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Encontro com o Mestre

Nova Sede Central da Soka Gakkai — Castelo da Unicidade de Mestre e Discípulo

Nos primórdios da Soka Gakkai, não havia nenhuma sede estabelecida em um prédio independente. O presidente Toda deu o seu brado de leão: “Antes das construções, tornemos sólida a nossa organização!”. O fiel discípulo correu. Com a decisão de estabelecer quanto antes a sede da Soka Gakkai, ele expandiu a organização e provocou ondas de avanço do Kossen-rufu. E foi assim que nasceu o grande castelo do leão

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31/08/2013

Nova Sede Central da Soka Gakkai — Castelo da Unicidade de Mestre e Discípulo
Maio de 2013, Ano da Vitória da SGI Jovem — o presidente Ikeda dedicou o seguinte poema:

Esperança e glória,

Faça resplandecer

O Castelo de Mestre e Discípulo.

Em um recente ensaio, o presidente Ikeda também registrou: “A nova Sede Central da Soka Gakkai em Tóquio que reluz como a alegria e esperança dos companheiros do mundo inteiro se ergue de forma admirável sob o céu profundamente azul de maio” (BS, ed. 2182, 8 jun. 2013, p. B2).

Companheiros de todo o Japão e do mundo estão avançando com grande disposição e entusiasmo visando um único ponto: o próximo dia 18 de novembro, aniversário de fundação da Soka Gakkai! A nova sede central já desponta majestosa e imponentemente no bairro de Shinanomati, Tóquio. Vamos vencer, rumo à inauguração!

O novo edifício da sede possui sete andares. O projeto da construção se iniciou em janeiro de 2011 com a demolição dos prédios anteriores da sede central e do Centro Cultural Soka, e hoje as obras já estão em fase de conclusão.

No alicerce não foi utilizada nenhuma única estaca de construção. Foram cavados 22 metros abaixo da terra (o que corresponde aproximadamente à altura de um prédio de cinco andares), e diretamente nessa base firme (em que cada metro quadrado suporta o peso equivalente a 50 toneladas) foi sendo montada uma espessa estrutura de aço e de concreto. Ou seja, o castelo Soka se ergue soberbo com sua imponência não somente em aparência, mas também firme em sua invulnerável base.

Sem dúvida, a nova sede central é o símbolo da perfeita e indestrutível união dos companheiros Soka. Mas qual o real significado de edificar uma “firme e sólida base”?

A respeito dessa “base” — invisível aos olhos —, com profundo sentimento de gratidão, o presidente Ikeda expressou as seguintes palavras: “Os companheiros de todo o Japão e do mundo estão se empenhando de corpo e alma pelo Kossen-rufu com a resoluta decisão de solenizar a conclusão da nova sede central com as flores do diálogo e da vitória. Cada gesto sincero e cada dia de ação corajosa são o que se transforma nessa ‘base’ sólida e inabalável do palácio do humanismo”.

Da mesma forma, as outras sedes da Soka Gakkai se ergueram majestosamente ao longo de nossa história graças a essa ‘base’ — a vitória infalível de nossos queridos companheiros. Foram nesses locais que ocorreram os diálogos de vida a vida, entre o jovem angustiado e o benevolente mestre. O jovem ergueu-se com o juramento ao mestre, lançou-se à dura realidade e, sem temer a nada, enfrentou tudo diante de si. Nessas batalhas e intempéries é que surgiu o drama de mestre e discípulo — o jovem que corresponde às expectativas do mestre a todo custo. Esse eterno legado jamais haverá de mudar.

O segundo andar do

Nihon Shogakkan

No início da Soka Gakkai não havia um prédio próprio que pudesse ser utilizado como sua sede.

Pouco tempo depois do término da Segunda Guerra Mundial, a partir de 1946, a organização utilizou como sede uma parte do edifício no qual funcionava a Editora Nihon Shogakkan, administrada pelo então diretor-geral da Soka Gakkai, professor Jossei Toda.

O imóvel onde funcionava a editora tinha 4,5 metros de frente, três andares e ficava em Nishikanda, no bairro de Tiyoda. No térreo funcionava o escritório. No mezanino havia uma sala, e houve época em que o terceiro andar esteve alugado para a Empresa Jornalística Nihon Fujin. No segundo andar havia três salas e a que dava de frente para a rua tinha aproximadamente 11 m2 com duas janelas de porta balcão. Foi a partir desse pequeno prédio, despercebido, que a história da Soka Gakkai se iniciava modestamente, mas a passos grandiosos.

Toda Sensei, meu eterno mestre da vida

As explanações do Sutra de Lótus do presidente Toda também aconteceram no segundo andar desse edifício.

Em 13 de setembro de 1948, quando tinha apenas 20 anos, o presidente Ikeda registrou sua emoção em receber a explanação do presidente Toda. “O professor Toda é o mestre da humanidade”; “Na tenra idade de meus vinte anos conheci o caminho para viver a mais sublime e gloriosa juventude”. Foi também nesse prédio que, em três de janeiro de 1949, o presidente Ikeda, aos 21 anos, apresentou-se para o seu primeiro dia de trabalho a convite do seu mestre Jossei Toda.

O presidente Ikeda escreveu: “Meu primeiro dia de trabalho na Editora Nihon Shogakkan foi logo no início do ano de 1949, precisamente no dia três de janeiro. (...) ‘As aulas do cursinho Shokason (ministrado por Shoin Yoshida no final da Era Edo) eram realizadas numa pequena sala de aproximadamente 11 m2. Este quarto aqui também é pequeno, mas a partir daqui sem falta surgirão em sucessão várias pessoas capazes e de grande valor para o futuro que virá’ — assim Toda Sensei dizia constantemente”.

Dia 24 de agosto de 1950 — após o término da explanação do Sutra de Lótus, foi em uma das salas dessa sede também que o presidente Toda, no momento mais crítico da crise de seus negócios, externou a intenção de renunciar ao cargo de diretor-geral da Soka Gakkai.

O presidente Ikeda relatou os acontecimentos desse dia: “Ao terminar de explicar resumidamente sobre a situação difícil que suas empresas se encontravam, de repente ele anunciou: ‘Após ponderar profundamente, cheguei a uma decisão de deixar a função de diretor-geral’. Todos ficaram desnorteados. Pensei: ‘Se o diretor-geral mudar, meu mestre também será outra pessoa?’. Sozinho, dirigi-me até a sala de Toda Sensei e, inconformado, quis me certificar desse único ponto com lágrimas nos olhos. O presidente Toda respondeu claramente: ‘Não, de forma alguma! Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Sei que só lhe dou trabalho e preocupação, mas seu mestre sou eu!’. Os olhos do mestre também estavam marejados. Fiquei extremamente feliz. E decidi no âmago da minha vida: ‘Extinguirei todos os tipos de problemas e dificuldades que assolam a vida do meu mestre! E sem falta, farei com que ele seja o próximo presidente da Soka Gakkai!’”.

Nessa mesma época, houve o diálogo entre mestre e discípulo e que se tornou a primeira causa e decisão da construção de sedes da Soka Gakkai no Japão.

Sobre esse episódio, o presidente Ikeda registrou: “Houve uma ocasião em que começou chover repentinamente quando o Toda Sensei e eu caminhávamos e passamos em frente ao Palácio Imperial. Estávamos sem guarda-chuva e não passava nenhum táxi. Devido aos negócios do presidente Toda se encontrar no auge da crise, ele sugeriu: ‘Vamos continuar andando na chuva mesmo’.

Quando voltamos a caminhar, meu mestre apontou para um prédio e disse: ‘O general MacArthur está lá’. Adiante estava o majestoso edifício do Daiiti Seimei, que abrigava o Quartel General do Comando das Forças Aliadas. Na época, a Soka Gakkai não possuía nenhum carro, e muito menos grandes edifícios. Porém, eu lhe afirmei: ‘Vou trabalhar muito e providenciar um excelente carro para o senhor. Sem falta construirei muitos prédios magníficos também! Sensei, por favor, fique tranquilo’. Atualmente, novas sedes regionais e centros culturais estão sendo construídos, um após o outro. Tenho certeza de que o presidente Toda está bastante satisfeito e está dizendo: ‘Muito bem, Daisaku! Tudo, absolutamente tudo, aconteceu da forma como você me prometeu”.

Benevolência e carinho do mestre

Três de maio de 1951 — Jossei Toda assume como segundo presidente da Soka Gakkai e declara: “Juro converter 750 mil famílias. Se este objetivo não for atingido, apenas lancem minhas cinzas na baía de Shinagawa”.

Ainda nesse mês de maio, o presidente Toda inaugurou uma sala anexa à sede da Soka Gakkai e a redação do jornal Seikyo Shimbun no primeiro andar do prédio Itigaya. Esse edifício de dois andares era comercial e alugava salas. Localizava-se no lado oposto da estação de Itigaya, dividido pelo canal. Possuía várias salas pequenas em torno do poste de luz.

Da Sala Anexa situada no primeiro andar — ao abrir a porta de correr — via-se uma área de apenas 20 m2 e uma janela na parede em frente. Embaixo dessa janela havia uma mesa e uma cadeira, e na sua frente, 7 ou 8 cadeiras enfileiladas. A organização possuía cerca de três mil membros; e, nesta pequena sala, o presidente Toda, sentado na cadeira perto da janela, iluminava a vida de cada membro que ali chegava, transmitindo-lhe esperança e coragem.

Os membros conviviam com vários tipos de dificuldades: doença, problemas no trabalho, desarmonia familiar, sofrimento com os filhos, problemas de relacionamento e muito desentendimento etc. Todos estavam angustiados e sentindo-se num beco sem saída.

Sobre esse episódio, o presidente Ikeda registrou na Nova Revolução Humana: “Meu mestre conversava com simplicidade com os membros que ali chegavam. ‘Tudo bem?’. Eles respiravam aliviados ao ouvir sua calorosa voz e ver o seu olhar benevolente por trás das lentes do óculos e, sem cerimônia nenhuma, relatavam todos os seus sofrimentos”.

O fato de estender a mão para a pessoa que está na sua frente neste momento é o ponto de partida — este incentivo de vida a vida deu início a onda rumo à propagação e concretização do Kossen-rufu.

“Não importa o que aconteça, servirei e protegerei meu mestre até o fim”

Além da sala anexa e das salas de edição, no prédio Itigaya havia também o escritório em que o jovem Daisaku usava como diretor comercial. Na época, a função do presidente Toda no trabalho era dar conselhos ao seu sincero discípulo e diretor de vendas. Nesse local aconteciam as aulas da “Universidade Toda”.

Sobre esse período, com um sentimento de nostalgia, o presidente Ikeda relembra: “Todas as manhãs antes de iniciar o trabalho, Toda Sensei me dava aulas particulares, um verdadeiro e rigoroso treinamento que superava o ensino de qualquer instituição universitária”. “‘Sem receber o salário, aqui estou eu comendo takuan [conserva de nabo] no jantar neste meu humilde apartamento de um dormitório e pronto para costurar o buraco da minha meia. Mesmo de noite, o forte calor não cessa e acordo suado e exausto’ — Esse foi o registro em Diário de Minha Juventude quando tinha entre 22 e 23 anos”.

O presidente Ikeda ainda disse: “Se é para proteger Toda Sensei, não me importo se vou sofrer ou passar fome. Jamais irei me arrepender disso, pois tenho a plena convicção de que proteger Toda Sensei é o mesmo que proteger o avanço do Kossen-rufu”.

Uma integrante da Divisão Feminina de Jovens da época em que trabalhava junto com o presidente Ikeda relata: “No tempo em que havia a sala anexa ao prédio Itigaya, por diversas vezes presenciei o presidente Ikeda se desdobrando para corresponder às expectativas das aulas particulares do presidente Toda”.

Restaurante Itigaya, um local de muitas recordações

O presidente Ikeda diz consistentemente aos jovens: “Sempre acabamos incomodando os vizinhos de alguma maneira. É preciso dar valor a eles sem falta!”; “Jamais se esqueçam de dar valor aos vizinhos e de ampliar o círculo de confiança como seres humanos na vizinhança”. Esse é um princípio de sua vida e uma ação pelo Kossen-rufu.

A duas casas do prédio onde ficava o escritório das empresas do presidente Toda em Itigaya havia um pequeno restaurante chamado Itigaya, que ficava à beira do muro externo do fosso do Palácio Imperial.

Pela manhã, o restaurante ficava lotado de trabalhadores. Depois que passava o horário do rush, quando o movimento ficava mais tranquilo, um jovem sempre o adentrava com um cumprimento cheio de energia: “Bom dia!”. Era o presidente Ikeda. Na época, como jovem diretor comercial, ele costumava frequentar o local.

Existe um relato de uma senhora que trabalhava nesse restaurante. Ela parou de trabalhar ali, casou-se e foi morar na província de Yamagata. Lá, uma amiga lhe falou sobre o budismo e ela se converteu, mas não conseguia realizar a prática com seriedade. Certa ocasião, essa apresentadora lhe emprestou uma revista Daibyakurengue e, ao folheá-la, a senhora fixou seus olhos numa foto: “Puxa, é aquele jovem que vinha no restaurante! É o Sr. Ikeda!”; “Ele era um jovem realmente agradável e educado e seu brilho se destacava em meio aos outros”. Depois disso, ela passou a praticar o budismo sem receio, convicta de que estava no caminho certo.

Em 1983, o presidente Ikeda visitou Yamagata. Nesse período, ele reencontrou essa senhora após vinte anos. Ele disse a ela: “Puxa, há quanto tempo não a vejo! Que bom revê-la. Parece muito bem!”.

Diante desse caloroso incentivo, ela jurou: “Lutarei na linha de frente do Kossen-rufu por toda minha vida”. Ela e seu marido realizaram mais de cem Chakubuku.

Não é somente essa senhora que guarda inesquecíveis lembranças do presidente Ikeda. “Eu comia quase diariamente nesse restaurante. Às vezes tomava apenas um chá e depois saía apressadamente. Mas a mãe e a filha donas desse restaurante eram muito amáveis e calorosas”. (Reflexões da Nova Revolução Humana)

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