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Sonhem grande!

Texto extraído e adaptado da série de incentivos do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, à Divisão dos Estudantes publicado no jornal Kibou, em janeiro de 2016

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04/11/2017

Sonhem grande!
Feliz ano novo! O tema da nossa família SGI neste ano [2016] é Ano da Expansão da Nova Era do Kosen‑rufu Mundial.

“Expansão” significa "ampliação". Meu desejo é que todos vocês, membros da Divisão dos Estudantes, expandam

seus sonhos. Espero que tenham grandes sonhos sobre o que desejam se tornar e o que querem alcançar no futuro.

Quando vocês expandem seus sonhos, ampliam também seu coração e sua mente, assim como as oportunidades da juventude.

Em 28 de agosto de 1963, mais de metade de um século atrás, um jovem homem clamou “Eu tenho um sonho!” para 250 mil pessoas reunidas em Washington, DC, capital dos Estados Unidos. Esse jovem era o Martin Luther King Jr. (1929–1968).

Meu sonho, disse ele, era que “Meus quatro filhos pequenos um dia viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele mas pelo conteúdo do seu caráter”.

Nos Estados Unidos, naquela época, especialmente no sul, havia um modo ruim de pensar e leis injustas que discriminavam pessoas pela cor da pele. Se as pessoas se recusassem a obedecer essas leis, eram agredidas, ameaçadas de morte ou presas.

Mesmo havendo algumas que se esforçavam para acabar com a discriminação, eram poucas em número, e o movimento não era difundido. Mas o Dr. King sempre se levantava corajosamente não importando quão duramente fosse tratado ou os perigos que corria.

“Eu tenho um sonho!” — o sonho que King compartilhou naquele dia em Washington, DC, uniu o coração das pessoas e um grande movimento começou em direção a esse sonho com Luther King Jr. na liderança. Hoje, vamos explorar a vida do Dr. King, sua coragem de realizar seu sonho e sua atitude de nunca desistir.

Martin Luther King Jr. nasceu em 15 de janeiro de 1929, na cidade de Atlanta, sul dos Estados Unidos. Ele cresceu como uma criança inteligente e alegre, e vivia com seus pais, avó e dois irmãos. Sua família amava cantar canções quando todos estavam juntos.

King cresceu vendo o pai lutar contra a discriminação. Uma vez, quando seu pai estava dirigindo, um policial branco parou seu carro e se referiu a ele como “garoto”. Isso era considerado um grande insulto vindo de um homem adulto. O pai respondeu, altivo: “Sou um homem, não um garoto”. A fúria dele por ter sido desrespeitado marcou profundamente King Jr.

Seres humanos são diferentes uns dos outros. Não existem duas pessoas iguais. Nossas diferenças nos fazem especiais e únicos. Por isso, é absolutamente errado ridicularizar alguém por ser diferente. Ao valorizar e respeitar as diferenças das outras pessoas, você será tratado com respeito. Enquanto nos esforçarmos para aprender com as diferenças das pessoas, podemos expandir e enriquecer nossa vida.

Martin Luther King Jr. estudou muito, foi para a universidade e se graduou com excelentes notas. Porém, mesmo com várias oportunidades, ele escolheu retornar ao sul, para uma comunidade na qual as pessoas estavam sofrendo com a discriminação. Ele queria trabalhar ali e ajudar os outros. Estava com 25 anos nessa época.

Um dia, um incidente aconteceu nesse lugar — Montgomery, Alabama — pouco tempo depois que ele começou a trabalhar naquela localidade. Uma mulher afro-americana (a Sra. Rosa Parks) entrou em um ônibus e se sentou. O motorista falou para ela se levantar e ir para o fundo do ônibus, para que uma pessoa branca pudesse se sentar. Ela disse “não” e foi presa por se negar a obedecer a regra.

Por muito tempo, muitos afro-americanos pensaram que era impossível acabar com a discriminação. Mas quando ouviram sobre a prisão da Sra. Parks, eles se levantaram em protesto e se recusaram a subir em quaisquer ônibus que os discriminassem. Esse foi o começo do famoso boicote aos ônibus de Montgomery.

Martin Luther King Jr. se tornou um líder nesse protesto e incentivava aqueles que percorriam longas distâncias para chegar ao trabalho a irem a pé em vez de pegarem ônibus. Uma idosa afro‑americana altivamente declarou, quando uma pessoa solidária lhe ofereceu uma carona: “Meus pés estão cansados, mas minha alma está em paz”.

Alguns dos envolvidos no protesto foram agredidos pela polícia, mas o Luther King Jr. e seus seguidores se incentivavam cantando canções. Eles sabiam que responder à violência com violência iria levá-los a mais violência, e isso não resolveria nada.

King permaneceu firme em sua crença de não violência durante toda a sua vida. Ele se encontrou com o presidente dos Estados Unidos daquela época, John F. Kennedy (1917–1963), e solicitou que ele acabasse com a discriminação. Também visitou aqueles que haviam vivido a violência, e quando coisas ruins aconteciam, ele sofria e encorajava os companheiros a se unirem e seguirem com o movimento de não violência, afirmando “Eu ainda tenho um sonho, porque não podemos desistir da vida”.

Finalmente uma lei que bania a discriminação racial foi aceita. O primeiro passo do sonho de Luther King Jr. e de seus colegas se tornou realidade.

Para fazer um sonho virar realidade, você não pode desistir nunca. Não importa quanto esse sonho pareça distante e como pense que seja impossível atingi-lo, você precisa invocar a coragem e se dedicar ao máximo com paciência e persistência e sempre se desafiar, determinado que irá tornar seu sonho realidade para que todos vejam.

Eu fiz amizades com pessoas que trabalharam junto com o Dr. King e que continuaram com seu nobre sonho depois de sua morte. Um deles, o historiador Vincent Harding (1931–2014), com quem publiquei um diálogo, disse: “É preciso coragem… para dar o primeiro passo e permitir que o sonho lhe guie, e então agir em direção a ele. A coragem está em todas as partes do processo”.

Atualmente [2016], os Estados Unidos possuem um presidente afro-americano, Barack Obama. O sonho do Dr. King continua sendo realizado.

Um estudante do Colégio Soka de Kansai uma vez me perguntou: “Qual é o seu sonho?” Respondi: “Meu sonho é realizar o sonho do meu mestre,

Josei Toda”.

O Sr. Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, tinha muitos sonhos. Eram todos grandes sonhos.

Certa vez, ele me disse: “Vamos criar uma universidade”.

Em outra ocasião, ele falou: “O mundo é seu verdadeiro palco”.

Toda sensei desejava banir a miséria e o sofrimento do mundo. Naquele tempo, no início do nosso movimento, ninguém imaginava que um dia pessoas de todo o mundo recitariam Nam-myoho-renge-kyo.

Eu me dediquei a realizar os sonhos do meu mestre. Estabeleci escolas Soka no Japão e em outras partes do planeta, e fundei a Universidade Soka no Japão e nos Estados Unidos. Também viajei pelo Japão e pelo mundo, realizando diálogos e cultivando laços de amizade com muitas pessoas, criando ondas de paz.

Hoje vocês possuem colegas da Divisão dos Estudantes em todos os lugares do mundo, que também recitam Nam-myoho-renge-kyo e se desafiam nos estudos. Seus pais e familiares, assim como os membros da organização de base — das Divisões Feminina, Sênior e dos Jovens —, estão incentivando e apoiando vocês enquanto lutam para realizar seus sonhos. E os amigos em todo o mundo possuem as mais elevadas expectativas com relação a vocês.

Eu seguirei orando pela felicidade de vocês e irei apoiá-los e aplaudi-los de todo o coração. Vocês às vezes podem pensar em desistir de si mesmos, mas eu nunca desistirei. Sua vitória é meu sonho.

Vocês são todos filhos do leão. Neste ano da expansão [2016] tenham sonhos, expandam esses sonhos e deem um novo passo para a sua realização. A maior força motriz da esperança é a recitação do Nam-myoho-renge-kyo, que possibilita invocar seu ilimitado potencial!

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