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Encontro com o Mestre

Para os maravilhosos novos membros da SGI (Parte 3)

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04/05/2019

Para os maravilhosos novos membros da SGI (Parte 3)

A religião torna o ser humano mais forte e sábio — sejam pessoas corajosas que se levantam sós!

Introdução

Em nosso diálogo, a futuróloga norte-americana Dra. Hazel Henderson1 perguntou-me por que as
atividades da Soka Gakkai se expandiram a nível mundial. Respondi: “É porque zelamos a fundo pelas pessoas”. A Dra. Hazel, que iniciou sua atuação empenhando-se em questões ambientais e, posteriormente, passou a liderar diversos movimentos civis, concordou meneando a cabeça. Ela é uma líder que defende a crença de que “Um verdadeiro movimento popular tem de ser algo que desperte elevada espiritualidade em cada uma das pessoas do povo”.

O movimento que extrai a força intrínseca do ser humano

A solidariedade Soka, que alcança hoje 192 países e territórios, não é outra coisa senão o fruto dos encontros e diálogos com cada pessoa, elevando sua espiritualidade e tornando-a sábia.

Foi com a força dos diálogos tenazes e com o incentivo de pessoa a pessoa que ajudamos a manifestar vigorosamente a força intrínseca de cada ser humano. Por isso, a Soka Gakkai tornou-se um movimento popular que pulsa tão vividamente na sociedade — esse é o nosso potencial como organização pela paz que o mundo observa atentamente.

A humanidade anseia pela paz e felicidade

No dia 2 de outubro de 1960, eu, como discípulo inseparável do meu venerado mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, dei o primeiro passo para o kosen-rufu mundial, a ordem testamental do buda Nichiren Daishonin. Na época, intensificava-se a Guerra Fria entre o Ocidente e o Oriente, aprofundava-se a ameaça nuclear e eram constantes os conflitos armados e as guerras civis em todas as partes do mundo.

Durante a sua vida, meu venerado mestre se consternou com a agonia dos povos de cada país, e confiou a nós a missão de iluminar o mundo inteiro com o Budismo do Sol de Daishonin e edificar a paz e felicidade ardentemente ansiadas pela humanidade. 

Tudo começa com o ser humano e retorna para ele

Todos os acontecimentos da sociedade são inteiramente ocasionados pelas pessoas. Pode parecer a princípio que estamos andando em círculo, mas não há outra forma senão construir o caminho para um futuro resplandecente a partir da reforma do próprio ser humano. Isso porque, mesmo em se falando de concretização da paz mundial e da felicidade de toda a humanidade, tudo começa com as pessoas e retorna para elas. 

São a revivescência e a vida feliz de cada ser humano os objetivos originais e a base das religiões. Assim sendo, o que se busca verdadeiramente é uma religião que revele a dignidade da vida e torne cada ser humano sábio e forte. Isso representa o eixo da “religião em prol das pessoas”, que difere da “religião em prol da religião”.

Desta vez, vamos estudar o princípio do budismo que propõe uma grandiosa reforma interior em cada ser humano.

Explanação

Evidenciem seu estado de buda, a condição máxima do respeito por si e pelos outros

Trecho do escrito A Torre de Tesouro

Nos Últimos Dias da Lei, não há outra Torre de Tesouro senão a figura de homens e mulheres que abraçam o Sutra do Lótus. Nesse sentido, as pessoas que recitam o Nam-myoho-renge-kyo, independentemente de serem ilustres ou humildes, de classe social superior ou inferior, são a própria Torre de Tesouro e são igualmente Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros. Não existe outra Torre de Tesouro senão o Myoho-renge-kyo. O daimoku do Sutra do Lótus é a Torre de Tesouro, e a Torre de Tesouro é o Nam-myoho-renge-kyo. (...) Por isso, Abutsu-bo é a Torre de Tesouro e a Torre de Tesouro é Abutsu-bo. Nenhum outro conhecimento é relevante.” (CEND, v. I, p. 314)

Vocês são a suprema entidade da Lei Mística

[Sintam profundamente:]

Sou eu a Torre de Tesouro!

Sou eu mesmo a suprema entidade da Lei Mística!

Esse é um trecho [ao alto em destaque] do escrito A Torre de Tesouro,2 que o primeiro presidente da Soka Gakkai, Tsunesaburo Makiguchi, leu de forma compenetrada e sublinhou diversas partes em seu exemplar do Gosho. Pode-se dizer que esse escrito é o cerne do humanismo do Budismo Nichiren, que zela por todas as pessoas.

O escrito também exalta altivamente a dignidade da vida dos seres humanos e revela amplamente o meio para resplandecer a vida do Buda da mais extrema respeitabilidade existente em cada indivíduo.

No Sutra do Lótus, ela [a vida do Buda] emerge subitamente diante dos olhos de todas as pessoas como uma imensa Torre de Tesouro. Toda sensei nos ensinou da seguinte forma a respeito dessa cerimônia do capítulo “Torre de Tesouro”:3 “Em nossa existência existe latente uma vida de grande insondabilidade chamada de estado de buda. A força e também a condição desta vida não podem ser plenamente descritas através de letras e palavras. No entanto, podemos evidenciá-las concretamente em nosso corpo. É esta cerimônia do capítulo Torre de Tesouro que revelou que nossa própria vida consegue de fato incorporar concretamente o estado de buda que se encontra de forma latente”.

Empenhem-se na prática da fé do jeito que vocês são

Nichiren Daishonin afirma que, nos Últimos Dias da Lei, as pessoas que abraçam a Lei Mística e se empenham na prática da fé são, elas próprias, as solenes e grandiosas Torres de Tesouro.

Daishonin dá especial ênfase à palavra “figura”, dizendo: “Não há outra Torre de Tesouro senão a figura”. São o aspecto e a forma que, de fato, podem ser notados.

Naturalmente, o semblante e a condição em que vive uma pessoa são diferentes das demais. Porém, as pessoas que abraçam o Gohonzon e lutam em prol do kosen-rufu conseguem resplandecer como a Torre de Tesouro da solene vida adornada com sete tipos de tesouro,4 sendo cada pessoa como ela é e sem mudar seu aspecto ou sua forma. Essa é a razão de o Budismo Nichiren ser uma religião mundial que transpõe todas as diferenças, seja de país, de etnia ou de gênero. Mas há algo além disso. Daishonin também declara que é com o aspecto que temos que nos assemelhamos a Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros.

A imagem, o aspecto e o comportamento das pessoas que abraçam a Lei Mística e que se empenham ativamente na prática da fé exatamente como são correspondem às características de Aquele que Assim Chega Muitos Tesouros. Não existe outra condição para “abraçar o Sutra do Lótus” que não seja da forma que se possui hoje.

Por isso, não há absolutamente nenhuma necessidade de se forçarem para mostrar ser quem não são, invejar os outros ou promover outras ações desse tipo. Sendo exatamente como são, mantendo a prática da fé por toda a vida, aconteça o que acontecer, e jamais sendo derrotados, sem falta, se tornarão exemplos de vitória e de comprovação do Sutra do Lótus.

O espelho límpido para observar a Torre de Tesouro inerente à própria mente

“Por isso, Abutsu-bo é a Torre de Tesouro e a Torre de Tesouro é Abutsu-bo. Nenhum outro conhecimento é relevante” (CEND, v. I, p. 314) é a explicação apresentada por Daishonin a Abutsu-bo, dizendo que seu corpo é da forma que é e que ele [Abutsu-bo] é a Torre de Tesouro, ensinando que basta que ele saiba disso.

Cada um deve, como Torre de Tesouro do Myoho-renge-kyo, evidenciar no mundo real a vida do Buda que existe dentro de si.

Assim como diz a frase: “Visto que os discípulos e mantenedores leigos de Nichiren creem no Sutra de Lótus com exclusividade — descartando honestamente os meios apropriados e não aceitando uma única estrofe dos demais sutras, tal como o Sutra do Lótus ensina — eles poderão entrar na Torre de Tesouro do Gohonzon” (CEND, v. II, p. 92), Daishonin revelou o Gohonzon como o espelho límpido para que cada pessoa observe a Torre de Tesouro inerente à própria vida.

Eu sou o próprio Nam-myoho-renge-kyo

“Decida: eu sou o próprio Nam-myoho-renge-kyo”, orientou Toda sensei. A prática da fé é realizada para estabelecermos solenemente em nosso peito a inabalável Torre de Tesouro da Lei Mística.

A Torre de Tesouro é a vida do estado de buda que, através de uma oração forte e vigorosa,emerge rompendo a escuridão inata da vida.5 É a própria força original da vida em si que nos faz levantar e superar quaisquer sofrimentos e as desesperanças.

Nós, que abraçamos o Gohonzon, podemos, a qualquer momento e onde quer que estejamos, estabelecer em nosso peito a Torre de Tesouro e tornar o local em que estamos agora na “Terra da Luz Tranquila” (a terra eterna do buda).

E não só estabelecemos a Torre de Tesouro da nossa vida, como também seguimos estabelecendo a Torre de Tesouro da vida de outras pessoas. É para isso que existem o Gohonzon e a prática da fé. O que faz isso acontecer é a relação de mestre e discípulo Soka e a união de “diferentes em corpo, unos em mente” (itai doshin). E também a Gakkai, organização
do kosen-rufu.

O mais certo e fundamental caminho direto para alcançar a paz é estabelecer multidões de Torres de Tesouro, que são a prova concreta da dignidade da vida.

Não deixar ninguém para trás

Em especial, podemos dizer que, na época atual, a estrutura da sociedade se agiganta e se torna complexa, ao mesmo tempo em que enfraquece a força do próprio ser humano. A partir do sentimento de impotência de que nada pode ser feito apenas pela própria força, pode-se ter dificuldades em se manter a autoestima e a autoafirmação, além de perder o significado da vida e acabar depreciando a si mesmo. 

Se conseguirem se conscientizar da própria dignidade, encontrar sentido e ter orgulho do seu modo de viver, emergirá a indômita coragem do desafio. Uma força tenaz e resistente que vence rompendo as dificuldades nascerá na própria vida. As pessoas podem se tornar fortes a partir de si mesmas. Conforme a frase “Alguém que caiu ao chão se recupera e volta a se levantar deste mesmo solo” (CEND, v. II, p. 375), elas podem se levantar sozinhas, independentemente do que aconteça.

E ainda, o modo como a pessoa compreende sua própria existência (exatamente da forma como ela é) é como compreenderá os outros. É por conseguir sentir de fato a si mesma que se consegue também acreditar na dignidade dos outros e zelar por eles. Isso é muito importante.

Na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)6 empreendidos pela sociedade internacional, a principal diretriz é a convicção de “não deixar ninguém para trás”.

Isso está conectado, de forma implícita, com a ação de todos de, sem exceção, resplandecer a própria dignidade e estabelecer a Torre de Tesouro no próprio peito e no peito dos outros.

Uma pessoa que despertou para a própria dignidade estabelecerá a Torre de Tesouro na vida de uma nova pessoa. Não é exagero dizer que mundo está agora buscando de forma mais profunda este nosso movimento que é tal qual a prática do bodisatva.

Conquistem verdadeiro benefício por meio da fé

Trecho do escrito O Arco e a Flecha

Quando acreditamos que, sem falta, nos tornaremos budas, não há nada do que se lamentar. Ainda que uma pessoa se tornasse consorte do imperador, de que isso serviria? Mesmo que alguém renascesse no céu, que propósito isso teria? Em vez disso, a senhora seguirá o caminho da filha do rei dragão e se igualará à monja Mahaprajapati. Que maravilhoso! Que maravilhoso! Por favor, recite Nam-myoho-renge-kyo, Nam-myoho-renge-kyo.” (CEND, v. I, p. 687).

Benefícios límpidos surgirão fluindo

Toda sensei sempre incentivava os membros recém-convertidos e dizia-lhes frequentemente:

Nós possuímos o mau carma que viemos acumulando há incontáveis kalpa desde o infinito passado. Por isso, somos como mangueiras entupidas e sujas, e mesmo que através da prática da fé façamos fluir nela a água límpida chamada estado de buda, no início será expelida a sujeira acumulada até então. É por isso que existe a luta contra o destino. No entanto, ao darem continuidade à prática da fé, surgirão infalivelmente os límpidos benefícios e conseguirão sem falta transformar o destino nesta existência — isso é o significado de “atingir o estado de buda nesta existência”.

Ele costumava dizer que o Gohonzon é a “máquina de produzir benefícios”, o grande remédio benéfico que possui um poder magnífico.

Esta é a prática da fé que nos conduz à felicidade. Passar por provações é um sinal de estar avançando no caminho da transformação do destino e a certeza de que se atingirá o estado de buda nesta existência. Não duvidem disso.

As preocupações assumidas em prol da missão

No escrito O Arco e a Flecha,7 Daishonin questiona de que adianta se tornar consorte do imperador, por este ter tudo o que quer, ou mesmo “nascer no céu”? Mesmo que alguém responda que gostaria de “nascer no céu”, essa é, no fim, uma alegria efêmera, que não possui perenidade. O Budismo de Nichiren Daishonin não é uma religião que busca a felicidade num lugar distante da realidade.

Assim como é num pântano lamacento que desabrocha a pura flor de lótus, o budismo é, sobremaneira, uma religião praticada para, em meio a este mundo real, fazer emergir uma vida pura e forte que não é derrotada pelas dificuldades e para conquistar a felicidade inabalável nesta existência.

Daishonin enviou incentivos de grande convicção à sua discípula, monja leiga Toki, dizendo-lhe que ela seguirá a filha do rei dragão8 que abriu o caminho da iluminação das mulheres, e impreterivelmente atingirá o estado de buda.

Ele a envolveu ainda mais calorosamente afirmando que ela se igualará à monja Mahaprajapati, louvada como aquela que atingirá a iluminação no futuro e será amada e respeitada como o buda Visto com Alegria por Todos os Seres Vivos. A monja Mahaprajapati foi ama de leite de Shakyamuni e também a sua primeira discípula.

Ao mesmo tempo em que garante que a monja leiga Toki sem falta atingirá o estado de buda, Daishonin ensina-lhe o significado da luta contra as doenças e dificuldades. Ela estava enferma por longos anos.

No budismo estão solenemente apresentados os princípios da esperança, que revelam a força essencial que repele as adversidades, como a “amenização do efeito cármico” (tenju kyoju),9 “transformação do veneno em remédio” (hendoku iyaku)10 e “carma adotado por desejo próprio” (ganken ogo).11

Ao se depararem com dificuldades, as pessoas inevitavelmente tendem a focar somente nos sofrimentos que estão diante de si, perguntando-se “Por quê?” ou “Mas como isso pode acontecer?”.

Podemos observar que é justamente por isso que Daishonin ajudou a monja leiga Toki a conquistar elevada condição de vida.

Se entender o sofrimento apenas como “destino”, tende-se a se tornar passivo. Em vez disso, deve-se reconsiderá-lo decidindo: “É uma preocupação assumida para cumprir a minha missão”; “Fui eu mesmo que realizei o juramento seigan de superá-lo com a prática da fé”; “É para mostrar o grandioso poder do budismo e salvar muitas pessoas”. Além do mais, com a prática da fé emergirá uma forte energia vital que possibilitará repensar o sofrimento. Esta é a forma de viver de “transformar o destino em missão”.

Ao despertar para a própria missão, o ser humano se torna ilimitadamente forte. “Vou não apenas superar, mas também abrir o caminho da iluminação para todas as pessoas através deste drama da minha vitória!” — se assim decidirem, transbordará a luz da coragem e da esperança no coração, até então encoberta pelos próprios sofrimentos. A partir da sua vitória, a condição de vida se expandirá amplamente e criará a vitória de si e dos outros, tornando sua existência nobre e significativa.

Toda sensei dizia frequentemente: “Não há nada demais na pessoa desejar se tornar feliz. Isso é algo simples. Mas a base da prática budista é desejar que também os outros se tornem felizes”.

Os fortes pensamento, sentimento e determinação (ichinen) de beneficiar os outros se tornam o eixo de rotação da “revolução da condição de vida”. As ações de incentivo são a força que cria a difusão da revolução humana de si e dos outros.

Continua na p. B4

Extraiam bravamente grande energia vital

O Budismo Nichiren não é uma religião debilitada, em que o praticante depende de algo externo. Realizamos nossas orações para extrairmos, de dentro de nós, a esperança por meio de uma convicção bravia. O exercício da recitação do daimoku do Nam-myoho-renge-kyo é a fonte da sabedoria e a força do buda. Depende unicamente de, com a prática da fé, conseguirmos extrair ou não uma grande energia vital.

Basta que, nos momentos de sofrimento, tristeza ou dificuldade, recitem daimoku com esse sentimento e livre de pensamentos. Devem acumular orações como se estivessem revelando ao gentil pai e à benevolente mãe os sentimentos contidos em seu coração. Transformem as preocupações em oração.

Mais do que tudo, ao recitarem o daimoku, emergirá com fluidez a coragem que contém a determinação de “vencerei impreterivelmente”.

Mesmo que não solucionem imediatamente a questão, logo virá sem falta o instante em que “O sofrimento do inferno se desvanecerá instantaneamente” (CEND, v. I, p. 207).
Ao olharem para trás, perceberão que o difícil problema que mais o fizeram sofrer se tornou o ponto de transformação que mais colaborou para desenvolver sua condição de vida. Elevem em seu peito o sol da alegria chamada “missão” e resplandeçam ao máximo o drama da vida desta existência.

A força que surge naturalmente e que ninguém poderá lhe tirar

Ninguém, quem quer que seja, poderá tomar de nós a força que surge naturalmente denominada estado de buda; jamais serão derrotados. Exatamente por isso, haja o que houver, tendo em mente “Considere tanto o sofrimento quanto a alegria como fatos da vida” (CEND, v. I, p. 713), continuem a recitar o daimoku empenhando-se ao máximo na prática da fé. Orem firme e ininterruptamente, sem ser derrotados — esse é o coração de um buda que se manifestará transformando-se numa concreta vitória.

Por ser uma oração convicta, atrairá a proteção das divindades protetoras e fará surgir livremente e sem impedimentos a vida do buda existente em seu coração.

Uma pessoa genuinamente corajosa se levanta ao manifestar essa força. É pelo pulsar da vida que podemos encorajar e levar esperança às pessoas que estão ao nosso redor.

A profundidade do ser humano e a força dos emergidos da terra

As pessoas que mais sofreram são as que possuem mais direito de se tornar felizes. São as pessoas que carregam um árduo destino as que podem assumir a suprema missão e cumpri-la.

O imperador Marcus Aurelius,12 do antigo império romano, registrou: “A força necessária para a mais nobre vida se encontra dotada na alma” e “Observe dentro de si. É dentro de si que existe a fonte do bem, e esta continuará a jorrar desde que continue escavando-a”.

Isso é ainda mais verdadeiro para nós, que abraçamos o grandioso budismo da revolução humana. Qualquer que seja a dificuldade em que se encontre, as fortes e ilimitadas capacidades de decisão e perseverança de manter até o fim o objetivo que abraçou se encontram no seu próprio coração.

Durante as dificuldades da empresa de Toda sensei, fui eu quem o apoiei integralmente, assumindo tudo. Vi meu venerado mestre manter-se solene e imponente em meio ao grande oceano da devastadora fúria da sociedade. Manifestava a verdadeira força dos emergidos da terra e a profundidade
de um verdadeiro ser humano. Ele me disse: “Eu me torno obstinadamente perseverante quando se trata da prática da fé”.

Uma pessoa que conheceu uma missão da qual não se arrependerá, mesmo dedicando a sua existência, não terá nada a temer na vida e deixará de sen-
tir insegurança.

Para mim, o caminho da missão é justamente o caminho do discípulo de Toda sensei.

Ninguém pode destruir o laço de mestre e discípulo que sobrevive pelo juramento seigan do kosen-rufu, e esta vida de unicidade é eternamente imortal. 

A legião dos monarcas da vitória da revolução humana

“Levantarem-se sós” é acreditarem plenamente que vocês são alguém nobre — isso é ser uma pessoa forte que acredita no seu próprio potencial e vive até o fim pela sua convicção.

Conforme consta nos escritos “Este é o meu juramento, e jamais renunciarei a ele!” (CEND, v. II, p. 293), é a decisão de manter ininterruptamente o juramento seigan que faz a sua vida e a dos outros se abrirem para a vitória ilimitada.

Estamos enfim recebendo o momento de grandioso desenvolvimento do kosen-rufu mundial em que há “flores humanas” emergidas da terra em todas as partes do mundo. 

Tendo no peito o grande juramento seigan de mestre e discípulo, e como genuínos bravos que se levantam sós, vamos expandir ainda mais a “fileira de ombro a ombro” dos monarcas da vitória da revolução humana!

Traduzido da revista de estudo mensal da Soka Gakkai, Daibyakurenge, edição de outubro de 2018.

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