Caderno Nova Revolução Humana
BS
Todas as pessoas são dignas de respeito
Volume 21, capítulo “Diplomacia do Povo”. Partes 41 a 48
08/12/2012
PARTE 41
Em dezessete de abril, Shin-iti Yamamoto encontraria o presidente da Associação pela Amizade Sino-Japonesa, Liao Chengzhi. Nesse dia, divulgou-se em todo o mundo a notícia de que a guerra civil no Camboja, que já durava cinco anos, havia acabado.
No dia seguinte, Shin-iti encontrou-se com o príncipe Norodom Sihanouk, chefe de Estado do Governo Real de União Nacional do Camboja (Grunc) que estava exilado em Pequim. Foi um encontro memorável num momento crítico na história do Camboja. A sede do governo de Sihanouk no exílio situava-se no antigo edifício da embaixada francesa antes do estabelecimento da República Popular da China.
O Camboja fora um poderoso império que construiu notáveis prédios arquitetônicos, como o Angkor Wat, enorme palácio e complexo templo construído no século 9. Porém, em 1887, o Camboja passou a fazer parte da Indochina francesa depois que a região foi dominada pela França. Ela só ficou completamente independente em 1953, e o príncipe Sihanouk teve papel essencial nessas negociações.
Nascido em 1922, Sihanouk foi coroado rei aos dezoito anos. Após a independência, abdicou do trono, tornou-se primeiro-ministro e, mais tarde, chefe de Estado. Ele seguia uma política de neutralidade. Mas uma fenda havia sido aberta entre o Camboja e os Estados Unidos, e Sihanouk rompeu relações diplomáticas com os norte-americanos.
Basicamente, ele tentou fazer o Camboja um país autossuficiente, mas devido ao clima e a outros fatores, as colheitas foram insuficientes; a economia estava numa terrível situação.
Em março de 1970, enquanto estava fora do país, o príncipe Sihanouk foi deposto num golpe de Estado liderado por Lon Nol (1913–1985), um general político-militar com fortes pensamentos anticomunistas e pró-americano. O ex-chefe de Estado foi julgado à revelia e condenado à morte. Então, foi forçado a se exilar na China, onde formou a Frente Nacional Unida do Camboja (FNUK) em Pequim e estabeleceu seu governo no exílio — o Grunc.
Durante os cinco anos em que ficou exilado, uma guerra civil se alastrou no Camboja, colocando o governante Lon Nol, apoiado pelos Estados Unidos, contra várias forças comunistas. Sihanouk tornou-se alvo de muitas acusações.
O filósofo suíço Carl Hilty (1833–1909) escreveu: “É muito provável que não haja uma grande figura que passou pela vida sem experimentar muitos sofrimentos”.1 Sihanouk enfrentou bravamente seu rígido destino.
PARTE 42
Shin-iti estava profundamente triste pelo golpe de Estado que ocorreu em março de 1970.
Ele se lembrou de sua visita ao Angkor Wat em onze de fevereiro de 1961, quando seria comemorado o sexagésimo primeiro aniversário do segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda. Os grandes templos antigos surgindo em meio à exuberante vegetação tropical pareciam simbolizar prosperidade e paz primordiais. Ele também se sentiu confortado pelos sorrisos gentis do povo do Camboja.
Os pensamentos de Shin-iti voltaram-se para um poema escrito por Jossei Toda:
Às pessoas da Ásia
Que oram por um vislumbre da lua
Através das nuvens de despedida,
Deixe-nos enviar, em vez disso,
A luz do sol.
Tirando do bolso uma foto de seu mestre e olhando-a fixamente, Shin-iti jurou dedicar-se em prol da paz na Ásia.
Em janeiro de 1966, foi estabelecido no Camboja um distrito da Soka Gakkai cuja líder era Kikuyo Laroche, uma japonesa casada com um francês. Naquela época, a maioria dos membros da organização era composta por mulheres que vinham do Japão.
As reuniões de palestra, lideradas por Kikuyo, eram realizadas com frequência. Nesses encontros repletos de emoção, alegria e determinação, os diálogos eram sobre os benefícios obtidos por meio da prática budista. Os membros imigrantes japoneses amavam o Camboja por sua abundante beleza natural e pela consideração e gentileza do povo.
Entretanto, quando ocorreu o golpe de Estado, Kikuyo e a maioria dos membros não cambojanos deixaram o país. Estavam muito tristes por terem de partir. Alguns resolveram ficar, inclusive uma japonesa casada com um cambojano. Mas, quando o país entrou em guerra civil, não podiam mais realizar as reuniões de palestra de forma segura. O máximo que faziam era manter contato como amigos e encorajar uns aos outros o máximo possível.
O Camboja, que era conhecido como “oásis da paz” no meio da luta na Indochina, tornou-se um sangrento campo de batalhas. Shin-iti se preocupava profundamente com os membros, uma vez que era impossível saber como eles estavam, ou mesmo se estavam vivos. Ele orou Daimoku fervorosamente pela paz no Camboja.
Nada é mais trágico que pessoas matarem uma as outras. Sihanouk devia estar muito preocupado.
PARTE 43
Em dezessete de abril de 1975, a FNUK, liderada pelo Khmer Vermelho, capturou Phnom Penh. O governo de Lon Nol foi derrubado em consequência da retirada dos Estados Unidos, cinco anos após o golpe de Estado que o trouxe ao poder.
Quando o presidente Yamamoto e comitiva estavam prestes a deixar o Japão para ir à China, a mídia informou que a capital cambojana provavelmente entraria em colapso logo e a guerra civil chegaria ao fim. Essa notícia deixou o líder da SGI mais ansioso para se encontrar com Sihanouk e, como um indivíduo que desejava a paz na Ásia, falar com o príncipe sobre o novo amanhecer que estava chegando ao país dele. Shin-iti estava sempre se perguntando o que poderia fazer pelo mundo onde as pessoas sofrem tanto.
O encontro de Shin-iti com Sihanouk estava marcado para a tarde de dezessete de abril, exatamente no dia em que a guerra terminara. O príncipe tinha dito, por um intermediário, que gostaria muito de conhecê-lo.
Um representante da Associação pela Amizade Sino-Japonesa chamou a atenção de Shin-iti.
— Se o senhor se encontrar com Sihanouk, teremos de alterar o itinerário. Receio que não será tão conveniente quanto a programação original e terá de fazer um trajeto de trem de quase vinte horas para o seu próximo destino, Wuhan, em vez de voar de avião.
— Não me importo nem um pouco — disse Shin-iti. Não quero perder essa oportunidade de me encontrar com o príncipe.
Quando chegou à sala oficial de recepção do governo no exílio, onde a reunião seria realizada, Sihanouk o esperava vestindo um terno e com um sorriso suave e refinado. Como budista, o príncipe o cumprimentou unindo as palmas das mãos (imagem da capa) e, após o presidente Yamamoto devolver-lhe o gesto, Sihanouk falou em francês:
— Boa tarde. Estava ansioso para conhecê-lo.
No encontro, Shin-iti comentou:
— Estou honrado por ter reservado um tempo para se encontrar comigo neste momento crítico, com a guerra civil terminando. Quando retornar a seu país, qual será a primeira coisa que dirá ao povo cambojano?
As palavras de Shin-iti foram traduzidas para o chinês e depois para o francês. Tudo o que Sihanouk disse também teve de ser traduzido primeiro do francês para o chinês e depois para o japonês.
Embora a reunião estivesse ocorrendo no que seria considerado um momento de alegria para Sihanouk, após o colapso do governo de Lon Nol, em Phnom Penh, a expressão do príncipe parecia um pouco abatida.
PARTE 44
Em resposta, Sihanouk disse:
— Não posso voltar imediatamente para Phnom Penh. Minha mãe está muito doente.
A rainha Sisowath Kosamak (1903–1975), mãe de Sihanouk, era uma mulher valente que viveu uma vida longa cheia de incidentes, e agora tinha mais de setenta anos e estava hospitalizada em Pequim. Sihanouk acrescentou:
— Provavelmente ela terá somente mais algumas semanas de vida. Pretendo enterrá-la em Angkor Wat. Então, quando eu voltar, o primeiro lugar que certamente irei não será Phnom Penh, mas Angkor Wat.
O príncipe apontou para uma parede da sala decorada com uma grande pintura do antigo templo. Seu olhar saudoso direcionado para a pintura parecia expressar o amor sem fim por sua terra natal e por sua tão amada mãe.
O amor pela mãe é o ponto de partida do humanismo. O presidente Toda, costumava afirmar que das pessoas que não amavam seus pais dificilmente poderia esperar que se preocupassem com os estranhos. Shin-iti sentiu que havia vislumbrado a humanidade sincera nas palavras de Sihanouk.
Então, conversaram sobre o que o príncipe faria quando retornasse para casa.
— A partir de agora, gostaria de deixar a tarefa de governar o país ao primeiro-ministro e fazer da família real cambojana uma entidade simbólica, semelhante ao sistema imperial japonês. Quero ser ativo no cenário internacional.
Ciente da experiência de Sihanouk na política externa, Shin-iti concordou sinceramente com o plano do príncipe.
A diplomacia de Sihanouk, uma política de neutralidade e imparcialidade, havia sido essencial para manter seu país livre das ameaças dos conflitos que afligiam toda a Indochina, principalmente pelas delicadas situações causadas pela Guerra Fria. O príncipe era um pilar da estabilidade.
No entanto, após o golpe de Estado que levou Sihanouk ao exílio, as forças dos Estados Unidos e do Vietnã do Sul entraram no Camboja em apoio ao governo de Lon Nol, levando o país a uma guerra.
Muitos podem ter uma opinião contrária. Mas uma estrutura entrará em colapso se seus pilares não estão cuidados e protegidos.
PARTE 37
O vice-primeiro-ministro Deng Xiaoping mostrou-se interessado nas palavras de Shin-iti Yamamoto, dizendo:
— Sempre houve boas relações entre o povo da China e o da União Soviética. O problema é com os líderes. Tudo depende de quem serão os novos líderes. Porém, não estamos preocupados que a União Soviética invada a China.
Sem dúvida, o vice-primeiro-ministro, que repetidamente tinha
PARTE 45
Shin-iti ainda fez mais perguntas ao príncipe Sihanouk:
— O que foi mais difícil nesses últimos cinco anos? O que o fez não perder a esperança?
— Tenho lutado por muitos anos — respondeu o príncipe. — Primeiro, lutei contra o colonialismo francês; daí, contra os golpes de Estado; e depois, contra a intervenção dos grandes poderes. Estou acostumado a lutar. Nesses últimos cinco anos, tenho enfrentado enorme adversidade, mas nunca deixei que isso me incomodasse. Isto não é nada!
“Siha”, de Sihanouk, vem de uma palavra sânscrita que significa “leão”, e o príncipe emanava um vigor correspondente.
O antigo historiador chinês Sima Qian comentou certa vez sobre as qualificações para liderança: “Ele deve ser corajosamente abnegado e preparado para dar a vida quando seu país está em perigo”.2 Sihanouk declarou sua intenção de continuar lutando contra a invasão estrangeira. E criticou duramente as ações dos países poderosos que pisoteavam os direitos das pequenas nações.
Quando Shin-iti perguntou sobre a reconstrução da sociedade cambojana, Sihanouk falou com convicção:
— Quando a força que é usada para triunfar sobre um poderoso oponente for direcionada ao bem da população, tanto a agricultura como a indústria crescerão e se desenvolverão e nossa economia florescerá. O Camboja continuará mantendo sua independência por meio de uma política de neutralidade e de imparcialidade.
Sihanouk tinha imensa gratidão pelos chineses, que apoiaram seu governo no exílio. A amizade de Sihanouk com o primeiro-ministro Zhou Enlai foi mencionada e uma vez que Shin-iti também conhecera o primeiro-ministro, a conversa tornou-se mais vívida. O princípe disse:
— Tenho uma carta que escrevi ao primeiro-ministro Zhou transmitindo minhas considerações a ele. Gostaria de presenteá-lo com uma cópia.
Shin-iti sentiu que Sihanouk confiava plenamente nele.
PARTE 46
Shin-iti dialogou com Sihanouk por quase uma hora. Com o fim da guerra civil no Camboja, aquele era sem dúvida um dia especialmente atarefado para o príncipe. Finalizando, perguntou:
— Por favor, diga-me se há alguma coisa que o senhor deseja transmitir aos japoneses, seja um pedido ou uma crítica.
— O governo japonês apoiou o regime de Lon Nol, que tomou o poder num golpe de Estado. Por isso, será impossível ter relações diplomáticas com o Japão pelos próximos anos. Desejamos, contudo, relações amigáveis com o povo japonês.
— Compreendo, disse Shin-iti. — Transmitirei suas palavras aos japoneses. Afinal, o objetivo primordial da diplomacia deveria ser o de unir os povos. Esta, pelo menos, é a minha crença.
O foco de Sihanouk estava nas pessoas. Após a Segunda Guerra Mundial, o príncipe recusou-se a cobrar indenizações de guerra do Japão, sabendo que a população japonesa também sofria com as consequências da derrota de sua nação.
O grande escritor francês Victor Hugo (1802–1885) declarou: “As pessoas não devem sofrer! As pessoas não devem passar fome! Este é o grande problema que enfrentamos; este é o perigo”.
Governos, Estados e líderes existem pelo bem das pessoas. Quando o bem-estar do povo é esquecido, eles se tornam meios de opressão.
Shin-iti pensou: “Apesar de ter sido nosso primeiro diálogo, trocamos opiniões sinceras. Foi um encontro de coração a coração”.
Educadamente prestando seus cumprimentos, o presidente Yamamoto indicou ao príncipe sua intenção de ir embora. Sihanouk pessoalmente abriu a porta para seu convidado e viu-o partir. Ele sentiu consideração e humildade em seu gesto.
Imediatamente após retornar ao hotel, Shin-iti escreveu uma carta para Sihanouk, expressando sua preocupação com a mãe do príncipe e suas esperanças pela prosperidade do Camboja. Explicou que, como um companheiro budista, entendia perfeitamente o desejo do príncipe de transformar o sofrimento de seu povo em paz e prosperidade. Finalizou dizendo que nunca se esqueceria daquele encontro, num dia histórico em que a guerra acabou no Camboja e a nação embarcava rumo a um novo futuro.
Em seguida, Shin-iti e sua esposa, Mineko, recitaram Daimoku pela paz e prosperidade do Camboja.
PARTE 47
A rainha Sisowath Kosamak, mãe do príncipe Norodom Sihanouk, faleceu em vinte e sete de abril, nove dias após o encontro de Sihanouk com Shin-iti Yamamoto. Em trinta de abril, a Guerra do Vietnã chegou ao fim com a queda de Saigon, capital do Vietnã do Sul. Os tempos estavam mudando rapidamente.
A guerra civil no Camboja também acabara, mas a paz não veio. Em vez disso, esse evento marcou o início de um novo período de medo e terror. Depois que Phnom Penh caiu, o poder estava firmemente nas mãos do esquerdista radical Khmer Vermelho, a força controladora por trás da FNUK, e seu líder, Pol Pot (1925–1998). Isso marcou o início do reinado de terror de Pol Pot.
Sihanouk retornou ao Camboja logo após a queda de Phnom Pehn, onde foi mantido em prisão domiciliar no atual desolado Palácio Real.
Pol Pot mudou o nome do país para Camboja Democrático (também conhecido pelo nome de Kampuchea Democrática). Ele assumiu como primeiro-ministro e decretou uma política de trabalho agrário comunista forçado. Os moradores da cidade foram transferidos para o campo e viraram escravos. O Khmer Vermelho prendia membros do governo Lon Nol e da educada elite urbana e os executava. Na verdade, qualquer um que se recusasse a obedecer ordens era sumariamente assassinado.
O Khmer Vermelho também massacrou cambojanos e transformou o país inteiro num grande campo de concentração. Inúmeras pessoas morreram de fome e doenças, resultantes dos programas de trabalho forçado.
Yae Takane, membro da Soka Gakkai, fugiu do país com seus filhos um pouco antes da queda de Phnom Penh. Por influência da mãe, ela entrou para a organização no Japão em 1955. Depois, casou-se com Phan Soreh, diplomata alocado na embaixada do Camboja no Japão e, em 1964, se mudaram para o Camboja. O pai de Phan Soreh tinha um cargo importante no governo de Sihanouk e, assim, eles moravam numa bela casa de 7.000 m2 de hectares.
Porém, quando Lon Nol deu o golpe de Estado em 1970, seu marido foi levado e eles perderam a casa e todos os seus pertences. Yae repetiu para si mesma várias vezes:
— Estou praticando a fé. Não me permitirei ser derrotada por esses problemas.
PARTE 48
Yae recitou Daimoku com toda a sua força e esperava pelo retorno seguro de seu marido. Felizmente, ele foi solto depois de três meses.
Naquele momento, as forças americanas e sul-vietnamitas entraram no Camboja para apoiar o governo de Lon Nol e uma guerra civil começou entre tropas de Lon Nol e da FNUK, incluindo o Khmer Vermelho. Bombas e artilharia explodiam constantemente, dia e noite.
Certo dia, o filho mais velho de Yae andava de bicicleta quando um foguete explodiu apenas a um metro dele, arremessando-o com a sua bicicleta para o ar. Misticamente ele não ficou ferido e pedalou de volta para casa. Yae sentiu que seu filho tinha sido protegido e ofereceu orações de profunda gratidão.
A guerra civil se intensificou e as forças de Pol Pot gradualmente ganharam o poder. Empresas internacionais e nacionais começaram a se retirar do Camboja. Para facilitar a saída de seus cidadãos, a Embaixada do Japão em Phnom Penh emitiu passaportes e enviou ao governo Khmer republicano de Lon Nol para obter vistos de saída.
Dessa forma, Yae e os quatro filhos foram liberados para deixar o país, mas seu marido cambojano não. Eles lutaram para obter passagens aéreas, para a qual precisavam de dólares norte-americanos, pois a guerra civil tornara a moeda do Camboja totalmente sem valor.
O marido de Yae conseguiu dinheiro suficiente para as passagens juntando o equivalente a cerca de vinte anos de salário. A essa altura, no entanto, não havia mais voos partindo de lá. Yae recitou fervoroso Daimoku e um conhecido disse-lhe confidencialmente que havia um avião que tinha sido reformado, porém não estava nas suas melhores condições. Uma vez que era a única aeronave disponível, ela deveria se esforçar para embarcar na manhã seguinte.
Yae estava determinada que, por meio da fé, ela e sua família passariam por essa tempestuosa adversidade e triunfariam.
O filósofo francês Alain (1868–1951) [pseudônimo de Émile Auguste Chartier] certa vez escreveu: “O único recurso do homem é sua própria vontade”. A fé é a força de vontade”.
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