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Aprender com a Nova Revolução Humana

Aprender com a Nova Revolução Humana

Nesta continuação da série publicada no Seikyo Shimbun, trechos selecionados do romance.

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Hiromasa Ikeda

22/08/2024

Aprender com a Nova Revolução Humana
O juramento ao mestre torna-se nossa base de desenvolvimento

Por volta de 1975, a Soka Gakkai estava em meio a um grande movimento para renovar e construir novos centros culturais. Quando Shin’ichi Yamamoto refletiu sobre as instalações da organização, lembrou-se de um diálogo com Toda sensei ocorrido em 1949.

Certo dia, Josei Toda e Shin’ichi Yamamoto estavam indo a pé até Hibiya, no centro de Tóquio. Chovia. Contudo eles não tinham guarda-chuva nem podiam chamar um táxi. 

Olhando para seu mestre encharcado até os ossos, Shin’ichi sentiu uma dor pungente no coração. A sede do Supremo Comando das Forças Aliadas erguia-se diante deles. Olhando para aquele edifício impressionante, Shin’ichi disse:

Sensei, sinto muito por caminhar assim nesse frio. No futuro, comprarei um carro para que possa ir para todos os cantos. Também construirei prédios magníficos para o kosen-rufu. Pode contar comigo!

Josei Toda sentiu profundamente a decisão sincera do seu discípulo e sorriu feliz. (...)

Toda sensei desejava construir um prédio grande, uma sede espaçosa para os membros o mais depressa possível, e se sentia péssimo por sua incapacidade de fazê-lo. Sem ter consciência do sentimento dele, alguns líderes se queixavam de que a situação era desesperadoramente incômoda sem uma construção com a finalidade específica de servir como sede, e que se deveria construir sem demora um belo edifício que deixasse o público impressionado. O Sr. Toda respondia com firmeza: “Não precisamos de um prédio. Isso é apenas algo superficial. Qualquer lugar onde eu esteja é a sede. Isso deve bastar, concorda? Primeiro, empregue mais tempo pensando em como fortalecer a organização”. (...)

“Gostaria de construir prédios da Soka Gakkai como este por todo o Japão”, disse Josei Toda a Shin’ichi.

Shin’ichi gravou aquelas palavras em seu coração. E hoje, há várias instalações magníficas, muito maiores que a primeira sede, em muitos locais espalhados por todo o Japão.

(Capítulo “Novo Século”)

Inspirar um amigo com uma carta sincera

Em julho de 1975, membros do distrito recém-criado na Nicarágua receberam um aplauso especial quando participaram do desfile na Reunião Geral Nacional dos Estados Unidos, que se realizou em Honolulu, Havaí. Kiyoko Yamanishi, líder da Divisão Feminina da Nicarágua, escreveu uma carta de agradecimento a Shin’ichi ao retornar para seu país.

Após voltar para casa, Yamanishi escreveu uma carta de agradecimento a Shin’ichi. Em resposta, Mineko redigiu uma longa carta em nome do marido, que se encontrava ocupado. Nela, escreveu: “Fiquei feliz em receber sua carta. Foi maravilhoso vê-la tão bem no Havaí. E dada a diferenças nas circunstâncias, acredito que levar um grupo de cinco membros da Nicarágua ao festival deve ser considerado equivalente a reunir quinhentas pessoas do Japão. Reconhecendo ser essa a primeira vez que os membros da Nicarágua participam de um desfile da Soka Gakkai, meu marido e eu aplaudimos com lágrimas nos olhos”.

Shin’ichi havia solicitado a Mineko que transmitisse seu sentimento na carta em resposta à carta de Yamanishi; portanto a carta de Mineko também era dele. Eles sempre trabalhavam desse modo, juntos, em prol do kosen-rufu, e Mineko já havia escrito muitas cartas no lugar de Shin’ichi.

Em sua correspondência para Yamanishi, Mineko prosseguiu: “Nossa organização na Nicarágua encontra-se agora no estágio mais crucial e difícil, a fase da construção da base. Por favor, não tenha pressa e construa um forte alicerce, trabalhando firmemente. Isso é o mais importante. Leve o tempo que for preciso e finque alicerces sólidos, trabalhando continuamente, sem apressar as coisas. Isso é o mais importante. Cuide-se bem e realize as atividades prazerosamente. Temos imenso respeito e admiração por seus diligentes esforços como eixo da união entre os membros”. (...)

Mineko descreveu os esforços de Shin’ichi, bem como a maneira como os membros do Japão encaravam as atividades. “Com a crise econômica agravando-se cada vez mais, os membros estão empreendendo ações com a convicção de que esta é a oportunidade perfeita para comprovar a eficácia da nossa prática, e estão se empenhando em dialogar sobre o budismo com ainda mais energia”.

Então, Mineko, concluiu transmitindo recomendações suas e de Shin’ichi ao marido de Yamanishi e a todos os membros da Nicarágua, acrescentando que eles estariam orando pela saúde e prosperidade de sua família.

Yamanishi leu a carta com os olhos cheios de lágrimas. Sentia que o presidente Yamamoto e sua esposa Mineko compreendiam as circunstâncias que ela e os membros da Nicarágua enfrentavam, e que Shin’ichi pensava neles mesmo estando tão distantes. Era reconfortante saber que ele e Mineko estavam sempre zelando por ela e pelos membros. Yamanishi determinou que daria o melhor de si e a carta proporcionou-lhe um novo vigor.

Palavras que vêm do coração têm o poder de inspirar.

(Capítulo “Correntezas”)

(Traduzido da edição de 12 de agosto de 2020 do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai.)

Foto: Kenichiro Uchida

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