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Prezar cada pessoa

19 de outubro “Contudo, eu irei!”

A abnegada história de um discípulo que concretizou os sonhos do seu mestre e propagou seus ideais para o mundo

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18/10/2014

19 de outubro “Contudo, eu irei!”
CUMPRIR O JURAMENTO

Na semana que se inicia, a BSGI alcança mais uma importante etapa ao comemorar, no dia 19 de outubro, 54 anos de atividades. Vale lembrar que o desenvolvimento atual deve-se à persistência e à abnegação do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, e de todos os associados da organização.

Em 2 de outubro de 1960, com 32 anos, ele partia para a primeira viagem ao exterior rumo à concretização de seu juramento Seigan firmado como o mestre, Josei Toda: concretizar o kosen-rufu mundial.

Naquela época, a sociedade japonesa comentava que, com o falecimento do presidente Toda, a Soka Gakkai se dissolveria. Além disso, as maldades que tentavam destruir a organização e influenciar negativamente os membros eram intensas. Nesse ambiente de muitas adversidades, o presidente Ikeda, após sua posse como terceiro presidente da Soka Gakkai, em 3 de maio de 1960, empenhava-se incansavelmente percorrendo todo o Japão para incentivar e encorajar os membros e solidificar a organização em cada localidade.

Em meio a essa árdua dedicação, o jovem Daisaku Ikeda traçava o plano da propagação mundial do budismo. Era seu desejo concretizá-lo quanto antes. Esse sentimento desconhecido de todos até então ardia fervorosamente em seu coração.

No romance Nova Revolução Humana, de autoria do presidente Ikeda, é narrado o embarque da comitiva liderada por Shin’ichi Yamamoto (seu pseudônimo) no histórico dia 2 de outubro daquele ano: “Shin’ichi colocou a mão silenciosamente sobre seu peito. No bolso interno de seu paletó levava uma foto de seu venerado mestre, Josei Toda. Jamais pôde esquecer as palavras de Toda ao contar-lhe que havia sonhado que viajara ao México: “Eles estavam esperando. Todos aguardavam ansiosamente a chegada do Budismo de Nichiren Daishonin. Como eu quero viajar para o mundo, para a jornada do kosen-rufu. Shin’ichi, o mundo é seu desafio, seu verdadeiro palco. E o mundo é imenso e vasto. (...) Shin’ichi, viva. Você precisa viver! Viva o máximo que puder e percorra o mundo!” (NRH, v.I, cap. “Alvorecer”)

MANTENDO A DECISÃO

Essa viagem pela paz incluía a visita a três países — Estados Unidos, Canadá e Brasil. Após visitar as cidades de São Francisco, Seattle (onde adoeceu), Chicago, Toronto (Canadá), Nova York e Washington com intensa agenda, ele desafiou sua própria vida na véspera da partida ao Brasil, programada para 18 de outubro. Ao observar sua frágil condição de saúde, um dos integrantes da comitiva disse:

“— Vim conversar a respeito da viagem ao Brasil programada para amanhã (...) Se o senhor não se cuidar agora, poderá ocorrer algo irreparável. Caso aconteça o pior, de o senhor cair enfermo, a Gakkai perderá sua viga-mestra. Não sei o que sucederá se isso ocorrer... ” (NRH, v. I, cap. “Raios Benevolentes”).

Shin’ichi respondeu:

“— Obrigado, Sr. Jujo. Contudo, eu irei. Existem companheiros que estão me aguardando. Jamais cancelaria a viagem sabendo que eles estão me esperando. O senhor sabe perfeitamente que o maior objetivo desta viagem é a visita ao Brasil. Chegamos até aqui exatamente para isso. Não podemos desistir na metade do caminho. Houve alguma vez em que o presidente Toda recuou em meio a uma luta?! Eu sou discípulo do presidente Toda! Eu vou. Vou sem falta, custe o que custar! Se tiver de tombar, então tombarei em combate! Que desventura pode haver nisso?!” (Ibidem)

Com essa corajosa atitude, acompanhada de um espírito indomável, em 19 de outubro, o presidente Ikeda chegou a São Paulo, uma data memorável.

“EU SOU A BSGI”

Em um trecho do capítulo “Desbravador”, Shin’ichi Yamamoto, afirma: “Talvez os senhores estejam pensando que vieram para o Brasil por mero acaso, cada um devido aos seus motivos particulares. No entanto, não é exatamente isso. Os senhores nasceram como bodisatvas da terra para realizar o kosen-rufu do Brasil, para conduzir às pessoas deste país à felicidade e para construir aqui a terra da eterna paz e tranqüilidade. Ou melhor, os senhores foram convocados pelo buda Nichiren Daishonin para cumprir essa tarefa. Quando os senhores tomarem consciência de sua sublime missão como nobres bodisatvas da terra e viverem em prol do kosen-rufu, o sol do infinito passado latente no interior dos senhores lançará seus raios para transformar as causas negativas do passado como o evaporar do orvalho e abrirá diante de seus olhos um sereno curso de vida repleto de felicidade e júbilo.” (NRH, v. I, cap. “Desbravador”)

Essas palavras permanecem como uma diretriz para cada membro da BSGI até os dias de hoje e por todo o futuro. Quando, durante essa reunião, o presidente Ikeda anunciou a criação do Distrito Brasil, o primeiro fora do Japão, em meio a incontidos aplausos, o sol do kosen-rufu despontou no horizonte brasileiro e a BSGI dava seus primeiros passos para uma jornada sem igual.

A NOVA ERA DA BSGI

Este é o ano do Descortinar da Nova Era do Kosen-rufu Mundial e um ponto essencial para se conquistar a vitória é ter a consciência da importância desse momento da história e agir com disposição e alegria tendo como base a unicidade de mestre e discípulo. O buda Nichiren Daishonin afirma: “Aquele que deseja praticar os ensinamentos do budismo deve primeiro aprender a compreender o tempo” (END, v. 3, p. 17). Portanto, este é o momento de gravar o eterno e indestrutível espírito Soka e estabelecer a ponte dourada que une seu coração ao do Mestre.

Qual a razão de muitas escolas budistas terem se desviado dos ensinamentos originais do budismo? Daishonin indica, de forma clara e direta, que é o fato dos discípulos terem deixado de respeitar seu mestre. Se não combater a maldade, ela os derrotará.

Existem muitos caminhos na vida, alguns levam à fama e à riqueza, mas qual é o caminho para atingir o estado de buda?

É a unicidade de mestre e discípulo em prol da Lei. O presidente Ikeda ensina: “Mesmo diante das piores adversidades, não há nada a temer quando se vive com o mestre em prol da Lei Mística. Não existirá aflição nem sofrimento. Haverá somente radiante e ilimitada alegria, como também plenitude, esperança, orgulho e, enfim, a glória”.

A BSGI de hoje existe graças a luta empreendida pelo mestre que devotou sua própria vida para plantar a semente da felicidade no solo brasileiro. Após mais de cinco décadas desse passo inicial, surgem em todo o Brasil jovens, senhores e senhoras em sucessão com a missão e o desejo de construir uma sociedade de paz, felicidade e tranquilidade tendo como base o princípio budista da ‘prezar cada pessoa’ e conduzir todos ao redor rumo à felicidade absoluta por meio do shakubuku.

Este é o momento de expandir e propagar o budismo com muito mais coragem e afinco, junto com o Mestre, por toda a eternidade.

Viva a BSGI!

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