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Nova Revolução Humana

Caminho da Amizade (1)

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17/09/2011

Caminho da Amizade (1)
O caminho da nova era não será aberto enquanto ficarmos apenas esperando isso acontecer. É preciso desbravá-lo por meio de nossas próprias ações, destemida e corajosamente. Com esse espírito, Shin-iti Yamamoto anunciou o futuro.

Às 10h30 da manhã do dia 30 de maio de 1974, a comitiva da Soka Gakkai liderada por Shin-iti Yamamoto embarcou num trem em Kowloon, nessa época território britânico de Hong Kong, em direção à República Popular da China. Cerca de uma hora depois, os integrantes da comitiva chegaram a Lo Wu, a última estação de Hong Kong, onde cumpriram procedimentos legais necessários para atravessar a fronteira. Andaram então cerca de cem metros, da estação Wu para a de Shenzhen, que fica do outro lado.

As relações diplomáticas sino-japonesas haviam se normalizado em 1972, mas nenhum passo concreto havia se processado, nem era possível viajar ou entrar diretamente na China. Até mesmo para viajar a Pequim, capital chinesa, era necessário passar por Hong Kong.

A comitiva foi composta por onze membros: Shin-iti Yamamoto (responsável da comitiva), sua esposa, Mineko, Hisaya Yamamichi (vice-responsável e vice-diretor-geral da Soka Gakkai), Kaoru Tahara (secretário da comitiva e coordenador da Divisão dos Estudantes Universitários), Mikako Kitsukawa (coordenadora da Divisão Feminina de Jovens), além de intérprete, repórter, fotógrafo e outros.

Quando o grupo chegou a Lo Wu, a chuva fina que caiu desde Kowloon deixou uma leve cobertura de névoa sobre a plataforma ferroviária. Caminhando em direção à estação chinesa de Shenzhen, Shin-iti recordou a luta dos pioneiros que devotaram a vida na construção de pontes de amizade ligando Japão e China mais diretamente. Um deles foi empresário e ex-ministro do Comércio e Indústria, Tatsunosuke Takasaki, que exerceu papel importante na elaboração do memorando sobre as relações comerciais entre os dois países em 1962.

Em setembro de 1963, Takasaki disse a Shin-iti:

— Provavelmente não viverei para ver [a amizade entre Japão e China] acontecer. Precisamos de pessoas com energia renovada e comprometimento para que isso aconteça. Conto com você para contribuir com essa energia que estabelecerá as amigáveis relações bilaterais!

Takasaki tinha 78 anos na época. Ele veio a falecer cinco meses depois. Em março de 1970, com 87 anos, Kenzo Matsumura, um líder político japonês, que também foi ativista pelo avanço das relações bilaterais, pediu a Shin-iti:

— Você deveria ir a China. Na verdade, quero que alguém como você vá. Shin-iti considerou as palavras desses dois homens como um legado e se esforçou para cumprir, fazendo delas sua missão pessoal a fim de construir uma ponte dourada da amizade entre o Japão e a China. Cada passo que dava em direção à estação de Shenzhen ecoava como uma importante marcha abrindo um promissor futuro.

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