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MATÉRIA PARA AS DIVERSAS ATIVIDADES DO MÊS DE JANEIRO

A sinceridade de fazer oferecimentos ao Sutra de Lótus no início do Ano-Novo é como as flores de cerejeira que desabrocham em uma árvore, uma flor de lótus que se abre num lago, as flores de sândalo que desprendem sua fragrância nas Montanhas Nevadas, ou como a Lua começando a elevar-se. Creio que o Japão, fazendo-se inimigo do Sutra de Lótus, convidou o infortúnio de mil milhas de distância, ao passo que aqueles que crêem no Sutra de Lótus reúnem a boa sorte de dez mil milhas de distância. A sombra é formada pelo corpo e, tal como a sombra segue o corpo, os infortúnios recairão no país cujas pessoas são hostis ao Sutra de Lótus. Os crentes no Sutra de Lótus, por outro lado, são como o sândalo dotado de fragrância.

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01/01/2004

MATÉRIA PARA AS DIVERSAS ATIVIDADES DO MÊS DE JANEIRO
Podemos dizer que a sinceridade na fé é o primeiro passo para a iluminação. Nitiren Daishonin elogia nessa passagem a sinceridade expressa no Ano-Novo, comparando-a às “flores de cerejeira que desabrocham em uma árvore, uma flor de lótus que se abre num lago, as flores de sândalo que desprendem sua fragrância nas Montanhas Nevadas, ou como a Lua começando a elevar-se”. Essas ilustrações são bastante similares às usadas no trecho anterior para descrever a manifestação da natureza de Buda a partir do interior do mortal comum. Antes de abraçar o Gohonzon, somos como árvores sem flores, um lago turvo sem flor de lótus, ou a Lua antes de se elevar. Em outras palavras, ainda temos de manifestar o estado de Buda. Nós geramos a iluminação interiormente por meio dos oferecimentos ao Sutra de Lótus, que incluem não somente doações materiais, como frutas colocadas no oratório ou donativos monetários, mas também a dedicação de nossa vida à Lei Mística. A recitação do Gongyo e do Daimoku são os oferecimentos fundamentais para manifestarmos o estado de Buda. Nossos esforços para ensinar o Nam-myoho-rengue-kyo a outras pessoas e para provar sua veracidade também são oferecimentos importantes. Mesmo um espírito revigorado de devotar nossa vida ao budismo, como expressado nas resoluções de Ano-Novo, constitui-se em “oferecer presentes ao Sutra de Lótus”. Uma decisão deve ser também uma promessa de nos empenhar para cumprir uma missão, se realmente desejarmos reunir “a boa sorte de dez mil milhas de distância”.

O Sutra de Lótus, nessa passagem, indica o Nam-myoho-rengue-kyo dos Três Grandes Ensinos Fundamentais, a realidade última ou Lei Mística que permeia o Universo e todos os fenômenos. A atitude de uma pessoa com relação a essa Lei — de empenhar-se para despertar para ela, louvá-la e tomá-la como base de sua vida, ou, por outro lado, permanecer na ignorância sobre ela e caluniá-la — determinará sua felicidade ou infelicidade e influenciará todos os aspectos de sua vida. Isso é o que Daishonin quer dizer com a frase: “A sombra é formada pelo corpo.” Harmonizando a vida com a Lei, a pessoa manifesta sabedoria e boa sorte. Agindo contra ela, forma uma ilusão e sofre perdas. Está fora de questão, na perspectiva budista, a existência de qualquer agente sobrenatural que conceda benefício ou punição. Ganho ou perda são ações naturais da Lei Mística.

Da mesma maneira, um país em que as pessoas baseiam a vida na Lei Mística prosperará, enquanto aquele em que as pessoas são ignorantes da Lei e, conseqüentemente caluniam a dignidade da vida, sofrerá o infortúnio. Quanto ao Inferno e ao Buda, como “ambos existem em nosso próprio corpo”, um país em que as pessoas abraçam a Lei se tornará a terra do Buda, enquanto aquele em que as pessoas menosprezam umas as outras se transformará num inferno, de acordo com o princípio budista da unicidade do ser e seu ambiente (esho funi). Dessa forma, podemos ter a convicção de que, abraçando a Lei Mística e ensinando os outros a fazerem o mesmo, estamos firmando a base não somente para nossa realização pessoal, mas para a paz e a prosperidade de nosso país e do mundo.

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