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Presidente da SGI é homenageado pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso e pela Câmara Municipal de Cuiabá
Discurso do Presidente da SGI
Quando as mulheres de paz mantêm-se unidas, a guerra torna-se impossível
Caderno Dez
BS
Basta ser sincero? Sei não...
18/08/2001
O mundo está cheio de pessoas sinceras, porém algumas muitas vezes deixam de cumprir suas responsabilidades e outras são constantemente derrotadas pela preguiça, pelas dificuldades e pelos vícios. Precisamos nos cuidar para não nos tornarmos pessoas que, com “grande sinceridade”, criam situações embaraçosas para os outros, levam sofrimentos e aborrecimentos aos demais, distorcem fatos e criam um ambiente em que ninguém consegue conviver.
Antes que os mais afoitos digam que estou fazendo apologia contra a sinceridade, vale lembrar que praticamos o budismo que elucida a lei de causa e efeito. Para ilustrar isso, na escritura “Wu-lung e I-lung”, consta:
“I-lung disse: ‘Foi minha mão que escreveu os títulos. Como pôde ser salvo? Além disso, não os escrevi com sinceridade. Como é possível que isto o tenha ajudado?’ O seu pai respondeu: ‘Como você é ignorante! A sua mão é a minha mão, e o seu corpo é o meu corpo. Seu ato de escrever os caracteres equivale ao meu próprio também. Embora não tivesse fé alguma em seu coração, escreveu o título com sua mão. Portanto, já fui salvo. Pense numa criança que ateia fogo a algo, e sem ter a menor intenção, leva-o a ser queimado. O mesmo mantém-se verdadeiro em relação ao Sutra de Lótus. Se uma pessoa professa fé no mesmo, seguramente tornar-se-á um Buda, apesar de talvez não esperá-lo de maneira alguma.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 4, pág. 298.)
Na frase acima, fica claro que se nos basearmos na lei, mesmo que a sinceridade seja questionável, o efeito é infalível.
Certa vez, aprendi com um veterano que a seriedade conduz à sinceridade, ou seja, se fizermos algo bem feito, mesmo na marra, nos treinamos para um dia fazer com sinceridade. Fui treinado para trilhar o caminho de mestre e discípulo, mesmo sem entender o significado disso. No início da prática, fui incentivado a lutar para trazer o presidente Ikeda para o Brasil, mesmo que, sinceramente, não entendesse isso.
Apesar de não falhar na prática da fé diária, não sentia que a realizava com sinceridade. Porém, buscava nos impressos a coragem para jamais desistir. Guardei comigo uma frase da escritura “Sobre a Oração”, que considero muito importante para os que ficam esperando a vontade sincera para orar. Nela, consta o seguinte: “Mesmo que os devotos não sejam genuínos, não tenham suficiente sabedoria, tenham corpos impuros ou não observem os preceitos, serão protegidos, desde que somente recitem o Nam-myoho-rengue-kyo. Não despreze o ouro, embora o recipiente possa estar sujo... Se o senhor ora decididamente pelos benefícios, como pode sua oração ficar sem ser realizada?” (Seleção de Gosho, pág. 175.)
Finalizando, certa vez, o presidente Ikeda afirmou: “Se uma situação desfavorável impede que o sucesso seja alcançado, então não houve um esforço sincero.” (Guia de Orientações Líder, vol. 24, pág. 64.)
Portanto, entendo que esforço sincero se faz com ou sem vontade.
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