Muito obrigado, sensei! Oferecemos essas flores com amor

Ikeda sensei esteve no Brasil quatro vezes (1960, 1966, 1984 e 1993) e cada uma das visitas teve grande significado para o desenvolvimento da organização e para os membros.

Hoje, 19 de fevereiro, comemoramos 41 anos da terceira visita, realizada em 1984. Após dezoito anos, Ikeda sensei desembarcou em São Paulo num contexto totalmente diferente de 1966. Dessa vez, o convite para vir ao Brasil partiu do então presidente da República, João Baptista Figueiredo, em maio de 1982.

Às 9h40 do inesquecível 19 de fevereiro de 1984, a aeronave que trazia Ikeda sensei pousou em São Paulo. “Eu estou muito feliz”, assim ele expressou sua alegria incontida ao ser recepcionado.

De 19 a 29 de fevereiro, a agenda de sensei contemplou encontros com autoridades, visitas e a participação no Festival Cultural-Esportivo da SGI, realizado em 25 de fevereiro e que foi considerado por ele o terceiro melhor do mundo!

Forte decisão

Em 1974, estava programada a visita de Ikeda sensei ao Brasil, porém, seu visto de entrada foi negado. Na edição do jornal Brasil Seikyo do dia 16 de março de 1974, véspera do festival, uma nota oficial dizia: “Comunicamos aos membros em geral o cancelamento da visita ao Brasil do Sr. Daisaku Ikeda”.

Os motivos estavam além de uma mudança no roteiro e perpassavam por questões políticas do período da ditadura militar. O festival aconteceu mesmo assim e os membros da BSGI juraram que reverteriam a situação e receberiam o Mestre brevemente.

Imbuídos de forte oração, esforço e planejamento, os próximos dez anos foram decisivos para receber Ikeda sensei no Brasil, o que ocorreu em 1984. Assim que foi recepcionado, o Mestre bradou: “Não se preocupem mais. Vamos avançar como leões!”.

Um dos maiores festivais do mundo

Neste momento, meu sentimento é o de abraçar cada um dos senhores, apertar a mão de cada um e louvar com lágrimas nos olhos e profunda gratidão o nobre empenho de todos.¹

Essas foram as palavras do presidente da SGI, Daisaku Ikeda, durante o ensaio geral do Festival Cultural-Esportivo de 1984 no Ginásio do Ibirapuera.

Ikeda sensei disse ainda:

Até chegar este momento, quanto avanço e quanta devoção não houve da parte dos senhores e quantos belos laços de solidariedade não se formaram entre todos! [...] A Lei Mística é a fonte inesgotável da criatividade cultural que construirá o novo século. Declaro com toda a determinação que este é o caminho absoluto para edificar um mundo de verdadeira paz e felicidade.²

No dia seguinte, 26 de fevereiro, aconteceu o 1^o Festival Cultural-Esportivo da SGI com a participação de 22 mil pessoas.

_{Apresentação da Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI) no Theatro Municipal de São Paulo}



No poema A Longa e Distante Correnteza do Amazonas, Ikeda sensei deixou registrado o momento vivido no dia anterior:


Foi realmente

Como uma tempestade me envolvendo...

Um turbilhão

De ardente paixão e emoção...

É pique! É pique! É pique!

É hora, é hora, é hora...

25 de fevereiro de 1984,

Ensaio Geral do Grande Festival Cultural do Brasil...

O brado audaz da vida

Dos jovens do paraíso do samba

Estremeceu o imenso Ginásio de Esportes.

No dia 26 de fevereiro de 1984, às 18 horas, iniciou-se o Festival Cultural e Esportivo da SGI com o tema “A Sinfonia da Paz na Grande Terra do Século 21”. Emocionantes e inesquecíveis apresentações se sucederam e, para finalizar, um momento único em que a Divisão Masculina de Jovens (DMJ) levantou a torre dourada da vitória dos membros do Brasil. Instantaneamente, Ikeda senseise levantou e disse: “Obrigado! Muito obrigado!”

No encerramento, um grande coro tomou conta do ginásio:

Lá, lá, laiá, lá, lá, laiá, lá, lá, laiá, laiá

Sensei, o nosso sonho está realizado

com vossa presença no Brasil. [...]

Muito obrigado, sensei!

Oferecemos essas flores com amor.

Sugestão de leitura

No romance Nova Revolução Humana, volume 11 , capítulo “Luz do Alvorecer”, Ikeda sensei narra os momentos vividos no Brasil em 1984.

Leia o poema A Longa e Distante Correnteza do Amazonas na íntegra no Brasil Seikyo, ed. 2.360, 18 fev. 2017, p. A6 e A7 .

Notas:

1. Brasil Seikyo, ed. 1.975, 14 fev. 2009, p. B2.

2. Idem, ed. 2.212, 25 jan. 2014, p. C4.