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Conheça o Budismo

Gongyo — força que revigora nossas ações diárias

O gongyo é uma cerimônia diária praticada pelos membros da SGI com a recitação do 2o capítulo, “Meios Apropriados” (Hoben), e do 16o capítulo, “A Extensão da Vida” (Juryo), do Sutra do Lótus, a razão do advento do buda Shakyamuni. BS selecionou trechos da Liturgia do Budismo de Nichiren Daishonin explanados pelo presidente Ikeda no livro Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo (PHJ) em que ele explica como a prática do gongyo revitaliza nosso cotidiano.

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18/04/2015

Gongyo — força que revigora nossas ações diárias

1) História

A recitação do daimoku, isto é, do Nam-myoho-

-renge-kyo, é a prática principal do Budismo de Nichiren Daishonin. A recitação dos capítulos “Hoben” e “Juryo” do Sutra do Lótus (gongyo) é a prática complementar e tem a função de aumentar e acelerar o poder benéfico do daimoku.

O Sutra do Lótus é o “rei dos sutras” porque é a escritura que abarca todas as pessoas sem distinção. Ele incorpora a benevolência e a visão igualitária do próprio Buda, tornando os seres humanos fortes e sábios.

2) Origem da palavra

Gon de gongyo significa exercitar-se “assiduamente”, enquanto gyo é “cumprir”. Sendo assim, gongyo significa “prática assídua”,

a ser cumprida diariamente.

“O gongyo é uma refrescante ‘cerimônia que nos revitaliza a partir de nossas próprias profundezas. Portanto, o mais importante é fazer gongyo a cada dia com harmonia e cadência — como o galopar de um corcel branco pelos céus”, afirma o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda.

3) Vença os desafios!

“Nesse momento, o Buda levantou-se serenamente de sua meditação e dirigiu-se a Sharihotsu* dizendo: ‘A sabedoria dos budas é infinitamente profunda e imensurável. O portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor. Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la’.”

Do ponto de vista do budismo, podemos interpretar “nesse momento” como a partida para fazer surgir a coragem e trilhar uma vida grandiosa. Mesmo que se depare com desafios, por meio da prática budista evidenciamos no momento presente a condição para compreender o tempo, ser vitorioso e feliz — viver assim é manifestar o estado do buda.

O presidente Ikeda ressalta: “Precisamos determinar, orar e agir. Se assim não fizermos, nosso ambiente em nada mudará. Mesmo que decorram cinco ou dez anos, ‘esse momento’ jamais chegará. ‘Esse momento’ é quando nos colocamos em ação, quando nos levantamos com energia e por vontade própria.” (PHJ, p. 52)

4) Revitalizar a fé

“Qual a razão disso? Um buda é aquele que serviu a centenas, a milhares, a dezenas de milhares, a incontáveis budas e executou um número incalculável de práticas religiosas. Ele se empenha corajosa e ininterruptamente e seu nome é universalmente conhecido. Um buda é aquele que compreendeu a Lei insondável e nunca antes revelada, pregando-a de acordo com a capacidade das pessoas, ainda que seja difícil compreender sua intenção.”

A recitação do gongyo e do daimoku é o método eficaz de conectar a mente com o Gohonzon. A fé é a força que possibilita essa fusão.

Nichiren Daishonin diz: “Um bebê não sabe a diferença entre a água e o fogo, e não pode distinguir o veneno do remédio. No entanto, ao sugar o leite, sua vida é nutrida e sustentada. Da mesma forma, mesmo que uma pessoa não seja versada nos sutras, se ouvir mesmo uma palavra ou uma frase do Sutra do Lótus, não deixará de atingir o estado de buda” (Gosho Zenshu, p. 1046).

No budismo, fé significa ter um coração límpido, flexível e aberto. Fé é a função da vida humana que dispersa as nuvens escuras da dúvida, da angústia e do arrependimento e abre e direciona o coração a algo grandioso.

5) Canto universal

“Sharihotsu, o Buda é aquele que sabe como discernir e expor os ensinamentos habilmente.

Suas palavras são ternas e gentis e podem alegrar o coração das pessoas. Sharihotsu, em síntese: o Buda compreendeu perfeitamente a Lei ilimitada, infinita e nunca antes revelada.”

O gongyo é uma cerimônia na qual louvamos o Buda e o próprio Nam-

-myoho-renge-kyo por ser uma prática de revitalização e a celebração da vida. A recitação do gongyo e do daimoku são as práticas budistas universais mais acessíveis e nos conduzem diretamente ao vasto universo inerente à nossa vida. Nesse momento acontece a fusão do microcosmo com o macrocosmo do universo formando um coro harmonioso,

e experimentamos uma sensação de felicidade serena e grandiosa.

O presidente Ikeda afirma: “Quando estamos realizando o gongyo ou recitando daimoku, estamos nos expressando na linguagem do mundo dos budas e dos bodisatvas. Mesmo que os senhores não compreendam o que estão dizendo, suas vozes com certeza atingem o Gohonzon, todos os deuses budistas e todos os budas e bodisatvas das três existências e das dez direções; e em resposta, todo o universo envolve os senhores com a luz da boa sorte”

De forma simples, recitar o gongyo é o exercício diário para manifestar

o estado de buda e desfrutar de imensurável boa sorte no momento presente. (PHJ, p. 44)

6) Buda é a própria vida

“A essência real de todos os fenômenos somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas. Essa realidade consiste em aparência, natureza, entidade, poder, influência, causa interna, relação, efeito latente, efeito manifesto e consistência do início ao fim.”

O buda Nichiren Daishonin diz que todas as pessoas são, sem exceção, manifestações da Lei Mística (Nam-myoho-renge-kyo), a essência real de todos os fenômenos, de tudo que permeia nossa vida. Ele vai além, afirmando que tudo o que existe na natureza, tais como a música, o bailar, o drama, o poema, o brilho, o nascimento e a morte, o sofrimento e a alegria, as constantes vicissitudes, o avanço e a suprema alegria do Nam-myoho-renge-

-kyo, são a sabedoria e a benevolência do Buda.

7) Sabedoria do buda

“O Buda é como um excelente médico que se vale de meios hábeis para curar seus filhos iludidos. Embora na realidade esteja vivo, anuncia que entrou no nirvana. Porém, ninguém pode acusá-lo de mentiroso.

Eu sou o pai deste mundo, e salvo aqueles que sofrem e os que se encontram aflitos.”

O grande decreto do Buda é a felicidade da humanidade. Tanto Shakyamuni como Nichiren Daishonin procederam dessa forma. Mesmo que as pessoas não enxerguem, carrregam em si um infinito potencial capaz de fazer brilhar a sua vida e tudo ao seu redor. “Eu próprio sou um buda”; “Venerem o sol do estado de buda em seu coração” — essa é a mensagem do buda Shakyamuni.

Quando acreditamos em nosso potencial, mudamos nossa condição interior e dessa forma, nossa vida infalivelmente evidenciará a ilimitada energia vital (estado de buda).

8) Seja feliz!

“Medito constantemente: como posso conduzir as pessoas ao caminho supremo e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?”

Este trecho encerra o gongyo e o grande desejo do Buda contido nele é a felicidade das pessoas. Isso significa “Quero ser feliz e que todos os demais também sejam”. Os que vivem totalmente embasados nesse espírito são budas.

O buda Nichiren Daishonin declara que aqueles que recitam o Nam-myoho-renge-kyo poderão, infalivelmente, “adquirir o corpo de um buda”, ou seja, conseguirão esse feito da forma como são.

O que o Buda quer dizer é “Seja Feliz!”. Por meio da fé qualquer pessoa pode ter uma vida repleta de felicidade.

Saiba mais

400 a.EC

Buda Shakyamuni

Fundador do budismo. Manifestou o estado de buda, ou seja, a iluminação.

O Sutra do Lótus é a razão do advento do buda Shakyamuni.

Compilação dos 28 capítulos do Sutra do Lótus

Séc. 13

Nichiren Daishonin

Para o buda Nichiren Daishonin o 2o capítulo, “Hoben”, representa a “essência do ensinamento teórico”, e o 16o capítulo, “Juryo”, o “ensinamento essencial” do Sutra do Lótus.

Dias atuais

Soka Gakkai Internacional (SGI)

Os membros da SGI recitam diariamente o daimoku como prática principal e o gongyo

como prática complementar.

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