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Propagar felicidade e alegria
Traduzido do editorial do Dr. Daisaku Ikeda, presidente da SGI, publicado na revista Daibyakurenge, edição de fevereiro de 2020
06/02/2020
Lembro-me, uma vez mais, da seguinte declaração feita pelo meu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda: “Nascemos neste mundo para vivermos ‘felizes e tranquilos’”.
Em meio à desordem e ao sofrimento causados pela Segunda Guerra Mundial, ele afirmou que cada pessoa poderia conquistar uma condição em que estar vivo em si seria [a razão da] felicidade por meio do poder da fé no Budismo Nichiren. Ele clamou: “Vamos colocar um sorriso no rosto das pessoas no Japão e no mundo!” Parecia um sonho impossível para muitos que estavam ouvindo, mas essas palavras eram a expressão de sua inabalável convicção embasada firmemente nos ensinamentos de Nichiren Daishonin.
Em uma carta para Shijo Kingo e sua esposa, Nichigen-nyo, que enfrentavam muitas dificuldades, Daishonin declara: “Não há felicidade maior para os seres humanos do que recitar o Nam-myoho-renge-kyo. O sutra diz: ‘...onde os seres vivos vivem felizes e tranquilos’.1 A que outro significado esta passagem poderia referir-se senão à alegria ilimitada da Lei?” (CEND, v. I, p. 713).
A felicidade descrita aqui não se refere a uma alegria transitória como aquela derivada de riqueza material ou fama. É a grande alegria que emerge da profundeza da nossa vida.
Nichiren Daishonin continua:
Com certeza, o senhor conta entre os “seres vivos”. “Onde” significa Jambudvipa [o mundo inteiro], e o Japão se encontra em Jambudvipa. Poderia a expressão “vivem felizes e tranquilos” significar outra coisa senão que nosso corpo e nossa mente, nossa vida e nosso ambiente são entidades dos três mil mundos num único momento da vida e budas de alegria ilimitada?.2 (Ibidem)
Ele assegura que, ao recitar Nam-myoho-renge-kyo como entidades da Lei Mística, todas as pessoas, sem exceção, não importando onde vivem, podem criar uma condição de vida e um ambiente no qual elas podem “viver felizes e tranquilas”.
“Ninguém pode evitar problemas, nem mesmo veneráveis ou reverenciáveis” (Ibidem), afirma Daishonin. Assim, devemos continuar recitando Nam-myoho-renge-kyo e seguindo em frente, [de acordo com as palavras] “Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento quanto a alegria como fatos da vida e continue recitando Nam-myoho-renge-kyo, independentemente do que aconteça” (Ibidem). Esse é o caminho de vitória absoluta que nos permite superar todo o carma negativo em nossa vida e os problemas enfrentados na sociedade, e iluminar o caminho rumo ao futuro.
A prova mais eloquente disso é o sorriso dos nossos nobres e solenes pioneiros do grupo Muitos Tesouros,3 que triunfaram na jornada de luta conjunta. Saber que a história deles está sendo compartilhada em publicações ao redor do mundo me deixa muito satisfeito.
Nesta era em que a condição de vida de ira parece prevalecer, por vezes irrompendo de forma destrutiva, vamos construir uma união na diversidade ainda mais forte e lutar para propagar a Lei Mística, a “maior das alegrias” (OTT, p. 212), para pessoas de todo o mundo. Vamos fazer isso sempre lembrando das palavras de Daishonin: “Fortaleça o poder de sua fé mais do que nunca” (CEND, v. I, p. 713).
Compartilhando sofrimentos e alegrias
unidos pelos laços cármicos,
vamos avançar eternamente
no caminho
de “viver felizes e tranquilos”.
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