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Conheça o Budismo

A proteção está mais perto do que você imagina

Ative as divindades celestias por meio de sua convicção. A fé corajosa aciona as funções protetoras capazes de transformar de forma positiva o seu ambiente

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07/11/2015

A proteção está mais perto do que você imagina
“As divindades celestiais e as​ ​divindades​ ​benevolentes assumirão várias​ ​formas, como as de homens e de mulheres,​ ​e farão oferecimentos para ajudar os​ ​praticantes do Sutra do Lótus”

Nichiren Daishonin

Quem são as divindades celestiais?

As divindades celestiais, divindades budistas ou divindades benevolentes (shoten zenjin) descritas no Gohonzon, como Brahma e Shakra, [as divindades do Sol e da Lua] atuam em proteção aos praticantes budistas. O budismo explica que suas funções protetoras podem se manifestar por meio das pessoas. Ou seja, de abstratos, esses atributos se tornam concretos.

Com a fé e a recitação do Nam-myoho-renge-kyo, você incorpora a benevolência e a gratidão, características das divindades celestiais, e cria uma rede de solidariedade e compaixão ao redor.

Por exemplo, diante de uma dificuldade, as pessoas que aparecem para oferecer ajuda não surgem por acaso. Especialmente as que têm no coração benevolência e gratidão são consideradas pela ótica do budismo divindades celestiais e divindades benevolentes. Nichiren Daishonin dizia que “As divindades celestiais e as​ ​divindades​ ​benevolentes assumirão várias​ ​formas, como as de homens e de mulheres,​ ​e farão oferecimentos para ajudar os​ ​praticantes do Sutra do Lótus” (​C​END, v. I, p. ​35).

O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica essa frase no contexto da vida diária: “Definitivamente aparecerão pessoas que nos protegerão quando nos depararmos com problemas e dificuldades” (BS, ed. 1.156, 14 dez. 1991, p. 4).

Nos momentos difíceis de doença, acidente ou mesmo morte de um ente querido, são estas “pessoas” de coragem e benevolência que atuam como divindades budistas para que você não desista e seja capaz de superar o sofrimento e seguir em frente.

Pode parecer estranho afirmar que as divindades celestiais são pessoas, mas, segundo o budismo, a vida humana em cada momento abarca todos os fenômenos e se estende ilimitadamente por todo o universo. O potencial da vida de uma única pessoa é infinito. Por isso, o foco do Budismo de Nichiren Daishonin não está na adoração a deuses ou divindades, e sim na fé de que a vida merece total reverência.

Não é sobrenatural, é energia vital!

No budismo, existem ​divindades internas e externas:

​​Divindades internas são sentimentos; os mais nobres são gratidão e benevolência.

Divindades externas surgem em resposta aos nobres sentimentos que o ser humano nutre em seu coração diante das adversidades.

As divindades externas são divididas em três grupos:

Ações de pessoas próximas: Referem-se à ajuda que recebemos daqueles que reacendem a chama para enfrentarmos os desafios do cotidiano.

Funções da natureza: São os fenômenos naturais que nos protegem e reativam nossa energia vital. O sol de outono, naquela manhã de frio cortante ou mesmo a brisa refrescante do mar, em meio ao calor escaldante.

Fenômenos inexplicáveis: São fatos, condições e situações extraordinárias, apontados popularmente como “coincidências”. Você não consegue explicar, mas sente que foi protegido.

Quando não dá para explicar a razão de um acontecimento, é comum as pessoas atribuírem à ação de deuses ou de forças sobrenaturais.

O problema dessa visão de divindades como entidades externas é separar os fenômenos externos do ser humano. Nesse sentido, a imaginação é usada para alimentar crendices. E na medida que se popularizam essas visões, os seres humanos vão sendo rebaixados a segundo plano.

A questão aqui não é a crença nesta ou naquela entidade, e sim se o ser humano deixa de ser protagonista da própria vida para se tornar coadjuvante.

A proteção externa [ações das pessoas, funções da natureza e fenômenos inexplicáveis] é a energia vital do ser humano; quanto maior a energia, maior a proteção.

Ao ativar sua energia vital com a prática budista é possível transformar a realidade por meio de suas ações. Tudo é oportunidade de manifestar a benevolência, e em gratidão, você cuida das pessoas protegendo-as.

Acreditar em quê?

O primeiro passo é acreditar que tem o potencial do estado de buda, a melhor forma de se autoproteger.

Sabiamente, a fé é convertida em coragem para viver de maneira segura e feliz, conforme ensina Nichiren Daishonin. Acreditar que a vida merece total reverência é a fé do estado de buda que já existe em cada pessoa, e que as desperta para a benevolência e para a gratidão.

Mas a fé não deve ser desviada para algo externo porque transformará o indivíduo num ser dependente e sem confiança. É como se vivêssemos aguardando a vida magicamente mudar sozinha. Isto não é budismo!

Do contrário, reconhecer a existência de uma força maior — a vida que transcende o indivíduo e abarca o universo —, faz surgir dentro de si a esperança e a iniciativa de transformar tudo ao redor.

Acione as divindades celestiais agora!

Questione-se: “Hoje estou mais confiante? Sinto-me revigorado? Tenho vontade de desfrutar a vida?”

Tudo depende de como percebe e experimenta os fatos da vida.

Ter proteção não significa que as coisas darão certo ou errado ou se tal fato deverá ou não acontecer. O coração é o que realmente importa. Precisamente se a sua vontade de viver aumentou ou diminuiu.

Tudo parte do coração e retorna a ele. Mesmo os fenômenos inexplicáveis saem de dentro de você e o influenciam positivamente de volta.

Protegido, você não passa o dia gastando energia; ao contrário, seu ânimo se renova conforme os fatos acontecem. Isso porque, com a sabedoria da fé, você converte todos os acontecimentos em funções protetoras externas.

A primeira oração silenciosa do gongyo realizado pela manhã, na verdade, é a reafirmação da sua fé e a ativação da sabedoria. Esse esforço para aumentar a energia vital faz surgir a força mental e o bem-estar.

A partir dessa sensação boa, tudo no seu dia fluirá num ritmo harmônico. Se acontecerem fatos desagradáveis, seu ânimo não diminuirá, pois compreenderá que os obstáculos surgem naturalmente como consequência do seu avanço.

Os desafios cotidianos despertarão em você coragem e disposição para enfrentá-los. E, no seu coração terá a certeza de que vai vencer. Se no fim do dia se sentir vitorioso, com ânimo e coragem, comemore, afinal acionou as funções protetoras do universo.

Quem pratica o budismo sempre vence

No budismo, é comum afirmar que nas adversidades o que decide a vitória é o sentimento que domina o seu coração. Logo, sentimentos que fortalecem a fé atraem a proteção das divindades budistas, e os que a enfraquecem, não.

Mas, em momentos de dificuldades, pensar em benevolência ou gratidão pode parecer algo inimaginável. E fortalecer a fé quando nada segue como planejado é ainda mais complicado.

A prática budista serve justamente para fortalecer o seu interior e a sua fé, fazendo-o manifestar benevolência, coragem e gratidão no momento crucial.

Isso acontece porque, ao recitar daimoku, você reúne em seu interior os mesmos sentimentos que existem no coração do Buda, que são as funções protetoras do universo, e que agora despertam em sua vida.

Com essa capacidade, é possível perceber os fatos como eles realmente são, e o que era uma dificuldade se transforma em impulso para torná-lo forte e feliz.

Quem pratica o budismo sempre vence e é feliz, porque dentro de si a benevolência e a gratidão criam raízes. Você não é mais refém dos obstáculos.

Boa sorte sem fim

Uma pessoa de forte fé é capaz de ativar as funções protetoras a seu favor, que se manifestam como sabedoria e boa sorte. E essa é a forma de viver que realmente importa no budismo. É manifestar o “grande eu” que supera tudo e brilha.

O presidente Ikeda afirma:

“Nichiren Daishonin e Shakyamuni foram verdadeiros revolucionários, com uma paixão intensamente ardente. Shakyamuni derrubou a concepção prevalecente de que ‘as pessoas existem em benefícios dos deuses’, ensinando que, ao contrário, ‘os deuses existem em benefícios das pessoas’.

As ‘pessoas comuns’ são as mais nobres e respeitáveis. As pessoas comuns que lutam em prol do kosen-rufu são budas. Esse é o segredo do Buda. Foi para ensinar esse ponto fundamental que o Buda apareceu neste mundo” (BS, ed. 1.544, 19 fev. 2000, p. 4).

O segredo do Buda é a fé — o seu poder interior que move todo o universo. O verdadeiro benefício da prática budista é a ativação dessa fé corajosa que desperta gratidão e benevolência em seu coração onde estiver, independentemente do que aconteça.

“As ‘pessoas comuns’ são as mais nobres e respeitáveis. As pessoas comuns que lutam em prol do kosen-rufu são budas. Esse é o segredo do Buda. Foi para ensinar esse ponto fundamental que o Buda apareceu neste mundo”

Dr. Daisaku Ikeda

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