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Conheça o Budismo

Os otimistas vivem mais e melhor

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26/09/2015

Os otimistas vivem mais e melhor

1. Modo de vida

A vida é extraordinária. E uma das coisas mais intrigantes observadas pelo budismo é a unicidade de corpo e mente. Esse conceito (shikishin funi, em jap.) explica que, aparentemente, o corpo e a mente são entidades separadas, mas, ao serem analisadas na essência, existem em completa unicidade. Um não existe sem o outro. O que se passa em um é simultaneamente experimentado pelo outro. O modo de vida budista inclui pôr em prática esse conceito e com isso ter uma vida saudável e valorosa.

2. Dicionário budista:

“Unicidade de corpo e mente” ou não dualidade de corpo e mente. Princípio budista segundo o qual dois fenômenos distintos, o corpo (os aspectos físicos) da vida e a mente (aspectos espirituais) são essencialmente não duais. São duas fases de uma mesma realidade. Nem corpo nem mente são entidades separadas; não existe um sem o outro. Ambos são componentes inseparáveis da vida. (Fonte: www.nichirenlibrary.org).

3. Estresse

Há muitas evidências comprovando a relação de corpo e mente. Num diálogo com dois médicos, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, questiona: “O corpo e a mente de fato estão intrinsecamente ligados, não estão?” (Sabedoria na Saúde, p. 60).

O Dr. Shihei Morita responde fazendo associações entre o impacto direto do estresse [aspecto espiritual] com reações no corpo [aspecto físico]: “Sim, penso dessa forma. O estresse também pode estar profundamente relacionado com úlceras do estômago, úlceras duodenais, enxaquecas, distúrbios do sistema nervoso autônomo, pressão sanguínea alta [hipertensão], irregularidade nas batidas do coração [arritmia], e asma, como também depressão, neurose de angústia e várias fobias. Síndrome de males intestinais parece algo comum provocado pelo estresse que, nesse caso, pode causar diarreia crônica, constipação, ou ainda dores estomacais” (Ibidem).

O que você pensa e sente tem efeito imediato no corpo. E vice-versa. Essa unicidade está provada, por exemplo, pelos relatos sobre as doenças relacionadas ao estresse.

4. Energia vital e esperança

Permitir que o estresse prejudique sua vitalidade e autoconfiança provoca uma série de doenças. O contrário também acontece. O presidente Ikeda afirma que “Esperança é fonte de energia vital. A morte da esperança equivale à morte do espírito. Nada neste mundo é tão forte quanto a esperança e o senso de missão” (Ibidem, p. 61).

Com esperança, o estresse é vivido de forma positiva e a pessoa cresce física e emocionalmente. Sem esperança, o estresse machuca, gera doenças. O budismo propõe, então, um modo de vida no qual se converte o negativo em positivo.

5. Inflexível

Voltando ao diálogo, o presidente Ikeda pergunta quais tipos de pessoa estão propensas a serem afetadas pelos estresse.

O Dr. Morita responde: “Acredita-se que quem demonstra certo conjunto de traços é particularmente propenso ao estresse. Essas pessoas tendem a ser sérias, ultrarresponsáveis, inflexíveis, perfeccionistas, não possuem hobbies, preocupam-se em como são vistas pelos outros e não conseguem expressar opiniões e sentimentos” (Ibidem). Crenças mentais que tendem ao egoísmo tornam a pessoa frágil para lidar com o estresse e isso afeta o corpo.

6. Preparadíssimos

Já pessoas com atitudes positivas enfrentam o estresse mais facilmente. O Dr. Hiroyuki Toyofuku citou uma pesquisa feita nos Estados Unidos com mil homens de negócios de elevada posição. Por causa dos seus altos cargos, todos eles experimentam forte grau de isolamento e estresse. No entanto, devido ao treinamento deles para canalizar a pressão e criar valor, o índice de mortalidade desses líderes é 30% menor do que das demais pessoas. Quando se está bem preparado, os desafios são superados com grandeza e empolgação.

7. Otimistas

Pessoas bem preparadas convertem estresse em energia positiva, em combustível para vencer o próximo desafio. “Os que realizam o máximo em quaisquer circunstâncias dominam o estresse. São pessoas que criam valor e não lamentam” (Ibidem, p. 62). Para o budismo, estar bem preparado e fazer o máximo é recitar com ânimo o Nam-myoho-renge-kyo com senso de responsabilidade de resolver o desafio diante de você.

8. Mente-corpo

Corpo-mente

O Dr. Morita dá mais uma prova da importância de se capacitar mentalmente para enfrentar os desafios do cotidiano: “Cada dia é uma experiência gratificante para essas pessoas [bem preparadas]. Elas são altamente resistentes às doenças” (Ibidem).

Uma condição mental otimista, esperançosa e corajosa tem impacto simultâneo no corpo. O Dr. Toyofuku confirma: “Acredita-se que o pensamento positivo estimule a produção de endorfina no cérebro e fortaleça o sistema imunológico” (Ibidem).

9. As maravilhas da mente

O budismo expõe os mecanismos admiráveis da mente humana e desvenda sua força misteriosa e sua relação de unicidade com o corpo. O buda Nichiren Daishonin afirma que “explicar as maravilhas da mente é o objeto fundamental de todos os sutras e tratados” (Gosho Zenshu, p. 564).

10. Nas alturas

Uma pessoa de forte determinação interior é mais saudável e vive mais. Mesmo que por alguma motivo venha a morrer jovem, essa pessoa vive cada instante ao máximo. Cada momento tem o colorido da eternidade e da plena satisfação.

O presidente Ikeda explica: “A vida é inerentemente dotada com a extraordinária capacidade para converter algo negativo em positivo. Fundamentalmente, a vida é criada pela própria determinação interior, pela mente da pessoa. Isso é ainda mais verdadeiro para quem tem fé. O mesmo se aplica ao estresse. A questão é se usamos o estresse como vento sob nossas asas para voarmos alto pelo céu ou se nos permitimos sermos soprados para longe por ele. Cada um de nós tem a capacidade para decidir isso por meio da própria mente, pela determinação interior” (Sabedoria na Saúde, p. 62-63).

11. Vida construtiva

O Dr. Hans Selye (1907–1982) foi diretor do Instituto de Medicina Experimental da Universidade de Montreal, no Canadá, e tornou-se mundialmente conhecido pela pesquisa sobre o estresse e foi a primeira pessoa a estabelecer o conceito do estresse no campo da medicina. Ele lutou contra o câncer, e com base em sua experiência recomendou três diretrizes para uma vida construtiva:

1) O ressentimento e a ira diminuem nossa resistência em favor do estresse, portanto, transforme esses sentimentos em respeito e compreensão.

2) Tenha objetivos bem claros para a sua própria vida.

3) Viva em prol das pessoas, pois isso beneficia a si mesmo.

O presidente Ikeda comenta: “O modo de vida que o Dr. Selye propõe é exatamente o que é chamado de caminho do bodisatva no budismo. Os bodisatvas vivem pela paz da humanidade e por uma sociedade justa e correta. Ao agirem desse modo, eles transformam suas indignações em compaixão e controlam a avareza com sabedoria. Desfrutam a vida fazendo do estresse o tempero de sua vitalidade” (Ser Humano, p. 116).

12. Força diante do perigo

É ilusão tentar remover o estresse. A tensão e os problemas são parte da vida. A melhor forma de viver é, portanto, ter força mental para crescer enquanto se enfrenta adversidades. “A maneira mais eficaz para lidarmos com o estresse é empreender constantes esforços no sentido de cultivar nossa mente e lapidar nossa personalidade mesmo diante do perigo” (Ibidem, p. 116).

13. Não é otimismo barato

O otimismo budista não é leviano nem anestesiante. É uma fé lúcida com senso de responsabilidade diante da realidade, calcada numa filosofia inteligente que explica, automotiva e impulsiona a pessoa a agir e a transformar a situação. É otimismo no sentido mais amplo do termo.

O estilo de vida ensinado na SGI é totalmente inspirado na lei suprema da vida e em princípios universais e transformadores tais como a “unicidade de corpo e mente”. Ao adotar tal forma de viver, a mente torna-se inabalável e se extrai valor e alegria mesmo das piores circunstâncias. O conversor do sofrimento em iluminação é a recitação do Nam-myoho-renge-kyo ao Gohonzon com o sincero desejo de ser feliz e conduzir todos à felicidade.

14. É bom demais

O impacto da determinação mental é incrível; ele é capaz de revitalizar seu corpo, o ambiente e até transformar o mundo. O presidente Ikeda incita a continuarmos firmes a prática budista: “Enquanto avançamos unidos aos outros em busca de nossa revolução humana — pelo caminho insuperável da alegria e do autoaprimoramento — aprofundamos a nossa sabedoria e nossa benevolência com o passar do tempo. Esse é nosso estilo de vida na SGI” (BS, ed. 1.230, 19 jun. 1993, p. 5).

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