! Momentos em família: da esq. para a dir., o marido, José, a filha Jessika e o primogênito José Jr. Busca constante Em 1993, quando Ikeda sensei visitou o Brasil, eu era responsável pela Divisão Feminina (DF) de comunidade. Nós nos unimos em forte oração para o pleno sucesso das atividades durante a permanência dele no país. Objetivei ir ao encontro do Mestre no Japão, meta que alcancei em outubro daquele mesmo ano, junto com dez companheiros de Santa Catarina. Foi inesquecível! “Estou orando para seu esforço cada vez maior.” Essas foram as palavras de Ikeda sensei, que soaram como força para que eu ultrapassasse nova investida do carma financeiro um ano depois. Vencemos uma questão jurídica desafiadora na empresa do meu marido em 1994, convictos na força da justiça. Dessa maneira, selei minha convicção de ter encontrado a joia mais rara, fruto de um coração que determina, ora e vence, sem sucumbir ao desespero. Isso foi graças ao estudo do budismo, dentro do esforço de materializar as frases douradas ditas pelo Buda: “O inverno nunca falha em se tornar primavera”1 e “Oro com forte convicção, capaz de produzir fogo com lenha encharcada ou obter água do chão ressequido”.2 Em viagem ao Japão. Avancei em minha contribuição como líder Soka e hoje atuo como vice-responsável pela CRE Sul, com o sentimento gravado a partir do encontro com o Mestre: avançar e vencer, sendo feliz e levando felicidade às pessoas. Apresentei o budismo para muitas pessoas, e na organização local estamos em pleno movimento de expansão da base. Honra e gratidão Um orgulho imenso é ter meus filhos na mesma órbita desse nobre propósito. José Jr., 34 anos, é cardiologista e atua com a família na organização na capital, Florianópolis. A Jessika, 31, é parceira de todas as horas, tem sua profissão (engenheira civil) e me apoia na empresa. Na BSGI, recentemente, foi confiada para coordenar o núcleo de estudantes da CRE Sul. Que imensa alegria e gratidão! Este mês também considero bastante significativo, porque nos remete à reflexão de sermos braço e abraço das pessoas que sofrem em momentos de desespero, assim como vivenciei um dia, antes de conhecer a família Soka. Recitar Nam-myoho-renge-kyo é realmente a maior das alegrias, essa é minha maior convicção. Agradeço a todos que fazem parte da lapidação dessa minha trajetória. Em especial, a Ikeda sensei, pois quem tem um mestre da vida jamais se sente sem saída. Muito obrigada! Marilene Barbosa Kostetzer, 65 anos, empresária do segmento de semijoias finas. Na BSGI, é vice-coordenadora da CRE Sul. Pela filha, Jessika Já nasci com minha mãe praticante do Budismo Nichiren. Por observá-la e receber desde sempre muito incentivo e apoio, eu me espelhei nela e pus em prática o Nam-myoho-renge-kyo. Foi assim que venci a enorme dificuldade que tinha de me socializar com crianças e demais pessoas, passando a enxergar meu valor com a prática da fé. Bem, minha mãe é uma grandiosa mulher, a quem admiro demais por ter passado tudo o que passou e por ter seus desafios constantes que jamais a abalaram, ao contrário, só a fortaleceram. Ela sempre me transmitiu seu amor e carinho com rigorosidade e disciplina ao mesmo tempo. Isso me “forjou”, principalmente tendo como referência Ikeda sensei em nossa vida. Recentemente, fui nomeada para coordenar a Divisão dos Estudantes (DE) da CRE Sul. Agora poderei retribuir todo o aprendizado que tive nos jardins Soka desde a infância e que me trouxeram até aqui, realizada e plena para vencer ainda mais diariamente sejam quais forem as questões. Agradeço à minha mãe por ser inspiração e me lançar a caminhos tão nobres, ao lado do Mestre, dos quais muito me orgulho. Marilene e a filha Jessika. Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 560, 2020. 2. Ibidem, p. 464. Fotos: Arquivo pessoal
06/09/2023
Especial
BS
Centelha da paz
“Não quero que a palavra ‘sofrimento’ seja empregada para descrever o mundo, um país ou um único indivíduo.”1 Esse sentimento enfático atravessa o tempo e o espaço. Há 66 anos, diante de 50 mil jovens, Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, fez um discurso acalorado. Mais tarde, conhecida como a Declaração pela Abolição das Armas Nucleares, trazia o férreo brado de preservar o direito à vida para a humanidade. Era 8 de setembro de 1957, no estádio de Mitsuzawa, em Yokohama, Japão. Doze anos antes, as primeiras bombas de destruição em massa, lançadas nas cidades japonesas de Hiroshima e de Nagasaki, em agosto de 1945, ceifaram instantaneamente cerca de 300 mil vidas. Nos anos seguintes, outros milhares sucumbiram em decorrência da radiação dessas armas. Em 1957, a Guerra Fria estava no apogeu. Os Estados Unidos e a hoje extinta União Soviética corriam freneticamente para polarizar e militarizar territórios. A bomba nuclear era sinônimo de força, induzindo a testes incessantes, com arsenais cada vez mais poderosos, em diversos pontos do mundo. Naquela época, permeava no ar a sensação de que uma nova guerra mundial poderia começar a qualquer momento. E a quantidade de armamentos atômicos já era tão grande que o mundo poderia ser dizimado em questão de horas. Josei Toda declarou-se contra as armas nucleares, bradando ser a missão de todos, em especial da juventude, erradicar o impulso dos seres humanos que as constroem. No dia do festival em que ocorreria a apresentação da declaração, a expectativa geral era sobre a possibilidade da passagem de um tufão pelo Japão. Mas Josei Toda desejava ardentemente que o clima estivesse agradável para que seus discípulos desfrutassem momentos tranquilos. E assim foi. O dia estava particularmente quente e o sol brilhava com radiância. O tufão enfraqueceu e se dissipou. Momento do discurso do presidente Josei Toda diante de 50 mil jovens, no estádio de Mitsuzawa, Japão: brado por um mundo de paz, livre das armas nucleares Da plateia jovem presente, Daisaku Ikeda, na época com 29 anos, abraça essa nobre causa. Isso aconteceu apenas sete meses antes da morte de Toda sensei, que colocou todo o seu ser em seu apaixonado apelo. Palavras que foram transformadas em ações “para proteger o direito da humanidade de viver e criar uma solidariedade de cidadãos do mundo por meio da força e da paixão dos jovens. Esse desejo se tornou o eterno ponto de partida do movimento de paz da Soka Gakkai e da Soka Gakkai Internacional (SGI)”,2 pondera o presidente Ikeda. Hoje, aos 95 anos, segue incansável abrindo caminhos por meio do diálogo para que esse objetivo seja realidade. Além disso, dedica-se a estimular a criação de instituições, como o Instituto Toda pela Paz, localizado em Yokohama. Somam-se às várias colaborações da SGI em projetos e seminários, bem como as Propostas de Paz que o Dr. Ikeda vem sugerindo à Organização das Nações Unidas (ONU) ao longo de quarenta anos, nas quais defendeu o respeito máximo à dignidade da vida, condição possível à humanidade com o fim das armas nucleares. Há seis anos, em julho de 2017, o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares foi adotado por 122 nações na sede da ONU em Nova York. Ainda há muito a ser feito. Por meio de uma luta digna como praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin, vamos corresponder, sem falta, à confiança do Mestre, criando uma renovada era de paz e de esperança em nossa vida e na vida das pessoas que nos cercam. No topo: momento do discurso do presidente Josei Toda diante de 50 mil jovens, no estádio de Mitsuzawa, Japão: brado por um mundo de paz, livre das armas nucleares Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.578, 4 set. 2021, p. 6. Notas: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.005, 26 set. 2009, p. A3. 2. Idem, ed. 2.392, 21 out. 2017, p. B2-B3.
06/09/2023
Matéria Grupo Coração do Rei Leão
BS
A confiança é um tesouro que nutre a vida
“Onde podemos encontrar a esperança?” Em uma série de incentivos do presidente Ikeda aos estudantes, ele faz essa reflexão. Após comentar sobre o marcante encontro com seu mestre, Josei Toda, Ikeda sensei diz: Eu era apenas um jovem como outro qualquer, pobre e doente, mas Toda sensei demonstrou grande confiança em mim e me incentivou calorosamente. Decidi seguir aquele homem como meu mestre e, dez dias depois, em 24 de agosto, comecei a praticar o Budismo Nichiren. Senti a esperança brotar forte dentro de mim.1 Refletindo sobre o trecho citado e buscando entender a realidade dos jovens, seja membros da Soka Gakkai, seja não membros, podemos nos questionar: “Quais sentimentos ou valores poderiam impulsionar a vida de um jovem para a vitória?”. Aprendemos na organização que, sem dúvida, um desses sentimentos é a confiança. A confiança é o elo que une duas pessoas e abre um caminho entre elas. Isso pode ocorrer entre amigos ou em meio aos familiares. Do contrário, quando não há confiança, as portas do coração se fecham e se torna quase impossível criar um laço verdadeiro ou duradouro com o outro. No budismo, em especial, existe uma relação de confiança ainda mais ampla e profunda, isto é, a relação de confiança entre mestre e discípulo. Esse é um dos pontos fundamentais da nossa prática, pois simboliza a força do mestre que acredita infinitamente no potencial de um indivíduo (o discípulo), e este, tendo a calorosa confiança do mestre, manifesta coragem e esperança para avançar, mesmo que surjam dúvidas e obstáculos. O Grupo Coração do Rei Leão da Divisão Sênior e da Divisão Feminina da nossa organização representa esses pais e companheiros que agem e devem pensar constantemente: “Se o mestre estivesse em meu lugar, qual seria a sua postura em relação aos estudantes da minha localidade?”. Esses integrantes do grupo orientam, incentivam e guiam os estudantes sem duvidar, sempre protegendo e emprestando sua convicção inabalável ao infinito potencial de cada um deles em realizar seus sonhos, sempre fundamentados nos incentivos de Ikeda sensei. Tudo o que um jovem precisa é de alguém que confie nele, principalmente nos momentos em que ninguém acredita na capacidade dele, às vezes nem ele mesmo. O presidente Ikeda orienta: Os pais tendem a prejulgar os filhos com base nas próprias concepções, tirando conclusões como “Isto é muito difícil para o meu filho compreender”. No entanto, a mente e o coração dos pequenos são muito mais expansivos do que qualquer adulto pode imaginar; eles têm grande habilidade para absorver tudo e, no processo, enriquecer a mente e expandir seu potencial. A questão é como os adultos interagem com eles. Adultos devem enxergar cada criança como um ser humano e tratá-la como tal, e isso também se aplica a como as ouvimos. Quando os filhos fazem alguma descoberta e os pais, em vez de ignorá-los, compartilham do seu entusiasmo, a vida deles se enriquece ainda mais.2 O Mestre sempre enaltece como é importante a forma como os pais, e aqui extensivo ao Grupo Coração do Rei Leão, confiam e tratam cada estudante não como adulto, mas como ser humano em desenvolvimento que possui total capacidade de assumir o futuro da sociedade. Por fim, o presidente Ikeda enfatiza o seguinte: Cada criança é um tesouro que abriga um potencial precioso. Todas são dotadas de esperança que irradia da própria vida. Se suas esperanças forem desencorajadas ou arruinadas, não seria falha dos adultos? Dói o coração ver isso ocorrendo na sociedade atual. Não quero ver os olhos desses jovenzinhos encobertos pelo medo ou com lágrimas de tristeza. A sociedade precisa mudar. As crianças são espelhos que refletem o ambiente social adulto, e quando este se mostra perturbado, com a visão turva, as crianças também sofrem. Vamos enxugar as lágrimas de tristeza do rosto de cada criança! Devemos protegê-las e dar-lhes coragem, força e vitalidade. Elas são a esperança da humanidade e os pais e mães são aqueles que as nutrem. Como são nobres e grandiosas a missão e a responsabilidade dos pais!3 Sejamos pessoas capazes de transmitir confiança e respeito e juntos desenvolvermos uma organização cada vez mais sólida, alegre e feliz. Caloroso abraço, Matéria elaborada pelo Grupo Coração do Rei Leão da CRE Oeste Notas: 1. RDez, ed. 260, ago. 2023, p. 2. 2. IKEDA, Daisaku. Família Felizes, Crianças Felizes. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023. p. 18. 3. Ibidem, p. 46. Foto: GETTY IMAGES
06/09/2023
Incentivo do líder
BS
Xô, problemas... será?
Num dos estudos semanais da Nova Revolução Humana nos quais tenho me desafiado junto com os companheiros, defrontei-me com o seguinte trecho: No decorrer da vida, estamos fadados a nos deparar com todos os tipos de adversidades, não somente desastres naturais, mas acontecimentos como falência, desemprego, doença, acidentes e a morte de entes queridos. Nenhuma vida é totalmente tranquila. Na realidade, ela consiste numa infindável série de provações e tribulações, e não seria exagero afirmar que, de fato, vida é enfrentar dificuldades.1 Imediatamente, relembrei-me de um dos maiores desafios da minha vida: o nascimento do meu primogênito com trissomia do cromossomo 13, a síndrome de Patau, para a qual as previsões médicas não eram nada promissoras, pois essa síndrome era incompatível com a vida. Estava totalmente desnorteado, desesperado e inerte diante dos fatos com os quais a vida me testava. Fui dominado pela escuridão fundamental e somente prevalecia o sentimento de culpa: “O que havia feito de errado para merecer tal circunstância?”. Em meio ao caos, recebi incentivos de um grande veterano. “Você acha que os obstáculos e as maldades escolhem pessoas fracas? Os fracos se derrubam por si sós. Os obstáculos e as maldades não querem perder tempo com os fracos, preferem os fortes! Então, essa situação está abrindo seus olhos para eles. Você é uma pessoa forte, mas, e para você? Agora é a hora de provar se isso é verdade ou não?” Foram dias desafiadores, indo ao hospital pela manhã com minha esposa, ao trabalho à tarde e retornando ao hospital à noite a fim de receber o relatório médico. Ao retornar para casa, sentávamos diante do Gohonzon e recitávamos daimoku para ter a serenidade de compreender e de encarar a realidade, sem esmorecer. Depois de 59 dias, ele cumpriu dignamente sua missão nesta existência. O apoio incondicional de um grande número de companheiros da família Soka foi imprescindível para superarmos essa perda, que hoje não vejo como tragédia, mas como valioso aprendizado para a vida toda. Assim, o desespero deu espaço para a gratidão, porque, apesar de ele não estar conosco, nos possibilitou a condição de sermos pais e nos mostrou como transformar o carma incompatível com a vida. Ele conseguiu nascer e precisou viver 59 dias para cumprir sua missão. Todavia, ao compartilhar esse episódio comovente, três famílias já se converteram ao budismo. Danadinho, nem está aqui, mas continua propagando o budismo para a felicidade de outras pessoas! Graças ao incentivo daquele veterano que não desistiu de mim, e foi ainda mais forte que a dificuldade ao ser rigoroso e benevolente comigo, abrindo meus olhos para a verdade fundamental, agora temos duas princesas sapequinhas que nos enchem de alegria e nos propiciam a recitar ainda mais daimoku. Ikeda sensei reforça essa sabedoria: Algumas religiões preconizam que há essencialmente muito pouco que as pessoas possam fazer ao se defrontarem com grandes dificuldades, acarretando uma sensação de desamparo e o desejo de fugir da realidade. O Budismo Nichiren, contudo, encoraja-nos a ver até a adversidade mais dolorosa como uma oportunidade para nos tornar mais fortes, e essa luta contra dificuldades, de fato, permite que desbloqueemos nosso potencial ilimitado.2 O budismo nos possibilita enxergar a verdade e ultrapassar sofrimentos, obstáculos e dificuldades com coragem e esperança, afinal, eles só escolhem os fortes, não é mesmo? Dessa forma, nossa postura diante deles não é mais “Xô, problemas! Fiquem longe de mim”, mas estamos prontos a enfrentá-los, fortalecendo ainda mais nossa fé e comprovando como um praticante budista encara os fatos da vida: com vitórias, para inspirar todos ao redor. Edson Tokunaga Vice-coordenador da Divisão Sênior da BSGI Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 16, p. 174-175, 2020. 2. Terceira Civilização, ed. 660, agosto 2023, p. 55. Ilustração: GETTY IMAGES
06/09/2023
Notícias
BS
RM Maringá sela vitória da esperança
Cem jovens por distrito. O número era desafiador, nem havia ideia de ser simples contagem. Para a Juventude Soka de Maringá, vital era expandir o sentimento de todos além do próprio cotidiano: “Quantos amigos eu consigo envolver de paz?”. Divulgando os ideais humanísticos da Soka Gakkai, os líderes deram vida às boas práticas de ser ombro para os que sofrem, ser diverso e plural, feliz. Desde fevereiro, participantes dos sete distritos que formam a RM Maringá articulavam-se em programações, estudos e visitas. Diálogo, muito diálogo. Se cada núcleo estava com o placar de cinquenta jovens por distrito ainda na base, imagine quando foi anunciado que a proposta seria dobrada. “Sabíamos que se tratava de um grande desafio, mas não estávamos sozinhos. Todas as divisões se encontravam na mesma órbita de corresponder ao Mestre”, enfatizam as lideranças jovens locais. O movimento abriu fronteiras, com seus participantes convictos de chegar à vitória até 20 de agosto, quando a cidade de Maringá sediaria a Reunião Nacional de Líderes. Confira alguns bastidores! 1. Humanismo é para todos Formado pelas cidades de Sarandi, Marialva e Mandaguari, distante cerca de 10 quilômetros uma da outra, o Distrito Independência marcou força pela atuação conjunta da DF e DFJ. Entre as jovens está Amanda Patrícia da Silva Pereira, que também atua na vice-liderança da DFJ da RM Maringá. Estudante de pedagogia, ela baseia sua linha de estudo na educação humanística de Makiguchi sensei, fundador da Soka Gakkai. Fez ampla divulgação do budismo em seminários e no ambiente escolar. No final, houve aquela força vinda dos outros distritos, pois “Vencer juntos é a marca de nossa organização”, sintetizam as lideranças locais. 2. Acolhimento gera união Felicidade para todos do Distrito Oásis foi ver de volta jovens tão aguardados, que se motivaram com a energia e vibração do movimento dos cem jovens. Em seu relato, a jovem Julia Taguchi revela: “Durante a pandemia, eu me afastei totalmente, mas, no fim do ano passado, decidi voltar, começando pela atuação na Asas da Paz. Uma grande vitória, pois consegui também falar do budismo para minhas amigas. Estou totalmente motivada, certa do quanto o budismo é maravilhoso e pode mudar vidas, como mudou a minha”. “Foi emocionante ver o semblante de vitória dos nossos jovens. A união veio para ficar”, confirmam os veteranos desse distrito. 3. Junto com os veteranos Com aquele apoio que chega na hora certa, no Distrito Cidade Canção, os veteranos da DS e DF se fizeram presentes. Com dias alternados de encontros de recitação de daimoku, aos poucos a onda jovem foi se formando. Um deles é Jonathan Bandeira. “Com a luta conjunta, surgiu novo ânimo. Conversei com vários amigos da academia, e concretizei meu primeiro shakubuku. Acompanhei várias visitas, sem falhar no meu daimoku diário. O incentivo é tudo. Pude também atuar nos preparativos da recente Reunião Nacional de Líderes (RNL) em nossa cidade. E boas-novas: uma que serei papai; a outra que fui convidado para a próxima Academia Índigo da Juventude Soka, em São Paulo. Que felicidade! Uma vez mais quero corresponder ao Mestre”, afirma Jonathan. 4. Leveza e comprometimento O Distrito Maringá foi o primeiro a anunciar a vitória, graças aos encontros semanais de estudo e de diálogo promovidos desde o início do ano. A energia é contagiante, como nos conta Carolina Ortiz, integrante da Divisão Feminina de Jovens (DFJ): “O bacana é que tudo vem acontecendo de forma muito leve, por exemplo, em meu local de trabalho. Tenho em minha mesa um cartão com o Nam-myoho-renge-kyo, e pela curiosidade muitos vêm até mim indagando sobre o significado. É no horário de almoço que a conversa evolui, e também nas redes sociais. Aos que se interessam, estou ali para acolher. Os benefícios da prática da fé e a sabedoria que me preenche são minhas maiores motivações. 5. Muitas vidas impactadas “Para mim, divulgar o budismo vai além de propagar um ensinamento. É ser exemplo de um bom amigo.” Essa é a declaração de Cauã, 13 anos, expressando o sentimento que o motiva. Sua irmã mais nova, Isis, também somou forças e foram eles que fecharam a lista do Distrito Esperança. Cauã relata: “Nunca tive receio em falar sobre a minha religião para meus amigos, inclusive aproveitei a oportunidade dentro da matéria de história. Levei o cartãozinho do Nam-myoho-renge-kyo para meus amigos da sala, e a professora pediu que eu recitasse. Foi incrível!”. Ele se orgulha de ter divulgado diretamente sua crença para catorze amigos. “Mas tenho a esperança de que muitos outros que ouviram se juntarão a nós. É assim, natural mesmo.” 6. Arco-íris de esperança “Eu busco sempre ser o sol no dia chuvoso de alguém que tenho a oportunidade de encontrar durante o meu dia.” A expressão da responsável pela DFJ do Bloco Parque da Gávea, Lila Ribeiro, externa o sentimento da juventude do Distrito Aeroporto. Juntos, cristalizaram o objetivo de ser o arco-íris de esperança na vida dos cem jovens objetivados por eles. No caso de Lila, que trabalha home office, a maior parte do contato foi on-line, despertando a curiosidade dos amigos. “Afinal, foi assim que conheci o budismo. E lá se vão onze anos, que alegria! Visitas virtuais, presenciais e o encontro caloroso com os estudantes, sempre com a força e o apoio das Divisões Sênior e Feminina. “E que venha a próxima! Estou a postos!” 7. Sem medir distância nem idade O Distrito Ivaí é composto de várias cidades vizinhas, além de uma parte da região de Maringá, PR, explica Eduarda Tanaka, responsável pela DFJ de distrito. Semanalmente, são promovidos encontros de daimoku e de estudos. “Nós nos deslocávamos até a cidade vizinha, Doutor Camargo, para realizar a reunião de palestra que pouco a pouco teve salas lotadas”, alegra-se a jovem, que também estava envolvida nas comemorações dos sessenta anos da Asas da Paz Kotekitai. Em meio a tudo, Eduarda vinha buscando colocação em sua área de formação, e fechou com vitória obtendo dois resultados: os cem jovens do distrito e uma vaga numa multinacional. “Sinto que todos venceram também em algum aspecto”, ressalta Eduarda, feliz demais em ver a atuação dos estudantes, como a Anna Júlia Nakaie Ornellas, de 9 anos, orgulhosa de ter ensinado o Nam-myoho-renge-kyo para três amiguinhas. E o que vem por aí, líderes da Juventude Soka de Maringá? “Não vamos parar, a onda jovem de Maringá seguirá seu curso de levar esperança para mais e mais pessoas! Aguardem!” Fotos: Colaboração local
06/09/2023
Aprender com a Nova Revolução Humana
BS
Viver com o Gosho: volume 14 (parte 3)
Eu e meus discípulos, ainda que ocorram vários obstáculos, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de buda. Não duvidem, mesmo que não haja proteção dos céus. Não lamentem a ausência de segurança e tranquilidade na vida presente. Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, eles nutriram a dúvida e abandonaram a fé. Abertura dos Olhos1 Obstáculos são as melhores ferramentas para aprimorar nossa vida Em dezembro de 1969, Shin’ichi Yamamoto viajou de Osaka para a província de Mie. Ao chegar à Sede Comunitária da Soka Gakkai de Matsusaka, aproximadamente quatrocentos membros o aguardavam. Declamando uma passagem de Abertura dos Olhos, ele proferiu as seguintes palavras de incentivo: (…) É por isso que nossa prática diária do Budismo Nichiren é tão fundamental. É importante manter uma fé que flui como a água, com perseverança e serena determinação. Precisamos polir e fortalecer nossa vida e cultivar a total convicção na fé. Quando conseguirmos isso, poderemos manifestar força no momento crucial. Procurando despertar-lhes determinação, continuou: — No nível individual, “momento crucial” é aquele em que vocês ou alguém que amam é acometido de grave doença ou sofre um acidente inesperado, ou quando perdem o emprego ou os negócios. Acontecimentos assim são a manifestação de seu carma proveniente do infinito passado e servem de oportunidade para transformar seu destino. Ter a fé desafiada é outro exemplo de “momento crucial”, como quando a Soka Gakkai foi perseguida ou teve algum problema. O único caminho para a felicidade é criar uma condição de vida indestrutível como o diamante e fazê-la brilhar. Dificuldades são as melhores ferramentas para aprimorar a vida. As épocas de grande perseguição são oportunidades para transformarmos o carma e a nossa condição de vida. É por essa razão que precisamos ter coragem para enfrentar esses ataques bravamente. Não devemos ser covardes. (…) (Trechos do capítulo “Vendaval”) É por meio da palavra escrita que o Buda salva os seres vivos. Carta para Renjo2 Grande esperança em relação à missão do Seikyo Shimbun Desde a sua fundação, o Seikyo Shimbun havia se desenvolvido de forma monumental, e em setembro de 1970, um ano antes do 200 aniversário, ocorreu a cerimônia de inauguração do novo prédio. Nos dez anos passados desde que se tornara presidente da Soka Gakkai, Shin’ichi não deixou de pensar no jornal nem por um momento. Sentindo o cheiro de tinta fresca ao folhear as páginas do jornal todas as manhãs, ele e sua esposa, Mineko, oravam pela segurança das pessoas que faziam a entrega do Seikyo Shimbun em todo o país. Enquanto lia o Seikyo Shimbun a cada manhã, Shin’ichi Yamamoto pensava na edição do dia seguinte, imaginando qual seria a matéria de primeira página, qual o tema do editorial e que tipo de artigos seriam apresentados. Ele considerava o desenvolvimento do jornal, ao qual Josei Toda havia se dedicado de corpo e alma para criar, como sua missão e responsabilidade pessoais. Assim, havia vezes em que aconselhava a equipe do jornal, e sempre que o departamento editorial lhe requisitava um artigo, esforçava-se ao máximo para atender, não importando o quanto estivesse ocupado. Nichiren Daishonin escreveu: “É por meio da palavra escrita que o Buda salva os seres vivos”.3 Da mesma forma, o papel do Seikyo Shimbun de transmitir corretamente os princípios do budismo é de extrema importância. Além do mais, com a abundância de informação disponível no mundo moderno, não é incomum que as pessoas fiquem tão saturadas que não conseguem nem pensar em estabelecer seu próprio senso de valores. Portanto, nós precisamos de algum tipo de padrão filosófico por meio do qual possamos julgar o mundo que está ao nosso redor. A missão do Seikyo Shimbun é cumprir essa diretriz. (Trechos do capítulo “Rio Caudaloso”) (Traduzido a partir da edição do jornal diário da Soka Gakkai, Seikyo Shimbun, de 18 de dezembro de 2019.) Assista Vídeo da série “Aprender com a Nova Revolução Humana”, volume 14 Ilustração: Kenichiro Uchida Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 296, 2020. 2. Ibidem, v. II, p. 410, 2017. 3. Ibidem.
06/09/2023
Terceira Civilização
Série
TC
Os livros da minha juventude
A famosa canção infantil Go Tell Aunt Rhody é conhecida ao redor do mundo com diferentes letras. Porém, poucos sabem que a melodia foi composta pelo filósofo françês Jean-Jacques Rousseau no século 18. A música é simples e de uma pureza inocente que captura o coração das crianças. Ela vem de uma ópera de Rousseau chamada Le Devin du village [O Vidente do Vilarejo]. Tomei conhecimento dessa informação logo após a Segunda Guerra Mundial, quando estava absorto na leitura das obras de Rousseau, incluindo O Contrato Social, Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade e Emílio. Dentre esses livros, Emílio, em especial, me impressionou. Nele, pude sentir a paixão de Rousseau pela educação infantil reverberar de forma profunda, igual na melodia Go Tell Aunt Rhody. ROUSSEAU E MEU MESTRE Quando comecei meus estudos sob a tutela do meu mestre, Josei Toda, Emílio surgia sempre nas conversas. Toda sensei nutria forte interesse pelos ideais educacionais de Rousseau. Em 2 de outubro de 1950, anotei o seguinte no meu diário: À noite, fui com o Sr. Toda visitar K. em Koiwa. No trem, conversamos sobre assuntos de trabalho. Na volta, o Sr. Toda me convidou para comer sushi perto da estação de Koiwa. No trem de volta para casa, conversamos entusiasticamente sobre Emílio ou Da Educação, de Rousseau, e sobre outros temas literários. O Sr. Toda desceu na estação de Meguro.1 Não me lembro de todos os detalhes da conversa, mas ele me disse certa vez que seu mestre, Tsunesaburo Makiguchi, também apreciava ler Rousseau. Na obra The System of Value-Creating Education [Educação para uma Vida Criativa], Makiguchi sensei cita Rousseau com frequência. Por exemplo, ao discutir sobre as maneiras de reformar a educação, ele escreveu: Este apego a práticas e regras desatualizadas e despropositadas pode ser observado tanto no Ocidente quanto no Oriente, e apenas graças à insistência de educadores revolucionários como Rousseau, Comenius e Pestalozzi é que a juventude tem hoje em dia uma sentença mais suave para cumprir na prisão dos estudos sem sentido.2 Em seu trabalho, Makiguchi sensei condena o tipo de educação que dá ênfase exagerada ao conhecimento mecânico como uma “prisão dos estudos sem sentido”. Em Emílio, Rousseau também critica severamente tal tipo de educação. Embora sejam de origens distintas, um da Ásia e outro da Europa, os escritos educacionais desses dois autores parecem se mesclar de maneira profunda. OS IDEIAIS EDUCACIONAIS DE ROUSSEAU EM EMÍLIO Rousseau começa Emílio com uma declaração alarmante: “Tudo é bom ao sair das mãos do Autor das coisas; tudo degenera entre as mãos do homem”.3 Não é exagero dizer que os ideais de educação de Rousseau estejam condensados nessa breve passagem. Conhecido por seu chamado para um retorno à natureza, ele era um filósofo que acreditava firmemente na bondade essencial da natureza e a amava. Rousseau continuamente condenava qualquer afastamento do estado natural. Na educação, a natureza é a maior professora, insistia ele. Os professores humanos, dizia, estão ali apenas para servir como guardiões de forma que os estudantes não se afastem de seu estado natural. Natureza é pai e mãe; é uma professora excelente de humanidade. Rousseau compôs Emílio de acordo com esse espírito essencial. Em The Confessions and Correspondence, ele escreveu: “Emílio [...] me custou vinte anos de reflexão e três anos de trabalho”.4 De fato, Emílio era a própria vida de Rousseau; foi um grito das profundezas de sua alma. Emílio é o nome de um menino, personagem principal da história. Em vez de ser educado na escola, Emílio recebe aulas particulares de seu professor, Rousseau. Isso parece refletir o curso da juventude de Rousseau. Autodidata, sem qualquer escolaridade formal, Rousseau construiu sua base intelectual e tornou-se um filósofo imponente da Europa do século 18. Emílio desenvolve-se esplendidamente, seguindo o programa educativo que seu professor preparou. Esse se baseia na ideia de que o desenvolvimento infantil pode ser dividido em três fases. Até os 12 anos, a criança passa por uma fase sensorial, na qual se enfatiza a educação baseada na natureza e nos objetos. Dos 12 aos 15 anos, ocorre a etapa prática, durante a qual o jovem aprende a compreender a utilidade de vários objetos e a julgar o que é útil ou não. No período final do desenvolvimento, a partir dos 15 anos, surge o estágio da razão e da moralidade, no qual o jovem aprende a pensar sobre o bem e o mal e a refletir sobre Deus. O professor orienta Emílio cuidadosamente ao longo desses estágios de desenvolvimento. A primeira fase dá ênfase ao desenvolvimento físico da criança. Roupas apertadas e “charutinhos”, afirma Rousseau, dificultam a capacidade da criança de se curvar e de se esticar e, portanto, vão contra o conceito de educação baseada na natureza. Por essa razão, Emílio recebe roupas largas. A crença de Rousseau na importância de objetos exteriores na educação é resumida na seguinte afirmação: “As coisas, as coisas! Nunca repetirei o suficiente que atribuímos poder demais às palavras”.5 Rousseau também escreveu: “Longe de manter-me atento para evitar que Emílio se fira, eu ficaria muito contrariado caso nunca se ferisse e crescesse sem conhecer a dor. Sofrer é a primeira coisa que deve aprender e a que terá mais necessidade de saber”.6 Aqui, ele expressa sua convicção de que as experiências são, por si só, inestimáveis. Em outras palavras, Rousseau declara que uma criança concebe ideias por meio das experiências, não das palavras. Esse é o motivo principal para ele enfatizar a importância da educação por meio da interação com objetos e situações do mundo real. Deve ser ressaltado que por trás da educação de Emílio está a ênfase de Rousseau na descoberta. Sobre esse tópico, ele escreveu: Por que desejais privar esses pequenos inocentes do gozo de um tempo tão curto que lhes escapa e de um bem tão precioso do qual não saberiam abusar? [...] Não preparais vossos lamentos privando-os dos poucos instantes que a natureza lhes dá: logo que puderem sentir o prazer de existir, fazei com que aproveitem; fazei com que, seja qual for a hora em que Deus os chamar, não morram sem ter apreciado a vida”.7 Continua na próxima edição. No topo: Retrato do filósofo, escritor genebrino Jean-Jacques Rousseau Foto: Getty Images Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Diário da Juventude: A Jornada de um Homem Dedicado a um Nobre Ideal. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019, p. 61. 2. Education for Creative Living: Ideas and Proposals of Tsunesaburo Makiguchi. BETHEL, Dayle M. (ed.). Tradução: Alfred Birnbaum. Ames, IA: Iowa State University Press, 1989, p. 96. 3. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da Educação. Tradução: Laurent de Saes. São Paulo: Edipro, 2017, p. 41. 4. Idem. The Confessions and Correspondence, including the Letters to Malesherbes. KELLY, Christopher; MASTERS, Roger D.; STILLMAN, Peter G. (eds.). Tradução: Christopher Kelly Hanover, NH: University Press of New England, 1995, p. 324 (tradução nossa). 5. ROUSSEAU. Emílio, p. 210. 6. Ibidem, p. 88. 7. Ibidem, p. 90.
02/05/2024
Pensamento
TC
O coração que “sente e compartilha do sofrimento dos outros”
O coração que “sente e compartilha do sofrimento dos outros” se preocupa com a dor dos outros. O coração que deseja a felicidade dos outros não consegue ficar sem orar. Dr. Daisaku Ikeda Trecho da série de poemas, ensaios, orientações e fotos do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, publicada dia 1o de abril de 2018 na capa do jornal Seikyo Shimbun. No topo: Flores de cores vívidas desabrocham exalando seu aroma, e até parecem compartilhar a alegria da chegada da primavera. Assim também é a beleza das mulheres que vivem por seu ideal e convicção. Imagem registrada pelo presidente Ikeda no Jardim Memorial Makiguchi (Hachioji, Tóquio, abr. 2009). Foto: Seikyo Press
01/06/2023
RDez
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