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Especial

Arte como expressão do juramento seigan

Tânia Nardini e Guilherme Logullo, artistas e praticantes do Budismo Nichiren, explicam como levam os ideais budistas para o palco

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04/05/2019

Arte como expressão do juramento seigan

REDAÇÃO

A arte existe na união dos seres humanos com o universo, e justamente por esse motivo, arte e budismo caminham juntos. O presidente Ikeda, líder da SGI e grande amante das artes, dialoga com diversas personalidades do mundo. O mestre ensina a promover a paz através da educação e da cultura, e considera a arte um sublime veículo de integração para tal proposta. Ao longo dos anos, fundou a Associação de Concertos Min-On e o Museu de Arte Fuji, entre outras inúmeras instituições na área. Ele afirma: “A arte é uma arma poderosa na luta pela paz, é uma das expressões mais elevadas do triunfo humano. Os esforços daqueles que se dedicam a aperfeiçoar sua arte são esforços para edificar a paz e a cultura em benefício de toda a humanidade” (Terceira Civilização, ed. 380, abr. 2000, p. 30).

Em seu primeiro encontro com seu grande mestre Josei Toda, o jovem Daisaku Ikeda recitou o famoso poema Oh, Viajante!. Naquele momento, o encontro solene aconteceu e fez surgir o juramento de um discípulo ao mestre de devotar a vida ao movimento pelo kosen-rufu.

Cumprindo seu juramento como artistas Soka, o ator Guilherme Logullo e a diretora e coreógrafa Tânia Nardini, ambos associados da BSGI, estrearam no dia 3 de maio, o musical Nelson Gonçalves — O Amor e o Tempo, em São Paulo, SP.

Eles contaram essa novidade ao BS e ao serem questionados sobre a data da estreia, a emoção tomou conta de ambos. Com os olhos marejados descreveram o sentimento de num dia tão significativo corresponder ao Mestre no seu local de atuação: o palco. “Sensei está em tudo o que eu faço”, afirmou Tânia Nardini.

Levar os ideais humanísticos para o palco

“Busco levar os ideais da Soka Gakkai nas montagens para transmitir o que Ikeda sensei ensina para as pessoas”, compartilhou Tânia, que disse ainda motivar o elenco com trechos de incentivos e livros do presidente Ikeda. Graças a isso, muitas pessoas acabam se interessando pelo budismo. Uma delas é o próprio Guilherme, que lembra com carinho da primeira vez que Tânia lhe falou sobre o Budismo Nichiren. “Estávamos em Londres, eu estudando e Tânia a trabalho, quando, durante um café, ela me falou que praticava esse budismo, e que eu deveria recitar Nam-myoho-renge-kyo para mudar a minha vida. Um período se passou, fui ao Japão a trabalho e conheci a terra do nosso mestre. Não tive dúvidas e decidi me converter”, confessou.

Ambos revelaram que a vida profissional tomou novos rumos após o encontro com a Lei Mística. “Foi como se uma nova fase tivesse iniciado”, compartilharam. Tânia passava meses sem saber quando seria o próximo espetáculo. “Recebi meu Gohonzon nos Estados Unidos, das mãos de Greg Martin, na época responsável pelo Departamento de Estudo da SGI-Estados Unidos. No mesmo ano me mudei para São Paulo e nunca mais parei de trabalhar. Em gratidão, a cada local do mundo que vou participo de uma reunião e compro um sutra naquele idioma.”

Guilherme buscava se consolidar na carreira e no retorno ao Brasil descobriu um bloco próximo de sua casa, no Rio de Janeiro, RJ, e foi quando se envolveu de corpo e alma com a BSGI. “A minha carreira expandia na mesma velocidade que a organização. No Rio, pratico na Ilha da Gigoia, que até já recebeu mensagem do presidente Ikeda e também faço parte do grupo Sokahan. A Soka Gakkai é uma grande escola, e o treinamento que ela me proporciona fez e continua fazendo total diferença em todos os aspectos da minha vida”.

Missão como artista

“Como artista, vejo meu trabalho como uma oportunidade de despertar o grandioso valor inerente à vida de cada pessoa”, disse Tânia. A diretora explica que, cada vez que recebe um novo trabalho, busca primeiro entender o motivo pelo qual aquele texto está com ela. “Nada é por acaso. Busco entender o que aquela peça traz para mim, o que preciso mudar em minha vida. Venho aguçando meu olhar interno, busco humanizar a montagem, fazer com que o público se inspire a sair do teatro melhor do que entrou”.

“Vivemos atualmente um ambiente hostil para o artista, mas vejo nosso papel [meu e de Tânia] como a grandiosa oportunidade de propor uma transformação na vida de cada espectador. Se não fosse o meu mestre, eu seria outro artista. Através de sua força, Ikeda sensei nos passa coragem, e é isso o que procuramos transmitir em nosso trabalho. Isso, para mim, é cumprir meu juramento como artista Soka”, finalizou Guilherme.

“Cada ato, fala ou coreografia, enfim, em cada expressão artística eu atuo com o seguinte pensamento: ‘Isso é digno do meu mestre?’. Cumprir meu juramento como discípula do presidente Ikeda e artista Soka é levar para a sociedade uma postura humanística em todos os sentidos”, encerrou Tânia.

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