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O que significa compartilhar relações cármicas [Kenzoku]?

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08/02/2014

O que significa compartilhar relações cármicas [Kenzoku]?
O princípio budista de compartilhar relações cármicas ou relação de afinidade [Kenzoku, em japonês] explica que a razão de nascermos em determinada família, sociedade ou país se deve ao fato de, no passado, termos cultivado uma relação com as pessoas que os compõem.

Pode ser difícil compreender que o fato de convivermos com determinadas pessoas é porque há, na verdade, uma relação cármica de nossa vida com a delas, criada no passado e manifestada no presente — possuímos as mesmas causas que essas pessoas, e, portanto, também compartilhamos os mesmos efeitos.

Mas, por vezes, esse conceito é utilizado no sentido negativo, servindo, de certa forma, para justificar superficialmente algo para o qual não se tem uma resposta concreta. Por exemplo, num local onde há uma pessoa com determinado problema de saúde e as pessoas que se aproximam possuem o mesmo tipo de doença, é dito que isso se dá porque todas elas compartilham relações cármicas. Mesmo que essa seja uma explicação válida num primeiro momento, uma vez que essas pessoas compartilham a mesma causa e o mesmo efeito, a questão é muito mais profunda.

Em certa ocasião, o presidente Ikeda explicou esse princípio por meio de um exemplo: “Se um pai obtém sucesso em seus empreendimentos, todos os seus Kenzoku, ou seja, seus familiares, também compartilham disso e prosperam. Por outro lado, se ele não possui boa sorte e seus negócios acabam indo à falência, toda a sua família experimentará essa infelicidade”. Isso mostra que esse princípio não se resume a explicar quanto uma causa passada influencia o presente, mas enfatiza o poder que uma única pessoa tem de transformar suas circunstâncias e assim influenciar a vida dos demais, conduzindo ainda as pessoas próximas à felicidade.

Podemos interpretar esse princípio também da ótica da missão dos Bodhisattvas da Terra, no sentido de que todos compartilham a mesma missão de conduzir as pessoas ao supremo caminho da felicidade com base na Lei Mística (ver Estudo, p. 51).

Em “A Herança da Suprema Lei da Vida”, Nitiren Daishonin escreveu: “Devem ter sido os laços cármicos do distante passado que fizeram com que o senhor se tornasse meu discípulo em uma época como esta. Sakyamuni e Muitos Tesouros (Taho) com certeza atestam esse fato. A declaração do sutra de que ‘As pessoas que ouviram a Lei habitaram vários lugares, várias terras do Buda e constantemente renasceram em companhia de seus mestres’ não pode, de maneira alguma, ser falsa” (END, v. III, p. 178).

“Muito mais que as relações com a esposa e com os filhos ou com os parentes próximos, a relação eterna e fundamental de Kenzoku ligada à Lei Mística é a verdadeira relação de Kenzoku”, afirma o presidente Ikeda. Isso porque Kenzoku é, ainda, a vida do universo, o Nam-myoho-rengue-kyo, com o qual também possuímos uma forte relação. Comprovamos isso quando encontramos o Budismo, recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo e o propagamos.

Todos que recitam Daimoku são Bodhisattvas da Terra. Sendo assim, possuem a profunda relação com a Lei do Universo criada no passado. Portanto, é preciso dar continuidade à prática da fé almejando desfrutar os efeitos dessa causa e a boa sorte no futuro e ser verdadeiramente feliz.

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