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Felicidade absoluta é fazer cada dia valer mil anos

O livro Felicidade, de Daisaku Ikeda, descreve com genialidade sobre o que é “felicidade absoluta”, os mecanismos que transformam o destino, a prática que provoca tais mudanças, a amplitude desse estado de vida que envolve ser feliz junto com as demais pessoas e, principalmente, como atingir um estado de vida que rompe o medo da morte e abarca a vida como um todo. Abaixo, um dos trechos dessa obra em que o presidente Ikeda prioriza o tesouro do coração e conclui afirmando que felicidade absoluta é aquela em que cada dia da sua vida vale por mil anos, uma referência à vasta condição mental de total liberdade e autonomia

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16/04/2016

Felicidade absoluta é fazer cada dia valer mil anos

Capítulo 6 / Parte 14

LIVRO FELICIDADE

Transformando os sofrimentos de nascimento e morte

Por Daisaku Ikeda

Segundo um conto budista, sete an­ciões brâmanes vieram de longe para visitar Shakyamuni. Apesar da longa viagem para aprender os ensinamentos budistas, gastaram o tempo na pousada onde estavam hospedados, entretidos em conversas banais, rindo e se divertindo. Shakyamuni foi até eles e lhes disse:

— Todas as pessoas desejam cinco coisas: 1) juventude; 2) postura ereta; 3) grande força; 4) riqueza; e 5) nobre família. Quanto a vocês, sete cavalheiros, ao conversarem em voz baixa ou rirem sonoramente em conversas fúteis, o que desejam?

Shakyamuni prosseguiu, então, expondo-lhes que a vida é inconstante e fugaz, marcada pelos “quatro sofrimentos” nascimento, envelhecimento, doença e morte. Ao ouvi-lo, os sete brâmanes perceberam pela primeira vez o que deveriam estar fazendo e começaram a se esforçar seriamente na prática.

— Vocês desejam o quê? O que sustenta a vida de vocês? – indagou Shakyamuni.

Daishonin descreve sobre os três tesouros da vida: “tesouros do cofre, do corpo e do coração” (WND, v. I, p. 851). Todos os cinco fatores dos quais os seres dependem na história correspondem aos tesouros do cofre ou aos tesouros do corpo. Riqueza obviamente diz respeito aos tesouros do cofre. Juventude, beleza e talento com status social correspondem aos tesouros do corpo. Todos esses aspectos possuem seu valor na vida e, nesse sentido, talvez seja natural que os busquemos. Mas a questão é se eles são tesouros genuínos na vida, capazes de prover sustento eterno.

Permitam-me citar exemplos concretos. Algumas pessoas são feridas ou mortas por causa de sua riqueza. Aqueles que são atraentes fisicamente podem ser alvos de inveja ou ser explorados pelos outros. Fama e poder podem levar as pessoas a se tornarem arrogantes e arruinar a vida delas, e há muitos com alta posição social que, para a sua própria desgraça, se deixam seduzir pela natureza diabólica do poder. Nenhum desses tesouros perdura para sempre.

Desse modo, os tesouros do cofre e os tesouros do corpo não são subsídios para proporcionar a felicidade verdadeira. Por si só, não nos habilitam uma existência de genuína realização. Do que necessitamos para uma vida verdadeiramente feliz e genuína? Daishonin nos garante: “O tesouro do coração é o mais valioso de todos” (WND, v. I, p. 851).

O tesouro do coração refere-se à fé na Lei Mística. Fé corresponde ao tesouro eterno e ao sustento da vida humana. Abarca benefícios imensuráveis e boa sorte ilimitada. Seu poder é tão vasto como o universo e transforma todo o nosso ambiente e nosso mundo. É a fonte de inesgotável alegria e imensa sabedoria e compaixão, permitindo-nos empregar os tesouros do cofre e do corpo para atingirmos a felicidade eterna. Cada um de vocês já possui esse sustentáculo de vida. Tudo o que precisam fazer é extrair esse poder ilimitado.

A vida é breve. A juventude passa num lampejo, sendo facilmente desperdiçada com indecisão, queixas, críticas aos outros ou sendo derrotada pela própria indolência. Todo dia é precioso.

Espero que vocês, em sua juventude, de maneira gratificante, conduzam uma vida com força no mundo real e, ao mesmo tempo, contemplem o vasto universo, ponderem sobre a eternidade e façam cada dia valer mil anos, mil aeon.1

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