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Arte pela Paz apresenta a dança como agente transformador

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22/05/2004

Arte pela Paz apresenta a dança como agente transformador
Do balé clássico à dança contemporânea com misturas de samba, salsa, tango, teatro e a participação especial de bailarinos portadores de deficiência física que emocionaram o público por suas performances em cadeiras de rodas — esses foram os principais destaques da sexta edição do projeto Arte pela Paz, realizado no dia 16 de maio, no Centro Cultural da BSGI, em uma realização da Coordenadoria Cultural da BSGI, integrando os grupos horizontais de artes e os Departamentos Artístico e de Comunicação.

“A dança como agente transformador de vidas” foi o tema escolhido para intermediar a apresentação dos grupos convidados e os grupos da casa. As atrizes Camila Prieto e Lucélia Maquiavel, ambas do Depart, protagonizaram a história que, por meio de diálogos, questionou assuntos como a importância dos objetivos, determinação, persistência e disciplina, sempre usando a dança como exemplo, transmitindo para a platéia, composta de convidados, em sua maioria, alguns dos conceitos básicos do humanismo, reforçando os objetivos centrais da BSGI, na criação de novos valores.

O evento teve início com uma recepção especial para os convidados. Enquanto aguardavam a entrada no auditório puderam aprender alguns passos de dança de salão acompanhados por uma banda musical. Na seqüência, o público foi recepcionado no auditório pelos cantores Alex Maia e Carol Machado, com a apresentação de clássicos da MPB. A artista plástica Ângela Maino pertencente ao Depart, no decorrer do espetáculo foi pintando uma tela, onde o público pode acompanhar pelo telão cenas da evolução do seu trabalho, que foi sorteado no final do evento.

O primeiro número apresentado pelo casal de bailarinos Andressa Corso e Célio Rodrigues, da cidade de São Caetano do Sul, com a coreografia o III ato de Coppélia, intitulado “A moça dos Olhos de Esmalte”, encantou o público que aplaudiu de pé a performance do casal com seus passos e movimentos perfeitos, enaltecendo o charme da dança clássica.

Os bailarinos da academia de dança Tânia Ferreira encenaram o segundo número da tarde, com a apresentação da dança contemporânea Tribo.

O tango marcou presença com sua sensualidade e afinidade entre os parceiros Wilson e Thelma Pessi. “Qual é o ritmo mais quente e que contagia o público?” Esse foi o desafio proposto pelos dançarinos de salão, que levantaram a platéia com seu gingado e passos sincronizados.

O grupo Taiga dispensou apresentação. No instante em que as jovens apresentaram a coreografia “As Possibilidades das Impossibilidades”, o público se antecipou para aplaudir o esforço das jovens que dançaram com os pés amarrados, mostrando a possibilidade de dançar mesmo em circunstâncias aparentemente impossíveis.

A bailarina clássica Paula Sanches apresentou a coreografia “De Mim”, de Rubem Terranova, apontando que o clássico pode ganhar conceitos modernos e transformar-se em um projeto visual arrojado mantendo a sensualidade típica dos passos na ponta dos pés.

A dança como forma de inclusão social foi o foco das apresentações do grupo de street dance Bombelêla. Coordenado pelo bailarino e coreógrafo Mark Van Loo, o grupo vem recebendo vários prêmios pelo reconhecimento do seu trabalho. Os dançarinos emocionaram a platéia na apresentação da coreografia “Geremipa” no qual os bailarinos com deficiência física subiram ao palco com suas cadeiras de rodas para demonstrar que não há limite que não possa ser superado. Mark Van Loo falou de seu trabalho, de suas propostas e preocupação com a inclusão de pessoas portadoras de deficiência física na sociedade. No final, comentou sobre sua recente conversão ao Budismo de Nitiren Daishonin.

O grupo de dança da Divisão Feminina, Fukuchi, encerrou o evento com a coreografia “Um pouquinho de Brasil”, em que o azul das suas roupas invadiu o palco para finalizar a sexta edição do projeto que teve a presença de aproximadamente 1.200 pessoas.

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