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Caderno da Mulher

Somos Plenamente livres

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17/07/1999

Somos Plenamente livres
Falar sobre liberdade é muito difícil, visto que cada pessoa tem seu próprio conceito a respeito de seu significado.

Hoje gostaríamos de abordar esse tema com base no diálogo do presidente Ikeda com os jovens intitulado “O que é liberdade” (publicado no Brasil Seikyo, edição no 1.505, págs. 3–4.), expondo a visão budista sobre o assunto.

O presidente Ikeda diz: “No budismo, a verdadeira liberdade está relacionada à condição de vida. Aquele que possui uma vasta condição de vida é livre mesmo que esteja confinado à prisão mais limitada do mundo.”

Como sabemos, o budismo trabalha do interior para o exterior, tudo reside no coração da própria pessoa. O que temos no coração se manifesta em nosso dia-a-dia na forma de felicidade ou infelicidade.

Nesse diálogo compreendemos profundamente a abrangência da palavra liberdade e percebemos o quanto somos livres.

Podemos achar que por termos de estudar, trabalhar, cuidar da casa, fazer atividades etc. temos a nossa liberdade restringida, pois muitas vezes gostaríamos de ter todo o tempo do mundo para poder fazer o que bem quisermos. No entanto, o presidente Ikeda abre a nossa visão quando diz: “Na verdade, simplesmente pelo fato de desfrutarem uma grande liberdade é que vocês podem estudar e freqüentar uma escola; que podem realizar o Gongyo e participar das atividades da Divisão dos Estudantes Colegiais. O ato de considerarem essas tarefas como rotinas diárias desagradáveis que os impedem de fazer o que realmente desejam é uma visão terrivelmente deturpada da vida.

“Vocês consideram ir para a escola como um direito ou uma obrigação? Vêem a escola como algo livre ou sufocante? Tudo depende de sua filosofia pessoal, de sua sabedoria. Se forem passivos, irão se sentir presos e infelizes até no mais livre dos ambientes. Porém, se tomarem uma iniciativa e desafiarem suas circunstâncias, serão livres, independentemente do quanto a realidade for limitada.”

O Budismo de Nitiren Daishonin nos proporciona obter a mais plena liberdade. Somos responsáveis pela nossa própria vida e podemos transformar o nosso carma nos desprendendo das correntes do destino. Ninguém comanda o nosso futuro a não ser nós próprios embasados em ações corretas, conforme os ensinamentos de Nitiren Daishonin e as diretrizes da Soka Gakkai. Isto está expresso na seguinte frase da escritura “A Felicidade Neste Mundo”: “Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como as alegrias como fatos da vida e continue recitando o Nam-myoho-rengue-kyo não obstante o que aconteça. Então, experimentará a infinita alegria da Lei.” (END, vol. III, pág. 199.)

Nesse mesmo diálogo o presidente Ikeda fala sobre Helen Keller (1880–1968). Quando ela estava com um ano e seis meses, ela perdeu a visão e a audição, ficando com dificuldades na fala. Com a ajuda da professora Anne Sullivan, ela aprendeu a ler, a escrever e a falar, formando-se numa faculdade em Boston. Aos nove anos de idade, pronunciou sua primeira palavra. “Finalmente conseguiu se libertar da prisão do silêncio à qual estava confinada”, diz o presidente Ikeda.

Como resultado de seus esforços ela viajou pelo mundo realizando palestras e oferecendo encorajamento para outras pessoas deficientes. “Negava-se a ser derrotada. Sempre voltou o rosto na direção do Sol em busca da resplandecente luz da esperança.”, escreve o presidente Ikeda. Ele conclui o relato de Helen Keller dizendo: “Ela também escreveu: ‘No país das maravilhas da Mente, eu serei tão livre como as outras pessoas.’ Essa foi a declaração de vitória de Helen Keller. Ela alcançou o auge da liberdade, libertando-se por meio de seu próprio esforço árduo.”

Conforme podemos verificar, a liberdade do ponto de vista do Budismo de Nitiren Daishonin está em não desistir, em se esforçar ao máximo e, acima de tudo, em ter esperança.

Na verdade, somos completamente livres, pois sabemos como conduzir o nosso futuro.

O presidente Ikeda nos lembra que quanto mais fortes nos tornarmos, mais livres iremos nos sentir.

Então, nesta oportunidade, lendo esta edição do Caderno da Mulher, vamos analisar em que pontos nos sentimos “presas” e, recitando intenso Daimoku para manifestar nossa sabedoria, vamos encontrar o caminho para a nossa liberdade e viver uma existência de plena realização.

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