Revolução Humana é tema de Fórum para educadores

DA REDAÇÃO

Para comemorar o dia 12 de agosto de 1975, quando o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, instituiu o Dia da Revolução Educacional, a Cordenadoria Educacional da BSGI realizou, no último dia 6, no Auditório da Paz, o Fórum de Educadores Soka com a presença de 700 docentes do Brasil e outros países.

Palestras

A primeira palestra foi proferida pelo Professor Dr. Mohamed Habib, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, com o tema “Educação, meio ambiente e os direitos humanos como consequência da revolução humana”. Após apresentar um panorama da realidade mundial referente à desigualdade social, devastação do meio ambiente, violência, doenças sociais entre outros, ele fez algumas considerações.

“É preciso construir um país que possua cultura onde os valores são preservados. Esses valores que o sistema convencional de educação está conseguindo apagar precisa ser

reformado e reformulado, para reinserir no seu conteúdo os valores da vida, da coletividade, do convívio, da fraternidade, solidariedade. Deve-se fugir do modelo competitivo para montar um modelo colaborativo”, afirmou o Dr. Mohamed.

Educação Soka

A segunda palestra abordou o tema “A arte da Educação Soka por meio da revolução humana”, proferida por Irene Sakajiri, coordenadora do Depeduc.

“A iniciação dos direitos humanos e a iniciação ambiental são as bases da nova proposta da Educação Humanística que conduz a uma cultura de paz. Para que essa proposta seja efetiva, o diferencial está na determinação de concretizar a nossa própria revolução humana com base em uma sólida filosofia de vida. Nesse exercício diário de autorreforma, o professor deve lecionar com o coração, realizando a paz onde estiver”.

“Devemos extrair ao máximo o potencial do aluno, para que ele se sinta capaz e tenha auto confiança. Ensinar como budas para budas talvez seja a saída. A única maneira de promover uma verdadeira transformação prática em nosso ambiente é por meio da elevação do nível de vida interior e da utilização da sabedoria para o bem comum, clamou Irene.”

Patrícia Dupin, que pertence ao planejamento do Depeduc, apresentou um sistema metodológico harmônico voltado para a Educação Soka, construído por educadores da SGI: o mandala do triunfo da vida criadoura que tem como centro a revolução humana. “Estamos estabelecendo uma rede de conexões mundial numa construção coletiva aberta para o mundo inteiro. Esse trabalho foi inspirado pelo Fórum Internacional de Educação Criativa”, esclareceu Patrícia.

Nessa concepção, ela explica que é preciso primeiro desenvolver em si a mudança, para mostrar ao outro, e, então, despertar essa mudança em todos.

Para fazer parte dessa rede, é só entrar em contato com a coordenadoria educacional pelo e-mail: educacional@bsgi.org.br.

DEPOIMENTO

O objetivo deste fórum é comemorar o Dia da Revolução Educacional, quando o Mestre clamou para que todos os professores, junto com ele, fizessem uma luta grandiosa para a criação de pessoas valorosas. Ele enalteceu o papel do educador na formação do caráter e da personalidade, para que cada aluno se torne um verdadeiro cidadão, não apenas uma pessoa que adquira conhecimento, mas que sirva à sociedade.

O Fórum enfocou principalmente o tema revolução humana, pois acreditamos que o professor tem de estar eletrizado, apaixonado. O mestre afirma que uma pessoa só pode contagiar outra se ela própria estiver “eletrificada”. Mostramos para os educadores a missão que eles detêm. As fábricas de alimentos podem suprir as necessidades momentâneas, mas quem

garantirá o futuro são os educadores.

O propósito daqui para frente é criar esses professores conscientes que façam a diferença na sala de aula por meio do tripé que liga lar, escola e sociedade e faz manifestar o potencial de todas as crianças. Isso é Educação Soka.

Lúcia Takano

Coordenadora Educacional da BSGI

''Este fórum é importante porque trouxe outra perspectiva do papel do educador e a proposta da educação da BSGI que congrega educação, capacitação e mais valores humanísticos. Acredito que esse deveria ser o norte de qualquer professor.”

Glauco Henrique de Souza Mendes é professor do departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos e membro do bloco Castelo Branco, RM Ribeirão Preto, CRE