Budismo na Vida Diária
BS
(29) Prática individual e prática altruística (jigyo keta)
3ª e última parte
11/08/2001
Keta: Transmitindo a grandiosidade da filosofia budista
O termo Keta (prática altruística) refere-se ao ato de transmitir a grandiosidade da filosofia budista a outras pessoas — é um meio direto para a transformação do mau carma. O ato de ensinar o Budismo de Nitiren Daishonin é a expressão máxima da benevolência de uma pessoa.
Desde o estabelecimento do budismo, em 28 de abril de 1253, Nitiren Daishonin devotou-se incessantemente à propagação dos ensinos. E, apesar de sofrer inúmeras perseguições e ataques das autoridades governamentais e religiosas, ensinou aos seus discípulos que para realizar o Chakubuku é necessário ter o sentimento benevolente de “extrair o sofrimento e conceder a felicidade”.
Na escritura “A Essência Real de Todos os Fenômenos”, Daishonin nos ensina: “Não somente o senhor deve perseverar, mas também deve ensinar aos outros. Tanto a prática como o estudo surgem da fé. Deve contar aos outros com o melhor de sua habilidade, mesmo que seja somente a respeito de uma única sentença ou frase.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 369.)
No capítulo “Alegria” da Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda descreve o espírito com que devemos nos empenhar na prática altruística da seguinte forma: “O espírito do Chakubuku de expor o verdadeiro ensino para conduzir todas as pessoas para a felicidade é imutável. Atualmente estamos criando no Japão uma grande onda de propagação e todos estão se esforçando muito. Nessa atividade é natural corrigirmos a visão errônea das pessoas sobre as religiões. Especialmente nesta época de pós-guerra, em que diversas religiões estão proliferando, não devemos permitir que as pessoas em geral sejam arrastadas para a infelicidade por acreditarem ingenuamente nas religiões de baixo nível. Por isso, devemos ensinar-lhes que existem também religiões enganosas para que todos cultivem uma visão crítica sobre elas. Essa é uma tarefa muito importante para a época atual.” (Vol. 5, pág. 86.)
Em síntese, na prática diária do Gongyo, de manhã e à noite, oramos ao Gohonzon para realizarmos o Chakubuku. Na parte final do capítulo Juryo, lemos: “Mai-ji-sa-ze-nen. I-ga-ryo-shu-jo. Toku-nyu-mu-jo-do. Soku-jo-ju-bu-shin”, que significa: “Medito constantemente: Como posso conduzir as pessoas ao caminho supremo e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?” Portanto, ao recitarmos essa passagem do sutra, expressamos nosso desejo de que todas as pessoas se tornem budas e conquistem a felicidade absoluta.
Sobre este trecho, na Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, o presidente Ikeda comenta: “Aqueles que lutam pela felicidade das pessoas com o mesmo espírito do Buda e que lutam para vencer as forças que procuram obstruir sua felicidade são, sem dúvida alguma, seus emissários, os filhos do Buda.
“Colocar em prática a frase ‘Medito constantemente: Como posso conduzir as pessoas ao caminho supremo e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?’ é o voto do Buda e também a determinação de seus discípulos. Se tivermos sempre a felicidade das pessoas como meta, a SGI continuará a florir eternamente.” (Pág. 324.)
Enfim, empenhando-nos firmemente nos dois tipos de prática, individual e altruística, vamos conquistar a felicidade, buscando a nossa revolução humana e, ao mesmo tempo, cumprir a missão de propagar o verdadeiro humanismo ensinado na BSGI e concretizar a paz mundial, assegurando a felicidade de toda a humanidade.
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