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Relato

Construtora da paz

Monique Tiezzi den Hartog, 27 anos, solteira, profissional de relações internacionais, responsável pela DFJ da RM Campestre, CCSP, e vice-responsável da Nova Era Kotekitai da BSGI, nasceu em uma família de praticantes do budismo.

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06/12/2014

Construtora da paz
Sorridente, Monique aguarda a equipe do BS no Centro Cultural da BSGI, em São Paulo.

Aos poucos, revela os momentos vividos no treinamento da SGI que fez no Japão em setembro: “Compreendi que minha missão como bodisatva é corresponder às expectativas do Mestre.”

Em meio aos preparativos para a viagem, ela fez provas para mestrado e, recentemente, soube que fora aprovada.

Quando perguntada a respeito dos planos futuros, afirma: “Tenho a convicção de que sou capaz de romper meus limites e contribuir por uma sociedade mais justa, que alcance um nível alto de consciência. Eu vou persistir e vencer ainda mais!”.

É no ato de jamais desistir que a jovem fez deste ano uma etapa significativa em sua vida, conquistando um antigo sonho. “No dia 31 de janeiro fui aprovada no Programa de Voluntariado da Organização das Nações Unidas (ONU), trabalhando especificamente na Comissão Nacional da Verdade, criada pela Presidência com o objetivo de tratar das violações dos direitos humanos no período da ditadura no Brasil”, conta.

TREINAMENTO PARA A VIDA

Embora vivam em casas diferentes, Monique e o pai têm uma relação saudável. À frente da família, sua mãe sempre manteve a fé e a convicção para que a jovem tivesse uma infância feliz.

Aos 6 anos, ingressou na banda feminina Nova Era Kotekitai. Ela diz que lá recebeu o direcionamento correto para a juventude. “Aprendi sobre a importância da prática da fé e sobre a grandiosidade do Mestre. Também fui incentivada a cultivar grandes sonhos.”

Entre suas metas, a maior era representar o presidente Ikeda e os ideais da Gakkai na ONU. O primeiro passo foi escolher uma carreira profissional para isso. “Decidi cursar relações internacionais na Universidade de São Paulo (USP). Foi um ano em que me esforcei intensamente no estudo, na recitação do daimoku e nas atividades da organização. No início de 2007 fui aprovada na USP, bem como em outras quatro universidades, obtendo os melhores resultados. Vitória!”

O segundo passo foi aprimorar-se em uma língua estrangeira e vivenciar outras culturas. “Parti em setembro de 2010 para a França, a fim de estudar direito e ciência política por um semestre. Não demorou muito e eu já estava participando de reuniões e até dos ensaios da Kotekitai naquele país.”

Em meio a essa experiência, ela se dedicou para que uma colega iniciasse a prática do budismo. “No começo foi difícil, mas direcionei daimoku para a sua felicidade e a convidei para uma reunião. Ela participou algumas vezes na França e sua mãe também ficou muito interessada, decidindo receber o Gohonzon.”

NÃO TEMER A NADA

Monique tem grande carinho pela família. Entre uma foto e outra, tirada durante a entrevista, ela comenta como é a relação com os irmãos, os sobrinhos e os pais. “Eles são meus tesouros! Passamos por momentos muito difíceis, mas sempre fomos unidos.”

As dificuldades as quais se refere têm relação com a dependência química de um dos seus irmãos, descoberta há seis anos. “Após três anos de convívio muito duro, meu irmão decidiu mudar de cidade com a sua família, o que inicialmente pareceu saudável, mas depois a situação se tornou insustentável. Foram momentos de bastante reflexão e de uma nova decisão de transformar infalivelmente essa condição familiar por meio do daimoku. Percebi que precisava realizar uma luta para, primeiramente, mudar meu coração e manifestar a coragem de realizar a minha revolução humana.”

Essa mudança se iniciou em 2009, no inesquecível 3 de Maio. “Eu me lembro que concretizei meu primeiro shakubuku nessa época. Essa vitória me permitiu avançar um passo em minha revolução humana e renovar meu juramento ao Sensei. Então, direcionei os esforços à felicidade dos membros da localidade, com ainda mais força, pois senti quanto o presidente Ikeda é determinado a realizar o kosen-rufu e a contribuir pela felicidade dos membros do mundo inteiro.”

Em 2012, ela assumiu a liderança da Divisão Feminina de Jovens da RM, trilhando um novo caminho e ainda mais convicta de sua vitória. “O principal desafio foi ganhar a confiança dos líderes e manifestar a harmonia entre as divisões. Da mesma forma, na Kotekitai foi um ano desafiador e muitas vezes me via atuando como se estivesse sozinha.”

Monique é determinada e, aos poucos, conquistou seu espaço. “Eu me aproximei dos membros e dos líderes e aquele ano iniciado em meio a grandes sofrimentos se tornou muito especial, pois compreendi que, se cultivasse o puro sentimento de vencer para corresponder aos anseios de Sensei, não seria derrotada.”

VIVER É VENCER

No cinquentenário da Kotekitai, em 2013, Monique objetivou vencer em todos os aspectos da vida e para isso se deparou com mais desafios. “Estava descontente com meu trabalho e, além disso, as coisas em casa também não eram as melhores. Meu irmão retornou à casa para fazer o tratamento de dependência química, mas não enxergávamos melhora nos resultados. O estresse era tanto que cheguei a manifestar fibromialgia, uma síndrome que resulta em altos níveis de dor no corpo muito altos, decorrentes do meu estado emocional.”

Foi a sua fé, somada ao desejo de corresponder ao Mestre, que ela manteve a esperança. Reuniu forças e, encorajada, decidiu falar sobre o Nam-myoho-renge-kyo para mais pessoas. Novamente a sua postura foi fundamental para a mudança. Com brilho no olhar a jovem descreve: “É impressionante como as coisas fluem quando estamos em sintonia com a Lei Mística! Depois disso, saí daquele emprego e fui aceita na ONU. Em casa, todos passaram a se dedicar à prática ainda mais, inclusive meu irmão, que faz gongyo, participa das atividades e está trabalhando”.

Na RM, ela conta que cooperou pela união dos membros e o resultado foi surpreendente. “Fechamos o objetivo de 100 jovens por distrito uma semana antes de finalizar o mês de maio, e comemoramos essa vitória com um encontro cultural, no qual participaram mais de 200 convidados. Estamos nos empenhando com muita seriedade na propagação do budismo e no desenvolvimento de verdadeiros seres humanos, manifestando o verdadeiro aspecto da força jovem!”

Monique finaliza com um trecho da mensagem do presidente Ikeda comemorativa dos 30 anos da Nova Era Kotekitai em 1993: “Feliz é a pessoa que consegue descobrir alegria em tudo. Ela transmite refrescante radiância e amplia o sorriso no rosto de todas as pessoas. Por isso, aquela que consegue transformar tudo em alegria constitui em esperança das pessoas, e é o autêntico ser humano capaz de proporcionar coragem a todos”.

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