Fascículo da Nova Revolução Humana
BS
3. Expandir a vida por meio da fé
18/12/2019
Cuidar das pessoas
Introdução
Em fevereiro de 1961, Shin’ichi Yamamoto e sua comitiva partiram para Bangcoc, capital da Tailândia. A viagem durou cerca de duas horas. Dois integrantes da Divisão Sênior do Japão esperavam no aeroporto para darem as boas-vindas. Eram ainda novos na prática budista, mas decidiram se dedicar à propagação do Budismo de Nichiren Daishonin.
No fim daquele dia, após a comitiva se acomodar no hotel, eles dialogaram com o presidente Yamamoto a respeito de tornar a fé a base de suas ações na organização de base.
Trecho
Ao retornar ao hotel após o jantar, os dois senhores que os recepcionaram no aeroporto foram visitá-los. Todos saíram para o jardim do hotel e conversaram descontraidamente. Parecia que não tinham muita noção de como desenvolver as atividades. Shin’ichi orientou-os de maneira clara e direta:
— A prática da fé não é coisa de outro mundo. Tudo o que têm a fazer é praticar o gongyo pela manhã e à noite e ensinar o budismo a quem esteja sofrendo. A propagação acontece naturalmente por meio da expansão da amizade e ao se preocupar com as pessoas. Não há motivo para serem impacientes. E ao surgirem pessoas que queiram praticar, transmitam-lhes coragem e as protejam. É para isso que a organização se torna necessária.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Raios de Paz.
Nova Revolução Humana. v. 3, p. 228.
Propagação do budismo
Introdução
O ato de prezar, valorizar e desenvolver cada pessoa é a fórmula eterna e imutável para realizar a paz. Na época do buda Shakyamuni, algumas dezenas de seguidores fizeram dele o seu mestre no início de suas pregações. Apesar de serem poucos, eles chegaram a formar uma ordem religiosa. Certo dia, Shakyamuni propôs aos seus discípulos se empenharem individualmente na propagação dos seus ensinamentos:
Trecho
Shakyamuni sentia certa apreensão em deixá-los partirem sozinhos, contudo, o budismo não é uma religião para enclausurar os seguidores num mundo de meditação ou de mero estudo filosófico. O verdadeiro espírito da prática budista consiste na ação de propagá-la com o propósito de encaminhar as pessoas à felicidade. Essa missão deve ser assumida por aqueles que buscaram a verdade. Outro objetivo de enviar sozinho cada discípulo era para que assumissem uma postura ativa pela propagação do budismo para, assim, abolir a passividade na prática budista. É assumindo a responsabilidade de propagar os ensinamentos que a fé é polida e aprofundada. O método em- pregado no desenvolvimento deles, encorajando-os a propagar sozinhos em meio ao povo, é o espírito budista de pôr a prática em primeiro lugar.
Fonte: IKEDA, Daisaku. O Buda.
Nova Revolução Humana. v. 3, p. 140 e 141.
Verdadeira alegria
Introdução
Certa vez, o presidente Yamamoto encontrou-se com alguns líderes do Japão, que preocupados com o desenvolvimento da organização ansiavam por palavras que os motivassem dar novo passo no kosen-rufu.
Trecho
Shin’ichi ainda falou a respeito do trecho: “Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento quanto a alegria como fatos da vida e continue recitando Nam-myoho-renge-kyo, independentemente do que aconteça” (CEND, v. I, p. 713).
— Na vida, pode acontecer de terem de enfrentar tempestades de perseguições, furacões do destino e infindáveis angústias. Quando se depararem com os sofrimentos, encare-os firmemente. Em vez de fugir ou recuar, desafiem destemidamente a recitação do daimoku decididos a vencer pela fé. Por outro lado, nos momentos alegres e felizes, sentem-se também diante do Gohonzon imbuídos de gratidão e recitem daimoku para criar ainda mais causas para uma alegria ainda maior. Orar daimoku tanto no sofrimento como na alegria — nessa sincera e inabalável devoção na prática da fé contínua existe a transformação do carma e também a revolução humana. “Não consigo me conter de tanta alegria por recitar daimoku!” — se conseguirem se sentir assim do fundo do coração, experimentarão a verdadeira alegria.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Grande Caminho.
Nova Revolução Humana. v. 28. In: Brasil Seikyo,ed. 2.400, 31 dez. 2017.
“É a partir de agora!"
Introdução
Ao explanar os escritos de Nichiren Diashonin, Shin’ichi Yamamoto procurava imprimir toda a sua convicção a fim de fortalecer a fé dos membros, e muitas vezes oferecia-lhes canções e poemas para que pudessem gravar seus direcionamentos no coração. Em uma dessas oportunidades citou:
Trecho
Fé resoluta é oração resoluta e contínua recitação do daimoku.
Uma pessoa que possui o “daimoku em primeiro lugar” é inabalável.
Ela não se acovarda.
Ela não recua.
Ela não é derrotada.
Isso porque dentro do seu coração arde uma forte chama do espírito invencível e da alegria.
(...)
— A Felicidade neste Mundo [escrito de Nichiren Daishonin] se encerra com a frase: “Fortaleça o poder de sua fé mais do que nunca” (CEND, v. I, p. 713). Essa é a conclusão deste Gosho. Os senhores perceberam? É “mais do que nunca”. Não é porque já têm muitos anos de prática que podem “só mantê-la”. Prática da fé: “É a partir de agora!”, “Vou lançar um novo desafio!”, “Avançarei sempre!”. Assim é o modo de viver de um praticante budista. É em meio a isso que existe o pulsar dinâmico da vida, a alegria e a felicidade. Independentemente da idade, é uma vida de contínua juventude.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Grande Caminho.
Nova Revolução Humana. v. 28. In: Brasil Seikyo,ed. 2.400, 31 dez. 2017.
Dedicação e coragem
Introdução
No começo da década de 1960, em uma de suas visitas à região de Chubu, Japão, Shin’ichi Yamamoto participou de um encontro comemorativo no local. Na reunião, ele explanou sobre evidenciar a fé para desfrutar os benefícios de praticar o budismo.
Trecho
Citando a frase “Se a sua oração será ou não respondida, isso dependerá de sua fé; [caso não seja,] de maneira alguma deverá me culpar” (CEND, v. II, 347).
— Os benefícios do Gohonzon são imensuráveis e ilimitados. Porém, se nossa prática da fé for fraca ou meramente formal, não conseguiremos extrair estes benefícios. Por exemplo, mesmo que se esforce na recitação do daimoku, mas se o pensamento está no “mundo da lua” ou se está fazendo por obrigação, não se obtém os verdadeiros benefícios nem as orações são atendidas. Não devem ter postura passiva, empenhem-se corajosamente na prática da fé, com iniciativa e ativamente, tendo gratidão e alegria em saber que atingirão o estado de buda nesta existência. Então, conseguirão desfrutar os benefícios do Gohonzon. O fato de nascer agora, nesta época, como ser humano e abraçar o Gohonzon é algo magnífico.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Grande Caminho.
Nova Revolução Humana. v. 28. In: Brasil Seikyo, ed. 2.400, 31 dez. 2017.
Acreditar no Gohonzon
Introdução
Após incentivar os participantes durante um encontro comemorativo realizado no Japão, tocando piano, Shin’ichi Yamamoto, iniciou a explanação sobre o significado da fé.
Trecho
“Fé significa depositar nossa crença no Sutra do Lótus, em Shakyamuni, em Muitos Tesouros, nos budas e bodisatvas das dez direções, nas divindades celestiais e nas divindades benevolentes, e recitar Nam-myoho-renge-kyo” (CEND, v. II, p. 304). Citando esta frase, ele orientou sobre a importância de orar depositando a fé.
— Na oração, concentre seu sentimento unicamente ao Gohonzon. Nessa hora, deposite sua fé, ou seja, acredite totalmente no Gohonzon, tenha convicção no imensurável e ilimitado poder benéfico e ofereça uma oração que contenha todo o seu espírito. Para transformar o destino, fazer revolução humana e atingir estado de buda nesta existência, o importante é a oração de juramento seigan de “viver sempre em prol do kosen-rufu”. É neste sentimento que existe o eixo de rotação que transforma nossa vida na grande vida e condição de bodisatva da terra.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Grande Caminho.
Nova Revolução Humana. v. 28. In: Brasil Seikyo,ed. 2.400, 31 dez. 2017.
Perseverar e agir
Introdução
Os esforços dos membros pioneiros do Panamá renderam frutos, e no fim da década de 1960, foi inaugurada a sede central da Soka Gakkai no país.
Tamanho era o desejo dos membros de se encontrar com Shin’ichi Yamamoto que eles lhe enviaram várias cartas e convites convidando o líder da SGI a vir ao país. E no dia do evento, ele estava em frente à sede central para o corte da fita inaugural.
Trecho
[Presidente Yamamoto] recitou o Sutra do Lótus com as cerca de cem pessoas presentes ao local. As vozes vigorosas e alegres ecoavam pelo recinto.
Ao término da recitação, Shin’ichi expressou de maneira informal:
— Esteja onde estiver, em qualquer lugar do mundo, estou sempre orando pela sua saúde, felicidade e sucesso na vida.
(...)
Frisando a importância de perseverar na fé, Shin’ichi acrescentou:
— Algumas pessoas, apesar de um dia terem se dedicado fervorosamente à fé, acabam sendo vencidas pela perseguição ou sucumbindo ao egoísmo e à arrogância e desistindo completamente. Nichiren Daishonin afirma: “Aceitar é fácil; manter é difícil. Porém, para se atingir o estado de buda é necessário manter a fé” (CEND, v. I, p. 492). A persistência é um fator crucial na fé. A perseverança é a fonte de força genuína e é a chave para conquistarmos nosso grandioso objetivo. Espero que todos vocês do Panamá persistam firmemente na fé por toda a vida. Com isso em mente, gostaria que estabelecessem como objetivo inicial alcançar vinte anos de prática, empenhando-se pela sua revolução humana e pela transformação do carma.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Canção do Triunfo.
Nova Revolução Humana. v. 19, p. 104 e 105.
Dedicação abnegada
Introdução
Certa vez, em um jantar, o presidente Yamamoto se encontrou com um grupo de treinamento da Divisões Masculina de Jovens e dos Estudantes, no Japão.
Eles se sentaram em mesas redondas e conversaram enquanto saboreavam a comida. Shin’ichi ouviu-os dizer o que estava acontecendo na vida de cada um e os orientou:
Trecho
O propósito de nossa fé e prática budistas é fazer nossa revolução humana, transformar nosso carma e atingir o estado de buda nesta existência. A única maneira de conseguir isso é abandonar toda hipocrisia, vaidade e ambição egoísta e empenhar-se com o sentimento de “não poupar a própria vida”, isto é, com abnegada dedicação. Mantenham a fé na unicidade de mestre e discípulo, dedicando-se ao kosen-rufu por toda a vida. Nunca sejam superficiais ou falsos.
Shin’ichi falou com grande ênfase, como se estivesse orando:
— Continuem trabalhando arduamente na linha de frente por toda a vida e empenhem-se incansavelmente na fé e na prática budistas pelo kosen-rufu e pelos membros. Recitem [daimoku] com assiduidade e incentivem os membros com sinceridade e zelo, inspirando-os a irem às reuniões de palestra, expandindo as assinaturas das publicações periódicas e apresentando o Budismo de Nichiren Daishonin aos outros. Essa é a prática do budismo, a única maneira de se exercer a fé na prática.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Vigoroso Esforço.
Nova Revolução Humana. v. 23. In: Brasil Seikyo, ed. 2.235, 26 jul. 2014.
Superar adversidades
Introdução
Shin’ichi Yamamoto esclareceu sobre o verdadeiro caminho da fé no Budismo Nichiren quando participou de uma atividade para integrantes de um grupo de veteranos do Japão:
Trecho
— A vida nem sempre é um navegar tranquilo. Sofremos acidentes e adoecemos. Encontramos dificuldades em nosso trabalho ou em nossos relacionamentos com as pessoas. Enfrentamos todos os tipos de difíceis provações e tribulações. Estas são ocasiões para orarmos com total determinação de superarmos as adversidades por intermédio da fé e prática budista. E também é o momento para compartilharmos o budismo com as outras pessoas, mantendo-nos fiéis à nossa missão como bodisatvas da terra — observou.
— Se conseguirmos permanecer firmes e leais a nossa fé e prática budista, em nosso próprio benefício, bem como de outras pessoas, sentiremos uma imensa convicção, coragem e sabedoria brotarem de dentro de nós, habilitando-nos a vencer quaisquer obstáculos com que nos deparemos. Essa sabedoria nos permitirá encontrar a melhor solução e, com exuberante energia vital, daremos uma resposta à altura da situação com base nessa sabedoria. Esse, quero que vocês saibam, é o caminho direto da fé para a consecução imediata da iluminação — enfatizou.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Farol.
Nova Revolução Humana. v. 24. In: Brasil Seikyo, ed. 2.236, 14 fev. 2015.
Manter a esperança
Introdução
Num encontro com membros pioneiros de uma comunidade do Japão, o presidente Yamamoto enfatizou que único caminho para conquistar um estado de felicidade absoluta, é recitar daimoku, sem jamais duvidar do Gohonzon, independentemente do que possa acontecer:
Trecho
— Negligenciar a fé e a prática budista, deixando de recitar daimoku, e “ficar dando tiros a esmo” desesperadamente, ao se ver diante de um momento crucial é o exato oposto da postura budista. O indivíduo conseguirá, no máximo, valer-se de uma sabedoria superficial ou achar um remendo temporário. Não será capaz de solucionar verdadeiramente o problema ou transformar o carma. É provável que continue se esbarrando com contrariedades similares pelo caminho — alertou.
Mesmo que estejam tristes, sofrendo ou felizes, os praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin sempre continuam orando e compartilhando os ensinamentos com os outros. Contanto que efetuem a prática, sempre encontram um jeito. Não há nada a temer. Mesmo na mais escura noite de sofrimento, uma chama de esperança, coragem e alegria arde radiantemente no coração. Despertar uma fé poderosa e orar fervorosamente são a consecução imediata da iluminação.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Farol.
Nova Revolução Humana. v. 24. In: Brasil Seikyo, ed. 2.263, 14 fev. 2015.
Fé correta
Introdução
Na década de 1960, Shin’ichi Yamamoto havia planejado realizar pela primeira vez uma reunião nacional de membros do Grau Superior e acima do Departamento de Estudo do Budismo no Japão. Ele desejava reconfirmar o espírito básico dos líderes do departamento e iniciar uma nova e refrescante etapa de estudo da prática budista.
Trecho
Nessa reunião nacional de líderes dos graus superior e acima, Shin’ichi disse:
— O presidente Josei Toda dizia frequentemente: “A razão cria a fé, e esta busca a razão. A profundidade do entendimento racional eleva a nossa fé. Uma elevada fé fortalece ainda mais a compreensão sobre a prática da fé”. Se possuímos uma avançada compreensão racional, isto é, um notável conhecimento do budismo, a nossa prática da fé também deve ser excelente. Se não for assim, estaremos sendo contrários aos ensinamentos de Nichiren Daishonin e ao espírito de Toda sensei. Além disso, não poderemos comprovar os verdadeiros benefícios da prática da fé. Por outro lado, aqueles que não praticam exemplarmente e ficam apenas se esnobando por terem amplo conhecimento do budismo não passam de pessoas arrogantes. No final, esse tipo de pessoa acabará traindo o budismo. Por essa razão, o presidente Josei Toda dizia com muito rigor que os que aprendem o budismo sem ter fé são como papagaios. Por isso, solicito que os senhores ponham em prática mesmo que seja uma única frase dos escritos de Nichiren Daishonin de tal forma que possam ler seu significado com a própria vida. Essa é a forma correta de ler os ensinamentos de Daishonin.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Coroa de Louros.
Nova Revolução Humana. v. 6, p. 128 e 129.
Avançar sempre
Introdução
Em janeiro de 1957, o presidente Yamamoto participou de uma animada reunião de palestra realizada no segundo andar do hotel onde estava hospedado em uma província no Japão.
Em seu discurso, fixando o olhar nos membros pioneiros como se quisesse despertar a determinação deles, Shin’ichi enfatizou:
Trecho
Embora não ocupe mais uma posição de liderança central, nunca deve inferir que tenha se aposentado ou obtido o diploma de graduação na fé. Ainda estão no campo de batalha, mas com uma função diferente.
— Do contrário, tudo o que prometeram, determinaram e disseram aos outros até agora de nada adiantará. Se virem que desistiram, os mais novos na prática se sentirão desanimados e abatidos, e isso poderá fazê-los perder a fé no budismo. Nichiren Daishonin afirma: “Aceitar é fácil; manter é difícil. Porém, para se atingir o estado de buda é necessário manter a fé” (CEND. v. I, p. 492). Certifiquemo-nos de manter a chama da fé intensamente até o fim.
Fonte: IKEDA, Daisaku. Luta Conjunta.
Nova Revolução Humana. v. 25. In: Brasil Seikyo,ed. 2.273, 25 abr. 2015; ed. 2.274, 9 maio 2015.
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