marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Cile Logotipo
Editorial

Editorial

download do ícone
ícone de compartilhamento

11/08/2012

Editorial

Mês da gratidão e decisão

O mês de agosto possui datas muito significativas. Entre elas, conforme o Editorial da semana passada, destacam-se o encontro do presidente Ikeda com o seu mestre, Jossei Toda, no dia 14 de agosto de 1947, e a entrada para a Soka Gakkai e o recebimento do Gohonzon, dez dias depois.

Nesta semana, pessoas do mundo inteiro relembraram a tragédia das bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente.

A Declaração pela Abolição das Armas Nucleares proferida em 8 de setembro de 1957 por Jossei Toda transformou-se também na bandeira de luta contra os horrores da guerra por Daisaku Ikeda, que disse: “Não há nada mais sublime que a paz. Não há felicidade maior do que a paz. Paz, eis o passo fundamental no propósito do avanço da humanidade”.

Chega de armas atômicas

O que faz com que o homem construa armas de destruição em massa, que provocam a morte de tantas pessoas inocentes? Segundo alguns estudos, todos os seres vivos possuem necessidades fisiológicas básicas, das quais citamos algumas: poder, proteção, sobrevivência e continuidade. O homem, sendo o único animal dito “racional”, ao ser influenciado pelos venenos da avareza, ira e estupidez, potencializa essas necessidades fazendo, por exemplo, do desejo da proteção atos de covardia; o poder aliado à ganância o impele ao insaciável desejo de conquistas em detrimento do sofrimento alheio.

A prática da fé, no budismo, é a luta eterna e contínua do Buda contra a maldade. O estado de Buda corresponde ao comportamento como ser humano conquistado pela purificação dos sentidos, tornando-o justo e munido de forte coragem para combater as ações da maldade.

Chakubuku elimina as garras ocultas da maldade

Na Proposta de Paz deste ano, o presidente Ikeda cita seu mestre, Jossei Toda: “Mesmo que neste momento cresça no mundo inteiro o movimento para abolir os testes nucleares, meu desejo é atacar o problema pela raiz: cortar as garras ocultas na sua origem”. 1

As “garras ocultas” citadas podem ser compreendidas pelas forças maléficas contra as quais devemos lutar. E o maior movimento dessa batalha, sem dúvida, é o Chakubuku - extrair as causas dos sofrimentos e oferecer as causas da felicidade.

Realizar o Chakubuku é despertar o potencial do estado de Buda inerente em todas as pessoas com o desejo de torná-las “valores humanos” para a sociedade. Além de introduzi-las ao budismo, devemos dialogar constantemente, com orientações minuciosas para seres humanos valorosos que contribuem na construção de uma sociedade pacífica e feliz.

A propagação não é mera explicação teórica e filosófica, mas sim a convicção e o sentimento capazes de tocar o coração de outras pessoas. Fazer Chakubuku é você e seu convidado atingirem a iluminação neste momento para a verdade suprema da vida. Nenhum benefício pode se equiparar à alegria de propagar a Lei Mística. Nada é maior que a alegria de ver outras pessoas felizes como resultado de nossos próprios esforços, com diálogo e sinceridade. E, quando nos alegramos diante da felicidade dos outros, nossa própria vida torna-se cada vez mais pura. É um ciclo que fortalece a nossa fé.

A genuína prática da fé nasce da gratidão. Parafraseando certa propaganda, “Uma pessoa é grata por ser feliz ou é feliz por ser grata?”. É fácil imaginar que no senso comum a gratidão vem com a felicidade, mas a verdadeira felicidade nasce da gratidão. E a gratidão ao mestre supera todas as demais, pois é o próprio sentido da relação da unicidade de mestre e discípulo.

Compartilhar nas