Conheça o Budismo
BS
A ‘engenharia da vida’para a felicidade
O FOCO DA SGI É A BATALHA PARA TODAS AS PESSOAS SEREM PLENAMENTE FELIZES. A Soka Gakkai nasceu para empoderar as pessoas do povo a vencer a difícil luta contra as forças internas que impedem o desenvolvimento e drenam a vitalidade. Vamos analisar trechos da Nova Revolução Humana nos quais o presidente Ikeda explica a importância da união para cada pessoa brilhar e derrotar os exércitos do rei demônio do sexto céu — as forças da vida que tentam impedir a felicidade e a prosperidade.
03/12/2016
Rede de encorajamento
Todas as vezes que você age para vencer e transformar o destino, enfrenta oposição — é natural acontecer isso. O que não é natural é se assustar e desistir: na SGI aprendemos a entender, encarar e superar toda negatividade.
A prática budista na SGI é a ‘engenharia da vida’ que fornece ferramentas e suporte diário para o aperfeiçoamento do caráter. Por meio de uma “rede solidária de vida a vida” e da “fé, prática e estudo” aprendemos, somos incentivados, criamos laços, superamos problemas, nos capacitamos e apoiamos as demais pessoas. Sem a Soka Gakkai, é impossível manifestar o poderoso estado de buda no cotidiano e reconstruir o destino.
E quem se aventura a promover o kosen-rufu enfrenta oposição: “O caminho do kosen-rufu é sempre uma heroica batalha contra o mal”, afirma o presidente Ikeda. O nome da força maior que tenta atrapalhar a iluminação da pessoa é o rei demônio do sexto céu”.
O que é o rei demônio do sexto céu?
Não se assuste. O budismo não cultua coisas negativas; ao contrário: praticamos o Budismo do Sol da suprema alegria.
A função rei demônio do sexto céu diz respeito apenas a uma força muito grande, muito negativa e alojada em cada um para tentar frear nossa alegria quando estamos praticando o budismo.
O presidente Ikeda diz: “O que é demônio do sexto céu? É a origem de todas as ações da maldade para obstruir a iluminação das pessoas. Não significa que existe uma figura demoníaca com esse nome. É uma ação inerente à vida que habita o coração das pessoas. Dessa forma, atingir o estado de buda, essencialmente, não é uma batalha contra um inimigo externo, mas uma batalha feroz contra a natureza do mal que se esconde no interior da nossa vida. Vencendo a nossa natureza do mal, manifestamos a verdadeira revolução humana, elevamos a condição de vida, e assim abrimos o grande caminho da felicidade absoluta” (BS, ed. 2.348, 19 nov. 2016, p. D3).
A batalha é interna — o budismo nos ensina a vencer essa força extrema negativa.
“Os dez exércitos”
Felicidade absoluta é aquela que dura para sempre, que aumenta mesmo diante de problemas, que começa dentro de si e contagia o ambiente.
O que capacita alguém a ter tamanha força espiritual é a vitória sobre as tempestades: uma pessoa mimada tem felicidade aparente e no primeiro vendaval não sustenta a alegria nem a serenidade. É preciso lutar sempre contra a força negativa máxima da vida (rei demônio do sexto céu) que se vale de “dez exércitos” para tentar estragar nosso bem-estar. São eles: (1) ganância, (2) melancolia, (3) fome e sede, (4) insaciedade, (5) sono, (6) medo, (7) dúvida ou desconfiança, (8) ira, (9) vaidade e (10) autovalorização e desprezo pelos outros. Vamos entender cada um deles:
(1) Ganância e (2) melancolia
Quando o desejo se torna iluminação, a pessoa cumpre o papel de criar valor e enriquecer a vida. Mas quando ela se torna refém e perde a fé entorpecida de desejos, é uma ação do primeiro exército do rei demônio do sexto céu. O mesmo vale para as preocupações.
O presidente Ikeda explica: “O primeiro, a ganância, é quando vocês se tornam reféns da busca para saciar seus desejos e perdem a fé. A melancolia, o segundo, é uma situação em que são tomados pelas preocupações e tristezas e não conseguem prosseguir na fé”.
(3) Fome, sede e (4) insaciedade
Os problemas em si são a maldade? Não. Se superados, tornam-se trampolins da vitória; se desanimamos, são negatividade.
O presidente Ikeda esclarece: “O terceiro é a fome e a sede, quando ficam impedidos de fazer qualquer coisa por não terem como saciar ambas. Mesmo querendo fazer as atividades da Gakkai, não têm energia nem disposição para se movimentar por estarem com o estômago vazio. Não têm como pagar a condução para ir às reuniões. Por isso acabam desistindo da fé. O quarto é a insaciedade dos cinco desejos associados aos cinco órgãos sensoriais da visão, audição, olfato, paladar e tato. As pessoas são inebriadas pela beleza de algo ou por sons prazerosos, aromas agradáveis, sabores deliciosos ou roupas de textura macia e, na busca contínua por tudo isso, abandonam a fé”.
(5) Sono e (6) medo
Sentir sono e medo não é crime; são mecanismos naturais. Mas quando os sentimos fora de hora e isso atrapalha nossa vida diária e nossa batalha pela felicidade das pessoas, se tornam em algo prejudicial.
O presidente Ikeda ressalta: “O quinto exército é a maldade do sono. [...] Existam pessoas que, quando decidem recitar daimoku ou estudar o Gosho, são tomadas por uma terrível sonolência. [...] Para não serem atacados pela maldade do sono, devem estabelecer um correto ritmo de vida e procurar dormir suficientemente. Também devem criar condições para descansar bem em sono profundo. Se não dormirem devidamente, é natural que sintam sono. Se ficarem com sonolência em momentos inadequados, talvez seja necessário lavar o rosto com água gelada”. Ele continua:
“O sexto é o medo. Ao realizarem a prática budista, pode acontecer de se tornarem alvo de olhares de estranhamento por parte das pessoas ao redor ou ainda serem isolados do grupo. [...] Podem vir a sofrer perseguições, como as sofridas pelo presidente Makiguchi, que põem a vida em risco. Afastar-se da Soka Gakkai ou abandonar a fé com medo de que ocorram esses tipos de situações é justamente a ação dessa maldade. [...] A condição essencial para polir a fé e alcançar o estado de buda na presente existência é ter coragem. É necessário coragem para se converter ao budismo. É preciso coragem para realizar o shakubuku. Sem coragem não se consegue enfrentar o mau destino. Fé significa coragem”.
(7) Dúvida ou desconfiança
O arrependimento drena a boa sorte. Em momentos de tensão é preciso avançar; quem lamenta termina por aflorar o negativismo que cessa a alegria.
O mestre afirma: “O sétimo exército é a dúvida ou a desconfiança. São questionamentos e arrependimentos. Embora tenham tido a oportunidade de realizar a prática budista, acabam duvidando do Gohonzon, da Soka Gakkai e, ao se virem diante de obstáculos, lamentam: ‘Não devia ter praticado este budismo’. Para vencer esse tipo de coração, tomado por sentimentos obscuros e carregados, é necessário estabelecer uma decisão firme e clara. Nessa atitude se encontram a alegria e os grandes benefícios”.
(8) Ira
Sentir ira contra a injustiça é normal e saudável. Mas recuar na fé e “pular do barco” porque ficou nervoso é ação do oitavo exército do rei demônio do sexto céu.
O Mestre explica:
“A ira, o oitavo exército, é o coração dominado pela raiva. Ao ser orientado a realizar shakubuku, fica indignado com pensamentos como: ‘Não é da sua conta. Faço quando eu quiser!’. E ainda provoca mal-estar agindo com rancor e inveja em relação a alguém ou à Gakkai (onshitsu). Quando um veterano o orienta a corrigir sua postura de fé com base no Gosho pensando em seu bem, revolta-se e manifesta o sentimento da ira em seu coração. É assim que esse exército age no coração.
“Esse coração de ira, em si, não é algo ruim. É necessário sentir raiva diante de atos de maldade. Se não manifestarem a ira contra o mal e o errado, não haverá mais a justiça. O problema é se afastar da fé porque ficou irado ou nervoso com algo. Vamos supor que exista um líder veterano inconsequente que só dá trabalho às pessoas à sua volta e causa muitos problemas. Ao observarem a postura dele, os demais se sentem aborrecidos e inconformados. Isso é natural. Contudo, começam a surgir pessoas que dizem: ‘É por isso que não participo das atividades da Gakkai e não vou às reuniões’. Esse é o aspecto de pessoas sendo derrotadas pela maldade da ira.
“A questão de realizar a prática budista visando a própria revolução humana e o estado de buda, em essência, não tem nada a ver com a postura inapropriada do líder veterano. O alvo a ser combatido é esse coração que mistura essas questões e tenta justificar de maneira plausível seu retrocesso na fé”.
(9) Vaidade
Prosperidade é bom e todo mundo gosta, mas quando o desejo de fama e riqueza sai do controle e ofusca a fé, o que ocorre é ação do nono exército:
“O nono exército é a vaidade, uma condição na qual a pessoa tem extrema ganância por ganho ou benefício próprio e também grande necessidade de fama ou reconhecimento. É um modo de vida no qual se busca avidamente por riqueza e fama, menosprezando a fé, afastando-se do caminho do estado de buda. Quanto mais dominados pela ganância, mais o coração se empobrece e se perde. Os casos de pessoas que causam problemas relacionados com dinheiro na organização podem ser considerados exemplos de influência dessa maldade, que as consome com a necessidade de benefício próprio. E por mais que busquem a fama, o reconhecimento ou o status, esses são aspectos tão efêmeros quanto um sonho quando analisados da ótica da eternidade da vida. É uma grande estupidez se deixar serem levados por esses fatores e abandonar a fé. Mesmo no caso de nomeação de líderes dentro da nossa organização, por exemplo, existem pessoas que acham que foram depreciadas quando passam de uma função de liderança para uma de apoio e começam a cultivar a inveja e o ciúme em relação ao novo líder, perdendo o ânimo para se dedicar às atividades da Gakkai. Esse é um exemplo de coração influenciado pela maldade da vaidade. A chave para combater esse tipo de sentimento é a fé”.
(10) A batalha para vencer a arrogância e o desprezo pelos outros
O presidente Ikeda é o mestre na SGI porque deseja que cada membro tenha a força de mil e vença a negatividade da vida, principalmente a vaidade e o desprezo pelos outros. Segue a conclusão dele sobre os dez exércitos do rei demônio do sexto céu:
“Por fim, a explanação de Shin’ichi Yamamoto chegou ao décimo exército: a autovalorização e o desprezo pelos outros:
“Ele, o décimo exército, faz com que a pessoa se vanglorie e alardeie a respeito de si mesma e despreze as demais, ou seja, é a arrogância. Ao ser tomada pela arrogância, passa a não dar ouvidos a ninguém e não consegue mais aprender o budismo com humildade na organização. Por outro lado, as pessoas ao redor passam a se afastar gradativamente dela, que fica sem ninguém para alertar suas falhas. Quanto mais alto o status social que ocupa, mais facilmente é influenciada por essa maldade. Ao se deixar ser dominada por esse ‘exército’, a pessoa participa das atividades da Gakkai somente se receber elogios, mas sem alguém que alimente esse orgulho, ela negligencia a prática budista e não consegue transformar seu destino negativo nem elevar sua condição de vida, esgotando toda a sua boa sorte. Por fim, ninguém mais lhe dá atenção e seu final é deprimente e lastimável.
“No mundo da fé, no mundo da prática budista, indepentemente se é presidente de uma multinacional de primeira categoria, se possui alto cargo no governo, se é professor universitário ou, ainda, se são líderes da cúpula da Soka Gakkai, todos são iguais. Funções ou títulos não importam nesse caso. Naturalmente, é importante conquistar sucesso e reconhecimento na sociedade para comprovar os benefícios da fé. Contudo, se isso for apenas para a sua própria fama e fortuna, esse resultado não tem significado algum em termos de fé. Posição ou fama não são condições necessárias para alcançar a felicidade absoluta e muito menos fatores que determinarão a iluminação de alguém.
“No mundo da fé, as pessoas mais nobres e admiráveis são as que recitam daimoku com toda a seriedade, realizam o shakubuku para o maior número de pessoas possível, empenham-se mais do que ninguém na orientação individual aos companheiros e se dedicam ao desenvolvimento de indivíduos valorosos e capazes. As pessoas mais louváveis são as que se esforçam de corpo e alma em prol do kosen-rufu. O monarca da fé é o próprio monarca dos seres humanos. Por favor, tenham a convicção de que os senhores são esses grandes vencedores da vida e possuidores de imensurável boa sorte, louvados ao máximo pelo buda Nichiren Daishonin.
“Foi uma explanação imbuída de entusiasmo e paixão.
Era o brado da alma de Shin’ichi, decidido a não permitir que nenhum companheiro viesse a ser derrotado por esses ‘exércitos da maldade’ e abandonasse a fé” (Nova Revolução Humana, BS, ed. 2.349, 19 nov. 2016).
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