Qual é a sua relação com o meio ambiente?

No dia 5 de setembro, comemoramos o Dia da Amazônia. Mais que uma referência à criação da Província do Amazonas, em 1850, a data chama a atenção para uma das maiores riquezas da humanidade e a importância do comprometimento de todos com a proteção do bioma amazônico.

A Amazônia desempenha um papel crítico na estabilização climática e na sobrevivência da biodiversidade e das comunidades locais.¹ Sobre isso, o presidente Ikeda ressaltou:

O Amazonas é indispensável para a sobrevivência da raça humana e é a “casa da vida” que sustentará o desenvolvimento do mundo no terceiro milênio. O sorriso do Amazonas é como o sol que ilumina o futuro. Quando o Amazonas derrama suas lágrimas, é porque o mundo está envolto em trevas. O Amazonas é realmente a “mãe do nosso planeta” e a “fortaleza da vida”. (Brasil Seikyo, ed. 1.632, 15 dez. 2001, p. A8)

Cientes da importância da Amazônia, como cada pessoa pode, no seu dia a dia, impactar e proteger o meio ambiente?

Antes de tudo é necessário entender que estamos profundamente relacionados com o meio ambiente e somos parte integrante do planeta. No budismo, há o princípio esho-funi (unicidade da vida e seu ambiente) que explica que todas as formas de vida são unas e fazem parte do ambiente. Portanto, nossas ações influenciam o planeta e, consequentemente, todas as pessoas. Quem explica é o presidente Ikeda:

“Sujeito” indica a manifestação fundamental que é a vida humana e “ambiente”, o mundo natural à sua volta. O budismo revela, dessa forma, que sujeito e ambiente mantêm uma relação de não dualidade. Por essa razão, nenhum fenômeno na natureza pode ocorrer separado das ações geradas no interior da vida chamada sujeito, isto é, da vontade e da inteligência do ser humano. Portanto, o budismo elucida que a preservação e a recuperação do meio ambiente dependem da sabedoria manifestada pelos homens. (Brasil Seikyo, ed. 1.529, 30 out. 1999, p. A8)

Ao compreender que nossas influências positivas e negativas moldam o ambiente, passamos a cultivar um caráter íntegro, o que faz desse local igualmente pleno e saudável.

Quando eu mudo, tudo se transforma

No corre-corre do cotidiano, muitas pessoas não percebem que tomam atitudes prejudiciais ao meio em que vivem.

Um exemplo é desembrulhar uma bala e simplesmente jogar o papel na rua. Pode-se pensar: “Esse pedaço de papel não afetará nada”. Mas a repetição desse ato por muitas pessoas que pensam da mesma forma resultará em grandes consequências e os efeitos serão sentidos por todos.

A mudança de atitude inicia com uma mudança no modo de pensar. Ao trocar a chave mental para “minha vida está ligada ao ambiente e a todas as pessoas”, transformamos nossas ações, conforme sensei afirmou:

Agora é o momento de transformarmos nossa civilização numa civilização fundada em valores que tenham como premissa o princípio da dignidade humana no seu autêntico sentido. É o momento para a mudança na perspectiva fundamental de cada pessoa em todas as partes do mundo. (Terceira Civilização, ed. 433, set. 2004, p. 15)

Ações práticas

Algumas atitudes que fazem a diferença no dia a dia são: reduzir e separar os resíduos; verificar qual é o real destino do resíduo depois da coleta; diminuir o consumo de energia elétrica e água; consumir produtos sustentáveis; apoiar e valorizar as comunidades locais.

Outra ação é o apoio a projetos de conservação. A participação ativa em iniciativas sustentáveis, por exemplo, pode ampliar o impacto positivo e contribuir para a recuperação das florestas. É o caso do Instituto Soka Amazônia (ISA), que se dedica a programas de educação ambiental, preservação da biodiversidade e proteção da Amazônia e apoia pesquisas científicas e ações de conscientização social em prol do meio ambiente. Para participar como doador ou voluntário (presencial, digital ou remoto), clique aqui e saiba mais.

Com base em todos esses aspectos, vamos juntos proteger e impactar positivamente o bioma amazônico por meio de nossas ações conscientes.

Nota:
1. https://prioridadeabsoluta.org.br/wp-content/uploads/2019/05/relatorio_mudancas_climaticas-amazonia.pdf. Acesso em: set. 2024.