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Como é bom o reencontro

De norte a sul do Brasil, alegria e esperança marcam o retorno presencial das atividades BSGI

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Redação

20/10/2022

Como é bom o reencontro

Estamos no norte do país, e da Amazônia Oriental vem o exemplo do Bloco Guanabara, localizado no município de Ananindeua, PA, distante uma hora de carro da capital, Belém. Essa organização de base é o resultado da luta dos pioneiros, dos idos de 1976, Sra. Luzia Brazão Ito, falecida em 2018, e Sr. Mitsuo Ito, saudável aos 87 anos. A filha Marlucia, conhecida como Malu, é a responsável pela Divisão Feminina (DF) de bloco. Ela relata que a maioria das onze famílias é constituída pelos familiares que seguem o legado dos veteranos, e dos membros que foram chegando aos poucos. Marlucia se diz agradecida à Editora Brasil Seikyo pelo fato de o aplicativo BS+ ter surgido na época da pandemia. A par das dificuldades de adaptação à tecnologia, “Não perdemos o contato com as preciosas orientações de sensei e os comunicados. Conseguimos nos manter unidos e fortalecer a prática da fé”. E atualiza: “Agora estamos muito felizes com o BS físico, uma felicidade imensa podermos encontrar as pessoas e lê-lo junto com elas”.

Não à derrota

A alegria também reinou na reunião de palestra de setembro, a primeira após o período crítico da pandemia. Fizeram a programação e se empenharam para que todos fizessem parte da atividade. “O momento mais emocionante foi depois da recitação do gongyo e daimoku. As vozes foram se intensificando e, quando finalizamos, olhamos para trás e encontramos uma sala esplêndida de sorrisos, todos radiantes. Fiquei arrepiada de emoção.” Em seguida, estudaram uma das “Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai”: “Prática da fé para conquistar a felicidade”. Muitas pessoas só se conheciam pelo aplicativo, e, nessa primeira reunião, evidenciaram a importância da continuidade na prática do Nam-myoho-renge-kyo, “Unidos e persistentes, sem sermos derrotados”.


Rio em dose dupla

No Rio de Janeiro, duas organizações de base revelam os resultados da força da união e da criatividade. No Bloco Prado Junior, Comunidade Leme, RM Copacabana, vencem o período da pandemia com atividades virtuais revigorantes. “Chegamos a ponto de não sentirmos mais a diferença entre as reuniões presenciais e aquelas on-line, de tão unidos que nos tornamos”, revela a responsável pela Divisão Feminina de bloco, Carla Ivantes. Mas é claro que a perspectiva dos encontros presenciais animou-os, e setembro chegou com o engajamento de líderes e membros nas programações e nos preparativos. Com base no estudo e no daimoku, o encontro foi realizado com sucesso no dia 27 último, de forma híbrida, para atender a todos. Nos bastidores dessa luta, a expansão do diálogo com os que sofrem, levando o ensinamento do Budismo Nichiren. A atividade de setembro já trouxe uma estimulante comprovação. Carla é figurinista e em um dos trabalhos conheceu um jovem para quem falou dos benefícios da recitação do Nam-myoho-renge-kyo. “Vi naquele jovem o seu grande potencial. Foi uma imensa alegria a decisão dele de receber seu Gohonzon (objeto de devoção dos budistas) naquele dia”, celebra Carla, ao selar seu compromisso: “Vamos agora criar juntos uma onda ainda maior de expansão da filosofia da esperança em nossa localidade. Finalmente, a primavera chegou à nossa vida”.

Outra organização de base carioca é a Comunidade Cesarão, RM Santa Cruz, da região sul-fluminense. Com os jovens na linha de frente dos preparativos para a primeira reunião totalmente presencial, a escolha do tema do encontro foi “Setembro Amarelo”. “Tudo a ver, pois a empatia que se faz presente na filosofia budista é o requisito básico a ser abordado nesses tempos desafiadores, períodos em que muitos sofrem calados e outros buscam respostas para superar seus conflitos”, defende Lucas Santos, responsável pela Divisão Masculina de Jovens (DJ) de bloco.

Criatividade rima com envolvimento. A atividade foi liderada pelos jovens, com apoio da Divisão Feminina (DF) na confecção e entrega dos convites, pessoalmente; e nas intensas visitas, fonte do envolvimento para a vitória. A dinâmica do dia abordou o tema e envolveu a todos quanto à importância e à necessidade de olhar a pessoa que está diante de si. De orar e acolher o sofrimento do outro como o próprio sofrimento. “Foi um encontro de corações, com o espíri­to de ‘diferentes em corpo, unos em mente’. A reunião de palestra é o resultado de luta constante, de visitas, incentivos, planejamento. Estamos cada vez mais unidos”, finaliza Sandra Pensabem, responsável pela DF da comunidade.

A força da resiliência

Em Sergipe, nordeste brasileiro, a Comunidade Siqueira Campos planejou os detalhes importantes da atividade que reuniria, após três anos, membros e convidados. “Demos o nosso melhor. Seguimos os protocolos de segurança e todos estavam de máscara. Para quem veio sem, disponibilizamos algumas na entrada do local, além de álcool gel”, explica Alanna Mota, responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ) da comunidade. A recepção foi outro item de destaque relatado nesse início presencial, com o acolhimento dos veteranos Sr. Nilson e D. Altair que expressam a alegria ao cumprimentar a todos. A responsável pela Divisão Feminina (DF), Paula Mota, deu literalmente uma aula sobre o tema “Harmonia na Diversidade”, e todos se divertiram e aprenderam mais a respeito das diversas formas de vida ensinadas no budismo. E um vibrante relato de vitórias foi feito pelo responsável pela Divisão Masculina de Jovens (DMJ) da comunidade, Hiago Fabrício Vieira. “Foi tudo feito com muito carinho. Maravilhoso ver todos recitando juntos Nam-myoho-renge-kyo”, ressalta a jovem Alanna. “Não houve quem não saísse energizado.” Ao final, os presentes levaram kit surpresa: lanche (para ser degustado em casa) e, como lembrancinha, um cacto, símbolo de resistência e referência ao perío­do desafiador passado por todos.

Arte da esperança

De origem japonesa, ave símbolo do desejo de levar esperança às pessoas, o tsuru ganhou asas no movimento feito pela Comunidade Barigui, RM Curitiba. Os integrantes dos dois blocos, Bigorrilho e Vista Alegre, se uniram para confeccionar móbiles de dobraduras do pássaro e utilizá-los nas visitas aos membros nesse retorno presencial. O envolvimento foi geral e os resultados desse calor humano e incentivo vêm sendo constatados. Membros vencendo suas questões de moradia e de trabalho, outros encorajados em questões de saúde, e a ideia avançou para as demais localidades. E muita união acontecendo.

A vice-responsável pela Divisão Feminina (DF) da comunidade, Marilda Aihara, conta-nos que cada peça feita segue com um trecho de orientação, um carinho para cada membro e simpatizantes. “Sensei diz que promovemos a paz por meio de nossas atitudes. Apresentar o budismo é criar essa paz que tanto desejamos. Palavras, música e arte são manifestações do nosso coração.”

As lideranças locais investem também na recitação do daimoku em pequenos grupos. Para Maria Luiza Moliner, que recentemente assumiu a liderança do Bloco Bigorrilho, “A oração desperta no nosso coração a força vital para transformar nossa revolução huma­na. Quem recita Nam-myoho-renge-kyo atinge a vitória infalivelmente”. Outra atividade que vem contagiando a todos é o movimento especial de entrega dos periódicos físicos. Os membros da Divisão dos Estudantes (DE) marcam a presença e conseguem criar um momento de muita empatia. A responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ) da comunidade e pela DE-Esperança, Cintia Saito, diz que está bem feliz com essa oportunidade de ler em conjunto as palavras do Mestre. Para Jandira Saito, líder da DF da comunidade, “Incentivar é como acender uma vela no escuro. O momento de transformar é agora, de coração a coração”.

Nas dobraduras de cada origami, com a arte dos tsuru, expande-se a esperança no sul do Brasil.

São Paulo em dois tempos

A Comunidade Itápolis, RM Bandeirantes, teve no fim de agosto a primeira experiência de reencontro após a liberação das atividades presenciais. O primeiro passo para o sucesso dessa reunião, revelam as lideranças locais, começou quase um mês antes com “muito mais daimoku” imbuído do sentimento de proteger os membros, estimulando-os à participação e ao estudo conjunto. “Um estudo que pudesse tocar o coração de todos”, enfatiza Cláudia Travensolo Micheletti, vice-responsável pela Divisão Feminina (DF) da comunidade.

Os integrantes das cinco divisões se mesclam na programação, com criatividade e alegria. Teve estudo conduzido por um sênior, e poema e interação com os jovens. Os estudantes deram um show à parte, participando de uma dinâmica criativa. Em apoio constante, as lideranças da DE: “Ao preparar e participar das programações junto com eles, sinto quanto estou sendo fortalecida pelos sentimentos mais puros que eles têm a oferecer”, reforça Luciana Paula Micheletti, responsável pela DFJ do Distrito Itápolis. No resumo da atividade, Claudia diz que “Com a presença também de dois convidados, tudo foi maravilhoso, como retornar para casa depois de uma longa viagem a um lugar muito distante. Ver os companheiros ali, a poucos metros de nós, ouvir a voz deles ao vivo e, ainda que de máscara, notar o sorriso de cada um”.

Na capital paulista, a Comunidade Lacerda Franco, que integra a RM Liberdade, está bem próxima do complexo BSGI, onde ficam a sede central e o Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda (CCDI), entre outros. No mês de setembro, em formato híbrido, líderes, membros e convidados se reuniram em uma das salas do CCDI.

A atividade contou com a presença de dezoito pessoas entre participação presencial e por videoconferência. “Foi muito bom poder retornar às reuniões, e ainda mais neste local tão significativo. A atividade foi um sucesso”, relata Gustavo Alexandre, responsável pela comunidade. A apresentação da programação foi feita de maneira virtual por um membro da Divisão Sênior. A alegria e o entusiasmo se fizeram presentes no relato, no estudo da matéria e na regência de canção da BSGI com membros da comunidade. Com toda a luta de daimoku e visitas, muitos que estavam afastados estão voltando aos poucos. “Todos estavam radiantes, felizes em poder se reencontrar”, alegra-se o líder Gustavo.

Como é bom o reencontro

Registro dos encontros presenciais em diversas localidades do Brasil

No topo: membros da Comunidade Cesarão, RM Santa Cruz, Rio de Janeiro

Foto: Colaboração local

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