Brasil Seikyo
Por clique para buscar
EntrarAssinar
marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Cile Logotipo

Brasil Seikyo

Liga Monarca

Bússola

Foi durante uma reunião da Comunidade Indianópolis, RM Saúde, CNSP, que Robson Eduardo Borges Martins se tornou membro oficial da BSGI, envolvendo todos os participantes, presenciais e on-line, em um ambiente de grande emoção e de felicidade. Robson em reunião de palestra da Comunidade Indianópolis A primeira atividade em que Robson participou foi no Centro Cultural Campestre da BSGI, durante um encontro familiar promovido pela RM Saúde. Na reunião seguinte, da comunidade, Robson foi surpreendido com a presença de um professor da época em que cursou a Faculdade de Direito. Coincidentemente, o tal professor era Adolfo Nishiyama, responsável pela Regional Saúde. Mas o que fez Robson decidir se converter? Robson, ao centro, com os companheiros da comunidade no dia da sua conversão ao Budismo Nichiren O ótimo acolhimento de todas as pessoas envolvidas nas reuniões, a admiração de ter sido aluno do professor Adolfo e saber que ele faz parte dessa religião e as orientações e conversas com a Elaine Yamashiro, sempre com muita paciência e dedicação para me explicar o que budismo poderia modificar, melhorar e desenvolver na minha vida e da minha família. Há também um aspecto muito importante: a força espiritual, individual e coletiva, criada a partir da recitação do daimoku. Eu precisava de um “norte” na minha vida religiosa e o Budismo Nichiren apareceu na hora certa, com suas reflexões, entre elas o entendimento da religiosidade, suas manifestações, seus rituais, seus valores, seus conceitos e atitudes que são fundamentais para a vivência no dia a dia. O budismo chegou para “coroar” este exato momento da minha vida, que, entre tantas coisas maravilhosas que estão acontecendo e que ainda estão por vir, seguirei com essa busca da melhoria interior com muita felicidade ao lado dos amigos da BSGI. Veja abaixo no carrossel mais localidades que foram vitoriosas recentemente: Saiba mais Para acessar o site da Liga Monarca, clique aqui. Veja também Cartaz da Liga Monarca publicado no BS, ed. 2.668, de 12 out. 2024. Acesse clicando aqui.

14/12/2024

Liga Monarca

É campeão!

A Liga Monarca é dividida em quatro turnos e o Distrito Recôncavo, RM Nordeste Baiano, foi vitorioso com o aumento de +1 participante no Kofu, + 1 assinante dos periódicos e + 1 shakubuku, sendo o primeiro distrito da BSGI a conquistar essa vitória. Qual é o significado de “levantar-se só”? Podemos definir como “ter iniciativa”, “dar o primeiro passo”, “reunir coragem”, entre outras qualidades. E, ao lermos o romance Nova Revolução Humana,1 Ikeda sensei nos dedica um importante incentivo: O mundo todo é iluminado pelo despontar do Sol. O mesmo processo aplica-se ao kosen-rufu. Se uma pessoa se levantar, poderá proteger todos os companheiros. Poderá ainda extinguir a escuridão da sociedade e anunciar o alvorecer da justiça. O importante é a existência de uma pessoa que atue com extrema seriedade. O sol existe no interior do coração das pessoas, e os que abraçaram a Lei Mística são como o sol iluminando o caminho para a felicidade. Esse sol da esperança e coragem raiou no Distrito Recôncavo, fundado em abril de 2020 e composto por duas comunidades, Costa do Dendê e Recôncavo, e cinco blocos, Ituberá, Nilo Peçanha, Valença, Laranjeira e São Felipe. O distrito define em uma única palavra a conquista da vitória: “união”. Momentos dos membros do Distrito Recôncavo durante movimento da Liga Monarca Os líderes Sergio, Manoel e Lucia em Boipeva Momentos dos membros do Distrito Recôcavo durante movimento da Liga Monarca No Distrito Recôncavo não existe distância física “O grande desafio do nosso distrito é a nossa geografia. Somos de várias cidades e grandes distâncias, por isso, os líderes de bloco e de comunidade foram tão importantes para esse resultado. Para concretizar nossa shakubuku, Maria Cristina Baroli, na Ilha de Boipeba, foram necessárias longas caminhadas, trilhas e travessias em pequenas embarcações com o oratório nas costas”, compartilha Eddy de Oliveira, responsável pelo distrito. As reuniões são realizadas em formato híbrido; e quando são feitas presencialmente os membros chegam a percorrer trajetos de 150 quilômetros. Os que residem no município de Boipeba, por exemplo, utilizam barcos e ônibus para se deslocar até a atividade. Outro ponto que vale a pena destacar são os conselhos que o distrito realiza com os líderes de bloco e de comunidade, nos quais abordam os objetivos e o acompanhamento da organização. Para Romilda Rodrigues, consultora da Divisão Feminina do distrito, a vitória da localidade é reflexo da dedicação de todos: “É muito bom fazer parte da his­tória e da vitória do amado Distrito Recôncavo. Desafiando distâncias e obstáculos que a idade nos impõe, nada nos segura: sol, chuva e tudo o que vier. Estamos decididas a jamais trair a confiança de Ikeda sensei e é esse sentimento que nos move”. E agora? Pensa que acabou? Para os membros e líderes do distrito, essa etapa foi a primeira de inúmeras outras que virão. Com o espírito de “muito mais daimoku”, a líder da Divisão Feminina da organização local, Carla Oliveira, compartilha: “Quando baseamos nossa vida nesses três pontos [“fé, prática e estudo”], jamais ficaremos sem saída”. Vale ressaltar que o primeiro turno da Liga Monarca finaliza em 31 de dezembro e, inspirados pelo Distrito Recôncavo, cada vez mais, vamos irradiar o sol da esperança e da coragem, almejando assim o grande gol da vitória em nossa localidade. No topo: Momentos dos membros do Distrito Recôncavo durante movimento da Liga Monarca. Foto: Colaboração local. Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Grande Brilho. Nova Revolução Humana. v. 4. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2020.

22/11/2024

Relato

Fórmula da vitória

Cultivar grandes sonhos foi o direcionamento que cresci ouvindo na Soka Gakkai, aprendendo a concretizá-los, um a um. Sou Thalita Soares Galhardo, resido no município paulista de Santo André, região do Grande ABC. Tenho a imensa boa sorte de ter nascido num lar budista, integrando uma família que hoje está na quarta geração de praticantes. Crescer nos jardins Soka é o maior tesouro. Quando criança, na amada Divisão dos Estudantes, recebemos encorajamentos que nos estimulam a não pôr limites nos sonhos, que são como uma poderosa reação química agindo em nosso interior. Nós nos agigantamos, construindo um eu forte, capaz de persistir até conseguir. Aos 35 anos, isso é o que venho vivenciando na Juventude Soka do Brasil, com orgulho. Divido com vocês essa trajetória. Seja qual for o desafio, esforce-se pacientemente até obter resultados. Jamais perca a esperança. Saiba perceber o tempo que está vivendo. Saiba quando tem de criá-lo e quando tem de esperar o momento adequado. Eis a chave da vitória certa.1 Começo com esse trecho dedicado pelo Dr. Daisaku Ikeda às mulheres, que me inspira sempre. Ele é meu mestre da vida, com quem aprendi a perseverar. Na adolescência, determinei cursar uma universidade pública, um sonho que foi se concretizando ao longo de dez anos (de 2007 a 2017). Fiz tudo e mais um pouco: concluí o bacharelado em ciência e tecnologia e o bacharelado em química; depois o mestrado e doutorado em ciência e tecnologia/química na Universidade Federal do ABC. Foram anos de muitos desafios, daquela correria característica da Divisão dos Jovens: trabalhar, estudar, sair para o rolê, estar com a família e atuar na organização de base e no grupo horizontal. Faço parte da banda Asas da Paz Kotekitai do Brasil até hoje. Na Soka Gakkai, construí meu precioso universo de aprendizados e grandes amigos. Novo voo A vida pedia mais. Em 2017, finalizei meu doutorado e engatei um pós-doutorado no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). Na BSGI, fui selecionada para integrar o grupo de jovens que foi para o Curso de Aprimoramento no Japão, chamado Kenshukai, mais um sonho realizado. Lá, em uma atividade de líderes, nosso mestre nos dedicou uma mensagem na qual cita a seguinte passagem do escrito O Kalpa de Diminuição: “Um grande mal prenuncia a chegada de um grande bem”.2 Essa frase se tornaria meu porto seguro. Passado um ano da experiência no Japão, segui para a França, país onde morei por um ano, desenvolvendo meu segundo projeto de pós-doutorado. No retorno ao Brasil, no fim de 2019, comecei a entender o “grande mal” citado na mensagem do Mestre. Foi quando me vi sem apoio financeiro para continuar minhas pesquisas e sentindo os reflexos da pandemia do coronavírus. Enviava currículo para todas as vagas na área de química, minha formação. E nada. Passei a duvidar da minha capacidade profissional e sentir que tudo o que eu havia feito até ali parecia ter sido em vão. No ápice dessa escuridão, desejava dormir e não mais acordar. Era o “grande mal” se manifestando. Mas vem a Gakkai com uma “fórmula” para reverter tudo isso, chamada “entender a missão”. No meio daquele turbilhão, havia sido nomeada responsável pelo grupo Asas da Paz da Sub. Grande ABC e vice-responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ) da Sub. Essas duas oportunidades de atuar na organização foram a minha “tábua de salvação” (rs). Por mais que estivesse com uma tristeza profunda, em cada atividade e visitas que fazia, saía encorajada a não desistir. Encontrei abrigo nos incentivos do Mestre com uma chance especial de ser coordenadora de periódicos (CP) da minha localidade. Em casa, tinha meus pais, que me apoiavam com daimoku e encorajamento, sempre. Depois de um ano e meio desempregada, consegui uma vaga como professora categoria O em uma escola pública estadual próxima à minha residência. Era algo jamais imaginado e foi surpreendentemente maravilhoso. Sinto que, ao recitar Nam-myoho-renge-kyo, entendemos o significado de cada vivência, o que nos faz seguir com confiança em direção à vitória. O bem surge da fé No fim de 2021, uma oportunidade se abriu: concorri a uma bolsa de pesquisa em uma empresa no Polo Petroquímico de Mauá, Grande ABC, fui aprovada e iniciei meu trabalho em março do ano seguinte na área de pesquisa e desenvolvimento de uma indústria química multinacional; ou seja, a experiência que faltava em minha jornada. E mais vitórias. Em setembro, após cinco anos do Kenshukai e da mensagem que sensei nos dedicou, um artigo científico referente ao meu projeto desenvolvido na França foi publicado. Colei grau de licenciatura em química, comprei meu apartamento à vista e recebi um convite para participar do time de pesquisadores da empresa, na qual permaneço até agora. O “grande mal”, de fato, prenunciou a chegada do “grande bem”, e estou vivendo exatamente este momento. Não tenho dúvidas de que tudo isso é resultado da boa sorte acumulada por praticar este budismo extraordinário e seguir os direcionamentos de um grandioso mestre, Daisaku Ikeda. Agradeço imensamente a ele; à minha família, que sempre esteve ao meu lado; e aos companheiros da Gakkai, que me permitiram lapidar a minha vida por intermédio da vida de cada um deles. Muito obrigada! Acima, com a família, apoio em todos os momentos. Thalita, no centro da foto de vestido laranja, atrás da avó Yolanda; da esq. para dir. estão o irmão, Thiago e a cunhada, Aluap. Na direita da foto os pais da jovem, Francisco e Roseli, e o sobrinho, Arthur Thalita Soares Galhardo, 35 anos. Pesquisadora científica. Na BSGI, é responsável pela DFJ da Sub. Grande ABC, supervisora local do Núcleo da Asas da Paz Kotekitai e coordenadora de periódicos da localidade. É também vice-responsável pelo Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da CGSP. Notas: 1. IKEDA, Daisaku. 365 Dias: Frases para Mulheres. 2. ed. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 119. Conheça mais sobre o livro clicando aqui . 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II p. 390, 2017. Conheça mais sobre o livro clicando aqui .

10/10/2024

Relato

DS de comprovação

Minha família se converteu ao Budismo Nichiren no ano do meu nascimento devido a situação de pobreza, infelicidade e doença. Essas foram as causas para minha família iniciar a prática. Eu sempre vivi no mundo da Gakkai, participava das atividades da Divisão dos Estudantes e das reuniões de palestra, mas não via a necessidade realmente de praticar firmemente. Minha mãe faleceu em 1997, e foi quando “acordei” para a prática budista. Nessa época, manifestou-se o carma da família. Houve muita desarmonia e uma condição financeira terrível. Nós tivemos de mudar de casa e, a partir daí, percebi a real necessidade de praticar o budismo, principalmente com o objetivo de obter forças para superar os problemas. Desde criança, sempre fui muito tímido e não gostava de sair. Penso que, após o falecimento da minha mãe, essa timidez se evidenciou ainda mais. Porém, tive a grande chance de ingressar num grupo horizontal no qual amadureci bastante, o Sokahan. Anos depois, desafiei-me a cursar uma faculdade, mesmo numa época em que não tinha nenhuma condição. Nesse sentido, não teria outra escolha a não ser frequentar uma universidade pública. Como a concorrência é bem maior, fiz um cursinho popular e fui aprovado em Educação Física. Daí surgiu um grande problema: apesar de conseguir estudar em uma universidade pública, fui várias vezes a pé até lá. Levava cerca de duas horas caminhando para a faculdade por não ter dinheiro da passagem de ônibus. Nesse mesmo período, minha família estava totalmente desestruturada financeiramente. Contudo, sempre com base no daimoku e no estudo, em nenhum momento pensei que não superaria essas dificuldades. Com essa determinação, consegui me formar em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, em 2008 e, em 2010, fui aprovado em um concurso público de uma cidade próxima. Posso dizer que melhorei muito, mas acredito que ainda preciso melhorar mais em todos os aspectos da minha vida. Em 2013, comecei um relacionamento com minha companheira de luta, Priscyla. E, em 2019, conclui o mestrado. Com elogios da banca, apresentei um projeto que servirá como material didático para professores do ensino fundamental 1. Em meus agradecimentos, citei frases do nosso querido mestre. Hoje, tudo o que concretizei e quem eu sou, absolutamente, são frutos do treinamento recebido na Gakkai. Minha esposa e eu decidimos ter um filho, porém, nos exames de rotina, precisei fazer um breve tratamento que poderia durar seis meses ou mais. No entanto, com muita boa sorte, no mês de maio último, descobrimos a gravidez da Laura. Agradeço imensamente ao meu mestre da vida e decido lutar ainda mais pela felicidade das pessoas. Muito obrigado! No topo: Eduardo, com sua esposa, Priscyla. Foto: Colaboração local.

13/09/2024

Relato

A órbita da felicidade

Eu me chamo Maria José Almeida dos Santos, moro em Belém, PA, norte do país. Quando o budismo entrou em minha história, eu tinha 12 anos. Minha mãe, Maria Francisca Almeida dos Santos, foi a guerreira que, por intermédio de uma amiga, abraçou a prática do Nam-myoho-renge-kyo, decidida a romper definitivamente com o destino que nos impunha dor e sofrimento, ingressando na Soka Gakkai. Isso foi há 42 anos. Aconteceu quando ela lutava para suportar a separação do meu pai que vivia do alcoolismo, a perda de dois filhos e ainda sustentar sozinha duas meninas e um adolescente. Apesar da pouca idade, eu vivia de questionamentos. Nem consigo imaginar qual teria sido meu destino sem essa filosofia como guia. Olhar para esse passado e, principalmente, para tudo o que conquistamos na família fortalece a minha gratidão por ter encontrado o mestre da vida, Daisaku Ikeda, que, mesmo doente, veio ao Brasil trazer esse maravilhoso ensinamento de esperança para todos nós, em 1960. O brado de “Contudo, eu irei” de Ikeda sensei ficou gravado em meu coração. Eu também triunfaria, agora com um coração sem espaço para nenhuma hesitação. Lutar até conseguir Cresci nos jardins Soka. Logo em seguida de nossa conversão, entrei na banda Asas da Paz Kotekitai do Brasil. Às vezes, mesmo sem ter dinheiro para o lanche e as despesas de transporte, não perdia os ensaios, sempre incentivada pelos veteranos da prática. Recordo-me de pegar um papel e escrever meus objetivos, determinada a não desistir. Encontrar essa prática da fé na juventude é um grande tesouro. Ao me manter na órbita da Gakkai, aprendi a me desafiar. Encarar o carma é agir diretamente na raiz do sofrimento. Como meu problema era financeiro, não me permiti perder a participação no Kofu (contribuição voluntária) e a assinatura dos periódicos. Eu também comparecia às atividades lançadas fora do meu estado. Lembro-me com gratidão de cada uma delas, pois sempre senti o carinho do Mestre me impulsionando a seguir com coragem. Foi assim quando decidi prestar concurso para servidora pública e fui vitoriosa. Atuo nessa ocupação desde 2003. Depois, concluí a faculdade, objetivo que realizei em 2008. Hoje, sou graduada em biologia com pós-graduação em sociologia e em educação ambiental. Trabalho meio período em uma área que me oferece condições de lutar em prol do kosen-rufu com mais tranquilidade. Para quem não tinha condições de pegar ônibus, desfruto a alegria de viajar e de conhecer a cultura do nosso país e de outros lugares. A gratidão é imensa, pois todas essas conquistas foram garantidas pela joia preciosa da “fé de água corrente”, como aprendemos no budismo, ou seja, acreditar sempre sem nunca retroceder. Com esse sentimento, fui ao Japão em 2018 oferecer minhas orações no Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu (Daiseido), junto com minhas companheiras que tanto me incentivaram. A estrada que escolhi Voltei do Japão renovada. Dois anos depois, em 2020, em meio à pandemia, fui confiada para a função de responsável pela Divisão Feminina do Distrito Senador Lemos. É um local de pessoas batalhadoras. É maravilhoso constatar que a prática de continuidade harmoniza nossa vida. Encontrei um companheiro excelente, Luiz Gonzaga do Nascimento Monteiro, e dessa união temos nosso filho, Luiz Henrique dos Santos Monteiro. Foi grande o orgulho para nós a participação dele na Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo, em São Paulo, em maio último. Ele retornou para casa radiante, muito feliz. Nesses 42 anos de prática, a convicção que me move é termos reais condições de transformar qualquer carma em missão, construindo uma vida de propósito. Minha mãe completou 100 anos em janeiro deste ano, lúcida. Mora conosco. Sou-lhe grata por tudo, cuidando dela com muito carinho. No distrito, agora mais que nunca, nós estamos unidos com o Brasil participando da Liga Monarca, conforme direcionado na última Reunião Nacional de Líderes (RNL). Já estamos nos movimentando, com muita disposição. É vencer e vencer. Aprendemos na Soka Gakkai que toda luta pelo kosen-rufu é revertida na concretização dos nossos sonhos e venho comprovando isso. Não há o que não possamos concretizar com a séria e sincera prática desse budismo. Essa é a minha convicção, expressa neste poema de Ikeda sensei, A Estrada, que diz: Existe uma estrada e essa é a estrada que eu amo. Eu a escolhi. Quando trilho essa estrada, as esperanças brotam e o sorriso se abre em meu rosto. Dessa estrada nunca, jamais fugirei.1 Muito obrigada! Maria José Almeida dos Santos, 53 anos. Servidora pública. Na BSGI, é responsável pela Divisão Feminina do Distrito Senador Lemos, RM Belém Oeste, Sub. Amazônia Oriental, CRE Oeste. No topo: Com alegria e gratidão, Maria José posa ao lado do marido, Luiz Gonzaga, e do filho do casal, Luiz Henrique, tendo à frente a mãe Maria Francisca, lúcida aos cem anos. “Sou-lhe grata por tudo. Ela encontrou o budismo e mudou a história de vida da família”, afirma a relatante. Foto: Colaboração local. Nota: 1. Terceira Civilização, ed. 485, jan. 2009, p. 43.

13/09/2024

Relato

Um caminho seguro

Um dia você acorda no hospital, descobre que quebrou as pernas e não tem previsão de voltar a andar. Esse é um pesadelo que ninguém deseja vivenciar, mas foi a minha realidade há cinco anos. Sofri um acidente de trabalho numa escada caracol e ali estava, sem saber o que seria dali para a frente. Minha esposa, Silvia, apenas me lançou um olhar confiante. Ela sabia bem o que aquilo significava. Sou Marcos Muniz Pereira, tenho 43 anos, moro em Sorocaba, SP. Resolvi começar este relato com essa cena que marcou uma fase decisiva da minha vida. A convicção a que chego é de que, não importando o tamanho do sofrimento, temos a condição de transformá-lo e avançar rumo aos nossos sonhos. Basta estarmos num caminho que nos leve a esse objetivo. Desde jovem, ansiava por isso, encarando a mudança de cidade aos 18 anos para me desafiar num curso superior. Garra e dedicação nunca me faltaram, e sim, a direção certa. Compartilho um pouco dessa jornada. Conheci o budismo em 2004, no início do namoro com a Silvia. Nós nos casamos anos depois numa cerimônia budista, que era o sonho dela. Participei em algumas reuni­ões da Soka Gakkai como simpati­zante e os exemplos de conduta de minha esposa e dos companheiros Soka foram vitais para mim. Me converti em 2010, aos 29 anos, compreendendo de fato que a prática do Nam-myoho-renge-kyo e as ativida­des na organização proporcionam nossa revolução humana. O caminho seguro que sempre almejei. Seis meses depois, fomos dignos de confiança para liderar um bloco. Graduado em engenharia da computação, conquistei meu primeiro estágio. Dessa maneira, iniciou-se minha luta em prol do kosen-rufu, esse movimento grandioso pela felicidade de si e dos outros. Em 2018, passei o fim de ano na minha cidade natal, Registro, SP, e me deparei com meu irmão, Denis, imerso em uma depressão profunda. Era a minha vez de trazê-lo à vida, inspirando-o à prática budista. Após esse primeiro contato dele e de minha mãe, Aparecida, com o budismo, em menos de seis meses o Gohonzon foi consagrado. Vitória! Vitória total Eu trabalhava numa empresa estável, mas com poucas chances de crescimento. E, agora, com o acidente, a vida me desafiava uma vez mais. Ficaria afastado por um ano e meio. Passei por quatro cirurgias e muito tratamento. Como chefe de família, a preocupação financeira se acentuou. Na organização, atuava como líder do distrito, além de ser responsável pelo Grupo Alvorada da Sub. Raposo Tavares. Não podia perder para o desânimo. Como membro da Divisão Sênior, determinei que viveria aqueles momentos com confiança, pois meu sincero desejo de corresponder ao Ikeda sensei era a força maior. Transformar “o veneno em remédio” como aprendemos no budismo. Voltei a andar aos poucos. Mesmo na pandemia, tudo correu tranquilamente com a bolsa auxílio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também recebi o salário integral da empresa, quando muitos tiveram uma redução de 50% por conta da crise. Aproveitei o máximo de tempo me desafiando no daimoku. Um trecho das escrituras marcou esse período: Aqueles que creem no Sutra do Lótus parecem viver no inverno, mas o inverno nunca falha em se tornar primavera.1 Em 2022, com plena harmonização de tudo, após muita oração e reflexão, decidi buscar o que, na realidade, ansiava na profissão. Depois de dezoito anos de empresa, consegui meu desligamento sem perda dos benefícios e 45 dias após já estava empregado; mesmo sendo mais longe que o outro trabalho, implicando rodar 130 km por dia. Mas estava motivado e, em menos de um ano, fui reconhecido e mudei de área. O ano de 2024 veio com uma nova promoção, função e salário, e a oportunidade de um curso de alto custo financiado pela empresa. Assim, após mais de vinte anos atuando com suporte e infraestrutura, trabalharia com um sistema reconhecido globalmente. Eu me dediquei com afinco. Em abril, uma agência de emprego em São Paulo me contatou. Na entrevista final, a surpresa maior foi saber que a empresa era de Sorocaba, onde residimos. Faria consultoria na área que me especializei nos últimos anos pelo dobro do salário. Ao comunicar aos gestores da empresa que me ofereceu tantas oportunidades, ouvi deles palavras de confiança, saindo pela porta da frente. Na organização, nós nos mobilizamos para fortalecer as atividades no distrito. A maior fortaleza do membro da Divisão Sênior é ver florir os jovens valores, e minhas orações sempre foram nesse sentido. Gratidão e determinação Meu novo trabalho fica a aproximadamente 9 km de casa e, com isso, conquistei mais tempo para tudo. Sabemos que a caminhada ainda é longa, porém comprovei uma vez mais que não existe oração sem resposta. Ao olhar para trás, reverencio os momentos desafiadores. Assim como encoraja nosso mestre eterno: “O caminho da revolução humana está em desafiar continuamente suas limitações e em realizar incansáveis esforços”.2 A crise na saúde foi vencida e um futuro profissional que sempre sonhei se abriu à frente. Isso porque busquei dentro de mim a revitalizadora prática do daimoku, que transforma “o veneno em remédio”, infalivelmente. Esse é meu maior orgulho como pilar de ouro, ainda mais neste mês tão significativo. Muito obrigado! Marcos Muniz Pereira, 43 anos. Engenheiro de computação. Na BSGI, é responsável pelo Distrito Araçoiaba, RM Manchester Paulista, e responsável pelo Grupo Alvorada da Sub. Raposo Tavares, CGESP. No topo: Marcos e sua esposa, Silvia, companheira de todas as horas. Aqui, em foto tirada num dos parques da cidade de Sorocaba, onde residem. Fotos: Arquivo pessoal Nota:1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo ,v.I, p.560, 2020.2. Brasil Seikyo, ed. 2.067, 15 jan. 2011, p. A9.

22/08/2024

Relato

Tempo de sabedoria

Há tempo para tudo. Quando priorizamos o que de fato faz senti­do em nossa vida, a vida se transfor­ma. Eu me chamo Márcio Issao Nakane, 58 anos, moro com minha família em Osasco, SP. Sou economista e trabalho na área acadêmica como docente no Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Neste ano, completo 34 anos desde que me tornei professor, mas, contando o período de graduação, somam-se quatro décadas ao todo nessa instituição. Chegar onde estou hoje, com a família e os amigos que constituí, não seria realidade fora do ambiente Soka, no qual fui treinado para a vida, pois minha família se converteu ao budismo quando eu tinha 2 anos. Compartilho um pouco dessa trajetória. Nasci em Indaiatuba, SP. Dessa cidade, minha família e eu fomos para Porto Alegre, no sul do país. Posteriormente, retornamos para São Paulo, no município de Suzano, acompanhando as mudanças profissionais do meu pai. Ali, participei de muitas atividades no Grupo 2001, precursor da nossa amada Divi­são dos Estudantes (DE) da BSGI. Em 1982, minha vida mudou de curso. Estava no último ano do ensino médio, meio perdido sobre o futuro. Minha mãe, Setsuko, sempre deu muita importância aos estudos e falava sobre a USP e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), referências de excelência acadêmica que ela possuía. Acho que ela queria que eu fosse engenheiro (risos). Estudei a vida toda em escola pública e o normal seria concluir o ensino médio, fazer cursinho e tentar a sorte nos vestibula­res. Em agosto, fiz a inscrição na Fuvest para o curso de economia (o qual eu nem sabia o que era) e decidi que tentaria passar no vestibular naquele mesmo ano. Busquei conciliar cursinho e aulas. E venci! Uma de minhas grandes recordações foi quando minha mãe e eu vimos a lista de aprovados no jornal e o meu nome estava nela. Foi a maior alegria. Nós nos abraçamos e imediatamente recitamos gongyo e daimoku em agradecimento. O ano 1983 mudou o rumo da minha vida. Dali em diante, terminei o curso de economia, fiz mestrado, doutorado e ingressei como docente na USP, onde estou até hoje. Mas, do ponto de vista da prática budista, esse acontecimento também foi significativo. Fui morar em Osasco e, aos poucos, deixei de frequentar as atividades budistas e de realizar a prática diária. Contudo, jamais me senti sozinho, recebendo constantes incentivos dos companheiros Soka. Casei-me, em 1993, com Mizuho, e vieram então os filhos: Mateus, 22 anos, que agora segue o mesmo caminho estudando na FEA/USP no curso de ciências atuariais; e Martin, 17, finalizando o ensino médio e já sinalizando acompanhar o irmão. Passe para o lado e veja mais fotos Herança e convicção Quando minha mãe faleceu em 2007, herdei tanto o oratório quanto o Gohonzon dela. Foi então que decidi retomar a prática budista ainda com mais força. Assim, concretizei meu primeiro shakubuku: minha esposa. Um recomeço consolidado de absoluta convicção de que era o que eu queria. Talvez essa seja a realidade para muitos jovens, que passam a compreender por si sós o genuíno significado do budismo. Hoje, tenho a certeza do caminho que segui, e na Divisão Sênior estou mais convicto em ser um exemplo. Em 2017, nossa família foi ao Japão. No Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu (Daiseido), oferecemos nossa oração de juramento. Tudo tem sido de grande aprendizado, e me espelho sempre nas orientações de Ikeda sensei. No período da pandemia, junto com um grupo de amigos, lemos os trinta volumes da Nova Revolução Humana, de sua autoria, e foi um tempo precioso absorver o sentimento do Mestre. Mantenho sempre à mente que o tempo é a gente quem faz, pois isso demonstra o quanto priorizamos e damos valor a algo. A vida acadêmica exige tempo e concentra­ção, porém, ao mesmo tempo, oferece flexibilidade, o que julgo de muita boa sorte. Gosto muito de participar das atividades da Gakkai, do encontro com os companheiros, de realizar visitas, de ouvir os relatos e os incentivos e de compartilhá-los. Os encontros nos blocos e nas comunidades nos permitem fazer uma conexão de coração a coração, o tesouro da família Soka. O que me motiva diariamente é o que Ikeda sensei disse em sua primeira visita ao Brasil em 1960, após fundar o primeiro distrito fora do Japão: (...) O Brasil tem a missão de atuar como pioneiro do kosen-rufu mundial. Cada um dos senhores é um desbravador dessa missão. Naturalmente, esse pioneirismo encerra em si grandes provações e dificuldades. Se conseguirem superá-las, o paraíso da felicidade irá se revelar aos senhores aqui no Brasil. Juntos, vamos abrir o caminho do kosen-rufu para o bem deste país e a prosperidade da família de todos os senhores.1 O que era verdade em 1960 ainda continua atual em 2024. Somos os desbravadores do kosen-rufu no Brasil e essa é a nossa missão. Ao me espelhar no exemplo do Mestre, que expandiu o kosen-rufu para o mundo, meu desejo é que eu consiga, por meio da minha profissão e atuação, criar uma conexão de pessoas ao humanismo Soka, no qual pulsa a coragem e a esperança de dias melhores para todos. Sensei, conte sempre comigo! Muito obrigado! Márcio Issao Nakane, 58 anos. Professor doutor da Universidade de São Paulo (USP). Na BSGI, atua como vice-responsável pelo Distrito Osasco e responsável pela Comunidade Jaguaribe, CGESP. É também membro do Depac (Departamento de Cientistas) e da CEduc (Coor­denadoria Educacional). No topo: Márcio em cena no campus da Universidade de São Paulo (USP). Foto: BS/ Arquivo pessoal Nota:1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 233, 2021.

08/08/2024

Relato

Harmonia e avanço

Encontrar-se com o mestre da vida é uma oportunidade única, capaz de transformar o destino das pessoas. Eu me chamo Diego Capelli da Silva, tenho 36 anos e sou da terceira geração de praticantes do Budismo Nichiren na família. Meu primeiro grande desafio foi lutar pela vida, pois minha mãe, Cida, era considerada clinicamente estéril. A notícia da gravidez causou uma profunda preocupação, uma vez que, segundo os médicos, sua condição de saúde não permitiria a continuidade da gestação. Após intensa recitação do Nam-myoho-renge-kyo, ela venceu, trazendo-me ao mundo. Meus pais se separaram um ano depois do meu nascimento. Chegamos a morar de favor na casa de parentes e amigos. Nessa época, além do seu trabalho principal, minha mãe complementava a renda com faxinas e produção caseira de chocolates em datas festivas. Apesar de muito pequeno, lembro-me de vê-la nas madrugadas recitando daimoku. Mesmo tendo esses problemas financeiros, com as orientações do presidente Ikeda sobre a educação como valor maior e com os esforços dos meus pais, pude frequentar bons colégios e estudar idiomas. Cresci participando das atividades da Gakkai, o que fez com que eu cultivasse sonhos e esperança de avançar, independentemente das circunstâncias. Desde os 11 anos, comecei a ter crises de pânico e de ansiedade, desenvolvendo um quadro de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e comportamento hipocondríaco. Essa situação evoluiu com o tempo e, aos 17 anos, uma psicóloga recomendou que eu fosse internado em uma clínica se não melhorasse. Nesse período, incentivado pelo meu líder da Divisão Masculina de Jovens (DMJ), ingressei no Sokahan (grupo de bastidores da divisão). O aprimoramento nesse grupo mudou o rumo da minha vida. Ainda não tinha convicção na prática budista. Encorajado por um veterano da Divisão dos Jovens (DJ), passei a ler diariamente as escrituras de Nichiren Daishonin e a fazer de uma, duas a três horas de daimoku por dia. Estava determinado a comprovar o poder da oração e a fortalecer a minha fé. Aos poucos, fui melhorando e, ao ler os incentivos do presidente Ikeda, comecei a mudar minha forma de pensar e meu comportamento. Vencer a doença e a desarmonia familiar, o que eu considerava impossível, fez emergir uma grande convicção na prática. Naquele 2006, apresentei o budismo a dois amigos. No ano seguinte, participei do 13º Curso de Aprimoramento da Divisão dos Jovens da BSGI no Centro Cultural Campestre (CCCamp) em Itapevi, SP. Saí de lá estimulado a transformar todos os aspectos da minha vida e a relatar essa vitória ao Mestre. Pouco antes do curso, sonhei que visitava o Brasil e, nessa ocasião, ele me encorajava a transformar meu relacionamento com meu pai. Para um jovem que cresceu sem essa presença paterna, é um tremendo desafio. Apesar de pagar meus estudos, meu pai e eu tivemos pouco contato. Na verdade, eu mal me lembrava do seu rosto. Então, lancei-me, mais uma vez, à luta para a transformação do meu carma. Misticamente, após a localidade em que eu atuava concretizar os resultados do Bloco Monarca, meu pai veio me visitar. Começamos a construir nossa relação e o levei para participar de uma reunião de palestra. Hoje, tenho uma ótima relação com ele e com meus seis irmãos por parte de pai. Desafios profissionais Concretizei o sonho universitário. Formei-me em direito, fui aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e continuei com a pós-graduação em uma renomada instituição. Em 2014, mesmo com um bom currículo, fiquei desempregado durante um ano e três meses. Foi um período muito difícil, mas segui a orientação de um veterano de desafiar ainda mais a recitação de daimoku, sem perder nenhuma chance de atuar na Gakkai. Eu sabia que, para vencer essa barreira, precisava vencer também no shakubuku, e assim aconteceu. Meu irmão mais novo, Lucas, fruto do atual casamento do meu pai, recebeu o Gohonzon em fevereiro de 2015 e entrou para o grupo Sokahan do qual eu fazia parte desde os meus 17 anos. Que alegria! Como resultado dessa luta, fui contratado por uma multinacional, considerada a maior empresa do mundo na época. Depois de permanecer por nove anos lá, decidi realizar o sonho de empreender e abri meu escritório recentemente. Iniciei 2024 em meio ao movimento de inspirar os jovens a abraçar os ideais de paz Soka. Atuo como coordenador da Divisão dos Jovens da CRE Oeste, que abarca dez estados e o Distrito Federal. Com a união de todas as divisões, fomos a primeira organização a concretizar os cem jovens por distrito da BSGI. Vencemos também na participação na Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo com 780 representantes. Com esse grandioso resultado dos membros da CRE Oeste, tive a oportunidade de fazer nosso juramento de lutar junto com o Mestre, por todas as existências, no Curso de Aprimoramento dos Jovens da SGI, realizado nas terras do Japão, em junho e julho. Encerro meu relato com uma orientação de Ikeda sensei que norteia a minha vida: Não importa qual seja o esforço, a derrota é sempre uma decepção. Ela rouba a vitalidade e todo o empenho se torna em vão. Vencer, por outro lado, é maravilhoso. Proporciona alegria e energia. Por isso, uma vez que se inicia uma luta, é preciso vencer infalivelmente.1 Um grande abraço a todos! Diego Capelli da Silva, 36 anos. Advogado. Na BSGI, é coordenador da Divisão dos Jovens da CRE Oeste. Diego com a mãe, Cida, na partida para o curso de aprimoramento no Japão no dia 24 de junho Momento com a família Assista Video com os participantes do Curso de Aprimoramento dos Jovens da SGI no Japão no Instagram em: https://www.instagram.com/reel/C84DEl4OHII/?igsh=MWhwaXd2eWN4bHEzZg== Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.949, 26 jul. 2008, p. A11. Fotos: BS | Arquivo pessoal

04/07/2024

Relato

A vitória é a conquista do coração

Meu nome é Alberto Kuba, tenho 44 anos. Nasci em uma família de praticantes do Budismo Nichiren, sendo minha bisavó uma das pioneiras da BSGI em Presidente Prudente, cidade do interior do estado de São Paulo. Devido à sua dedicação, toda a família abraçou a prática budista e cresci nesse ambiente de plena boa sorte. Quando me formei em engenharia, fiz estágio em uma empresa de Jaraguá do Sul, SC, e, após ser contratado, acabei me mudando definitivamente para essa cidade. Com o apoio de meus líderes e de veteranos da organização, tive a oportunidade de atuar na Divisão Masculina de Jovens (DMJ) em múltiplas funções e de fortalecer a minha prática da fé. Casei-me no dia 3 de maio de 2008 com minha querida Elisandra em uma cerimônia budista, pois ela também era praticante e líder na organização. No ano seguinte, exatamente em 3 de maio de 2009, atuava como responsável pela Divisão dos Estudantes (DE) da RM Santa Catarina e tive a boa sorte de participar da Convenção dos Jovens da Nova Era da BSGI, realizada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP. Na época, embarcamos em quatro ônibus lotados de jovens, levando diversas “carinhas impressas” dos estudantes que participaram dos preparativos, mas que, pela idade, não puderam ir a São Paulo. Gostaria de contar um pouco do que aconteceu na minha vida desde essa ocasião. Palco da missão Um mês depois, fui convidado a participar de um projeto na unidade da empresa na China. Após essa primeira visita, veio o convite definitivo de expatriação. Assim, mudei-me para aquele país, junto com minha esposa e meu enteado, com o objetivo de ocupar o cargo de gerente de vendas. Como nossa empresa estava indo muito mal na época, imperava a desarmonia. Recitei muito daimoku para compreender qual seria minha missão com aquela mudança e encontrei no romance Revolução Humana as respostas de que precisava. Da mesma maneira que Toda sensei enviava o jovem Daisaku Ikeda para os lugares mais desafiadores, onde ele se dedicava ao máximo para corresponder à expectativa do seu mestre, decidi que seria vitorioso no trabalho de forma a corresponder às expectativas dos meus líderes. Além disso, comprometi-me a compartilhar com meus colegas na China a filosofia do budismo que aprendemos em nossa organização. Quando comecei a trabalhar na China, em 2010, eram poucas as pessoas que falavam inglês. Orava intensamente daimoku para que, mesmo com toda a dificuldade de comunicação, conseguisse alinhar a atuação do time e mudar a situação. Aos poucos, fomos transformando tudo. Tornamo-nos a unidade com os maiores percentuais de crescimento e de resultado do grupo. Com isso, veio minha primeira vitória: em janeiro de 2012, fui nomeado diretor de vendas, o diretor mais novo já nomeado pela empresa. Durante esse período em que me esforçava muito ao trabalho, o apoio e a prática da minha esposa fizeram com que o sol sempre brilhasse dentro de casa. Maldade versus comprovação Durante um check-up feito em 2012, enquanto minha esposa estava de férias no Brasil, descobriu-se um nódulo em seu seio. Dada à dificuldade que imaginávamos que seria acompanhar o tratamento na China, o médico sugeriu realizar uma cirurgia simples para removê-lo. Após essa intervenção cirúrgica e seu retorno à China, ela começou a sofrer com muitos problemas. Tinha dores constantes e consultamos vários médicos da região, sem que identificassem a causa. Com passar dos meses, À medida que os meses avançavam, ela ia ficando cada vez mais fraca, a ponto de não conseguir realizar ações simples, como pentear o cabelo. Diante da angústia de não saber o que fazer, decidimos que não seríamos derrotados e nos empenhamos na recitação do daimoku com a determinação de encontrar um tratamento sem precisar sair da China. Depois de muitas horas de oração, chegamos a uma clínica muito respeitada nesse país, com profissionais formados em medicina tradicional chinesa e em medicina ocidental. Foi lá que recebemos a confirmação: minha esposa tinha polimiosite, doença autoimune, sem cura, cujos sintomas podem ser controlados. Surge a esperança e, duas semanas após ser medicada, ela já não tinha nenhum sintoma. Conforme havíamos determinado, ela se recuperou 100% sem precisarmos voltar ao Brasil para buscar tratamento. Não duvidar jamais Com a saúde de minha esposa estabilizada e minha promoção como diretor da empresa, entendemos que havia chegado a hora de aumentar a família. Então, em 2013, ela engravidou e tudo estava correndo bem até que começou novamente a se sentir fraca. Fomos orientados pela clínica chinesa a consultar uma reumatologista. No final do exame, a médica do hospital foi categórica: para assegurar o tratamento e a vida da minha esposa, era necessário fazer um aborto em, no máximo, duas semanas. Como doeu ouvir aquela proposta. Minha filha estava com dezoito semanas de gestação, já formada e sentíamos os movimentos dela na barriga da mãe. Como poderíamos escolher pelo aborto, sabendo quão mística e preciosa é a vida de uma pessoa. Minha esposa e eu não nos deixamos abalar. Consegui duas semanas de férias para me dedicar a ela e para orar daimoku até transformar aquele sentimento de desespero em gratidão. Sem contar para ninguém no Brasil o que estava acontecendo, desafiávamo-nos na recitação de horas de daimoku com o sentimento de gratidão e convictos da nossa vitória. Por meio de pesquisas, li sobre tratamentos que poderiam ser feitos para aliviar os sintomas da doença, identificando vários alimentos anti-inflamatórios. Seguindo essa dieta, no retorno ao hospital, informamos que não faríamos o aborto. Como o hospital não concordou com nossa posição, fomos privados de continuar o pré-natal lá, pois consideravam que havia um grande risco para minha esposa e não possuíam uma infraestrutura hospitalar adequada para esse tipo de parto. Assim, minha esposa estava grávida de vinte semanas, fraca e sem médico nem hospital para fazer o acompanhamento. Recitávamos muitas horas de daimoku para transformar a situação. Veio à minha mente uma frase que li num livro: “Onde há vida, há esperança”. E, mesmo diante de todas as adversidades, determinamos a vitória. Como não há oração sem resposta, encontramos um obstetra, especialista em gestação de risco, e conseguimos fazer o pré-natal num hospital chinês, superando várias barreiras, entre elas a do idioma, porque ali ninguém falava inglês. Nós orávamos com um forte sentimento de gratidão, pois, mesmo diante daquele inverno rigoroso, sabíamos que mais cedo ou mais tarde nossa primavera chegaria. Nossa filha nasceu no dia 2 de fevereiro de 2014, pesando 2,3 kg e totalmente saudável. Demos a ela, portanto, um nome significativo: Victoria. Hoje, com 10 anos, é uma menina muito esperta, saudável e extremamente carinhosa com todos. Neste ano, ela recebeu o certificado de conversão e participa ativamente das atividades da Divisão dos Estudantes. Novo voo Em 2015, com os excelentes resultados alcançados pela nossa empresa na China, fui convidado a participar de um curso de formação executiva na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, considerada um dos melhores centros de formação executiva do mundo. E uma nova vitória: fui promovido a diretor-geral, responsável por toda a operação da empresa no país. Nesse período, com profundo sentimento de gratidão, minha esposa promovia reuniões em nossa casa, para estudar o budismo com algumas esposas de expatriados na China, e duas brasileiras receberam o Gohonzon. Desde que assumi como diretor-geral, em 2015, nossa empresa se expandiu rapidamente, tornando-se grande referência no mercado e em todo o grupo. Como resultado, em 2020, fui convidado a retornar ao Brasil para ocupar o cargo de diretor superintendente da área de motores industriais, a maior empresa do conglomerado. Com nosso capítulo na China concluído, retornamos ao Brasil em meio à pandemia da covid-19. Eram mais de 13 mil colaboradores sob a minha responsabilidade. Diante do Gohonzon, decidi que trabalharía­mos para criar um ambiente em que todos se sentissem seguros e que sairíamos da crise sem demitir nenhum colaborador. Superando as dificuldades, mês a mês, vencemos e finalizamos o ano em plena recuperação. Os anos seguintes, 2021 e 2022, foram marcados por diversos recordes de vendas e de produção e, depois de um ano nos Estados Unidos, em nosso retorno ao Brasil, inauguramos nossa sede particular na qual hoje acontecem as atividades do bloco e, principalmente, as reuniões voltadas para Divisão dos Estudantes. Na WEG, onde comecei como estagiário, tive a grande surpresa de ser nomeado novo presidente do grupo a partir de 1o de abril de 2024. Agora, a gratidão aflorou ainda mais ao participar da Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo, contando meu relato com a expectativa de encorajar os jovens, indo a São Paulo com minha esposa e minha filha. A alegria maior foi ver na plateia os representantes de Santa Catarina, entre eles aqueles meninos e meninas que não puderam participar em 2009. Sou grato ao nosso mestre e aos nossos colegas da organização pelo apoio que sempre tive em todos os momentos da minha vida. Vou continuar me esforçando para ser um verdadeiro discípulo que concretiza os sonhos do Mestre. Muito obrigado! Com a filha Victoria, ao centro, Alberto e Elisandra desfrutam a felicidade conquistada, sem jamais desistir. A cena retrata a família durante a Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo, realizada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 26 de maio Vemos as “carinhas” dos estudantes trazidas pelos representantes dos jovens de Santa Catarina, em 2009, as quais também figuram na imagem sequencial Participação presencial de muitos deles na convenção do dia 26Assista Vídeo do Sr. Alberto Kuba no Vidas que inspiram Alberto Yoshikazu Kuba, 44 anos, CEO de multinacional. Na BSGI, atua como vice-responsável pelo Bloco Jaraguá, Distrito Jaraguá do Sul, RM Jaraguá do Sul, Sub. Santa Catarina, CRE Sul, CGRE. Fotos: BS | Arquivo pessoal

06/06/2024

Relato

Determinar e agir

Meu nome é Philippe Watanabe, tenho 34 anos, sou graduando no curso de ciências ambientais na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e trabalho na Fundação Getulio Vargas (FGV). Depois de participar do grupo Sokahan por onze anos, agora sou membro do grupo Brasil Ikeda Myo-on Kai (BIMOK), que atua nas áreas de sonoplastia e multimídia em atividades da organização. Cresci nos jardins Soka e tenho orgulho das minhas raízes japonesas pelo lado paterno. Mesmo assim, na infância, eu me sentia perdido quanto à minha identidade por ser carioca e filho de japonês. Afinal, não existiam tantas crianças como eu nas escolas onde estudei. Porém, com o acolhimento e a convivência na Gakkai, superei essa questão. Até hoje encontro companheiros da Divisão dos Estudantes que se recordam com saudade dessa época. Inspiração de conduta Antes de eu completar 7 anos, meu pai faleceu, acometido de câncer no intestino. Seu aspecto estava sereno como o de um buda. Com a prática, ele conseguiu prolongar sua vida, pois os homens da família não viviam mais que 40 anos. Suas últimas palavras para mim foram Gambate kudassai, que significa “Esforce-se bastante”. Logo em seguida, apresentei uma disritmia, que me causava convulsões, e tomei remédios controlados por dois anos. Meus pais sempre me apoiaram e se dedicaram com afinco à luta pelo kosen-rufu. Portanto, ultrapassei essa questão como eles, com daimoku e dedicação às atividades da Gakkai. Antes de morrer, meu pai recomendou à minha mãe a se casar novamente; e assim aconteceu, ganhei um segundo pai e uma irmã. Foi um grande aprendizado! Em janeiro de 2009, às vésperas do glorioso 3 de maio, enfrentei também o falecimento dele. Recebemos incentivos diretos de Ikeda sensei e dos demais líderes da SGI, um acalento num momento muito importante. As cinzas dele descansam, junto com as do meu pai biológico, no Palácio Memorial da Paz Eterna, em Itapevi, SP. Persistência e dedicação Em 2017, participei do Curso de Aprimoramento da SGI no Japão com os duzentos jovens do Brasil e, ao retornar, estava desempregado e determinado a ingressar no mercado de trabalho em um novo segmento. Cursava o terceiro período da faculdade e orei para surgirem amplas possibilidades. Após três meses conciliando as reuniões da organização e os afazeres, ingressei como estagiário na FGV. Onze meses depois, fui efetivado em uma vaga na qual continuo a me desenvolver profissionalmente. Esse novo trabalho me proporcionou um plano de saúde e pude fazer exames de rotina. No decorrer de 2019, fui diagnosticado com pólipos no intestino e no reto, realizando 25 sessões de radioterapia, além de quimioterapia via oral. No segundo dia do tratamento, passei muito mal e fui incentivado pela família a ler um dos escritos de Nichiren Daishonin e uma orientação de Ikeda sensei. Minha irmã, Karen, pegou o livro Pode Haver uma História Mais Maravilhosa que a Sua? e pediu para eu escolher uma página. Ao abri-la, havia um trecho do escrito A Prova do Sutra do Lótus com a seguinte explanação do Mestre: O decisivo é a convicção absoluta de que você pode transformar o veneno em remédio, por mais assustadores que sejam os obstáculos. Essa fé inabalável é o fator fundamen-tal para sobrepujar doenças e outras dificuldades na vida e abrir amplamente o caminho para atingir o estado de buda sem falta.¹ Senti imensa alegria e energia, era como se o Mestre estivesse conversando comigo e me incentivando a reagir e a não desistir. Em gratidão, decidi escrever imediatamente para Ikeda sensei relatando que seria vitorioso. Com base na prática diária do gongyo e do daimoku, seguia com a rotina de trabalho, as atividades e os estudos. Enfim, a medicação da quimioterapia foi suspensa e soube que precisaria passar por uma cirurgia para a retirada dos pólipos. Em setembro, recebi a resposta do Mestre, dizendo “Cuide-se bem”. Que alegria! Agora, mais que nunca, estava determinado a vencer. No início de 2020, realizei com sucesso o procedimento cirúrgico, que durou quase dez horas, e a previsão era receber alta em cinco ou seis dias. Porém, surgiram duas complicações. Diante disso, fui incentivado pelos veteranos a ser paciente e perseverante. Durante os dias e horários de visitação e de rotina, minha família e eu fazíamos shakubuku nos enfermeiros, auxiliares e médicos, cumprindo nossa missão como bodisatvas da terra de propagar a Lei Mística. Até uma das funcionárias chegou a recitar gongyo e daimoku conosco e apresentou o Budismo Nichiren a um amigo. Quantas oportunidades! Após treze dias, finalmente tive alta. Era fevereiro de 2020 e, com o início da pandemia, estava preocupado com a minha recuperação e o retorno ao trabalho presencial. Entretanto, como benefício da prática da fé, meu emprego adotou o home office e comecei a exercer minhas funções em casa. Atualmente, utilizo uma bolsa de ostomia, o que me permite ter qualidade de vida. Avanço e vitória Outro divisor de águas foi a primeira edição da Academia Índigo Juventude Soka do Brasil, da qual tive a boa sorte de participar. A partir daí, muitas mudanças ocorreram na organização e no trabalho. Os integrantes da Divisão dos Jovens (DJ) da nossa Sub. Copacabana vêm recitando daimoku semanal e seguem apresentando o budismo para vários amigos, resultando na concretização do movimento dos cem jovens nos oito distritos que a compõem. Que grandiosa vitória! Além disso, tive a imensa felicidade de concretizar shakubuku em um grande amigo de faculdade. Neste momento em que Ikeda sensei se encontra no Pico da Águia, renovo meu juramento de me dedicar por toda a vida ao sublime ideal do kosen-rufu ao lado dele. A todos os jovens que praticam esta Lei, sejam felizes e conquistem imensos benefícios. Obrigado! Encontro do grupo BIMOK da CGERJ promovido em março Com companheiros da Juventude Soka em 3 de maio de 2009 Reunião de partida da nova Sub. Copacabana realizada em janeiro deste ano Com o amigo Victor, a quem apresentou o Budismo NichirenPhilippe Isamu Watanabe, 34 anos, cursa ciências ambientais. É membro do Distrito Ipanema, RM Ipanema, e responsável pela DJ da Sub. Copacabana, CRC, CGERJ. Nota: 1. A Prova do Sutra do Lótus. Pode Haver uma História Mais Maravilhosa que a Sua? São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2018. p. 272. No topo: Philippe na formatura do grupo Sokahan em 2017 Fotos: Arquivo pessoal

09/05/2024

Relato

A alegria de incentivar os amigos

Em meio aos desafios decorrentes da pré-adolescência, a estudante Ana Takiguti, 12 anos, vem se dedicando a criar memórias de companheirismo com todos que encontra. É algo que aprendeu com os pais, Celso e Marcia, ambos de 47 anos, em uma família estabelecida no município de Americana, estado de São Paulo, e que atua unida na Soka Gakkai. “Desde que Ana nasceu, sempre fizemos questão de proporcionar a ela a vivência dentro da organização, pois sabemos que é o caminho para uma juventude saudável e com propósitos que desejamos que nossa filha siga”, enfatizam os pais. Eles também cresceram nos jardins Soka e atuaram na Divisão dos Jovens (DJ) da localidade até 2005, quando se casaram. Celso é auditor, e Marcia, farmacêutica. Ambos são responsáveis pela regional na organização local. O exemplo que oferecem à filha ganha contornos. De um lado, a filha se desenvolve na lapidação de suas habilidades por si mesma; do outro, experiencia o humanismo construído por laços de amizade sincera. “Eu tinha muita dificuldade em fazer novos amigos, mas dei o primeiro passo e não quero parar”, reforça Ana, que tem suas aventuras nessa área contadas com orgulho nesta edição. Com os pais, Celso e Marcia Carinho e atenção No ano passado, Ana mudou de colégio e teve dificuldade de adaptação no contraturno, às tardes, e onde não tinha por perto os amigos da turma. Incentivada pelos pais, aos poucos foi observando os colegas, dando o primeiro passo na aproximação. Por sorte já tinha a amiga Marina no período letivo normal, que conheceu no antigo colégio e estudavam juntas. Elas se uniram nas conversas e nos trabalhos, fortalecendo ainda mais a amizade. Marina, ao frequentar a casa de Ana, ouviu quando os pais dela recitavam Nam-myoho-renge-kyo e se encantou com o som, querendo saber o que significava, além das curiosidades típicas de meninas da idade. Dessa maneira, a família de Ana abraçou à de Marina. “Estamos dialogando sobre o budismo há cerca de um ano, e minha amiga já participou de algumas reuniões com a mãe. Fico tão feliz”, emociona-se Ana. Com a amiga Marina, a qual incentiva sobre a prática budista Outro fator de desenvolvimento tem sido a participação de Ana nos grupos horizontais da BSGI. Ela se espelha ainda em seus pais, que foram atuantes, quando jovens, nas bandas masculina e feminina da localidade, Taiyo Ongakutai e Asas da Paz Kotekitai, respectivamente. Lideraram esses dois grupos e Celso também fez parte do Sokahan (grupo de bastidor). Junto com Marcia, tornaram-se responsáveis pela Divisão dos Jovens da RM Americana. Ana formou-se recentemente do grupo de aprimoramento (GA) da banda Asas e agora integra o núcleo de dança. “Eu adoro os encontros e ensaios. Tenho aprendido muito sobre companheirismo”, frisa. Durante uma apresentação em desfile cívico pela Asas da Paz Kotekitai No mês da Divisão dos Estudantes, Ana compartilha suas expectativas. A primeira delas é a alegria de estar com a amiga Marina, e as outras colegas que ela vem incentivando, participando juntas nas comemorações da localidade. Aproveita para falar de sua vivência, sonhos que a motivam. Brasil Seikyo: Ana, o que mais gosta na organização? Ana: Das atividades da DE e da banda Asas da Paz Kotekitai, nas quais eu participo do coreográfico. BS: Por que gosta de incentivar os amigos? Ana: Quando incentivo as pessoas, eu me sinto mais solta e livre nas reuniões. Elas me incentivam também. É muito bom! BS: Um sonho a realizar Ana: Estudar na Universidade Soka do Japão. BS: Como vê o futuro? Ana: Eu vou me empenhar para estar bem financeiramente por meio dos estudos, viajar pelo mundo para ver culturas diferentes e provavelmente estudar moda ou psicologia. Se é da DE tem de sonhar alto, né? Ana Takiguti Gonçalves, 12 anos, estudante. Na BSGI, integra a Divisão dos Estudantes Esperança, na RM Americana, CGESP. Orientação de Ikeda sensei que guia a atuação dos pais Criando filhos que amem a SGI O mais importante é ajudá-los a aprender a respeitar e a gostar da Soka Gakkai Internacional (SGI) sem pressioná-los. Como a fé é algo para a vida inteira, já é o bastante o fato de eles compreenderem com o passar do tempo. Não é sábio ser inflexível e tentar forçá-los a praticar. Precisamos ensinar aos nossos filhos o espírito de acalentar e proteger a SGI. Espero que os pais criem os filhos de forma que eles realmente amem a SGI. Se os filhos tiverem esse espírito, com certeza serão pessoas excelentes. Fonte: Um Diálogo sobre a Religião no Século 21, publicado no Brasil Seikyo, ed. 1.569, 26 ago. 2000, p. 3. Ana, aos olhos da responsável pela Divisão dos Estudantes da localidade “Ana é uma menina muito meiga, dona de um coração enorme, muito dedicada a tudo o que faz. É gratificante ver seu desenvolvimento tanto na Gakkai quanto na sociedade. Sou afortunada em atuar com uma estudante tão fofa, realmente um grande ‘valor humano’. A família de Ana é maravilhosa. Os pais, Marcia e Celso, sempre acompanham a atuação dela na Gakkai e apoiam muito os jovens e estudantes de várias formas possíveis, com carona, kit lanche, incentivos, preparativos. Um orgulho só!” Bruna Adrieli Pereira Nagata, responsável pela DE da RM Americana Fotos: Arquivo pessoal

11/04/2024

Relato

Na órbita da felicidade

O nordestino Fernando Freitas, 51 anos, é de origem indígena, raízes das quais se apropriou de força para não rejeitar o trabalho aguerrido. Desde menino, postou-se na “lida”, ou seja, esforçou-se muito para ajudar a mãe nas despesas de casa. No bairro onde morava, oferecia para venda picolé, cocada, caranguejo, e um tanto de coisas. Depois, com 16 anos, já viajava para buscar roupas e revendê-las nas cidades do interior da Bahia. Aos 18 anos, obteve o primeiro registro em carteira, retornou aos bancos escolares incentivado pela mãe e embarcou em busca por uma religião que desse “uma resposta para a causa do sofrimento e para onde minha vida estava se encaminhando”. Jovem também sofre? “Ah, e como. Parece que a gente entra em uma espiral de ansiedade sem fim.” Nesta edição, vamos conhecer um pouco da trajetória de Fernando Freitas, que, em abril próximo, completará 28 anos de família Soka. Da espiral de sofrimento, ele passa para uma órbita diferente, iluminada de esperança, na qual aprendeu a romper limites e a se encontrar profissionalmente. Bem, ele se deparou com tantas frentes de trabalho que optamos por designá-lo empresário multissetorial. Para Fernando, tudo foi exponenciado à felicidade plena, a partir do momento em que agarrou firme a oportunidade de criar por si a esperança de dias melhores. Acompanhe! Acredito que a vida sempre nos dá chance de mudar o rumo do sofrimento que sentimos. Dar uma guinada. Eu tinha 23 anos quando encontrei a Soka Gakkai, depois de rodar bastante sem nem sentir o cheiro da tal felicidade. Em uma cidade de raízes tradicionais religiosas, era tudo muito diferente. Mas eu queria ser feliz a todo custo, então me dediquei a aprender. Ouvi sobre os ensinamentos do buda Nichiren Daishonin por meio das explanações do então presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, que todos chamavam carinhosamente de Ikeda sensei. Aos poucos, tudo fazia sentido. Eu me dediquei a pôr em prática as orientações que lia no Brasil Seikyo. Sentia-me fortalecido. Devoção na doação sincera Ikeda sensei comenta na obra Nova Revolução Humana (NRH), de sua autoria: “O espírito de devoção em realizar a doação eleva o estado de vida e proporciona imensuráveis benefícios, e isso, por sua vez, aprofunda a convicção na prática budista. Essa é a fórmula do budismo que coloca as pessoas na órbita da felicidade”.1 Dois meses depois da minha conversão, eu me tornei membro do Departamento de Contribuintes (Kofu), participando com uma única cota. O importante, conforme me foi orientado pelos veteranos, é a contribuição voluntária, feita com sincero sentimento e gratidão. Trouxe isso para mim. Determinei então que dobraria a quantidade de cotas a cada etapa. O efeito dessa “órbita da felicidade”, citada pelo Mestre, é o que venho vivenciado nesses anos de prática budista. Isso porque compreendi que possuímos a natureza de buda inerente — fonte de coragem, sabedoria, esperança —, condição básica de vida, e criar causa para evidenciá-la. Expandir a vida É extraordinário quando rompemos nossos limites. No início da minha prática, ouvi sobre a força contida na recitação de um único Nam-myoho-renge-kyo (daimoku). Pensei: “Se recitar uma vez já produz benefícios, imagine dobrar e dobrar?” Por vários dias, recitei dez horas de daimoku. Nesse período, trabalhava na fabricação de toldo, avental e forro de mesa, mas desejava avançar, ter mais tempo de estudo e desenvolvimento pessoal. Como efeito da intensa recitação de daimoku, veio o grande benefício: um trabalho como educador de jovens na Casa da Criança e do Adolescente de Camaçari, na Bahia, com uma carga horária de vinte horas semanais, boa remuneração e tempo para me dedicar aos estudos e às atividades da organização. No período de oito anos, fiz mais de vinte cursos: teatro, dança, iluminação cênica, maquiagem cênica, inglês, espanhol, superior em gestão de negócios e marketing. Finalmente, aos 28 anos, defini minha profissão, lendo nos nossos periódicos um poema do nosso mestre, no qual ele estimulava a descobrir nossos talentos. Percebi que tinha vocação para trabalhar com a voz Comecei como locutor de porta de loja e cantor; em seguida, evolui para um serviço de som. Em 2004, atuei como locutor folguista em uma rádio na cidade Dias D’Ávila — meu primeiro emprego oficial nessa área. Exercitei-me a pôr em prática o que aprendia nos grupos horizontais da Gakkai, isto é, a postura de ser um farol de coragem e sabedoria em todos os ambientes. Em quatro anos na emissora, cheguei a ser coordenador de programação, logo em seguida, gerente. Em 2007, conheci minha esposa, Verônica, que me incentivou a criar a minha própria rádio. Solo da boa sorte E dessa maneira avançamos. Mesmo com a pandemia da Covid-19, junto com minha esposa e os filhos Saulo Fernando, 12 anos, e Joaquim, 4, tudo fluiu, e seguimos colhendo os frutos dos benefícios e da boa sorte acumulados ao longo desses anos. Vivemos na órbita da felicidade que a prática da fé nos tem oferecido, seguindo as orientações do nosso eterno mestre. Temos, entre outros negócios: espaço para eventos; restaurante e churrascaria; creche e berçário; escola; rádio comunitária; estúdio para gravação de voz, carro de som e ações de marketing promocional, executando serviços para as principais empresas do país. Graças aos incentivos dos companheiros da organização, de familiares e amigos, sigo vencendo a cada dia. Posso atribuir essa trajetória ao fato de jamais falhar na participação do Kofu, cumprindo a minha determinação. Sempre fiz minha contribuição com sincero sentimento de gratidão e, assim, as comprovações vieram no mesmo ritmo. Trago em meu coração o que dizia Nichiren Daishonin aos discípulos que faziam oferecimentos: “Com toda a certeza, o senhor plantou sementes de boas causas no solo da boa sorte. Minhas lágrimas não cessam quando penso nisso [na sua calorosa dedicação]”.2 Cenas de atividades no Distrito Alvorada, do qual é responsável. Com os membros da Divisão Sênior Orando junto com os companheiros locais Tenho 51 anos e quero seguir nesse avanço contínuo. Nós podemos tudo! Muito obrigado, Ikeda sensei, por ter trazido este maravilhoso budismo ao nosso país, oferecendo essa órbita da felicidade a tantos que necessitam. Fernando José Silva de Freitas, 51 anos. Empresário multissetorial. Reside com a família em Vila de Abrantes, município de Camaçari, Bahia. Na BSGI, é responsável pelo Distrito Aeroporto, RM Salvador Norte, CRE Leste. No topo: Fernando posa com os filhos Saulo Fernando e o caçula Joaquim, e a esposa, Verônica, na formatura do colégio que dirigem juntos Notas:1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 4, 2018. p. 106. 2. Nichiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin]. Tóquio: Soka Gakkai, p. 1595.Fotos: Arquivo pessoal

22/02/2024

Relato

Com alegria e gratidão

Eu me chamo Heladio Soares, tenho 31 anos e moro em Uberlândia, MG, terra de muito pão de queijo e de pessoas simples e acolhedoras. Bem, é incrível como as coisas podem se desenrolar rapidamente quando estamos determinados a virar a chave da transformação da vida. Foi assim que aconteceu comigo. Eu tinha certa insegurança quando o assunto envolvia religião e a participação em algum movimento nessa área. Essa hesitação se devia, em parte, pelo fato de ver tanta discriminação em locais por onde andei. Em novembro de 2017, conheci meu atual companheiro, Leonardo, e logo falei da minha curiosidade sobre o budismo e o desejo de conhecer esse ensinamento. Ele já era membro da Soka Gakkai e não perdeu tempo convidando-me para uma atividade. Dois dias depois, lá estava eu, num ambiente acolhedor e de sinceros sorrisos que tocaram meu coração. No mesmo dia, ingressei na BSGI, a melhor decisão da minha vida. Com o companheiro, Leonardo Budismo é aprimoramento, e Soka Gakkai é ambiente para esse desenvolvimento. Assim, comecei a recitar Nam-myoho-renge-kyo e a pôr o estudo em prática nas minhas ações diárias. Também entrei para o Gajokai, grupo de bastidor da Divisão Masculina de Jovens (DMJ). A vida pede transformação e eu estava sentindo uma grande diferença do Heladio de antes. Agora, mais seguro, feliz, estava fazendo parte de um grandioso movimento pela paz, junto com outras pessoas tão diversas, com suas características sendo respeitadas e valorizadas. Era o que sempre busquei. Passei então a falar do budismo para amigos e familiares, porque a felicidade não podia ser só minha. E como Nichiren Daishonin orienta na escritura O Verdadeiro Aspecto de Todos os Fenômenos, “Deve não só perseverar como também ensinar aos outros”.¹ No dia da consagração do meu Gohonzon (objeto de devoção), meu primo também decidiu se converter, sendo ele meu primeiro shakubuku (pessoa a quem apresentamos essa maravilhosa filosofia). Daí não parei mais. Sonhos viram realidade Sempre desejei ser professor, mas era desencorajado. Em uma atividade, ouvi incentivos e determinei tornar esse sonho possível. Eu me inscrevi no curso de licenciatura em matemática e pedagogia; e abriram vagas para concurso, no qual fui aprovado. Veio a pandemia e não consegui tomar posse do cargo. Não desisti. Em 2021, no dia 26 de janeiro, aniversário da Soka Gakkai Internacional (SGI), a comprovação: assinei minha posse como professor e profissional de apoio escolar na prefeitura de Uberlândia, escolhendo uma escola próxima da minha residência, onde estou até hoje. E, misticamente, meu companheiro também tomou posse no significativo dia 3 de maio. Participei de dois processos seletivos para o mestrado, sendo aprovado em um deles fora das vagas. Nesse momento, renovei minha decisão, assim como sempre nos incentivou Ikeda sensei: “O fato de ter decidido já é uma prova de avanço. Mesmo que mantenham uma decisão somente por dois ou três dias, não importa. Basta renovar a decisão. Uma pessoa persistente é aquela que renova constantemente a decisão”.² Com a certeza de “jamais ser derrotado”, prestei para dois mestrados na Universidade Federal de Uberlândia e fui aprovado em primeiro lugar. Ainda fui convocado a tomar posse em outro concurso após quatro anos de espera, numa escola de meu interesse. Pude observar que, com a firme prática da fé, tudo é possível, conforme a orientação “Não há necessidade de ser dominado pela ansiedade. Existe o momento certo para cada coisa”.³ Espalhar felicidade Em julho de 2023, tive a chance de participar da Academia Índigo da Juventude Soka do Brasil e determinei concretizar mais shakubuku em gratidão. No mês seguinte, foram cinco as conversões para membros da Divisão dos Estudantes (DE) e a concessão de Gohonzon para minha cunhada cujo filho de 7 anos é superatuante. Quanta gratidão e mais avanço! Fui também nomeado responsável pela Divisão dos Estudantes da Sub. Triângulo Mineiro e, junto com os companheiros, determinamos participar do movimento dos cem jovens por distrito, objetivo que concretizamos em novembro passado. Muito feliz por ter essa vitória, percebo que, conforme avanço na prática da fé, minha vida caminha na mesma proporção. Recebi ainda o grato desafio de liderar o grupo Brasil Ikeda Myo-on Kai (sonoplastia e apoio a atividades) da Sub. Triângulo Mineiro, e hoje já estamos com três membros atuantes e vamos avançar ainda mais. Na Sub. Triângulo Mineiro — nesse significativo momento do levantar do discípulo, agora sem a presença física do Mestre —, organizamos o Festival Cultural “Humanismo e Amizade”, com a participação de inúmeros companheiros afastados, que ficaram motivados a se desafiar na prática da fé. Orgulho-me de ter concretizado 23 shakubuku até hoje, além de ter a imensa boa sorte de cadastrar minha mãe, irmã e sobrinha como simpatizantes da Soka Gakkai, pois elas viram a minha felicidade desde que comecei a praticar. Em novembro passado, elas visitaram o Centro Cultural Campestre (CCCamp) em Itapevi, SP. Que alegria! Quanta gratidão! Foto comemorativa do festival cultural realizado em novembro Atividades do movimento jovem da localidadeGostaria de agradecer imensamente a Ikeda sensei por nos permitir praticar esse budismo maravilhoso e ser membro da Soka Gakkai, ambiente de pleno acolhimento e aprimoramento para a vida; ao meu companheiro, por me apresentar a organização, e aos membros da Sub. Triângulo Mineiro, pelos incontáveis incentivos. Como diz uma frase muito falada no Brasil todo, uma adaptação do pensamento do escritor Guimarães Rosa, “É junto dos bão que a gente fica mió”. Venham conhecer nossa localidade. Muito obrigado. Heladio Soares da Silva, 31 anos. Profissional da educação. Na BSGI, é responsável pela Divisão dos Estudantes (DE) da Sub. Triângulo Mineiro (CRE Leste). Notas: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Dai-shonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 405-406, 2020.2. RDez, ed. 180, 3 dez. 2016, p. 28.3. Ibidem, p. 24. Fotos: Arquivo pessoal

11/01/2024

Relato

O segredo da vitalidade

As lembranças trazidas da infância pelo Sr. Adelcio são de pobreza e de obscuro futuro. Ele nasceu e morou em uma fazenda no interior da Bahia, com mais dois irmãos. O pai trabalhava na roça e, depois de ter sido picado por uma cobra e ficado muito doente, foi mandado embora da fazenda, carregando a família. A mãe construiu um barraco coberto de capim à beira da estrada para morarem. Sobreviviam de esmola. No desespero de não conseguir sustentar a todos, o filho mais velho, Waldomiro, foi entregue para uma família de São Paulo. Já o Sr. Adelcio, aos 7 anos, foi ajudar num posto de gasolina da cidade, permanecendo por quinze anos. Também não conseguiu frequentar a escola, concluindo apenas o primeiro ano. “Não conseguia enxergar um futuro livre do sofrimento.” São bastidores que remontam a mais de meio século. Situações que bem poderiam significar o fim para muitas pessoas. Está aqui o Sr. Adelcio para provar o contrário. Em setembro último, ele completou 70 anos, e, diferentemente do garoto desesperançoso daquela época, revela aos leitores como conseguiu assumir o comando da direção de uma vida de vitórias. A virada de chave “A gente nunca pode desistir, achar que não dá mais. Uma grande boa sorte pode surgir e mudar o rumo de nossa vida”, reflete Sr. Adelcio, ao revelar o fato que mudou sua trajetória. Foi em 1979, quando a mãe conseguiu reencontrar o filho Waldomiro, em São Paulo, que os levou para morar com ele. Waldomiro havia se tornado membro da Soka Gakkai e praticava o Budismo Nichiren, falando aos familiares sobre a grandiosa força que sentia com a recitação do Nam-myoho-renge-kyo. “Ele mirou firme nos meus olhos e perguntou: ‘Quer mudar a vida?’. Respondi que sim”, relembra Sr. Adelcio, que, de imediato, aceitou participar de uma reunião de palestra. “Senti algo mudando no meu coração. Aquelas pessoas com tanta energia e muita alegria. Era ali que queria ficar.” Dois anos depois, em 1981, recebe o Gohonzon (objeto de devoção budista); e, com a séria e sincera prática da fé, surgem as primeiras comprovações. Decide seguir a profissão de motorista. Com esforço, consegue comprar um terreno no qual construiu sua casa. “Tudo depende de nós.” Essa é uma frase que Sr. Adelcio aprendeu a conjugar depois que se tornou budista. Aquele antigo sonho de aprender a ler foi ganhando forma. “Eu ia a todas as reuniões, e mesmo sem saber ler direito nunca deixei de assinar o jornal Brasil Seikyo. Comprava os livros do presidente Ikeda e ia treinando a leitura em casa. Como é maravilhoso você conseguir compreender corretamente as palavras. As reuniões de estudo foram muito importantes para mim”, arremata. Os reflexos da dedicação foram sentidos também no trabalho que abraçou. “Dirigia caminhões e carretas, e cada vez mais fui sendo confiado pelos meus chefes”. Em São Paulo, exerceu funções na organização de base, chegando a ser responsável pela comunidade. Nessa luta, conseguiu comprar carro, moto e kombi, “Com a satisfação de poder levar os membros para as atividades. A Gakkai é maravilhosa e tenho muita gratidão”. Em 1983, passou por um desafio de saúde, vencendo o problema sem necessidade de cirurgia; e com muito apoio dos companheiros Soka. “Com essa comprovação, fiz meu juramento de jamais abandonar esta poderosa prática da fé”, reforça Sr. Adelcio, relembrando que, no ano seguinte, 1984, participou do festival que contou com a presença de Ikeda sensei no Brasil, integrando o painel humano. “Renovei minha decisão de seguir firme nessa estrada do kosen-rufu”. Retorno às origens Nos anos que se seguiram, depois de se aposentar, o Sr. Adelcio decide realizar o sonho de voltar para a Bahia, instalando-se em Vitória da Conquista. Aquele jovem com medo do futuro se transformara em um ser humano vitorioso, e que não se aposentaria da vida. “Assim que cheguei em 2016 fui logo procurar os companheiros Soka. Não podia perder tempo para fazer minha luta pelo kosen-rufu.” Atualmente, ele exerce a função de vice-responsável pelo bloco. Junto com seus líderes, percorre longas distâncias com seu carro para encontrar os membros que residem em locais mais afastados. “Rodamos por essas estradas com uma alegria que não cabe no peito”, afirma, emocionado. Aperfeiçoa-se também na hora de se preparar para as reuniões. Ele tem cadernos com recortes dos periódicos da Editora Brasil Seikyo, sempre pronto para oferecer um incentivo de Ikeda sensei. Com orgulho, faz parte do Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da BSGI. “Sou do Segundo Grau, fiz os exames com o incentivo e o apoio dos companheiros. Quem diz que o esforço não vale?”. E de bate-pronto traz esse encorajamento do Mestre: Energia vital não se refere apenas a vigor físico; também abarca sabedoria. Se nossa energia vital for forte, não nos esqueceremos do que é importante nem falharemos num momento crucial”.1 O Sr. Adelcio completa, agora em 2023, 42 anos como membro da Soka Gakkai. No ano passado, esteve em São Paulo, no casamento da sobrinha, filha do irmão Waldomiro, o qual lhe apresentou o budismo. “Foi uma grande alegria. Minha gratidão é imensa.” Em Vitória da Conquista, divide seus dias com a atual esposa Noeme, que o apoia em tudo. Conquistou duas casas e um sítio, aonde vai frequentemente. Ele proporciona apoio constante à comunidade e ao distrito. Venceu a Covid-19 e recentemente se submeteu a uma cirurgia, participando na mesma semana da reunião de palestra. Qual o segredo de sua vitalidade e do seu dinamismo? “Meu dia começa com daimoku, determinando ter um dia cheio de energia.” Todos os anos, lança o objetivo de recitar um milhão de daimoku, e isso faz tempo. Neste ano, 2023, o Sr. Adelcio já ultrapassou a meta e caminha para fechar 2 milhões de daimoku. “É muito bom a gente se sentir assim, pronto para viver o dia maravilhoso de hoje. Agradeço ao Mestre por ter me dado um propósito de vida. Envelhecer com força e alegria é um privilégio que o budismo nos oferece”, enfatiza. Imagem dos gráficos que estampa orgulhoso: “Estou finalizando 2 milhões de daimoku neste ano, dobrando o meu objetivo” Adelcio Ribeiro Chaves, 69 anos, aposentado. É vice-responsável pelo Bloco Patagônia, Distrito Vitória da Conquista, Sub. Bahia. Nota: 1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 203, 2019. Foto: Arquivo pessoal

07/12/2023

Relato

O poder da determinação

Sou Jorge Maciel, 55 anos, e divido com vocês um ponto primordial que se fixou em meu coração há trinta anos, mudando minha jornada de vida. Pratico o budismo desde 1980; e, em 1993, era um jovem estudante de engenharia com muitos sonhos e objetivos na vida. Tive a imensa boa sorte de receber Ikeda sensei como integrante da Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI), tocando tuba sinfônica (doada por ele à Filarmônica), em uma apresentação no Centro Cultural Campestre da BSGI, em Itapevi, SP, em fevereiro daquele ano. Lembranças marcantes da quarta visita do Mestre ao Brasil, ocasião em que houve a fundação oficial do grupo e nos possibilitou ouvir palavras de encorajamento que se tornaram um divisor de águas. Determinei romper os grilhões do carma, com base na prática da fé. Em 2002, fui ao Japão renovar minha decisão de luta conjunta, e três anos depois minha trajetória profissional ganhava novos contornos. Uma promoção na empresa na qual trabalhava me levou até Catalão, no estado de Goiás, e deixei para trás a cidade de São Paulo, SP, base de minha criação. Levei no peito o direcionamento recebido de um grande veterano sobre a importância de abrir novos caminhos para a paz e a felicidade das pessoas, onde quer que eu estivesse. Os desafios acompanham. Em 2006, em meio a um movimento intenso de propagação do budismo na localidade, o carro em que minha esposa, Zilda, estava colidiu com uma carreta na estrada entre Uberlândia, MG, e Catalão, GO. Os médicos envolvidos no resgate não acreditavam que ela sobreviveria, pois apresentava muitas fraturas expostas, traumatismo craniano e hemorragias diversas. Um deles chegou a me dizer que, se ela sobrevivesse, teria de amputar as pernas. Em casa, fiz cerca de nove horas de daimoku (recitação do Nam-myoho-renge-kyo) pela recuperação imediata dela. Voltando ao hospital, percebi uma mudança em seu aspecto. Conversando com os médicos, um deles disse: “É realmente incrível! Durante esta noite, todo o organismo desta paciente entrou em harmonia e tudo passou a funcionar normalmente”. A partir dessa grandiosa comprovação da prática da fé, várias pessoas da localidade quiseram conhecer a magnífica oração recitada em minha casa e, daí em diante, as conversões ao Budismo de Nichiren Daishonin foram acontecendo uma após outra; oito anos depois nascia um distrito. No trabalho, depois de dezessete anos como executivo, fui demitido. Mesmo em meio a imensas dificuldades, em 2018, participei de um curso de aprimoramento no Japão. Hora de reconfirmar o juramento. Em um curso de aprimoramento no Japão. Aprendi na Soka Gakkai a buscar formas efetivas de concretizar os objetivos, por mais desafiadores que eles parecessem. Investi nos estudos para me colocar à altura da conquista profissional que abrisse caminhos de felicidade para minha família e para o movimento pelo kosen-rufu. No período da pandemia, lancei-me a uma pós-graduação na área de engenharia, além de aprimorar a língua inglesa. Entrou 2021 e meu principal objetivo era chegar em 24 de agosto, Dia da Divisão Sênior (DS) e marco da conversão do presidente Ikeda ao budismo, com uma grandiosa vitória junto com meus companheiros da Sub. Triângulo Mineiro. Com base em intenso daimoku, na tarde do dia 24 de agosto daquele ano recebi um comunicado de minha aprovação para a função de gerente de suprimentos de um dos maiores grupos do agronegócio e geração de energia renovável da América Latina. Minha base de trabalho seria São Paulo, e a família permaneceria em Catalão, unida mais que nunca pela prática da fé e pelas orientações do Mestre. Entramos no ano 2022 com vitória total. Porém, em fevereiro, uma tremenda dor no peito quase me levou ao desmaio. Estava em um processo de cetoacidose diabética a 410 mg/dL de glicose, o que causou um descompasso coronário. Foi realizado o cateterismo e, para surpresa de todos, somente uma artéria estava obstruída. Vitória! Esse acontecimento nos fez refletir, em família, que era o momento de estarmos juntos. A organização em Catalão estava se desenvolvendo bastante. Nos últimos anos, de uma RM ampliou-se para uma subcoordenadoria com cinco RM. Decidimos então voltar à nossa terra natal, o estado de São Paulo, optando pela cidade de Mogi das Cruzes. Minha transferência para a organização local já foi efetivada, mas, por enquanto, sigo atuando na liderança da Sub. TM. Atividade em Uberlândia, MG Hoje, desfruto muita saúde e com muitas vitórias. Minha mãe, já falecida, foi uma grande veterana. Meus três irmãos, Julio, Angélica e Moacyr Jr., seguem firmes na prática; e meu pai, Moacyr, me inspira sempre: aos 87 anos, cursa atualmente sua 13ª graduação. Minha esposa, Zilda, mantém seu consultório de psicologia em pleno funcionamento de forma on-line. Nosso filho André Yuri, que se formou na segunda turma do Colégio Soka, faz faculdade e estagia em uma grande empresa; e nossa filha, Larissa, está com toda a energia de seus 11 anos. Oramos todos os dias juntos, com muita alegria. Jorge em família, ao lado da esposa, Zilda, e dos filhos André Yuri e Larissa. Esses trinta anos foram intensos. Agradeço aos meus queridos companheiros da Gakkai e afirmo que a maior de todas as alegrias é ter vivido todos esses anos tendo o presidente Ikeda como mestre. Encerro com um trecho de uma de suas preciosas orientações: Não se preocupem com o que aconteceu até agora; o passado é passado. Ao contrário, concentrem-se em como abrir o caminho para o avanço e o autoaprimoramento, o crescimento e o desenvolvimento, a partir do momento presente até o futuro. Esse é o início do drama da revolução humana.1 Muito obrigado! Jorge Luiz Lopes Maciel é responsável pela Subcoordenadoria Triângulo Mineiro (CRE Leste), CGRE, e reside atualmente em Mogi das Cruzes, SP. Fonte: 1. Brasil Seikyo, ed. 1.714, 6 set. 2003, p. A3. Fotos: Arquivo pessoal

10/08/2023

Terceira Civilização

RDez

Relato Dez

Embarque no universo dos livros

Perfil - Gabriel Silva Salomão - 9 anos - Mora em Brasília (DF) Em seu relato, Gabriel conta como leu 40 livros e como ajudou um amigo a cultivar o hábito da leitura. No topo: Arquivo pessoal

01/04/2024

Relato Dez

Vitória, vitória, vitória!

Perfil - Geovanna Gomes Louise Amaral - 17 anos - Mora em Paranaguá (PR) Assista ao vídeo em que Geovanna conta as transformações que ocorreram antes, durante e depois da sua participação na 14ª Academia dos Sucessores Ikeda, realizada em Londrina (PR). No topo: Arquivo pessoal

01/04/2024

Menu

Mês de março

Saiba, em um minuto, o que você encontrará na edição de março: Do Mestre para você Corredores da Justiça O que define a verdadeira grandiosidade ou a nobreza humana? Aprenda aqui. Faróis da Esperança Saiba como avançar com um espírito invencível herdado pelo Mestre. Matéria do mês Oferecer o seu melhor Entenda qual é o sentido do espírito de doação no Budismo Nichiren. Você vai se surpreender! Quentinhas O que rolou Inspire-se na união e na sintonia dos Estudantes com o Mestre manifestadas nas atividades. Trending Topics Tem lançamento no cinema e no streaming. Confira aqui. Relato Dez Neste vídeo relato, Mariana conta como venceu os desafios na capoeira e mudou de corda. Aprenda mais sobre o budismo Contos e Parábolas Conheça a história do menino Montanhas de Neve e seu grandioso espírito de doação. Cápsula do Tempo Teste seus conhecimentos sobre a fundação da Divisão dos Jovens da BSGI. ABC do Budismo Na parte 2, você saberá sobre a vida do segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda. Diversão Passatempo Venha brincar com os jogos da edição. Teatro com recortes Monte seu dedoche e divirta-se! Encarte KIDS Acesse o suplemento do jornal Brasil Seikyo de março.

01/03/2024

Relato Dez

Vou conquistar todos os meus objetivos!

Perfil - Mariana Yumi Bueno Pereira - 11 anos - Mora em Curitiba (PR) Desafiando na oração e promovendo constantes esforços, Mariana conseguiu mudar de corda1 na capoeira. Inspire-se com o relato dela! Nota:1. Na capoeira, o sistema de graduação é identificado por cordas, que são amarradas na cintura do aluno e entregues de acordo com o nível e a qualificação do atleta. No topo: Arquivo pessoal

01/03/2024

Menu

Mês de fevereiro

Saiba, em um minuto, o que você encontrará na edição de fevereiro: Do Mestre para você Corredores da Justiça Por que é importante criar raízes sólidas na juventude? Descubra aqui. Faróis da Esperança Saiba como manter um bom ritmo matinal com as orientações do sensei. Matéria do mês Eu transformo meu ambiente! Entenda a profunda relação que existe entre a vida e o ambiente e como influenciá-la positivamente. Quentinhas O que rolou Veja o que os Estudantes realizaram nas reuniões de palestra das suas localidades. DIY Dez Aprenda a fazer um cronograma de estudo e se organize para a volta às aulas. Relato Dez Conheça os desafios e os esforços de Laura para sua localidade alcançar os 100 jovens por distrito. Aprenda mais sobre o budismo Contos e Parábolas O que podemos aprender com a flor de lótus, a coruja e as abelhas? Quero saber! Cápsula do Tempo Teste seus conhecimentos sobre a terceira visita do presidente Ikeda ao Brasil. ABC do Budismo Confira a jornada do primeiro presidente da Soka Gakkai, Tsunesaburo Makiguchi. Diversão Passatempo Divirta-se com os jogos interativos deste mês aqui. Teatro com recortes Corte os personagens do conto desta edição e monte um teatro na atividade! Encarte KIDS Acesse o suplemento do jornal Brasil Seikyo de fevereiro.

01/02/2024

Relato Dez

Ninguém vai ficar para trás!

Perfil - Laura Deiques Garcia - 16 anos - Mora em Porto Alegre (RS) Laura relata os esforços realizados em sua localidade para vencer no movimento dos 100 jovens por distrito. Para cadastrar os jovens da sua localidade no movimento dos 100 jovens por distrito, clique aqui. No topo: Arquivo pessoal

01/02/2024

Relato Dez

Qual carreira seguir?

Perfil - Marianna Anastacio Mian - 17 anos - Mora em Araçatuba (SP) Marianna conta os desafios para escolher o curso da faculdade e encarar os vestibulares. No topo: Arquivo pessoal

08/01/2024

Menu

Mês de janeiro

Saiba, em um minuto, o que você encontrará na edição de janeiro: Mensagens Recado de Ano-Novo do presidente da BSGI Assista ao vídeo que o Sr. Miguel Shiratori gravou com alguns Estudantes para incentivá-los em 2024. Recado de Ano-Novo da Juventude Soka do Brasil Veja o que os líderes da Divisão dos Jovens da BSGI prepararam para os Estudantes. Mensagem do presidente da Soka Gakkai Leia a mensagem enviada pelo presidente Harada. Do Mestre para você Corredores da Justiça O que existe em comum entre o bambu e a amizade verdadeira? Descubra aqui. Faróis da Esperança Inicie o ano novo no ritmo do universo com estas orientações do Mestre. Matéria do mês Avançar com determinação Saiba o que fazer para persistir o ano todo e conquistar seus objetivos. Quentinhas O que rolou Veja a criatividade nas reuniões da DE das localidades. Trending Topics Fique por dentro dos principais eventos de 2024. Relato Dez Inspire-se na vitória de Marianna, que passou pelos desafios no vestibular. Aprenda mais sobre o budismo Contos e parábolas Conheça a história do general que realizou algo impossível! Cápsula do Tempo Saiba mais sobre o nascimento do presidente Daisaku Ikeda. ABC do Budismo Entenda o significado de “unicidade de mestre e discípulo” e como levar adiante a luta do Mestre. Diversão Passatempo Chegaram os jogos interativos! Divirta-se com esta novidade. Teatro com Recortes Corte os personagens da parábola deste mês e monte um teatro na atividade! Encarte KIDS Veja o novo suplemento do jornal Brasil Seikyo.

08/01/2024

Mural de vitórias

Oração e ação

Perfil - Rodrigo Akio Gardel Barbosa - 14 anos - Mora em Macaé (RJ) Neste vídeo, Rodrigo relata seu desafio no futebol e na leitura e compartilha o que o inspirou a escrever um livro para o projeto da escola. No topo: Arquivo pessoal

01/12/2023

Mural RDez

Eu venci!

Perfil - Martin Alves Tadashi Osako - 9 anos - Mora em São Bernardo do Campo (SP) Neste vídeo, Martin conta como conquistou medalhas nas olimpíadas brasileiras de matemática e astronomia e como superou um problema de saúde. No topo: Arquivo pessoal

01/11/2023

Mural RDez

Vitórias dentro e fora das quadras

Perfil - Gabriella Coelho Bicudo - 17 anos - Mora em São José dos Campos (SP) Neste vídeo, Gabriella conta como transformou a desarmonia familiar e foi selecionada para a seleção brasileira de basquete 3x3.1 No topo: Arquivo pessoal Nota:1. O basquete 3x3 é uma variação do basquete tradicional. As equipes são formadas por três integrantes e as partidas acontecem em uma das metades da quadra normal.

02/10/2023

Menu

Mês de outubro

Saiba, em um minuto, o que você encontrará na edição de outubro: Do Mestre para você Corredores da Justiça Aqui, Sensei nos incentiva a nos desafiarmos sem temer o fracasso. Faróis da Esperança Veja nesta matéria como fazer desabrochar o espírito invencível dentro de você. Matérias dos níveis DE-Futuro Saiba por que o diálogo é uma melodia entre os corações. DE-Esperança Uma boa conversa supera a diferença entre as gerações. Quero aprender! DE-Herdeiro Entenda o que é inteligência emocional e como ela pode ajudar nos relacionamentos pessoais. Quentinhas O que Rolou Confira os movimentos promovidos pela DE. DIY Dez Aprenda como escrever uma carta para uma pessoa especial. Mural de Vitórias Conheça o relato de vitória da Gabriella, que concretizou o sonho de jogar na seleção brasileira de basquete 3x3! Matéria do mês Harmonia entre gerações Transformar os conflitos familiares em verdadeiras trocas humanistas é possível! Aprenda mais sobre o budismo Cápsula do Tempo Teste seus conhecimentos sobre a fundação da Associação de Concertos Min-On. ABC do Budismo O Soundtrack está na área para ensinar sobre a unicidade de mestre e discípulo. Quero saber! Diversão Passatempo Divirta-se com as brincadeiras desta edição.

02/10/2023

Mural de vitórias

Vencer por meio do daimoku

Perfil - Pedro Henrique da Silva de Lima - 10 anos - Mora no Rio de Janeiro (RJ) Neste vídeo, Pedro Henrique, que já escreveu um livro, conta suas vitórias no estudo e no judô por meio de sua dedicação na prática da fé junto com a família. Saiba mais sobre a Ciranda do Livro clicando aqui. No topo: Arquivo pessoal

30/08/2023

Menu

Mês de setembro

Saiba, em um minuto, o que você encontrará na edição de setembro: Do Mestre para você Construindo um Futuro Brilhante Baseado no Juramento Na última parte desta série, o Mestre nos ensina a superar os medos. Corredores da Justiça Descubra o que a lua e o aprofundamento da fé têm em comum. Faróis da Esperança Desperte o poder do leão dentro de você. Matérias dos níveis DE-Futuro Você sabe o que é cultura de paz? Leia aqui. DE-Esperança Veja como aplicar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no dia a dia. DE-Herdeiro Aprenda de quantas maneiras a solidariedade pode contribuir para a paz. Quentinhas O que Rolou Se liga no que as localidades organizaram pela DE. Trending Topics A primavera chegou! Saiba quais flores brasileiras desabrocham nesta época. Mural de Vitórias Pedro Henrique conta, em vídeo, como venceu no estudo, na prática esportiva e na criação de um livro. Matéria do mês Minhas ações pela paz Construa um futuro melhor a partir de agora com a RDez! Aprenda mais sobre o budismo Cápsula do Tempo Teste seus conhecimentos sobre os cinco anos da conclusão da Nova Revolução Humana. ABC do Budismo Entenda o que existe em comum entre uma orquestra sinfônica e o princípio itai doshin. Diversão Passatempo Venha brincar com os jogos deste mês!

30/08/2023

Podcasts

Vídeos