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Crônica

Sincera preocupação com o outro

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Redação

01/11/2024

Sincera preocupação com o outro

“Farei felizes todas as pessoas com quem tenho relação!”1 Aprendi sobre esse sentimento ao me engajar na realização do meu primeiro shakubuku e o cultivo diariamente em meu coração. Com a Liga Monarca em vigor, compartilho uma experiência que mudou minha perspectiva com relação à realização de shakubuku.

Sabendo que, em meio às questões da vida, é a prática do budismo que me mantém no caminho da verdadeira felicidade, quando conheço alguém, mesmo que seja em uma conversa rápida, tento falar sobre a filosofia humanística ensinada por Ikeda sensei.

Em um desses encontros, tratei logo de falar para a pessoa sobre o budismo, com o desejo de que ela praticasse. Ela logo se identificou com as coisas que lia no Brasil Seikyo e na Terceira Civilização, mas também me questionava se aquilo não passava de teoria. Participou de reuniões, dialogou com veteranos, gostava e realmente acreditava na lógica exposta na filosofia budista. Mesmo assim, nada disso foi suficiente para ela decidir, de fato, praticar.

Em dado momento, comecei a sentir angústia pela dificuldade de transmitir minha convicção, algo que para mim era tão óbvio e natural. Percebi que isso não poderia ser maior que meu sincero sentimento pela felicidade dela. Fazer shakubuku não era sobre a minha vida, mas a da outra pessoa. E voltei a orar pensando: ela vai praticar o budismo e assim será feliz!

Nesse ritmo, passados três anos, ela me falou, com naturalidade, que queria se converter ao budismo e me disse o que a levou a essa decisão. Certo dia, ela participou da cerimônia de falecimento de uma grande veterana da organização. Como já tinha passado por duras perdas, ela sabia que aquele era um momento de profunda tristeza para a família. Na ocasião, ela se surpreendeu com a quantidade de pessoas que havia naquele velório e, principalmente, com o amparo dado pelos companheiros da Gakkai aos familiares. Ouvi dessa mesma pessoa que dizia que a teoria era muito bonita mas dissociava-se da vida real, que o simples companheirismo expresso num momento tão triste a fez querer integrar a nossa família Soka.

Ikeda sensei afirma:

Mesmo que a pessoa a quem você esteja falando sobre o budismo não comece a praticar de imediato, o benefício de ensinar a Lei Mística aos outros nos Últimos Dias da Lei é imensurável. Além disso, as ações fundamentadas em seu desejo de que aquela pessoa seja feliz consolidarão um profundo laço de vida a vida entre vocês. A verdadeira amizade é construída com esforços firmes e constantes para auxiliar os outros a formar um vínculo com o budismo.2

Portanto, não há necessidade de se afobar ou de se entristecer porque seu shakubuku não “vinga”. O mais importante é você demonstrar preocupação com a vida do próximo e ser a ponte para guiá-lo ao caminho da genuína felicidade.

Livia Endo

Vice-coordenadora da Juventude Soka da BSGI

No topo: Getty Images

Notas:

1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 9, 2021.

2. Brasil Seikyo, ed. 2.441, 27 out. 2018, p. B2-B3.

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