Paixão que move o kosen-rufu

REDAÇÃO/Grupo Arco-Íris

Confiança e treinamento. Com uma Soka Gakkai ressurgida do pós-guerra, em 1949, o segundo presidente da organização, Josei Toda, depositava total confiança nos jovens para o desenvolvimento do kosen-rufu. Mesmo com a saúde frágil, ele não media esforços para transmitir aos jovens todo o sentimento de lutar em prol da paz mundial e passou a realizar constantes treinamentos. Dois anos após, em 1951, como resultado, foram fundadas a Divisão Masculina de Jovens (DMJ) e a Divisão Feminina de Jovens (DFJ), nos dias 11 e 19 de julho, respectivamente. Onde há luta, há vitória; e a Divisão dos Jovens (DJ) nasceu como materialização do sonho de
Toda sensei.

Levantar-se só e propagar os ideais da SGI e do Mestre são a bandeira das divisões, especialmente neste 2019, ano do Seigan Generation, com atividades comemorativas dos seus 68 anos. Belas histórias de vitória, escritas com o envolvimento de quase 17 mil jovens e movimentando mais de 27 mil vidas por todos os cantos do país, rompendo barreiras e inovando com criatividade e muito humanismo.

Aliás, barreiras não existem no dicionário de Juliana Fortunato. Responsável pela DFJ da regional na cidade de Mauá, SP, ela possuía um desafio a mais entre os preparativos do 4 em 1 da DFJ: conseguir transmitir a mensagem do presidente Ikeda para todas as meninas, inclusive para a Larissa, deficiente auditiva. Foi à luta, aprendeu por conta própria a Língua Brasileira de Sinais (Libras) com o sincero desejo de tocar o coração dessa jovem. “Eu me formei em pedagogia, e durante os anos de faculdade, passei a me preocupar com a questão da inclusão. Algum tempo depois, Larissa chegou à localidade, e este ano me peguei preocupada pensando de que forma ela poderia absorver os conteúdos nas reuniões. Para o 4 em 1, fiz um vídeo em Libras e escrevi uma carta. Durante uma visita, estudamos as matérias por meio de desenhos e ela nos ensinou novas palavras e até ‘cantamos’ um trecho da canção da DFJ em Libras. É uma grandiosa motivação para romper os limites!”

Certa vez, Ikeda sensei escreveu sobre a importância da paixão dos jovens na história da Soka Gakkai. “É o momento de os jovens se levantarem. É o momento de os jovens lutarem e vencerem. Oh, meus jovens emergidos da terra da nova era! Assumam a vitória total Soka!” (BS, ed. 2.380, 22 jul. 2017, p. E3).

E para Rodrigo Ferreira, 2019 foi o seu ano de levantar-se e arregaçar as mangas. Responsável pelo Distrito Catete, no Rio de Janeiro, promoveu uma atividade comemorativa ano passado em que apenas três jovens compareceram. Determinado a mudar essa história, envolveu-se para fazer surgir esses rapazes com encontros de vida a vida e diálogos, e o resultado, sem dúvidas, foi positivo. “Para alcançar o objetivo, lançamos algumas metas para este ano: recitar daimoku uma vez por semana juntos, visitar os membros e estudar o Gosho também semanalmente. Conseguir cumprir o objetivo com a rotina de trabalho e demais afazeres foi desafiador, mas vencemos. Os membros afastados que conseguimos visitar avançaram bastante na vida. De três participantes em 2018, tivemos a presença de 12 integrantes da Divisão Masculina de Jovens neste ano! Vitória!”, compartilhou Rodrigo.

“Agindo com alegria e responsabilidade”

Julho também foi marcado por comemorações do Cerejeira, grupo de coordenação de atividades e eventos da Divisão Feminina de Jovens, responsável pelo atendimento e bem-estar dos membros da BSGI, que festejou sua fundação no Paraná, há quarenta anos em Curitiba, e há dez na RM Campos Gerais. No Nordeste brasileiro, o Cerejeira também completou uma década na Área Piauí. Quando surgiu em 2009, o grupo era o único da localidade e, de acordo com Andréia de Aragão, atual responsável pelo grupo na Área Piauí, essa luta pioneira abriu as portas para que outros grupos horizontais pudessem surgir. “Para divulgar o Cerejeira e apoiar a criação de pessoas valorosas, promovemos reuniões de bloco e de palestra, e intercâmbios com o desejo de transformar a vida de todas e fazer com que vencessem tanto na organização quanto na sociedade.”

Tatiane Yoshikawa, responsável pelo grupo da BSGI, participou de ambas comemorações e destacou a importância de se lapidar enquanto jovem. “Visando o cinquentenário, vamos nos dedicar ao kosen-rufu, visualizando que nessa data possam criar sucessoras, polir o caráter e, principalmente, construir um forte eu.”