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Fascículo da Nova Revolução Humana

1. Vencer com base na prática budista

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18/12/2019

1. Vencer com base na prática budista

Energia revigorada

Introdução

Uma mulher sofria convulsões e tinha uma sensação de intenso formigamento por todo o corpo. Ela havia sido forçada a fechar seu restaurante e armazém porque os vizinhos não se sentiam bem em frequentar um lugar cuja dona estava acometida de uma doença misteriosa. Em consequência disso, ela não podia pagar o aluguel e estava correndo o risco de ser despejada

Foi nessa condição que conheceu o Budismo de Nichiren Daishonin e ingressou na Soka Gakkai, transformando seu sofrimento no impulso para vencer e comprovar a veracidade da prática budista.

Trecho

Curiosamente, logo depois que iniciou a prática, a dor cessou. O preconceito contra a Soka Gakkai era profundamente arraigado na ilha, e ela era praticamente rejeitada pelos vizinhos. Mas, tendo experimentado uma prova incontestável da fé, ela se recusava a ser derrotada. Conforme foi efetuando sua prática com seriedade, a condição física começou a melhorar e ela não necessitou mais de injeções para controlar a dor. Sua energia vital aumentou imensamente e ela passou a acreditar que, se perseverasse na fé, iria se tornar feliz de verdade. Além disso, queria compartilhar o budismo com os demais moradores da ilha [onde morava], para que eles também pudessem encontrar a felicidade.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Revitalização.

Nova Revolução Humana. v. 15, p. 35.

Polir a vida

Introdução

O presidente Yamamoto procurava criar o máximo de oportunidades para conversar com os jovens a fim de desenvolvê-los como valiosos seres humanos, empenhando a própria vida nesse empreendimento.

Um desses diálogos foi com Masa­­ko Nakagawa, líder da Divisão Feminina de Jovens de Mito, província de Ibaraki, Japão. Aos três anos, foi acometida de erisipela e teve de amputar a perna direita na altura do joelho. Ela havia sido nomeada responsável pelo distrito e tinha dúvidas sobre sua capacidade de exercer tal função. Shin’ichi então encorajou a moça com rigorosidade a enfrentar as dificuldades e aquele encontro se tornou o ponto primordial de sua vida.

Trecho

Sensei, não consigo atuar da mesma forma que os outros. Esforço-me ao máximo, mas não consigo obter os resultados almejados. Acho que não tenho condições de liderar as atividades do meu distrito.

Na entrevista para novos líderes, Shin’ichi a orientou:

— Jamais deve recuar ou desistir por ter deficiência física. A força decisiva da vitória encontra-se na firme determinação. Use sua sabedoria. Peça ajuda à sua irmã. Unindo forças, empenhem-se ao máximo como as duas rodas de um carro.

(...)

Shin’ichi estava ciente dos sentimentos dela, entretanto, sabia que mero sentimentalismo ou compaixão não lhe acrescentariam nada de positivo. O que Masako necessitava era de força para viver dignamente como ser humano e teria de enfrentar o preconceito motivado por sua deficiência. A realidade jamais lhe seria complacente. Sentir-se inferiorizada cada vez que a encarassem com desprezo, ferindo a si própria e ficando deprimida a impediriam de ser vitoriosa. A prática da fé existe justamente para polir e fortalecer a vida para transpor as próprias fraquezas. O budismo é justo com todos. Mesmo que alguém possua alguma deficiência física, é possível irradiar seu ilimitado brilho como ser humano e atingir o estado de suprema felicidade.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Retorno do Budismo para o Oeste. Nova Revolução Humana.v. 3, p. 14, 15 e 16.

Prática completa

Introdução

Em uma reunião da Divisão de Comunidades Agrícolas e de Condomínios Residenciais, no Japão, Shin’ichi Yamamoto queria transmitir aos participantes a grandeza dos ensinamentos do Budismo de Nichiren Daishonin e pontos importantes da prática budista de uma maneira muito simples:

Trecho

— Os ensinamentos de Nichiren Daishonin são como um aparelho de TV completo — esse é o Gohonzon. É uma comparação muito simples, mas como já temos o Gohonzon, possuímos um excelente aparelho de televisão já montado. Podemos assistir aos programas de TV sem ter de encaixar todos os componentes e sem precisar entender como funciona o aparelho — prosseguiu.

— Para assistir à TV, é necessário ligar o aparelho e selecionar um canal. Isso pode ser comparado à nossa fé no Gohonzon e à nossa prática budista; ou, de modo concreto, à recitação de daimoku e à propagação dos ensinamentos de Daishonin a outras pessoas. Desse modo, podemos nos deliciar assistindo prontamente a tudo que desejarmos. Esse é o significado da consecução imediata da iluminação — complementou.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Farol.

Nova Revolução Humana. v. 24. In: Brasil Seikyo, ed. 2.263, 14 fev. 2015.

Budismo é razão

Introdução

Ao visitar uma província no Japão, Shin’ichi Yamamoto se encontrou com um integrante da Divisão Sênior que havia sido nomeado líder recentemente. Ele era uma pessoa de boa índole e crédulo, no entanto era enganado facilmente e estava sempre à procura de atalhos para o sucesso. 

Trecho

As pessoas criticavam as “burradas” de Bito e a avaliação que faziam dele refletia-se no conceito que tinham da Soka Gakkai.

Estimulado por sua esposa, ele buscou a orientação de um líder.

— Sr. Bito, não deve presumir que, simplesmente por estar praticando este budismo, tudo o que fizer será um sucesso e que poderá ganhar dinheiro fácil. Trata-se de uma ideia distorcida em relação à fé, uma tentativa de explorar sua fé. Budismo é razão. Sem esforço, sólida ponderação e sem desafiar a si próprio não obterá êxito.

Ouvindo as palavras do líder, Minoru Bito sentiu-se como se seu veterano na fé o enxergasse por dentro. 

(…)

— Para evitar isso, deve se livrar dessa ingenuidade e dessa “fé dependente”, e zarpar com uma forte determinação tanto nos negócios como na fé.

(…)

— Pratica esse budismo só para ganhar dinheiro? Ou está se esforçando para tornar sua empresa bem-sucedida para poder promover o kosen-rufu? Esses dois objetivos são diametralmente opostos.

— Nascemos neste mundo com a missão de propagar este budismo às pessoas de nossa comunidade e sociedade e possibilitar que todos, sem exceção, alcancem a felicidade. Se assumir isso como a sua missão de vida e lutar dando tudo de si à fé e à prática budista, conseguirá manifestar a condição de vida dos budas e bodisatvas e sentirá uma imensurável força e sabedoria brotando de dentro de você. Seus negócios prosperarão quando aplicar essa força e sabedoria por meio do trabalho árduo.

Bito foi obrigado a refletir profundamente sobre suas concepções errôneas acerca da fé e sobre sua atitude em relação à vida.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Luta Conjunta

Nova Revolução Humana. v. 25. In: Brasil Seikyo, ed. 2.273, 25 abr. 2015.

Base da crença

Introdução

A viagem de Shin’ichi Yamamoto pela paz mundial, em 1960, acendeu a chama da coragem naqueles que tinham perdido as esperanças e se sentiam desmotivados com os desafios.

Naquele ano, quando visitou o Havaí, Estados Unidos, por exemplo, incentivou uma senhora que se sentia angustiada por acreditar que ter matriculado o filho em uma escola cristã era uma calúnia contra o budismo.

Trecho

— Não há problema algum – Shin’ichi respondeu.

— Seu filho não está indo à escola para praticar o cristianismo, ele vai para aprender e estudar. Sendo assim, não há absolutamente nenhum problema.

A resposta clara e direta de Shin’ichi fez com que o semblante da mulher se iluminasse. A base de nossa fé está em acreditar e orar ao Gohonzon que foi revelado por Nichiren Daishonin. Contanto que não nos desviemos desse ponto fundamental, não há necessidade de sermos rígidos ou intolerantes.

 (…)

Algumas religiões existem para o bem das pessoas; outras só existem para o bem de si mesmas. A religião que existe para servir a si própria cai no dogmatismo, aprisiona as pes­soas manipulando-as em nome da fé. Consequentemente, as pessoas são privadas de sua liberdade espiritual, e seu bom senso e sua humanidade lhes são negados. Isso só aumenta a lacuna entre a religião e a sociedade.

(…)

O Budismo de Nichiren Daishonin é uma religião que existe em prol das pessoas, que almeja fazer florescer a humanidade que existe em cada uma delas.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Alvoreder.

Nova Revolução Humana. v. 1, p. 48, 49.

Benefícios da prática

Introdução

Num encontro de Shin’ichi Yamamoto com o Suiko [grupo de aprimoramento da Divisão Masculina de Jovens], os integrantes fizeram perguntas sobre aplicar a prática budista na vida diária e, com isso, transformar a sua própria realidade.

Trecho

— No escrito Atingir o Estado de Buda nesta Existência, Nichiren Daishonin diz: “Invocar o nome do Buda, recitar o sutra ou simplesmente oferecer flores e incenso, todos esses atos virtuosos trarão benefícios e fincarão raízes do bem em sua vida. Deve se empenhar na fé com essa convicção” (CEND, v. I, p. 4). Como podemos aplicar essa passagem em nossa vida diária? — indagou um jovem de aparência séria e estatura mediana.

(...)

É importante que acalentemos a convicção de que tudo que contribui para o kosen-rufu acarreta grandes benefícios e boa sorte. As pessoas que possuem essa convicção sentem alegria e gratidão; e é pouco provável que se queixem ou venham a se sentir insatisfeitas. Eu também estou me empenhando na prática da fé com esse sentimento.

(...)

Suponham que se encontrem dian­te de uma situação na qual, pelo kosen-rufu, vocês tenham de morar o resto da vida num país distante famoso pelo calor escaldante ou pelo frio congelante.

Tudo se resume ao fato de vocês serem capazes ou não de partir para um lugar assim com uma atitude positiva e alegre. Sem esse espírito não há como realizar o inédito e majestoso empreendimento do kosen-rufu. E é nessa fé intrépida que existe o caminho para se acumular grandiosos benefícios e boa sorte pelas três existências da vida. Minhas palavras podem parecer rigorosas, mas, como pertencem ao grupo Suiko, quero lhes ensinar o verdadeiro caminho da fé.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Aprimoramento.

Nova Revolução Humana. v. 2, p. 105 e 106.

Sincera gratidão

Introdução

Ao participar das atividades em diversas partes do Japão, o presidente Ya­ma­moto sempre se esforçava para reservar o máximo de tempo possível para diálogos informais com os moradores da localidade, respondendo quaisquer dúvidas que tivessem.

Num desses encontros, ele conversou com uma líder da Divisão Feminina de Jovens que se sentia triste pelo fato de a mãe não praticar o budismo, motivando-a a manifestar força e sabedoria por meio da prática budista.

Trecho

Uma líder da Divisão Feminina de Jovens perguntou a seguir:

— Minha mãe não pratica. Por isso, sempre que volto para casa e vejo o rosto dela, minha alegria diminui. O que devo fazer?

— Praticamos o Budismo de Nichiren Daishonin para tornar nosso lar radiante e alegre. Que sentido há, então, em você voltar para casa e ficar taciturna e desanimada? Além do mais, se quiser que sua mãe comece a praticar este budismo, terá de mudar. Você pode pregar a doutrina budista altivamente para a sua mãe quanto desejar, mas a verdade é que ela sempre a verá apenas como filha. Portanto, em vez de gastar tempo ministrando sermões para ela, será muito mais válido se tornar uma filha tão doce e atenciosa, que a deixe real­mente impressionada. Por exemplo, se viajar para Tóquio para participar de uma reunião de líderes ou algo assim, deve ser amável o bastante para comprar uma pequena lembrança para ela. E ao chegar em casa, poderia cumprimentá-la respeitosamente e expressar sua sincera gratidão por ter cuidado de tudo enquanto você esteve fora.

E assegurou-lhe:

— A fé não tem nada de extraordinário. Suas ações e conduta diárias são manifestações da fé. Se você se tornar uma filha de quem sua mãe realmente possa se orgulhar, a ponto de afirmar: “Ela está se saindo realmente muito bem. Tenho tanto orgulho dela!”, garanto-lhe que ela abraçará a fé. A imagem que sua mãe tem de você determinará se conseguirá fazê-la iniciar a prática.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Empenho Corajoso. Nova Revolução Humana. v. 2, p. 176.

A força do daimoku

Introdução

Certa vez, numa viagem que fez a Washington, Estados Unidos, Shin’ichi Yamamoto visitou a casa em que centralizavam-se as atividades dos membros da Soka Gakkai da cidade. A dona da residência, Fumie Shearing, foi até a porta receber Shin’ichi e sua comitiva, com o braço enfaixado, um lenço ao redor da cabeça e óculos escuros, pois naquela manhã havia sofrido queimaduras por conta de uma explosão decorrente de vazamento de gás no local.

Trecho

— A senhora está bem? – indagou Shin’ichi. 

— Sim, o médico disse que são queimaduras leves.

— Ainda bem. Estou contente em ouvir isso – disse o presi­den­te Ya­mamoto mais aliviado. Ele continuou a falar:

— O budismo ensina o princípio tenju-kyoju (amenização do efeito cármico). Como benefício da prática da fé, conseguimos fazer com que os efeitos de um carma negativo acumulado em existências passadas seja manifestado de forma amenizada nesta existência. Talvez o que aconteceu hoje seja um exemplo desse princípio, pois poderia ter sido um acidente muito mais grave. É importante que a senhora realize sua prática com essa convicção e com sincera gratidão. Tal atitude abre o caminho da coragem e da felicidade. Também é fundamental determinar que não irá mais sofrer acidentes e tomar os devidos cuidados para evitá-los. Se pensarmos que estaremos protegidos só porque recitamos daimoku e nos descuidarmos não estaremos praticando a fé corretamente. É justamente por praticarmos o budismo que devemos estar sempre atentos e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar acidentes. Essa é a verdadeira fé. Quando praticamos dessa forma, a força de nosso daimoku se manifestará na forma de sabedoria e boa sorte.

Shin’ichi queria refutar o tipo de fé que deposita as esperanças de salvação em um poder externo.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Raios Benevolentes.

Nova Revolução Humana. v. 1, p. 190.

Realizar a prática correta

Introdução

Quando participou da fundação do Distrito Nagano, Japão (1960), Shin’ichi Yamamoto, convidou o pai da jovem Kimiko Takemoto — que juntou-se aos líderes da localidade para se despedir de Shin’ichi na estação de trem em Tóquio — para acompanhar-lhe nesta viagem. No caminho, conversaram sobre perseverar praticando o budismo para construir uma vida realizada.

Trecho

O vagão do trem se tornara cenário do diálogo entre Shin’ichi e o pai de Kimiko Takemoto. A jovem tinha a sensação de estar sonhando.

— O senhor possui uma filha maravilhosa.

Shin’ichi ofereceu um refrigerante e algumas tangerinas ao Sr. Takemoto e perguntou-lhe sobre sua situação no trabalho e na saúde. Em seguida, falou-lhe com todo cuidado sobre o modo correto de se praticar.

— O fato de ter vivenciado uma falência nos negócios não significa que tenha fracassado na vida. Contanto que persevere na fé, infalivelmente se tornará um vencedor na vida. O importante é que desenvolva sua fé de modo contínuo e persistente — assegurou Shin’ichi.

À medida que fora conversando com Shin’ichi, o semblante do Sr. Takemoto gradativamente ganhara radiância. Observando esse fato, os olhos da filha ficaram marejados de lágrimas.

O Sr. Takemoto passou a realizar o gongyo a partir daquele dia e não media esforços para apoiar a filha nas atividades da Soka Gakkai. “Prometi ao presidente Yamamoto!” tornara-se uma de suas frases preferidas.

Fonte: IKEDA, Daisaku. Empenho Corajoso.

Nova Revolução Humana. v. 2, p. 19

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