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Aprender com o espírito de Hiroshima
Redação
06/08/2024
Há 79 anos, no dia 6 de agosto de 1945, foi lançada uma bomba atômica na cidade de Hiroshima, no Japão. Esse acontecimento marcou o fim da Segunda Guerra Mundial e se tornou um capítulo devastador na história da humanidade.
Apesar disso, as pessoas de Hiroshima não sucumbiram diante das dificuldades e ergueram a bandeira da paz.
O terceiro presidente da Soka Gakkai, Dr. Daisaku Ikeda, afirmou: “Hiroshima é a terra que se reergueu do mais trágico e cruel sofrimento da guerra e vem avançando na vanguarda do mundo pelo sonho da construção da Cidade da Paz”.1
Ele também conta um episódio que ocorreu em junho de 1982, quando a Soka Gakkai Internacional realizou a exposição Armas Nucleares — Ameaças do Mundo Moderno pela primeira vez na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, uma parceria com o Escritório de Imprensa das Nações Unidas e as cidades de Hiroshima e de Nagasaki:
Uma mulher que minha esposa e eu conhecemos foi exposta à bomba atômica em casa, a cerca de dois quilômetros do local da explosão, e perdeu sua querida irmã mais nova, seus amigos e muitos colegas. [...] A mulher também participou do evento como representante dos sobreviventes da bomba atômica. Contudo, ao dizer No more Hiroshima (“Hiroshima nunca mais!”), os norte-americanos retrucaram: Remember Pearl Harbor (“Lembre-se de Pearl Harbor”).
Um ex-soldado chegou a dizer: “A guerra teve um fim graças ao lançamento da bomba”. Imediatamente, a mulher contrapôs: “O senhor lançaria uma bomba sobre a cabeça de seus pais ou familiares?”. Ela prosseguiu: “Não tenho ódio dos Estados Unidos. O que eu odeio é a guerra! Vamos criar a paz, juntos!”. Quando ela disse isso, todas as pessoas choraram, inclusive o ex-soldado.2
Manuscrito da primeira página do volume 1 do romance
Suceder o espírito do Mestre e criar a paz
Nessa mesma data, em 1993, no Centro de Treinamento de Nagano, o presidente Ikeda começou a redigir a Nova Revolução Humana. No primeiro volume, ele escreveu: “Nada é mais precioso do que a paz. Nada traz mais felicidade do que a paz. A paz é o primeiro passo para o avanço da humanidade”.3
No posfácio do romance, Ikeda sensei explica:
Registrei essas duas linhas iniciais para eternizar o juramento como discípulo de transformar a história do século da guerra para o século da paz, sucedendo o espírito e os ideais do meu mestre e do mestre predecessor.4
Um aspecto necessário para construir o século da paz e a Cidade da Paz em nosso local de atuação é o diálogo. No romance Nova Revolução Humana, volume 22, o presidente Ikeda afirma que “tanto a paz como o kosen-rufu começam com o diálogo” e para isso é necessário coragem e perseverança. Ele finaliza dizendo que "Esse é o caminho para gerar entendimento mútuo e empatia”.5
Tendo como exemplo o espírito do Mestre e a postura dos cidadãos de Hiroshima, vamos expandir amplamente a rede de amizade e realizar diálogos humanistas a partir do local em que nos encontramos agora.
Notas:
1. Brasil Seikyo, ed. 2.608, 16 abr. 2022, p. 4-5.
2. Ibidem.
3. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 9, 2019.
4. Ibidem, v. 30-II, p. 353, 2020.
5. Ibidem, v. 22, p. 114, 2019.
No topo: Memorial da Paz de Hiroshima
Fotos: Colaboração/ Seikyo Press
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