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Relato

Condutor da felicidade

Quando iniciou a prática budista, Reginaldo decidiu que faria sua revolução humana quanto antes. Prestativo, passou a entregar as publicações da organização de bicicleta e descobriu nessa tarefa um meio para mudar a condição de vida

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18/05/2019

Condutor da felicidade

Reginaldo Corrêa Leal

Resp. do Distrito 40 Horas,

Área Cidade Nova,

RM Ananindeua, CGRE

 

 

Quem participou dos encontros dos coordenadores e entregadores do BS (que carinhosamente receberam do presidente Ikeda a denominação “Mensageiros da Esperança” na ocasião) durante o evento comemorativo dos 54 anos da Editora Brasil Seikyo (EBS), no último sábado, conheceu a emocionante história de Reginaldo Leal — entregador dos periódicos da EBS em Ananindeua, Pará.

Em seu relato, ele conta que toda semana sai de bicicleta para levar os jornais e as revistas aos associados da BSGI da localidade. Disse que enfrenta chuva, sol e até mesmo pneu furado para garantir que o conteúdo chegue às pessoas. A ‘guerreira do kosen-rufu’ (como apelidou a bike) é minha fiel escudeira. Nós não desistimos nunca!”.

Quando conhecemos Sandra, esposa de Reginaldo, que persistente ensinou a prática budista ao marido, percebemos que o trio se completa.

 

Uma vida diferente

Entre um café e outro, no intervalo das reuniões de entregadores das publicações, conversamos com Reginaldo e Sandra. Eles se mostraram encantados com a receptividade do público. “Nem parece que é verdade tudo isso que está acontecendo. Estamos muito felizes”, afirma Sandra.

Ela iniciou a prática budista em maio de 1988, e a partir daí transformou completamente a sua vida. Passou a integrar a Coordenadoria Educacional (CEduc) e com isso se desenvolveu ainda mais. Ela conta: “Determinei que todo ano viria na atividade comemorativa de fundação do CEduc, realizada em São Paulo, e consegui! Reginaldo sempre me apoiou nessa luta. Quando nós nos conhecemos, eu era separada e já tinha filhos. Havia parado de estudar e ele prontamente me incentivou a voltar para a escola”.

O casal se conheceu no Baile do Toca Tudo, na Agremiação Carnavalesca Bole-Bole, em Belém, PA. “Foi amor à primeira vista. Tempos depois, resolvemos morar juntos. Ela já tinha filhos e eu também. Juntamos todos eles e nossa família ficou com sete filhos!”, diz Reginaldo.

Ele continua: “Na época eu não era budista, praticava uma religião diferente e jurava que jamais aceitaria outra. Mas pouco a pouco fui conhecendo o budismo e fiquei impressionado. Mesmo assim não dava o braço a torcer! Às vezes acompanhava a Sandra até uma reunião e ficava na porta ouvindo os incentivos (risos). Após dez anos de muita paciência da minha esposa, resolvi entrar para a BSGI. Sinto infinita gratidão por ela.

Ah! Desde o começo da prática sou assinante das publicações e agora também leitor, porque antes não lia nada. Como tinha dificuldade com a leitura e um pouco de preguiça, só assinava e guardava os jornais e as revistas. Dizia para Sandra que não queria que eles ficassem amassados (risos). Porém, foi graças à Academia Magia da Leitura da CEduc que me tornei um leitor. Isso foi determinante para que eu compreendesse a importância do BS”, relata.

 

Nobre missão

Motivado com a leitura do jornal, Reginaldo se aproximou dos membros. Fazia de cada encontro a oportunidade de incentivá-los a vencer os desafios com os direcionamentos do presidente Ikeda. “Decidi que seria entregador das preciosas cartas de Ikeda sensei em 2010, quando um líder da Divisão Masculina de Jovens da localidade, responsável pela entrega dos periódicos, se mudou da região. Diante dessa situação, minha rainha, Sandra, me perguntou se eu gostaria de abraçar essa nobre causa. Como eu não consigo lhe dizer ‘não’, prontamente aceitei.

Em meio a essa jornada já aconteceu de tudo! Um dia fui buscar os jornais e as revistas no Centro Cultural da BSGI em Ananindeua, e saí de lá com os impressos na garupa da ‘guerreira do kosen-rufu’. Vocês nem imaginam o que aconteceu... No caminho, o pneu da bicicleta furou. Naquele momento, reuni todas as minhas forças e pensei que não podia deixar de entregá-los. Resolvi distribuí-los mesmo empurrando a bike! Venci!”, comemora.

Na época, a organização era composta por cinco distritos e, com os esforços empreendidos para a leitura do BS e as visitas, a quantidade de associados e de assinantes aumentou na região. “A RM Ananindeua se expandiu criando a Área Ananindeua. Com isso, meu trajeto agora é maior. Não importa! Continuo fazendo meu trabalho com sol ou chuva (e por aqui chove bastante). Levo uma hora e vinte minutos para ir até o centro cultural retirar as publicações.

Em casa, Sandra e eu separamos os jornais e as revistas por distrito. Então, recito daimoku sansho [Nam-myoho-renge-kyo três vezes], coloco o equipamento de segurança e  ‘partiu entregas!

Nesse  trajeto, pedalo mais uma hora, cantarolando e entregando as cartas do Mestre em cada distrito com muita gratidão e alegria no coração, pois é com esse empenho que venço os desafios pessoais e, além de tudo, me mantenho saudável, forte e muito mais feliz”, explica.

 

Viver radiante

Reginaldo, que é funcionário público federal, descobriu há alguns anos que tem diabetes. Desde que iniciou a entrega das publicações a doença se mantém estabilizada. Empolgado, ele não parou mais. “Com essa luta cuido da saúde dando minhas pedaladas pelo kosen-rufu. Mas eu vou lhe dizer, a prática budista mudou demais a minha vida!

Conquistei estabilidade financeira, e hoje consigo me dedicar à felicidade dos membros na nossa querida cidade. Fico muito feliz por receber as pessoas em nossa casa ou quando faço uma visita.

Sem contar que conquistamos uma família harmoniosa que nos apoia em tudo. Cada vitória é muito especial para mim porque sinto que me tornei um ser humano melhor. Eu não vivo sem o budismo, não!” (risos)

É hora de mais uma apresentação em vídeo do relato (exibido em quatro sessões) de Reginaldo no Auditório da Paz, em São Paulo. Ao término, ele entra ao vivo no local empurrando a bicicleta. Com simplicidade, sobe ao palco junto com a esposa. Emocionado, revela: “O que sinto neste momento é gratidão ao Gohonzon; ao meu mestre e à minha rainha e eterna companheira do kosen-rufu, Sandra, pela paciência e persistência, e por jamais desistir de me incentivar em todos os momentos! Também agradeço a todos pela confiança em mim depositada.

Contem sempre comigo e com minha bicicleta, pois sou mensageiro do kosen-rufu com muito orgulho. Jamais desisto e venço infalivelmente! Esse é meu lema!”, finaliza.

 

Confira o vídeo deste relato na seção “multimídia” da Extranet da BSGI.

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