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Estado de felicidade absoluta que jamais será destruído

Por meio das “quatro virtudes” [eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza], desenvolva uma profunda fé com base na prática budista e seja uma pessoa de autêntica coragem

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26/03/2016

Estado de felicidade absoluta que jamais será destruído
No Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, Nichiren Daishonin afirma: “Quando, nesses quatro estados de nascimento, envelhecimento, doença e morte, recitamos Nam-myoho-renge-kyo, fazemos com que se exale a fragrância das quatro virtudes” (OTT, p. 90).

As “quatro virtudes”, ou quatro nobres qualidades da vida do buda — eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza — referem-se ao estado mais elevado que podemos alcançar como ser humano, uma condição de liberdade e felicidade irrestritas.

“Verdadeiro eu” representa um estado de liberdade tão vasto quanto o universo, no qual podemos usufruir nosso eu verdadeiro ou maior.

“Eternidade” indica o dinamismo da vida, que se renova incessantemente, a evolução criativa da vida que rompe qualquer estagnação.

“Pureza” designa a ação de purificar o egoísmo mesquinho do nosso eu menor, por meio da poderosa energia vital do nosso eu maior.

E “felicidade” consiste na alegria da vida, pulsando dinamicamente de momento a momento; também corresponde a possuir um caráter plenamente primoroso, que transmite alegria a todos ao redor. Desse modo, o caráter de uma pessoa, quando iluminado pela Lei Mística, se assentará firmemente no “eu maior”, um estado de ilimitada liberdade, que permeia todo o universo, transformando qualitativamente até mesmo a energia dos desejos mundanos focados no egocêntrico “eu menor”. Em outras palavras, a energia dos desejos mundanos pode ser sublimada e convertida em extraordinária sabedoria e compaixão; pode ser redirecionada a um nível mais elevado, que transcende o individual e beneficia outras pessoas, a comunidade e a sociedade como um todo.

Esse é o princípio budista que elucida que “desejos mundanos são iluminação”, abrindo amplo e radiante caminho, por meio do qual podemos nos empenhar pelo nosso próprio aperfeiçoamento concomitantemente ao de outras pessoas, enquanto trabalhamos ativamente para construir uma sociedade ideal.

Quais são os ingredientes da felicidade? Eis uma das questões fundamentais da vida.

O fator determinantemente crucial para a felicidade é o nosso estado de vida interior.

Aqueles que possuem uma condição existencial interior ampla são felizes. Eles vivem seus dias com um espírito aberto e confiante.

As pessoas com um estado de vida sólido são felizes. Não são vencidas pelo sofrimento e conseguem apreciar tranquilamente a vida, conforme ela vai se desenrolando.

Aquelas que possuem vum estado de vida profundo são felizes. Glorificando o arraigado significado da vida, conseguem produzir um histórico de valor significativo e duradouro.

As pessoas dotadas de um estado de vida puro são felizes. Elas estão sempre espalhando revigorante alegria aos que estão à sua volta.

Existe um número incontável de indivíduos agraciados pela riqueza, posição social e outros benefícios materiais, mas que são infelizes. E essas circunstâncias externas são mutáveis e inconstantes; ninguém sabe quanto tempo elas vão durar.

Quando, porém, estabelecemos um estado interior inabalável de felicidade, ninguém consegue destruí-lo. Nada pode violá-lo. Edificar esse grandioso estado de vida é o propósito da prática budista. O importante é jamais se afastar do Gohonzon, nunca parar de progredir na fé.

No curso da vida, estamos fadados a enfrentar todos os tipos de adversidades. Algumas vezes, nos vemos sem alternativas. É por essa razão que precisamos fortalecer a fé e recitar daimoku com seriedade. Por mais difícil que possa ser, quando galgamos a escarpada montanha do destino, um novo horizonte se abrirá amplamente diante de nós. A prática budista é uma repetição desse processo. Assim, atingiremos um estado de felicidade absoluta que jamais será destruído.

Desenvolvamos uma fé profunda e firmemente enraizada. Assim como uma muda que possui raízes fortes e recebe sol e água suficientes, cresce, tornando-se uma árvore alta e robusta, mesmo sendo fustigada por intempéries. O mesmo ocorre com a nossa prática budista e a nossa vida. Espero que todos vocês sejam pessoas corajosas, que propagam com alegria a grandiosa luz da felicidade por todo esse conturbado mundo, e que sua vida seja prova individual da genuína magnificência do Budismo de Nichiren Daishonin.

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