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Propagar o Budismo do Sol

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05/10/2019

Propagar o Budismo do Sol

DR. DAISAKU IKEDA

No último dia 21 [setembro], mesmo com tufões e mau tempo na região, visitei o Memorial dos Três Mestres e orei em memória dos falecidos e também pela segurança, tranquilidade, saúde e longevidade de todos os nobres companheiros da Lei Mística.

Consta nos escritos de Nichiren Daishonin: “Todos os pais e todas as mães das sete gerações anteriores e das sete posteriores e, na verdade, de incontáveis existências passadas e futuras, puderam se tornar budas” (CEND, v. II, p. 80). Os familiares e os companheiros envoltos pela Lei Mística continuarão juntos na jornada desfrutando as “quatro virtudes” — eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza — pelas “três existências” e por toda a eternidade.

No Memorial dos Três Mestres estão expostos os poemas que dediquei a Toda sensei na juventude e também a resposta do mestre em versos. Em 21 de setembro de 1950, enquanto os empreendimentos do meu mestre enfrentavam a pior crise, expressei-lhe meu juramento:

 

Servirei ao mestre,

como servi no passado

por uma mística relação.

Ainda que os outros mudem,

jamais mudarei.

 

Em resposta, ele compôs dois poemas:

 

Quando estou

no campo de batalha,

você é minha espada

que sempre mantenho

ao meu lado.

 

***

 

Minha glória como rei

está se desvanecendo,

e meu poder, se extinguindo;

mesmo que a morte me chame,

deixo você,

minha coroa.

 

“Servi no passado” nada mais é que o “juramento seigan do tempo sem início” entre mestre e discípulo em prol do kosen-rufu.

Nichiren Daishonin afirma: “Se mestre e discípulo possuem pensamentos diferentes, jamais conseguirão realizar algo” (Ibidem, p. 173).

“Haja o que houver, lutarei até o fim louvando Makiguchi sensei e Toda sensei como eternos mestres do kosen-rufu” — essa era a minha convicção inabalável. Por isso, jamais me permiti ser vencido por quaisquer obstáculos e maldades. Hoje, ultrapassando o tempo e as fronteiras, o juramento seigan de mestre e discípulo está avançando ininterruptamente.

Em resposta [ao poema], meu venerado mestre escreveu: “Você é minha espada / que sempre mantenho” e “Deixo você, / minha coroa”.

Neste momento, com o mesmo sentimento, deixarei para cada um dos meus amados discípulos a “nobre espada da justiça” e a “coroa da vitória”.

Este ano [2019], que marca os 740 anos da Perseguição de Atsuhara, denominado “Ano da Vitória Soka”, viemos avançando vitoriosamente com a união de “diferentes em corpo, unos em mente”.

A canção do triunfo do budismo do povo ecoa pelos cinco continentes a começar pela Índia, onde surgiu o budismo.

Dia 21 de setembro (1990), também é dia da minha primeira  e aguardada viagem à Coreia do Sul. Fiquei muito feliz ao tomar conhecimento de que neste mês estão se reunindo no país os jovens emergidos da terra nas reuniões de palestra, criando pessoas valorosas e expandindo as redes de esperança com união exemplar.

Nichiren Daishonin citou uma passagem do Sutra do Lótus numa carta para o jovem Nanjo Tokimitsu, que lutou para proteger os companheiros durante a Perseguição de Atsuhara: “Imploramos que o mérito obtido por meio desses oferecimentos se estenda amplamente a todas as pessoas, para que nós e os demais seres vivos alcancemos o caminho do buda” (Ibidem, p. 269).

Os benefícios da Lei Mística são imensuráveis e ilimitados. Meu desejo é que todos os membros da família Soka, sem exceção, desfrutem este grandioso benefício.

Vamos dialogar com os amigos alegremente sobre o budismo. Com a união indestrutível como o Monte Fuji, vamos expandir, ainda mais, com coragem, os raios dos benefícios do Budismo do Sol.

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