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Caderno Especial
BS
Empatia na prática
Em meio ao desastre natural, integrantes da BSGI atuam para apoiar famílias atingidas
Redação
23/03/2023
Quando ocorrem tragédias como a provocada pelas intensas chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo, os esforços coletivos se somam às iniciativas individuais para levar auxílio a quem necessita da forma mais rápida possível. Em relação aos membros da BSGI da região, a atuação reveste-se de um significado ainda mais especial quando ela traduz, na prática, os valores cultivados dentro da organização, tais como compaixão, resiliência, coragem e esperança, constantemente abordados pelo presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, em seus incentivos.
Responsáveis por diversos níveis da RM Litoral Norte foram ao encontro dos companheiros que sofreram com as enchentes em cada cidade. Particularmente, no Distrito Cidade de São Sebastião, os líderes visitaram famílias, incluindo a costa sul, área mais afetada pelos alagamentos e deslizamentos, levando mantimentos e encorajamento.
Além disso, momentos após o temporal, integrantes da organização local prestaram auxílio às pessoas ao redor. Veja algumas destas histórias de solidariedade e respeito ao próximo.
Ajuda pelo mar
Walter Gavioli Filho, membro da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) do Bloco Camburi, ofereceu seu barco para transporte de mantimentos e outras doações a famílias atingidas na costa sul, uma vez que as estradas estavam bloqueadas pelas quedas de barreira.
Ações humanísticas
Morando em São Sebastião há dois anos, Renata Soares Pereira, integrante da Divisão Feminina (DF) do Bloco Camburi, diz que vivenciou mais uma grande comprovação da prática budista durante as enchentes.
O condomínio onde reside foi alagado, mas seu apartamento, localizado em um andar mais alto não foi atingido, fato pelo qual ela tem muita gratidão. Assim, conseguiu abrigar uma família de veranistas com cinco pessoas, além de acolher outras que foi encontrando. Também participou de grupos de mensagens de auxílio às vítimas e de trabalhos voluntários como triagem, armazenamento, montagem de kits, alimentação, limpeza. Dialogou, abraçou e reconfortou as pessoas.
“Foram sete dias de muito esforço e de compartilhamento de experiências. Todas as manhãs eu me munia de força com a recitação do daimoku e saía para os trabalhos. Foi o momento de pôr em prática tudo o que aprendi com este maravilhoso budismo, a doação ao outro por meio de ações humanísticas.”
Remar e apoiar
Stand up paddle (em português, “remo em pé” ou ‘surfe com remo”) é um esporte de origem havaiana em que se rema ficando de pé sobre uma prancha semelhante à de surfe. Foi com essas ferramentas que Wilker Ferreira, membro da DMJ do Bloco Boiçucanga, conseguiu ajudar seus vizinhos que tiveram a residência alagada. Transportando pessoas, objetos e animais de estimação em sua prancha, com várias idas e vindas, aos poucos, foi deixando-os em locais mais seguros.
Wilker relata: “Num primeiro momento, recitei daimoku para permanecer vivo e, depois, senti gratidão pela boa sorte de estar bem. Por mais que a situação fosse difícil, começou a vir à minha mente a sabedoria e a firmeza de seguir fazendo o que fosse preciso, de saber que não era só eu, mas existia o próximo precisando de ajuda. Já havia testado o uso da prancha para essa finalidade em outra enchente que ocorreu aqui, o que foi bom porque exige grande esforço”. Ele conclui: “É importante saber que nossa organização não existe somente para realizar atividades, mas que podemos manifestar o humanismo em nossas ações com o que aprendemos nelas”.
Fotos: BS / Arquivo pessoal / GETTY IMAGES
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