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Josei Toda e seu legado
No dia 11 de fevereiro, celebramos os 125 anos de nascimento do segundo presidente da Soka Gakkai
Redação
11/02/2025

Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, nasceu em 11 de fevereiro de 1900 na província de Ishikawa, Japão.
Em 1915, ele foi contratado como aprendiz pela Companhia Kokoro de Saporo, do ramo de atacado de roupas, papelaria e miudezas. Dois anos depois, apesar de não possuir curso superior, passou com excelência nos exames que lhe davam crédito para ser professor assistente do ensino fundamental 1.
O jovem começou a lecionar no sexto ano da Escola Primária Mayachi, na desolada região de mineração de carvão de Yubari, em 1918. Enquanto ensinava, Josei Toda continuava seus próprios estudos e, nos dois anos seguintes, foi aprovado nos exames que o habilitavam a lecionar química, física, geometria, álgebra e demais matérias regulares.
Ao mudar-se para Tóquio, em 1920, conheceu Tsunesaburo Makiguchi, que já atuava como diretor em uma escola do ensino fundamental. Josei Toda pediu a Makiguchi para empregá-lo, prometendo: “Transformarei mesmo as crianças mais atrasadas em excelentes alunos”. A partir de então, trabalharam juntos e compartilharam alegrias e tristezas.
“Vou acabar com a miséria da face da Terra”
Josei Toda e Makiguchi sensei se converteram ao Budismo Nichiren em 1928 e, juntos, fundaram a Soka Kyoiku Gakkai (predecessora da Soka Gakkai).
Em 6 de julho de 1943, Makiguchi e Toda foram presos e encaminhados ao Centro de Detenção de Sugamo por se oporem à determinação do governo japonês de unificar as religiões e obrigar os cidadãos a adorarem a Deusa do Sol e apoiarem a guerra.
Quando Josei Toda saiu da prisão, em 3 de julho de 1945, estava com 45 anos e determinado a “acabar com a miséria da face da Terra”. Em 1947, ele conheceu o jovem Daisaku Ikeda que, aos 19 anos, buscava um sentido para a vida. Ao adotar Josei Toda como mestre, o jovem Ikeda abraçou os mesmos ideais, tornou-se seu discípulo imediato e dedicou a vida à reconstrução da Soka Gakkai.
Em 3 de maio de 1951, Josei Toda tomou posse como segundo presidente da Soka Gakkai.
Revolução humana
O termo "revolução humana" foi utilizado pela primeira vez dentro da organização pelo segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda.
Na primavera de 1951, Toda sensei mostrou para o jovem Ikeda o manuscrito do romance Revolução Humana que estava redigindo sob o pseudônimo Myo Goku e que seria publicado em série no jornal Seikyo Shimbun.
Como discípulo de Josei Toda, pude deixar para a posteridade a atemporal e inspiradora saga do kosen-rufu e a eterna e imperecível epopeia de mestre e discípulo. Não há um fim nessa história. Contando com vocês, meus discípulos, para que continuem construindo a própria história de vitórias e conquistas, nosso triunfante drama de mestre e discípulo brilhará com intensidade cada vez maior pelo mundo e pelo futuro.1
Eterno legado
Mesmo debilitado, em 16 de março de 1958, Josei Toda reuniu seis mil jovens para transmitir seu legado e reafirmar que a missão de concretizar o kosen-rufu seria deles a partir de agora.
No ano anterior, em dezembro de 1957, graças à dedicação de Daisaku Ikeda, então secretário da Divisão dos Jovens, Josei Toda concluiu a meta de converter 750 mil famílias ao Budismo de Nichiren Daishonin, objetivo que ele havia lançado em sua cerimônia de posse.
Em suas reflexões, Ikeda sensei relembrou sobre o dia 16 de março:
A cerimônia de 16 de março deu-se numa atmosfera festiva e repleta de esperança. O presidente Josei Toda anunciou que estava transferindo o bastão do kosen-rufu para os jovens. No coração dos seus jovens discípulos ardia a resplandecente chama da missão. Naquele dia, em 1958, nós, cerca de seis mil jovens discípulos, nos reunimos em torno do nosso mestre, Josei Toda; restava-lhe pouco tempo.2
Josei Toda encerrou sua nobre existência em 2 de abril de 1958, aos 58 anos. Com sua dedicação, expandiu a filosofia do Budismo Nichiren por todo o Japão e deixou um legado que transcende o tempo e o espaço.
Notas:
1. Brasil Seikyo , ed. 2.413, 31 mar. 2018, p. B4.
2. Idem , ed. 2.411, 17 mar. 2018, p. B4.
Veja abaixo algumas curiosidades sobre Josei Toda que foram extraídas da obra Revolução Humana
Ele era um ótimo professor. Ao entrar na sala de aula, cumprimentava a todos com um sorriso. Em suas aulas, utilizava fatos do cotidiano e diversos raciocínios até que as crianças entendessem os conceitos matemáticos com naturalidade. Esse processo era interessante e não forçava ninguém. Assim, os alunos sentiam prazer em estudar.¹
Mesmo com a qualificação de professor, Josei Toda buscou um maior crescimento, que o fez partir para Tóquio e iniciar o curso ginasial noturno. Foi nessa época que começou a estudar inglês. Sempre que se deparava com uma dúvida em qualquer matéria, ele buscava esclarecê-la com outros estudantes ou perguntava ao professor ao término da aula.²
Antes de se encontrar com Makiguchi e após segui-lo como Mestre da vida, Josei Toda utilizava o nome Jogai (fora do castelo) como pseudônimo com a decisão de proteger seu mestre lutando como um guerreiro oculto no lado de fora do castelo. Após o falecimento do Mestre, ele alterou seu nome para Josei (sagrado castelo), consciente de que ele era o único discípulo que se levantou e herdou o ideal de Makiguchi.³
Josei Toda era um pai acolhedor e disciplinar. Enquanto esteve aprisionado injustamente [durante a Segunda Guerra Mundial], ele incentivou seu filho Kyoichi, que precisou se deslocar devido aos intensos ataques aéreos, com uma carta. Nela, eles firmaram a decisão de realizar cem vezes daimoku para unir os corações.⁴
Quer saber mais sobre o livro Revolução Humana? Assista a resenha sobre a obra abaixo
Notas:
1. IKEDA, Daisaku. Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 37-38, 2022.
2. Ibidem, p. 67-68.
3. Ibidem, p. 115-116.
4. Ibidem, p. 46-47.
Assista, em inglês, vídeo produzido sobre a vida de Josei Toda. Clique aqui
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